7 de abr. de 2017

Sobre os Recentes Eventos na Síria – Um Novo Movimento no Xadrez Mundial

Conflito Siria Apocalipse 2017 Putin Trump

Nos 3 textos sobre o xadrez mundial abordei os motivos do interesse da Europa, EUA, Rússia e China no conflito da Síria, em especial na questão de fornecimento de gás e petróleo (especificamente no segundo texto). Inclusive aquele texto explica como as 3 grandes potencias bélicas (EUA, Rússia e China) se preparam para todas as fases que antecedem um conflito nuclear e a fase seguinte a um conflito nuclear (quem ainda não leu aconselho fortemente que leia, link ao final deste post para entender o que escreverei a seguir).

Do ponto de vista estratégico (para os EUA) e do ponto de vista político (para Trump) a jogada do presidente americano foi genial (se foi mais dele ou dos seus generais não sabemos, mas creio na segunda hipótese). O fator surpresa sempre é decisivo em um conflito, tanto em ações inesperadas como em traições e nesses casos joga melhor esse jogo quem consegue antever certos movimentos ou ter o "feeling" de perceber quando uma situação aparentemente estável está mudando de forma velada e rapidamente.

Estrategicamente um conflito nuclear, no momento, não interessa a China. Economia que mais cresce no mundo e que ainda está desenvolvendo seu arsenal militar para que seja a maior potência bélica e econômica do mundo. Para a China interessa que o auge do confronto seja em um momento futuro quando estiver com peças posicionadas no tabuleiro para derrotar os americanos.

A Rússia de Putin (e Putin e Rússia são uma coisa só junto com a KGB enquanto o ditador for vivo) está pressionada pelo avanço da China na Ásia, Oriente Médio e ex repúblicas russas. Ainda que sejam aliados (até a pagina dois) a Rússia sabe das intenções hegemônicas da China na região, que é a mesma região de influencia da Rússia (maiores detalhes texto II do xadrez mundial). As duas saídas que Putin encontrou foram: tentar enfraquecer a Europa (estimulando candidatos de extrema direita como Le Pen para fomentar o separatismo na zona do Euro) e ao mesmo tempo buscando um aliado nos EUA (Trump tem negócios bilionários com empresários russos há mais de 10 anos e se mostrou aparentemente uma opção mais palatável do que Hillary que já havia deixado claro que agiria com rigor na questão da Síria). Por isso, para Putin, interessava conseguir atrair os EUA para o seu lado num projeto de expansão no Oriente Médio e nesse ponto Trump seria o candidato ideal: o americano com o discurso de exterminar o estado islâmico e o russo apoiando um ditador sírio alauita que supostamente também combateria o isis no Iraque, plano perfeito (pra eles). Mas sempre há um porém e esse porém chama-se Exército americano que nunca confiou na Rússia e verdadeiramente enxerga Putin como um fomentador do marxismo e do comunismo que regeu a URSS nos anos da Guerra Fria

E Trump? Trump está enrolado com o FBI e as forças armadas e de inteligência dos EUA pelas suspeitas de envolvimento russo nas eleições em favor do magnata americano, além de todo o seu histórico de negócios pra lá de suspeitos com empresários russos no passado. Ao declarar em campanha que viraria suas baterias contra a China e ao mesmo tempo iniciava um chamego com o presidente russo, Trump acendeu todas as luzes vermelhas nos serviços de inteligência e do Exército americano (algo que aconteceu no passado com o presidente JFK). A jogada de Trump nos últimos dias (e acredito que muito motivada por uma séria pressão do Exército e da inteligência americana) não apenas provou a lealdade (ainda que temporariamente e com certas reservas) do presidente americano ao Exército como colocou Putin em uma situação muito difícil. Vamos entender a jogada....

PUTIN EM XEQUE NO TABULEIRO

Não foi coincidência que o ataque com armas químicas na Síria tenha ocorrido exatamente as vésperas da visita do líder chinês aos EUA.  E menos coincidência ainda que tenha ocorrido logo em seguida a um ataque no metrô russo.

Qual o cenário que estava sendo montado? O terrorismo do isis está alem dos limites e duras medidas precisam ser tomadas (leia-se invasão no Iraque e fronteira com a Turquia) assim como o presidente alauita da Síria que supostamente luta contra o isis precisa ser fortalecido. Esse era o roteiro perfeito costurado com o atentado no metrô russo. Porém, como um raio, ele foi rapidamente desmontado.

