Com a morte do Papa Francisco a famosa profecia de Malaquias, também conhecida como "Profecia dos Papas" voltou aos holofotes, assim como outras profecias famosas, como a profecia do "Papa negro" de Nostradamus e outras profecias de Nostradamus, que inclusive tem várias profecias sobre os últimos papas no fim dos tempos. Antes de falar sobre três dessas profecias de Nostradamus (que analisarei em seguida sendo que uma delas possui correlação direta com a profecia de Malaquias) vamos falar um pouco sobre o que foi dito recentemente por alguns "especialistas" sobre a profecia de Malaquias (especialistas entre aspas pois pra mim quem não possui um estudo detalhado e comparativo das profecias e especialmente não possui um percentual alto e detalhado na previsão do futuro não tem como fazer qualquer análise sobre como ou quando será a grande tribulação e o ápice do apocalipse).
Nos últimos dias (aliás desde a internação de Francisco) apareceu "especialista" falando em "lista de 113 papas", quando a profecia de Malaquias traz 112 frases, apareceram outros dizendo que se tratava de uma lista falsa, quando na verdade a lista com as 112 frases já é conhecida há séculos e especialmente previu em detalhes e com alto grau de acerto os últimos papas, especialmente os últimos oito.
O fato inegável é que a lista apresentou nas últimas décadas um alto grau de acerto e já é conhecida há séculos, sendo que nessa lista se formos seguir em ordem cronológica, o papa Bento XVI seria o penúltimo Papa da lista enquanto que o Papa Francisco o último papa. Dito isso (ou seja, considerando esse fato independente de qualquer opinião) temos duas simples conclusões:
Ou a profecia de São Malaquias errou quem seria o último papa (pois pelo menos teremos mais um papa eleito nos próximos dias) ou há uma interpretação que explique porque Francisco não seria o último papa e que o próximo papa sim seria o "Pedro Romano" descrito como o último papa da profecia de Malaquias. Antes de aprofundar essa questão vamos analisar três quadras importantes de Nostradamus que inclusive permitirão compreender a análise que farei sobre a profecia de Malaquias no decorrer desse textão.
NOSTRADAMUS PREVIU UM PAPA NEGRO?
Vamos conhecer a famosa quadra que supostamente teria previsto um papa negro:
Centúria I - Quadra 43
"Avant
qu’advienne le changement d’Empire,
Il
adviendra un cas bien mervellieux,
Le
champ mué, le pillier de Porphire
Mis, tranflaté fus le rocher noilleux"
“Antes
que advenha a mudança de império
Virá um caso bastante maravilhoso
A fortaleza mudada, o pilar da rocha
(porfírio)
Mas transmutado sobre o rochedo negro.”
Essa quadra eu já havia interpretado em 2013, pouco depois da eleição de Francisco. O Império é a Igreja Católica, o caso maravilhoso (pessoa, ato ou fato extraordinário, surpreendente segundo o dicionário) é a renúncia do papa Bento XVI. A rocha é a representação da Igreja, na Bíblia a pedra, a rocha, o primeiro papa é Pedro. A fortaleza que mudará, que é o pilar da rocha (papa, pilar da Igreja). A rocha sendo transmutada significa a mudança de papa e a eleição do rochedo negro, ou seja, um papa negro. Francisco foi eleito substituindo Bento XVI que renunciou e por ser jesuíta utilizava as tradicionais vestes negras. Dessa forma essa profecia de Nostradamus já estaria cumprida, pois claramente fala da mudança de pontificado após um caso "bastante maravilhoso" (no sentido de extraordinário, incrível, relacionado à Igreja), caso esse que foi a renúncia de Bento XVI,o que reforça a interpretação que tal quadra não se aplicaria ao momento presente do atual conclave de 2025.
Em outra quadra (que eu também interpretei em 2013) Nostradamus também previu um acontecimento inusitado na Igreja (os dois papas ao mesmo tempo) e com a recente morte de Francisco a interpretação dessa quadra se torna cristalina:
Centúria V - Quadra 92
"Apres
le fiege tenu dixfept ans,
Cinq
changeront entel revolu terme
Puis
feral'vn efleu de melmtemps
Qui des Romains ne fera trop conforme"
“Depois
que o trono real completar 17 anos
Cinco
mudarão em tal termo de revolução
Depois
será eleito um de mesmo tempo
Que dos romanos não será muito concordante”
Pio XI, o papa que assinou o tratado de Latrão em 1929 e morreu em 1939 ficou exatamente 17 anos e 4 dias no trono papal. Depois dele foram eleitos cinco papas (Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II) que mudaram de trono exatamente da mesma forma: ao morrer. Ou seja, mudaram no mesmo termo de revolução.
O sexto, Bento XVI, mudou o trono papal sem morrer, de forma diferente. “Depois dos 5 papas será eleito um de mesmo tempo”, ou seja, que terá 17 anos como papa a partir da sua eleição. Bento XVI ficou 7 anos e 315 dias como papa e desde o final de fevereiro de 2013 até sua morte em 31 de dezembro de 2022 foi o primeiro e único papa emérito, ou seja, desde a sua eleição até a sua morte (período que foi papa e depois papa emérito) ele permaneceu 17 anos e 08 meses. Por fim a sua renúncia rompendo com uma tradição de séculos explica o verso final "que dos romanos não será muito concordante".
Há ainda uma terceira quadra trazida por Nostradamus que fala, ainda de forma mais clara, sobre o período que a Igreja teve dois papas:
Centúria III - Quadra 5
"Pres
loing defaurde deux grands luminaires,
Qui
furviendra entre Avril & Mars
O
quel cherté! mais deus grands debonnaires,
Par terre & mer secourrount toutes parts"
“Próximo
à “LOING” a falta de dois grandes luminares
Que
virá entre Abril e Março
Ó
que carestia! Mas dois grandes "de bons ares"
Por terra e mar socorrerão todas as partes.”
