Vamos
entender no textão a seguir porque os orixás regentes de 2025 serão Omulu e
Xangô (exatamente nessa ordem) e porque não teremos Xangô e Iansã como regentes
do ano. Vamos também descobrir as previsões ligadas a esses dois orixás. Uma
análise interessante que venho trazendo desde o final de 2019 (inclusive no
final daquele ano sendo o único astrólogo que previu em detalhes os efeitos do
que vimos em 2020). No textão a seguir:
Todo
final de ano e início de novo ano acontece um fenômeno curioso no meio
espiritualista: diversos orixás são mencionados como o regente do novo ano.
Lembro que em alguns anos anteriores foram mais de 7 orixás indicados, por
fontes diferentes, que aquele seria o suposto regente do ano ou em outros casos
um par de orixás que regeriam o ano. Mas porque essa confusão acontece todos os
anos? Porque não há um senso comum? No textão a seguir vamos entender porque
Omulu e Xangô (nessa ordem) serão os regentes (as linhas regentes) do ano de
2025 e porque não será um ano regido por Xangô-Iansã (ou qualquer outro orixá
adicional como Oxum ou outros).
Pra
tentar começar a responder essa questão eu escrevi um amplo texto, ao final de
2019, explicando porque não era correto associar a tabela dos dias da semana
como base para identificar o regente do ano. Tradicionalmente, com algumas
pequenas variações, as religiões de matriz africana dividem a semana da
seguinte forma para os orixás:
Domingo:
dia de Exú e Ibeji
Segunda:
dia de Exú e Omulu (Obaluaye ou Xapanã)
Terça:
dia de Ogum e Oxumaré
Quarta:
dia de Xangô e Iansã (Oya)
Quinta:
dia de Oxóssi e Logunedé
Sexta:
dia de Oxalá
Sábado:
dia de Oxum, Iansã e Iemanjá
Por
esse motivo muitos espiritualistas pertencentes às religiões de matriz africana
estão divulgando que o ano de 2025 será regido por Xangô e a Iansã, pois o ano
de 2025 começa exatamente em uma quarta feira. Ocorre que, como explicado no
início desse texto, essa tabela mais popular (ainda que existam algumas
variações) diz respeito à representação dos orixás em cada dia da semana e não
a cada ano.
Percebendo
esse ponto relevante, alguns grandes mestres da Umbanda, o mais relevante deles
notadamente W.W. Matta e Silva, perceberam que existia uma clara
associação/representação do arquétipo de cada uma das 7 linhas da Umbanda com
os 7 astros da Astrologia tradicional.
Por
exemplo: a linha das mães ou linha das águas é claramente identificada com o
arquétipo astrológico da Lua, arquétipo amplamente conhecido na Astrologia e no
Esoterismo, inclusive a linha das águas ou linha de Yemanjá é formada normalmente
por 4 orixás mulheres, representando cada uma, uma das fases da Lua.
Esses
7 astros estudados profundamente nos seus arquétipos, tanto na Astrologia
Tradicional, como no Esoterismo e também na Umbanda Esotérica (os membros da
Umbanda que se aprofundaram nesse estudo) estão representados na estrela de 7
pontas, também conhecida como o relógio dos magos.
Esse
relógio ou estrela de 7 pontas apresenta três ciclos: um ciclo semanal, um
ciclo anual e um grande ciclo de 36 anos.
Ocorre
que tanto esse relógio, como a própria divisão dos dias da semana (em sete) é
totalmente inspirada na mitologia greco romana.
Se
consideramos que a mitologia greco-romana remonta a pelo menos 800 anos A.C. e
que essa mitologia foi inspirada pela Astrologia Tradicional (que surgiu por
volta de 2.000 AC na Babilônia e na Caldéia e ainda existem algumas fontes
históricas que apontam esboços dos 12 signos já há 5.000 AC na Suméria,
apontando que séculos de estudos dos sumérios e mesopotâmios foram compilados e
aperfeiçoados pelos babilônicos e caldeus) e que essa Astrologia estudava os 7
astros visíveis (na época) e associou cada um deles a um conjunto de arquétipos
(criando a mitologia primordial), o que temos na verdade é que a estrutura
setenária está primordialmente baseada no estudo dos arquétipos e da mitologia
associada a esses 7 astros (a Astrologia em si), sendo que já na Caldéia
existia a representação dos ciclos anuais e dos ciclos de 36 anos (deixarei
esse estudo linkado ao final desse texto.
Ou
seja: de forma resumida, a mitologia para os 7 dias da semana se baseia na
mitologia greco/romana que por sua vez tem origem na mitologia dos arquétipos
astrológicos que surgiu na Babilônia/Caldéia.
Portanto,
pela simples lógica (que os pais da Umbanda Esotérica entenderam) não fazia
sentido associar os orixás ao setenário do relógio dos magos (e obviamente aos
7 dias da semana) sem que essa associação respeitasse cada uma das 7 linhas da
Umbanda com cada um dos 7 astros e exatamente por ser necessária essa
associação é que cada uma das 7 linhas da Umbanda não apenas está relacionada a
um dos 7 astros, mas também ao ciclo anual e ciclo de 36 anos que já estava
esquematizado desde a Caldéia e que serviu de inspiração para a mitologia
greco-romana e a divisão dos dias da semana em 7.
