9 de jul. de 2012

Jesus, Barrabás, Pilatos e Van Gogh

Van Gogh, Pilatos reencarnado, quadro de Van Gogh, autoretrato


Recebi uma interessante pergunta sobre a questão do desencarne de Jesus e o perfil psicológico de Pôncio Pilatos. Reproduzo a pergunta e a resposta, pois acredito que seja também a dúvida de algumas pessoas a respeito do tema:

Pergunta: "José, estou terminando de ler o livro "O Caminho dos Essênios" e lá conta uma versão que nunca tinha passado pela minha cabeça: a de que Jesus não teria morrido na cruz. Depois de tirado do madeiro, teria sido levado realmente a um tumulo, porem, depois de recuperado, seguiu para um dos templos essênios existentes (acho que o de Karmelo). Em seus livros vc contará sobre os "mistérios" sobre a morte de Jesus? E qual a sua opinião a respeito desta versão contida no livro citado? Ahh, a obra retrata Pilatos de certa forma condescendente em relação a Jesus, alguém não tão frio como normalmente se é contato, pelo menos essa foi a impressão que ficou. Abraço!"

Olá amigo, vou contar sim, inclusive será um capítulo inteiro com aproximadamente 50 páginas. Algumas coisas eu já abordei no post sobre a numerologia cabalística de Jesus onde trouxe a data de nascimento e morte do Messias, explicando os fenômenos astrológicos e cabalísticos e porque os reis magos já sabiam que ele nasceria naquele dia. O livro "O Caminho dos essênios" é muito bom, trata-se de uma experiência de um famoso médium europeu, o que ocorre é que muitas vezes no desdobramento, assim como em outros fenômenos mediúnicos, o médium pode confundir encarnados com desencarnados. 

Vou dar dois exemplos sintetizados: nesse último texto dos dragões e magos negros que publiquei, sobre a experiência em Cabo Canaveral, muitos médiuns poderiam ter confundido a mulher que apareceu nos acontecimentos como alguém encarnado, quando na verdade ela era um espírito desencarnado, entretanto muitas pessoas que eu vi nesse desdobramento, como o homem branco de 40 anos calvo era encarnado, a nitidez às vezes e tão grande que confundimos encarnados com desencarnados, meu pai, por exemplo, que era médium vidente ostensivo, freqüentemente confundia os desencarnados com encarnados, tamanha a lucidez que via o plano astral. Dessa forma eu entendo que o médium que escreveu o caminho dos essênios realmente viu Jesus "sobreviver" ao chegar ao túmulo, mas não conseguiu distinguir que em verdade era o espírito de Jesus com corpo astral que se recuperava, criando a confusão pro médium em desdobramento vendo no akasha ao achar que na verdade seria Jesus em corpo físico. 

Pilatos não era um espírito mau, era apenas um homem da política, da lógica, pra ele Jesus era um simples religioso revoltoso que levava algum perigo ao sinédrio judeu e não a Roma, portanto ele não via motivo algum pra crucificar Jesus, além do mais estava sendo pressionado pelo sinédrio, coisa que os líderes romanos não gostavam nem um pouco. 

O que fez Pilatos mudar de idéia e ver em Jesus algum perigo foi quando o povo pediu pela libertação do Messias em uníssono , gritando Barrabás (bar = filho, abbas = Pai, "filho do Pai" em aramaico, como era conhecido Jesus)

Foi uma decisão política, de um político, que não tinha nada contra a figura pessoal de Jesus e nutria mais simpatia por ele do que pelo sinédrio. Depois do próprio desencarne, Pilatos sentiu muita culpa por ter feito o que fez, sendo necessário que o próprio Jesus o ajudasse, o encaminhando pra uma encarnação onde não mais fosse um político dominado pela razão, mas alguém voltado pra desenvolver o sentimento, a conexão com o espiritual pelas artes, foi assim séculos depois que Pilatos encarnou como o atormentado Van Gogh, que "coincidentemente" cortou sua orelha com 35 anos (idade com a qual Jesus foi crucificado), justamente por ainda conservar no seu inconsciente a culpa pela morte do Cristo e não ter dado "ouvidos" ao apelo da multidão que pedia a soltura do Filho do Pai (Bar Abbas). 

Julgamento de Jesus por Poncio Pilatos, Barrabás, Bar Abbas

Curiosamente esse evento com o célebre pintor levou ao estudo de diversas teorias no campo da psicologia, uma delas seria de que Van Gogh, identificado com o drama do Calvário, cortou sua orelha quando se dirigia a uma "casa de tolerância" e a deu para uma mulher chamada Raquel, curiosamente a "mulher da vida" teria feito o papel simbólico de Madalena (que assim era vista pelas pessoas da época, apesar de não ser uma cortesã) e tal qual Madalena recebeu o corpo do Cristo com a mãe de Jesus, Raquel recebeu o "corpo" de Van Gogh simbolizado em sua orelha, nessa análise psicológica do evento. 