O ataque com armas químicas era a prova decisiva de fidelidade de Trump: Putin acreditava que a aliança costurada entre ambos faria o americano comprar o discurso de ataque do isis contra o regime alauita de Assad e que uma dura resposta bélica, de russos e americanos deveria ser dada sobre o Oriente Médio contra o isis. Esse foi o lance do presidente russo e foi aqui que Trump "quebrou as pernas" do russo

Trump estava na berlinda. Precisava provar sua fidelidade ao Exército americano e mostrar, com algum sinal, de que seu chamego com Putin não estava acima da fidelidade ao Exército americano. E foi assim que Trump decidiu mudar suas ações em um espaço de algumas horas: primeiro se aproximou do líder chinês dando a entender que não vai colocar embargo econômico algum e que deseja uma colaboração, sobretudo um controle chinês sobre a Coréia do Norte... isso foi surpreendente e quando isso aconteceu Putin deve ter dado uma engasgada ao tomar sua vodka. Trump mostrou que não estava disposto a iniciar hostilidades bélicas com a China. E aí veio a segunda jogada: atacar uma base síria de forma fulminante e inesperada, mostrando que o governo americano não comprou a historia de ataque químico por parte do isis e que sim, o verdadeiro responsável pelo ataque químico foi Assad

Essa mudança rápida e inesperada de Trump (leia-se pressão do Exército) colocou a Rússia em uma situação difícil. A Rússia sabe que se tomar uma medida mais dura agora não terá o apoio da China que recebeu um aceno de paz (temporário) dos EUA e que ao mesmo tempo não deseja fortalecer ainda mais o poder de ação de Putin no Oriente Médio... Alias, para os chineses interessados em construir uma nova rota da Seda na região asiática passando pelo território próximo ao conflito interessa pacificar a região da Síria e melhor ainda se isso acontecer enfraquecendo a posição russa naquela região através da queda de Assad. Como já lembrei nos textos do xadrez mundial, a China tem ajudado a Rússia enquanto isso for interessante para os chineses, ainda que ambos saibam que um confronto dos dois gigantes que compartilham a mesma área de interesse seja inevitável.... prova disso é que no recente conflito no mar da China, a Rússia se posicionou contra os chineses. Como eu já disse é uma aliança até a página dois.

O recado nas entrelinhas que é o mais importante é que o governo americano está disposto a não prolongar por muito mais tempo o impasse na Síria. Se no passado com Obama o foco da inteligência americana foi desmantelar o poderio vermelho na América do Sul (assunto previsto em primeira mão no livro "Brasil o Lírio das Américas" em 2014) e estrangular economicamente a Rússia através da queda do preço do petróleo, o foco atual da estratégia americana (e por isso Hillary havia deixado isso claro) é resolver o conflito na Síria. A jogada de acenar para a China e limitar o movimento dos russos foi muito inteligente, até porque pressiona a ONU e demais países (leia-se China) a buscarem uma solução de transição para o governo de Assad. Então o que poderá acontecer nos próximos lances (meses) de Putin?

PUTIN ACUADO E ISSO NÃO É BOM

Putin é conhecido por sempre dobrar a aposta, ainda que não esteja disposto a dar o "all in" (leia-se apertar o botão vermelho) agora. Com bases nas ações que o mago das trevas tomou no passado é certo que ele buscará mostrar força no cenário mundial....e de que forma?

Primeiro colocando forte pressão pela manutenção de Assad com o discurso de única possibilidade viável de controlar o avanço do isis na Síria e ao mesmo tempo mantendo a ação militar na Rússia com a desculpa de combater  o isis mas na verdade combater os rebeldes que estão tentando derrubar o governo de Assad. Podemos ter alguma missão aérea na região nesse sentido em breve

Em segundo lugar continuar com o discurso de que o isis é um perigo na região e seu avanço precisa ser controlado. Essa seria a narrativa que os russos fariam logo apos o ataque do metro, mas não tiveram tempo pra isso devido a precipitação dos acontecimentos. Ao retomar esse discurso Putin pode tomar ações mais enérgicas sobre ex repúblicas russas e republicas separatistas com forte presença islâmica. Tal ação ainda teria o efeito indireto de estimular o discurso de xenofobia na Europa contra os muçulmanos. É uma ação que ele deve realizar e uma investida no Iraque, nas zonas controladas pelo isis, também não está descartada.

Por fim acredito numa maior aproximação com a Venezuela e Coréia do Norte, em especial a Venezuela que pode ser o próximo alvo americano dependendo de como as coisas caminharem na OEA.