Ou
seja, todo o arquétipo que envolve as 7 linhas da Umbanda (e seus respectivos
orixás) é claramente inspirado no arquétipo (conjuntos de mitos e significados)
da mitologia greco-romana, que por sua vez foi totalmente inspirada pelo
arquétipo ou mito primordial que surgiu com a Astrologia, na Babilônia e
Caldéia, que criou um conjunto de significados, mitos (o arquétipo em si) para
cada um dos 7 astros.
Ora,
se cada dia da semana está associado a um dos astros (e obviamente seus
respectivos significados) não faria sentido associar os orixás aos dias da
semana sem observar esses significados, por isso que não apenas é incorreto
usar uma tabela de regência semanal pra regência do ano ou de ciclo de 36 anos
(pois já existe historicamente uma tabela específica para a semana, o ano e o
ciclo de 36 anos) como a própria associação clássica mais utilizada para
associar os orixás aos dias da semana (mostrada no início desse texto) também
está incorreta. Vamos exemplificar:
Domingo
é o dia do Sol (inclusive chamado de Sunday) e como explica Matta e Silva de
forma brilhante, todo o arquétipo astrológico do Sol é exatamente o arquétipo
da linha de Oxalá e dessa forma não faz sentido criar uma tabela de orixás
representando os dias da semana que associe Oxalá com a sexta, pois como
explicado repetidamente nesse texto cada um dos dias da semana representa um
astro, um mito primordial, um arquétipo que veio desde a Astrologia babilônica,
passou pela mitologia greco-romana e serviu de base para toda a mitologia dos
orixás, exatamente o que alguns mestres da Umbanda que conhecem mais a fundo o
Esoterismo como Matta e Silva perceberam. Ou seja, é um astro para cada dia da
semana, com uma linha (das 7 linhas) de orixás para cada dia da semana
equivalente a um dos 7 astros. Essa é associação correta.
Dentro
dessa mitologia primordial de arquétipos temos, portanto, os 3 ciclos (semanal,
anual e de 36 anos) e dentro dessa mitologia o próprio estudo do arquétipo dos
orixás está inserido: cada uma das 7 linhas dos orixás com cada um dos 7
astros. Esses 3 ciclos são explicados no link que deixarei ao final desse
texto.
Como
segundo esse estudo o regente de 36 anos é Saturno (de 2017 até 2052) e o
regente de 2025 é Júpiter, a regência de 2025 é da linha de Yorimá (a linha de
Omulu/ Obaluaye) pois o seu arquétipo é o mesmo de Saturno (regente do ciclo de
36 anos) e também terá a regência da linha de Xangô, pois o arquétipo desse
orixá representa o arquétipo de Júpiter. Portanto, os regentes de 2025 não são Xangô
e Iansã, mas sim Omulu (ciclo maior de 36 anos) e Xangô (ciclo anual).
Por
tudo isso explicado ao longo desse texto não faz sentido querer associar um
orixá regente do dia da semana como regente do ano e muito menos apontar
"par de orixás" como regente do ano, pois o que a Astrologia e a
Umbanda Esotérica estudam são os dois regentes, do ano e do ciclo de 36 anos,
associados cada um a uma das 7 linhas dos orixás, o que aponta que em alguns anos não teremos dois orixás regendo o ano, como aconteceu em 2024, quando o regente do ciclo de 36 anos e o regente do ano eram o mesmo orixá (Omulu, linha de Yorimá). Da mesma forma a própria
tabela comumente usada para associar os orixás aos dias da semana (mostrada no
início desse texto) também está incorreta, pois não está de acordo com o
arquétipo primordial de cada um dos dias da semana, que por sua vez está
associado ao arquétipo de cada um dos 7 astros e que por sua vez está associado
a uma das 7 linhas da umbanda.
Na
semana o dia do Sol é o dia da linha de Oxalá, o dia da Lua é o dia da linha de
Iemanjá (linha das mães ou águas ou yabás), o dia de Saturno é o dia da linha de
Obaluaye (linha de Omulu, linha das almas, linha de Yorimá) e por ai vai, não existe como
associar, por exemplo, o domingo (dia do Sol, Sunday) com Exú e Ibeji, isso
está totalmente incorreto considerando uma associação incorreta entre os orixás
e dias da semana, pois difere da associação correta mostrada no início desse
parágrafo entre a mitologia primordial (estudada há séculos) e a própria
estruturação dos sete dias da semana com base nessa mitologia que está conectada com as 7 linhas dos orixás.
Espero
que esse texto, assim como o texto linkado que explica mais a fundo essa
questão do relógio dos magos, da estrela de 7 pontas e também cita os estudos
de Matta e Silva sobre o tema possa colaborar para diminuir a confusão que
acontece todo ano.
O
texto de 2019 sobre a regência dos orixás (linkado a seguir) inclusive previu
de forma exata o que aconteceu em 2020:
https://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2019/12/orixa-regente-2020-omulu-obaluaye-e.html
A
previsão para 2025 sob a regência de Omulu e Xangô:
https://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2024/12/o-ano-de-2025-o-ano-de-jupiter.html