Da mesma forma, na prisão de Jesus no jardim do Getsemane, Pedro cortou a orelha de um dos soldados romanos por terem prendido Jesus. Pilatos reencarnado como Van Gogh se sentia como o mesmo soldado romano, como alguém que prendeu o Cristo. Van Gogh morreu de uma doença mental pouco depois de completar 37 anos pois não aceitou viver muito mais naquela encarnação do que o Messias a quem ele havia condenado outrora como Pilatos e quem havia também o socorrido no astral após a imensa culpa.

Mais uma pergunta interessante, agora a respeito de Barrabás:


Pergunta: "Mas algo ficou bastante confuso. Vc disse que Barrabas não era o nome de um condenado que estava preso com Jesus, mas até um livro sobre esse homem existe (se não me engano se chama "Eu, Barrabas")... Então Jesus estava sozinho e o povo gritava pela liberdade dEle. Mas e Barrabas, existiu realmente algum homem com esse nome e q acabou sendo a razão da confusão que fazem ate hj? No livro "Caminho dos Essênios" também fala dele. Abraço!"

Pois é amigo, a confusão existe mesmo, afinal o akasha é como um filme com falas, a interpretação vai de quem vê. Eu sempre tive curiosidade sobre esse tema e pra elaborar as páginas que estarão no livro procurei pesquisar mais sobre o assunto, tanto espiritualmente como as informações já existentes.

Como dito no livro "O Caminho dos Essênios", existiu um líder zelote que liderava a rebelião contra Roma (página 318) e aqui começa a confusão, pois na verdade o cidadão não se chamava Barrabás, ele utilizava o mesmo nome que as pessoas conheciam Jesus (Bar Abbas, filho do Pai em aramaico), pois pertencia ao braço armado dos judeus que apoiava os essênios, braço armado esse conhecido como zelotes ou zelotas. O cidadão, líder da rebelião contra Roma acreditava, assim como a maioria dos zelotes, que Jesus, o fiho do Pai, seria o líder essênio que se tornaria o supremo sacerdote judeu (cargo que a elite judaica concedia para seus escolhidos no Sinédrio) e que como rei-sacerdote colocaria o império Romano abaixo, levando a cabo uma revolução armada dos hebreus contra Roma.

Essa "lenda" se espalhou aos 4 ventos, tanto que muitos judeus acreditavam que Jesus, o Filho do Pai, queria realmente uma revolução armada que libertasse os judeus da opressão romana. "Esse" Barrabás, uma lenda que muitos acreditavam ser a real personalidade de Jesus foi personificada pelo líder dos zelotes de rebeldes contra Roma, era essa figura que assustava Roma e criou-se toda a confusão, pois Pilatos viu que Jesus não tinha nada de revolucionário ou vontade de destruir Roma.

O líder revoltoso dos zelotes foi julgado depois de Jesus e muitos pediram sua morte por ele ter feito a besteira de se passar por Jesus. Daí surgiu a lenda, o relato boca a boca que chegou aos evangelhos e influenciou diversos médiuns, de que ambos, Jesus e Barrabás foram julgados juntos, pois somente quando a confusão foi compreendida naquela época é que o povo viu que Jesus, o filho do pai, o verdadeiro Bar Abbas era um só, enquanto o líder revoltoso zelote que se auto-intitulava Barrabás, como um messias revolucionário alimentando o fogo revolucionário do povo judeu era na verdade alguém que se passava por Jesus. 

No capítulo 12 de "A Bíblia no 3º Milênio" maiores detalhes sobre essas questões são apresentados.



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3 de jul. de 2012

Psicopatia e Mal de Alzheimer: Um Ponto de Vista Unindo o Espiritismo e a Psicologia


Uma pergunta interessante chegou ao email do blog: “Caro José Alencastro, Sou leitora de seu blog e acompanho sua página do facebook e gostaria de lhe perguntar uma coisa. Há tempos tenho uma dúvida a respeito do que o espiritismo ou outras correntes espiritualistas pensam sobre a psicopatia, mas nunca encontrei nenhuma informação que sanasse esta dúvida. Os profissionais da saúde mental apontam uma tendência nata para a psicopatia e defendem que ela seja incurável. Pensando sobre isso, cheguei à conclusão de que o psicopata talvez seja um espírito muito pouco evoluído espiritualmente (de regiões muito trevosas, magos negros ou algo parecido) e que na presente encarnação não teria ainda condições de compreender os sentimentos de amor e fraternidade, mas que numa outra (ou muitas outras) encarnação, poderia desenvolver esses sentimentos, já que sabemos que todos podemos alcançar o progresso espiritual mais cedo ou mais tarde. Gostaria de saber se você conhece algo a respeito e se poderia explicar-me melhor. Eu me formei em Psicologia e sempre procurei conciliar minha religião com meu trabalho, mas certas coisas ficam sem resposta. E a questão do Alzheimer, você poderia nos elucidar também?  Abraços” (Camila)


Olá Camila, é muito bom que cada vez mais psicólogos busquem essa união entre o conhecimento científico da psicologia com o conhecimento espiritual. Existe uma série de 12 volumes do espírito Joana de Angelis pela mediunidade do Divaldo Franco conhecida como “Série Psicológica”.