Veremos nas próximas semanas até que ponto Trump está disposto a ir para conquistar a confiança do Exército e serviços de inteligência americanos ou se o seu ego do tamanho do Everest falará mais alto e ele voltará a tomar atitudes segundo sua visão peculiar de mundo: que os EUA são o mundo, esse mundo é sua empresa, ele é o CEO e militar nenhum tem que meter o bedelho no que ele decidir....por hora ele mostrou algum juízo....por hora... aguardemos os próximos lances esperando que uma pomba laranja não sobrevoe o tabuleiro de forma amalucada. 

Xadrez mundial texto II: 

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5 de abr. de 2017

Apocalipse em Setembro de 2017??? – Mais uma Profecia de “Fim de Mundo” Errada – A Essência do Estudo sobre 2036 (Estudo Transição Planetária 2036-2057 Parte I de II)

Dilúvio biblico

Como acontece todo o início de ano a internet é inundada por teorias sobre fim de mundo ou auge do Apocalipse para o ano que se inicia. Foi assim em 2012, 2015, 2016 e 2017 e assim será em cada novo ano que começar, normalmente seguindo o mesmo erro padrão: suposta vinda de Nibiru (isso desde os anos 90), quadras falsas ou fora de contexto de Nostradamus, profecias de profetas que nunca ninguém ouviu falar (e normalmente não possuem alto grau de  acerto em seus vaticínios) e claro, versículos do Apocalipse "interpretados" não respeitando as regras mais elementares de interpretação de texto. Querem um exemplo?

Se eu cito esses dois versículos do Apocalipse:

"Uma mulher revestida do Sol, a Lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de 12 estrelas" (Apocalipse 12:1)

"Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã." (Apocalipse 22: 16)

Você leitor entenderá que o Sol é uma estrela e por isso representa Jesus (a resplandecente estrela da manhã) que está passando pela constelação de Virgem com o satélite lunar (Lua) sob os pés da constelação (representada nas cartas astronômicas com uma mulher segurando uma espiga de trigo) e tendo as doze estrelas que compõe a constelação de Leão maior e menor (as constelações dos reis) compondo a coroa de 12 estrelas ou....

Vai interpretar que o nascimento através da mulher (constelação de Virgem) trata-se do planeta Júpiter (que não é uma estrela) representando Jesus (que foi claro ao associar sua imagem a de uma estrela) sendo "parido" pela constelação?

Veja bem leitor, o versículo fala em "mulher revestida de Sol" então como podemos dizer que um dos sinais do Apocalipse se refere a Júpiter sendo "parido" pela constelação de Virgem? Pois bem, essa é a mais nova "teoria" para tentar "encaixar" o auge do Apocalipse em 2017.


No inicio do ano expliquei o método de estudo das profecias (comparar todas as profecias dos profetas com alto grau de acerto em prever o futuro e a partir daí encontrar um resultado comum, o que anula o estudo de profecias isoladas) e também quais os 3 sinais que são mostrados no Apocalipse e Sermão Profético (profecias trazidas por Jesus):

Nesse outro post de 2014 expliquei mais especificamente a questão do sinal do Sol na constelação de Virgem (no livro "Armagedoom 2036" essa explicação ainda é acrescida da ligação desse sinal com o calendário hebraico de festas) e sobre o nascimento de Jesus (no link a seguir dentro dele há outro link com o estudo do mapa de Jesus explicando seu nascimento quando o Sol adentrava a constelação de Virgem em conjunção com a estrela Spica (espiga de trigo) e exatamente por isso o Apocalipse aponta o sinal da volta de Jesus a partir do Sol na constelação de Virgem:

É importante expor esse longo preâmbulo antes de analisarmos a "profecia" sobre 2017 para que o leitor compreenda bem o fundamento do estudo sólido e embasado sobre o auge dos eventos em 2036 e aprenda, por si mesmo, a rechaçar estudos que não apresentem uma base sólida e lógica de argumentos, como é o caso desse estudo sobre "apocalipse em setembro de 2017". Por isso leitor, antes de ler o texto a seguir leia o conteúdo dos dois links para compreender os elementos básicos que desmontam a teoria de "apocalipse em 2017".

APOCALIPSE: O CONFRONTO ENTRE AS TREVAS E A LUZ

Interpretei todo o livro do Apocalipse versículo por versículo em um estudo do livro mais famoso da Bíblia em conjunto com as demais profecias bíblicas e de profetas com algo grau de acerto como Cayce, Parravicini e Nostradamus, tudo isso no livro "A Bíblia no 3º Milênio". Dois anos depois realizei o mesmo estudo meticuloso sobre a profecia dos 70 períodos de Daniel, os sinais proféticos do Apocalipse em consonância com o calendário de festas hebraico além de realizar um estudo completo de cada versículo do Sermão Profético. São profecias interligadas que não podem ser estudadas de forma isolada (ou pior ainda, isolando um único capítulo ou pegando versículos soltos) e que falam sobre a mesma questão: uma grande transformação na Terra simbolizada por um grande acontecimento (o dia do Senhor, o dia do juízo, o advento) que demarcará os últimos dias de sofrimento da Terra (esse estudo em todas as religiões abraamicas é conhecido como escatologia), quando a luz (bem) vencerá as trevas (mal) simbolizando não o fim do mundo físico, mas o fim do mundo moralmente atrasado e que está distante da prática do bem.

O Apocalipse, portanto, narra de forma figurativa, metafórica, o confronto entre a luz e as trevas. Entender isso é compreender porque João nas suas visões do futuro da humanidade associou a imagem de Jesus ao astro rei (Sol) como aquele que vence as trevas.  E como João simbolizou as trevas? Veremos....

João associa Jesus, logo no início da narrativa do Apocalipse com a imagem do Sol:

"Voltei-me para saber que voz falava comigo. Alguém semelhante ao Filho do Homem, Seus olhos eram como chamas de fogo. O seu rosto se assemelhava ao sol, quando brilha com toda a força” (Apocalipse 1: 12-16)

Essa associação, em conjunto com as já expostas anteriormente (Apocalipse 12:1 e 22:16) já demonstram hermeneuticamente de forma incontestável  que Jesus é associado ao Sol e não a Júpiter

Ao mesmo tempo, João associa a imagem das trevas à uma antiga lenda que os hebreus herdaram dos egípcios quando estiveram escravizados. Essa lenda dizia que as trevas, simbolizada na imagem de uma gigantesca serpente que vivia na escuridão do abismo todas as noites tentava derrotar a luz, engolindo o Sol que a cada manhã ressuscitava triunfante derrotando a serpente denominada pelos egípcios como Apep (destruidor, assolador, devastador). João denomina o "rei do abismo" como apoliom e abadom (Apocalipse 9:11) que significam exatamente destruidor, devastador. Esse rei ou anjo do abismo que comanda a região dos mortos (sheol, lugar profundo no sentido hermenêutico de lugar profundo, trevas) segundo a descrição de João (Apocalipse 6:8 e 9:11) é o mesmo dragão que junto com seus anjos (angelos, mensageiro) combateu Miguel no céu (Apocalipse 12:7), dragão esse que é definido por João em Apocalipse 12:9 como a primitiva serpente, opositor (demônio, satanás), dragão vermelho (serpente voadora).

Ora, se Apep é definido como uma gigantesca serpente que vive no abismo e combate a luz, significando devastadora, destruidora, avassaladora (raiz semântica do termo apep) e João associa uma primitiva serpente que pode voar (dragão) até os céus (exatamente como na lenda para tentar engolir o Sol) a associando como o rei do abismo e a denominando de destruidor, devastador (apoliom, abadom) não há dúvida que a manifestação das trevas pelo dragão vermelho é uma clara referência à Apep da lenda egípcia assimilada pelos hebreus.

Ao mesmo tempo Jesus cita no Sermão Profético a profecia dos 70 períodos de Daniel que se encerra com a vinda de um assolador (devastador) nas asas (voando) da abominação, ou seja, o mesmo dragão vermelho sendo precipitado ao chão, sendo derrotado pela luz (Sol, Jesus)

Se identificamos a luz como o Sol e como Jesus, aquele que "nasce" da Virgem (constelação) para que morra e ressuscite (durante a Páscoa ou Pessach em abril), também identificamos as trevas como Apep, a serpente primitiva, o dragão do abismo (o mesmo dragão que em algum momento vai perseguir o Sol no céu quando ele sair da constelação de Virgem). E como identificaremos a vinda de Apep (pois essa vinda identifica o dia do Senhor, o dia do juízo, o dia da vitória da luz sobre as trevas)? A resposta está na passagem mais famosa do Apocalipse:

"Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência calcule o número da Besta (Fera) porque é número de um homem e esse número é 666" (Apocalipse 13:18)

O versículo nos diz que 666 é o número de um homem e que a partir desse número devemos calcular o número da Besta (therion, animal feroz).

E como vamos calcular esse número? A resposta é simples: com o mesmo método que qualquer rabi hebreu calcularia. Na Cabala, conhecimento que todo o rabi conhecia na época de João e conhece atualmente, 666 representa a kamea solar ou seja, representa o Sol

Mais sobre o estudo das kameas na Cabala:

Ao mesmo tempo a Bíblia sempre associa a descrição dos reis à estrelas. São Jerônimo quando fez a tradução da Bíblia para o latim (Vulgata Latina) cunhou, inclusive, a expressão em latim "lucis ferre" ou simplesmente "lúcifer" (o portador da aurora, a estrela da manhã) para traduzir algumas passagens que associam os reis Nabucodonor, Itobaal e Jesus (no Apocalipse capitulo 22) exatamente ao astro rei solar.