Os 12 títulos são os seguintes:

Jesus e Atualidade

O Homem Integral

Plenitude

Momentos de Saúde

O Ser Consciente

Desperte e Seja Feliz

Vida: Desafios e Soluções

Amor, Imbatível Amor

O Despertar do Espírito

Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda

Triunfo Pessoal

Autodescobrimento: Uma Busca Interior 



Em uma magistral palestra de mais de 3 horas, Divaldo Franco aborda alguns desses temas, de como o espírita pode utilizar dos conhecimentos da espiritualidade para vencer esses dramas psicológicos.

Deixarei ao final do texto os links para a palestra que tem dois módulos.

A psicopatia é definida, basicamente, como transtorno de personalidade antisocial, tendo como algumas de suas características: ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios (ausência de empatia), manipulação, egocentrismo, falta de remorso para atos cruéis, baixa tolerância à frustração (com um limite muito pequeno pra descarregar sua agressividade, inclusive em atos de extrema violência). Normalmente expressa suas emoções de forma superficial, teatralizada e falsa (cinismo) não conseguindo manter uma relação de amizade leal e duradoura com outras pessoas.

Em virtude de tudo isso, o pensamento que você formulou está bem próximo do que realmente acontece: “Pensando sobre isso, cheguei à conclusão de que o psicopata talvez seja um espírito muito pouco evoluído espiritualmente (de regiões muito trevosas, magos negros ou algo parecido) e que na presente encarnação não teria ainda condições de compreender os sentimentos de amor e fraternidade, mas que numa outra (ou muitas outras) encarnação, poderia desenvolver esses sentimentos, já que sabemos que todos podemos alcançar o progresso espiritual mais cedo ou mais tarde.”

A psicopatia abrange prioritariamente aqueles espíritos ainda muito arraigados a matéria, que encaram a encarnação na Terra como, simplesmente, um tempo para satisfazer necessidades instintivas básicas (seres fisiológicos), apresentando de forma inata em seu espírito (o que ainda é muito confundido com uma simples carga genética ou um padrão inato de comportamento) essa limitação de não conseguir desenvolver valores morais mais superiores aliados a severas limitações emocionais.

Se preocupam em apenas dormir, comer, fazer sexo (normalmente sem uma ligação emocional mas tão somente promíscua) e estabelecer relações de poder e dominação com as outras pessoas sem conseguir desenvolver um sentimento nobre de amizade. Em um mundo de expiação e provas é natural que os espíritos em sua maioria (acima de 60%) apresentem limitações em manifestar sentimentos mais nobres e conseguir estabelecer laços desinteressados de amizade e nesse grupo apareça um grupo de espíritos que apresenta essas características negativas mais potencializadas com outras características que identificam nesse grupo menor a psicopatia.

O caráter antisocial desse transtorno é marcado também (de forma complementar) pela não aceitação das normas sociais (normalmente os psicopatas praticam vários delitos e seguidas vezes), são pessoas que apresentam grande inteligência e um charme superficial, na maioria das vezes tem dificuldades em entender expressões corporais e faciais de outras pessoas.     

A individualidade espiritual (que se manifesta na encarnação atual) ou numa linguagem psicológica o “self”, apresenta características dominantes que espelham a personalidade imortal do espírito (ou seja, o somatório de todas as encarnações anteriores).

Dessa forma muitas das limitações e dos distúrbios psicológicos não surgem apenas na infância ou na carga genética do corpo físico, mas sim em dramas que o espírito vivenciou em encarnações pretéritas e que ainda mantém ecoando vibratoriamente no seu “self” na encarnação atual. O "self" é a personalidade individual e integral do espírito que se manifesta em parte durante uma encarnação, sendo que essa parte permanece fusionada a personalidade/individualidade integral, por isso o self é o centro, o pilar da personalidade do espirito durante uma encarnação. 

Na Apometria esses problemas são tratados não com regressão (pois em muitos casos ela não deve ser realizada), mas sim com o fechamento de faixas de passado, fazendo com que o espírito na atual encarnação ainda muito preso aos dramas do passado que ecoam vibratoriamente no presente, possa gradativamente se desligar dessas faixas de passado e assim possa ter facilitado o processo de reconhecer as mudanças comportamentais que precisa realizar no presente.

Os livros do doutor José Lacerda (que era médico e criou as bases da Apometria) também são muito úteis na análise dessas questões, buscando um tratamento que una a espiritualidade e a tradicional terapia exercida pelos profissionais da psicologia e psiquiatria.

Sobre a questão do Alzheimer esse texto aqui é bem esclarecedor quanto ao tema: AQUI



Os dois vídeos da palestra do Divaldo estão aqui (As melhores palestras que vi dele até hoje):

Parte I (2 horas e 45 minutos):




Parte II ( 1 hora e 23 minutos): 



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