No versículo 13:18 o homem que é definido é o rei do abismo (denominado por João como Apoliom/Abadom) sendo que o número desse homem é 666 e partir do cálculo sobre esse número chegaremos ao número da Besta (therion, Apep, serpente primitiva, dragão vermelho). Calcularemos o número a partir do 666 como qualquer rabi calcularia, afinal se Jesus era um rabi (inclusive pregava dentro das sinagogas como mostrado em Lucas 4:15-16) e João o seu mais fiel seguidor ele não deixaria um número associado claramente ao estudo das kameas para que fosse calculado de outra forma.

Na Kamea solar temos um quadrado perfeito com seis linhas e seis colunas, sendo que cada linha e cada coluna somam exatamente 111 (pela disposição adequada dos 36 números que compõe os 36 quadrados da kamea 6 X6). E como chegamos ao 666 através do estudo da kamea solar? Somando todos os 36 números do quadrado mágico, soma (1+2+3+...34+35+36) que resulta exatamente no número 36.

Se o número da Besta é 36 (calculado a partir do 666 como indicou o versículo 13:18 do Apocalipse) e esse número está associado ao Sol (kamea solar) o que o 36 representa? A resposta também é simples: o ano (solar, pois calculamos os anos pelo movimento de translação da Terra em relação ao Sol) da vinda da Besta para que seja derrotada pelo Messias: 2036.

Jesus no Sermão Profético fala de um raio percorrendo o oriente até o ocidente visto por todo olho humano, Daniel fala de um assolador vindo nas asas da abominação, João fala em um dragão vermelho caindo dos céus o associando a serpente primitiva Apep. Então o que vai acontecer em 2036??

A resposta também é simples: a vinda do asteróide Apophis, nome grego de Apep, que significa exatamente destruidor, devastador, assolador, rasgando os céus com um rastro vermelho a semelhança de uma serpente voadora (dragão vermelho) sendo precipitada ao chão, asteróide que virá exatamente na época da Páscoa quando Jesus morre e ressuscita (a época da sua volta), logo após dois eclipses (solar e lua de sangue) em fevereiro e do inicio do ano novo judaico em outubro de 2035 quando o Sol estará saindo da Virgem com a Lua aos seus pés, cumprindo assim toda a profecia do Cristo sobre os tempos do fim!!!

Ano novo judaico 04 outubro 2035 constelação Virgem


Toda essa explicação já colocaria por terra qualquer possibilidade de 2017 como data do auge do Apocalipse, mas vamos conhecer o suposto "estudo" sobre "apocalipse em setembro de 2017" para mostrar os outros equívocos desse estudo além da clara falta de embasamento nas profecias bíblicas e em interpretações de texto elementares (como confundir Sol com Júpiter).

A SUPOSTA PROFECIA PARA SETEMBRO DE 2017

A base da interpretação do estudo que coloca setembro de 2017 como o auge do Apocalipse se baseia, como dito no início desse post, na associação de Jesus com o planeta Júpiter. A teoria considera que durante o nascimento de Jesus o planeta Júpiter estava em conjunção com Regulus (estrela alpha leonis) e com o Sol (nesse caso Jesus teria nascido leonino) em outras versões da mesma “profecia” para 2017 Júpiter estaria em conjunção com Regulus (obviamente na constelação de Leão) enquanto o Sol estaria na constelação de Virgem e essa constelação estaria “atrás” da constelação de Leão fazendo com que Jesus fosse um virginiano-libriano e por conta desse fenômeno Júpiter, Regulus e o Sol “atrás” dos dois fazendo uma brilhante conjunção que seria interpretada como a Estrela de Belém. O problema dessa teoria é que a constelação de Virgem não fica atrás da constelação de Leão, na verdade a constelação de Leão fica acima da constelação de Virgem, por isso que as doze estrelas que compõe Leo minor e Leo são interpretadas como a coroa de 12 estrelas sob a cabeça da Virgem. Como demonstrei no estudo sobre o mapa natal de Jesus (deixarei o link a seguir) Jesus não poderia ter nascido entre julho e agosto por conta do nascimento de João Batista (veja o estudo completo embasado nos relatos bíblicos):

Certamente Jesus nasceu entre o ano 3 AC e 2 AC quando Júpiter estava em conjunção com Regulus e por isso era conhecido como o “leão” da tribo de Judá. Ocorre que Jesus também cumpriu outras profecias sobre a sua vinda: nasceria de uma Virgem (quando do seu nascimento o Sol estava na constelação de Virgem) ao mesmo tempo em que o Sol entrava no signo de Libra (por isso ele era o Mestre da Justiça esperado pelos essênios) e exatamente por conta do seu nascimento acontecer quando o Sol fazia conjunção com a estrela Spica (espiga de trigo) ele cumpriu a profecia que narrava que ele nasceria em Belém (beit laheim significa a casa do pão).

Portanto, a associação de que Jesus seria representado por Júpiter por conta do nascimento durante a conjunção Júpiter e Regulus como a suposta Estrela de Belém é errada, pois a Estrela de Belém ou de Beit Laheim é a estrela Spica que estava em conjunção com o Sol durante o seu nascimento. Ainda considerando Júpiter como um importante marcador no nascimento de Jesus, mesmo assim esse marcador estaria no mesmo nível da representação solar, associação (com o Sol) que é feita de modo claro e inequívoco durante todo o Apocalipse. Portanto, a idéia de associar Jesus com Júpiter não possui qualquer base teológica minimamente sustentável. Mesmo assim vamos prosseguir a análise da “profecia para 2017”

OS ERROS CRASSOS DA SUPOSTA PROFECIA DE SETEMBRO DE 2017

Constelação de Virgem


Segundo essa “profecia” a partir de 20 de novembro de 2016 teria se iniciado um raro fenômeno: Júpiter entrando no “ventre” da Virgem (na constelação) e permanecendo lá durante 9 meses e meio até que em 23 de setembro de 2017 seria “parido” (sairia da constelação de Virgem) ao mesmo tempo que a Lua estaria aos pés da constelação de Virgem.

Bem, temos aqui uma série de problemas e erros. O primeiro deles é que o referido período é de mais de 10 meses o que está muito além de uma gravidez convencional. Vejamos a imagem do céu no dia 20 de novembro de 2016 através do Solar System Scope:

20 de novembro constelação


Em 20 de novembro de 2016 Júpiter (no centro da imagem) não está dentro do “corpo” da Virgem e pior, se considerarmos todo o conjunto de estrelas que compõe a constelação, Júpiter entrou bem antes de 20 de novembro de 2016 na constelação de Virgem. Vejamos a imagem do céu no dia 23 de setembro de 2017:

23 de setembro 2017 constelação


Podemos observar pela imagem que Júpiter continua dentro da constelação (bem dentro por sinal) e que após 10 meses (uma longa “gravidez”) ele continua dentro da constelação. Ou seja, mesmo com “boa vontade” (aceitando a idéia de que o sinal descrito no Apocalipse é Mulher/Virgem vestida de Júpiter ao invés do correto Mulher/Virgem vestida de Sol) não há como considerar a idéia de Júpiter sendo “gerado” e “parido” pela constelação. Há ainda outro equívoco interpretativo ao associar os três planetas (Mercúrio, Vênus e Marte) logo acima da constelação de Virgem como se esses compusessem a coroa de 12 estrelas juntamente com a constelação de Leão, quando na verdade o sinal profético fala em “coroa de 12 estrelas” e os três planetas não são estrelas (ainda que exista base teológica para associar o planeta Vênus ao ponto brilhante ou radiosa “estrela” matutina, mas isso apenas se aplica a esse astro pela sua ascensão brilhante durante o nascer do Sol), sendo esse sinal  de 12 estrelas formando uma coroa uma referência (como comentado anteriormente) as 12 estrelas que compõe a constelação de Leo e Leo Minor (9 estrelas em uma, 3 estrelas em outra como é possível observar na imagem acima)

Há ainda a citação de que 2017 seria uma data importante a nível profético por conta dos 100 anos da aparição de Fátima e do jubileu (50 anos) da retomada de Jerusalém pelos hebreus como forma de dar algum “peso” ao estudo. A nível profético, ao compararmos as profecias dos profetas com alto grau de acerto, poderemos ter um evento significativo no início de setembro de 2017, mas que não tem qualquer ligação com o ápice do Apocalipse ou com a profecia do sinal da Virgem: trata-se da viagem do papa as Américas (Colômbia) evento demarcado por Parravicini e Nostradamus como um sinal para um grande acontecimento de impacto mundial mas não o auge do Apocalipse (é bom já avisar pois antevejo gente falando em fim de mundo em setembro 2017 com base nesse estudo):

AINDA SOBRE 2017- A PROFECIA DOS JUBILEUS

Algumas informações amplas (em inglês) sobre o profeta Judah Ben Samuel:

Além dos "estudiosos" que pregam a teoria de Júpiter como representação de Jesus no sinal da Mulher com a luas aos seus pés (e vestida de Sol, não de Júpiter) temos ainda uma outra teoria para o Apocalipse em 2017: a profecia dos 10 jubileus de Judah Ben Samuel, um judeu alemão que estudava astrologia, geomancia e cabala e que antes da sua morte em 1217 escreveu alguns livros e entre seus escritos a famosa profecia, baseada em cálculo da astrologia e gematria e dos escritos da Tora. Considerando que cada jubileu possui 50 anos, a profecia diz o seguinte:

"O império turco otomano conquistará Jerusalém por 8 jubileus"

Realmente isso aconteceu: de 1517 até 1917, quando a Inglaterra reconquistou Jerusalém, a cidade esteve sob domínio turco otomano

"Durante o 9º jubileu Israel (Jerusalém em algumas versões) será terra de ninguém"

No período que engloba o nono jubileu (1917-1967) Jerusalém oriental (cidade velha) esteve sob controle internacional até 1950, pois após a criação do Estado de Israel em 1948 a Jordânia anexou a região e milhares de jordanianos ficaram morando na região até 1967, quando Israel ocupou a cidade (ocupação que permanece até os dias de hoje)

"Ao longo do 10º jubileu Israel terá o controle de Jerusalém significando o início da Era Messiânica"

Período de 1967 à 2017. Ou seja, a profecia fala que em 2017 se iniciaria a Era Messiânica que simboliza a vinda do Messias (para os judeus) e seu retorno (para cristãos em especial adventistas). Estamos no final desse prazo e levando em conta todas as demais profecias (Sermão Profético, Apocalipse, Cayce, Parravicini, Nostradamus com quantidade de acertos superior ao estudioso Ben Samuel) podemos concluir facilmente que não teremos nem vinda do Messias e nem inicio do auge do Apocalipse em 2017.

Com muito boa vontade, considerando que Judah Ben Samuel também estudava Astrologia, podemos considerar que ele associou a "Era Messiânica" ao grande ciclo de 36 anos de Saturno (entre 2017 e 2052) período no qual teremos o auge dos eventos (2036) e a vitória da luz sobre as trevas para que por volta de 2057 se estabeleça definitivamente a Era Nova na Terra. A nível profético não há qualquer outro "encaixe" que permita colocar 2017 como auge do Apocalipse ou "vinda de Jesus", pois tal entendimento, como exposto no texto, contrariaria as profecias do próprio Jesus no Sermão Profético e no Apocalipse sobre o auge dos eventos do chamado "dia do juízo". 


O CONTEXTO PROFÉTICO

Mas a pergunta que precisa ser feita é: qual o contexto profético de 2017 (ou qualquer outra data) dentro do Sermão Profético e do Apocalipse?

As profecias de Jesus tanto no Sermão Profético como no Apocalipse narram uma série de sinais (eclipse solar e lunar próximos em poucos dias, cumprimento dos 70 anos a partir da restauração de Jerusalém ao domínio hebreu, Sol passando pela constelação de Virgem com a Lua aos seus pés enquanto um dragão estivesse em trajetória próxima “perseguindo” o movimento do Sol no céu através das constelações)

As profecias de Jesus tanto no Sermão Profético como no Apocalipse falam de um raio percorrendo o céu, um dragão, claramente identificado com a lenda de Apep e facilmente identificado como o asteróide Apophis nessa trajetória no céu entre final de 2035 e abril de 2036. Ao mesmo tempo associa essa Besta ou Dragão ao número 666

Então como que alguém vai querer “soltar” uma data para o Apocalipse sem considerar todos esses sinais? Falar em 2017 com todos os erros mostrados aqui nesse texto e ainda sem explicar nada sobre o que seria o dragão, qual sua ligação com o 666, qual a base na profecia dos 70 anos, enfim, sem qualquer base sólida que englobe todos os pontos principais da profecia é uma total falta de método, chutômetro puro.

Quem quiser falar em alguma data para Apocalipse precisa apresentar um estudo explicando todas essas questões das profecias de Jesus no Sermão Profético e no Apocalipse além de mostrar uma data que responda de forma lógica á essas questões além de que terá de ser uma data citada por outros profetas com algo grau de acerto em prever o futuro.

Cayce falou em auge do Apocalipse para 2017, 2019, 2080? Não, falou claramente em 2036 (está por escrito na fundação cuidada pelos seus familiares)

Cayce sobre 2036 (links direto para o site da sua fundação):

Os links com as profecias do Cayce parecem estar fora do ar. A fundação A.R.E. cobra o valor de 39 dólares pelo acesso anual e irrestrito a toda biblioteca com as profecias "readings". Há outros sites que compilaram em parte todo esse material, por isso deixo a seguir os dois links que abordam sobre as mudanças do ano 36 (use a busca com o control f pelo termo 36 para encontrar as referencias na pagina) que foram abordadas e traduzidas no link acima (pois os textos estão em inglês):


Parravicini falou em auge do Apocalipse para 2017, 2019 ou 2080? Não, falou em 2036 (até no filme que fizeram sobre ele mostraram a mesma data que eu trouxe nos estudos)

Filme (em espanhol, fala sobre 2036 a partir de 1 hora e 36 minutos)  

Em consonância com a profecia do relógio profético citada por Parravicini em vários dos seus desenhos:

Isso sem falar em Nostradamus, João XXIII e tantos outros profetas com grande quantidade e grande porcentagem de profecias cumpridas, todos em uníssono apontando para 2036 como o auge dos eventos, a única data que explica todas as questões levantadas aqui nesse texto sobre as profecias de Jesus no Sermão Profético e no Apocalipse.

Eis a diferença do estudo sobre 2036 para qualquer outra data. É o estudo que explica de forma lógica, racional e, sobretudo inquestionável todo o cronograma de eventos proféticos trazidos por Jesus no Sermão Profético e depois no Apocalipse, sendo que devemos lembrar a importância que Jesus deu ao tema, pois ao final da sua ressurreição prometeu que retornaria enquanto João estivesse ainda vivo, o que fez durante a narrativa do Apocalipse na ilha de Patmos. Ora, se o próprio Cristo deu tamanha importância ao tema (trazer todo o roteiro do futuro da humanidade) é porque ele gostaria que nós compreendêssemos como tudo isso aconteceria.

Não há outra data para o auge dos eventos da Transição Planetária, não há outro cronograma por parte dos guardiões e do Governador da Terra, Jesus. Quem quiser contrariar esse cronograma e esse estudo que traga um estudo respondendo a todas essas questões (o que já se mostrou nesse pequeno texto ser impossível, a não ser que alguém queira desacreditar o que Cayce deixou em sua fundação ainda em vida ou queira mudar a historia anulando o fato que somente em 1967 a cidade de Jerusalém voltou ao domínio hebreu cumprindo assim o marco inicial da profecia de Daniel)

E além de trazer um outro estudo completo contrariando o auge dos eventos da Transição para 2036 (o que já se mostrou impossível) que comprove ter acesso ao cronograma de missões programadas pelos guardiões para os próximos meses e anos a nível mundial (o que venho fazendo desde 2014) trazendo com antecedência informações relevantes sobre fatos que se concretizarão nos próximos meses e anos com alto grau de acerto.

É somente assim que o estudioso/médium comprovará estar ciente do único cronograma mundial da Transição Planetária comprovando que realmente tem acesso às informações privilegiadas sobre o futuro próximo e missões de amplo espectro na Terra que somente aqueles que trabalham junto às equipes superiores de guardiões a nível mundial têm acesso.  

Tanto as profecias cumpridas já trazidas aqui no blog e nos livros lançados sob a supervisão das equipes dos guardiões Anik e Jeremias através deste canal mediúnico comprovando verdadeiro acesso à informações sobre eventos futuros organizados pelas Esferas Superiores bem como a indicação sobre como adquirir essas obras podem ser vistos nos seguintes links:

Profecias cumpridas e saber como adquirir os livros impressos ou em formato digital:



Recentes atentados na França:

Só há um cronograma mundial. Só há uma data para o auge dos eventos da Transição Planetária: 2036.

No próximo texto trarei a explicação completa apontando porque adentraremos em uma Era Nova somente em 2057 segundo as informações trazidas na Codificação através de Kardec e pela mediunidade de Chico Xavier. Com esses dois textos teremos o entendimento completo e embasado sobre o auge dos eventos da Transição Planetária em 2036 e a entrada da Era Nova em 2057, desmontando assim qualquer teoria “profética” que aponte um mundo Regenerado ou Era Nova antes de 2036 ou que aponte, igualmente de forma errônea, uma Terra que ainda não esteja Regenerada após 2057.

Antes de 2036 não há nem auge dos eventos do Apocalipse e nem entrada em Era Nova

Depois de 2057 não existe Terra em guerra ou na expiação

É assim que as profecias apontam em uníssono....sem “futuro alternativo” 

Parte II (A Era Nova em 2057):

http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2017/04/porque-nao-2019-e-porque-nao-2069-2080.html