Há duas quadras nas quais Nostradamus usa o anagrama "loing" (além dessa C3Q5 há a C3Q19), um recurso que ele utilizou em diversas outras quadras como por exemplo com o termo "jovialiste" e "chiren".
“Loing” é um anagrama para o papa Bento XVI (estudo que eu trouxe lá em 2010 no blog), primeiro porque o nome de Bento XVI é Joseph Aloisius (LOI) Ratzinger (ING). Além disso a palavra LOING tem dois algarismos romanos (LI) que somados equivalem à 51, enquanto que os algarismos romanos de Bento XVI também resultam em 51 (se você multiplicar XV e somar ao I).
Quando a quadra fala em "próximo à LOING a falta de dois grandes luminares" é uma clara referência ao período que tivemos dois papas e que próximo à morte de Bento XVI (loing) ocorrida no último dia de 2022, pouco mais de dois anos depois aconteceu a morte de Francisco, ou seja, próximo da morte de Bento XVI a falta do segundo luminar da Igreja, Francisco, já que por vários anos ambos foram papas ao mesmo tempo (um de fato e um emérito)
Bento XVI assumiu o pontificado em abril de 2005, enquanto Francisco assumiu o pontificado em março de 2013, ou seja, a previsão deixa claro que está falando do período que a Igreja teve dois papas (luminares), ou seja, a profecia foi exata: os dois luminares vieram entre abril (eleição do primeiro, Bento XVI) e março (depois, Francisco eleito)
Em março de 2020 a OMS declarou a covid como uma pandemia, a "carestia" (crise social e econômica acompanhada de problema no fornecimento de alimentos, epidemias e aumento na mortalidade) e aqui Nostradamus ainda deixa claro que estava vendo nitidamente o cenário futuro: fala em dois (papas) de "bons ares", uma referência que apesar dos "ares contaminados" pelo vírus os dois papas permaneceriam vivos e a mais óbvia de todas, que o papa a comandar o mundo católico nessa crise vinha de Buenos Aires.
Por fim na última linha a clara referência a pandemia (que atingiu todo o mundo): por terra e mar todas as partes (do mundo) seriam socorridas com a vacina, exatamente o que aconteceu no período que a Igreja teve dois papas, mais claro do que isso impossível. Vale ainda ressaltar que a outra quadra (C3Q19) que cita "loing" também fala em um período de "grande pestilência", ou seja, a interpretação de "loing" como Bento XVI é totalmente correta.
Dito tudo isso, fica evidente que Nostradamus previu, em ao menos 3 quadras um período que a Igreja teria dois papas ao mesmo tempo. E esse acontecimento único nos últimos séculos é a chave para que possamos compreender a profecia dos papas de São Malaquias, que talvez não esteja errada na previsão sobre o último papa (o que saberemos em alguns dias).
UMA RELEITURA DA PROFECIA DOS PAPAS DE SÃO MALAQUIAS
Como expliquei no início desse estudo ou a profecia de Malaquias (A Profecia dos Papas) errou a previsão sobre o último papa, mesmo com alto grau de acerto na descrição profética dos papas anteriores ou, em uma segunda hipótese, há uma explicação que coloque não o Papa Francisco como o último pontífice da lista, mas sim o Papa que o sucederá em alguns dias.
Caso o sucessor de Francisco esteja claramente dentro das características que Malaquias denominou para o último Papa como “Pedro Romano” (há vários cardeais concorrendo com “Pedro” no nome e também nascidos na Itália, ou seja, pertencentes ao berço do Império Romano), então nesse caso a análise que eu trarei a seguir pode ser a explicação para a lista de Malaquias. Entretanto, caso o sucessor de Francisco não esteja claramente dentro das características proféticas de “Pedro Romano” então teremos a certeza de que a profecia de Malaquias infelizmente errou quando e como viria o último Papa, mesmo que desde 1595 (quando foi publicada) tenha acertado com ótima precisão a maioria dos papas eleitos desde então.
Feitas essas considerações vamos ao estudo a seguir que tenta interpretar como a profecia de Malaquias indicou que o sucessor de Francisco (e não Francisco) é que seria o último Papa, Pedro Romano.
Primeiro ponto a ser compreendido é que a profecia de Malaquias para o penúltimo Papa da lista, a frase 111 em uma lista de 112 frases é descrito como “Gloria Olivae”.
A palavra "oliveira" (no singular) é em latim "oliva" ou "olea", enquanto a palavra "oliveiras" é oleae ou olivae em latim. Portanto a famosa profecia de Malaquias sobre o penúltimo Papa (111º) da lista de 112 frases que fala "Gloria olivae" não se traduz como "glória da oliveira”, mas sim como "glória das oliveiras" (no plural).
Vimos há pouco que outro profeta com grande porcentagem de acerto (Nostradamus) fez não uma, mas várias profecias sobre um período com dois papas. Considerando esse acontecimento (dois papas ao mesmo tempo por vários anos, em uma Igreja única fora de um período de Cisma) a explicação para a profecia de Malaquias é que a profecia dedicada ao penúltimo papa, “Glória das Oliveiras” representa, ao mesmo tempo, o pontificado de Bento XVI e de Francisco e que o sucessor de Francisco, esse sim, seria o “Pedro Romano” previsto por Malaquias.
Porém, para que essa hipótese seja ao menos considerada é preciso encontrar, primeiro, uma clara associação entre “Glória das Oliveiras” e o pontificado de Bento XVI e Francisco. E aqui as coisas começam a ficar interessantes, pois temos não uma, mas duas referências bíblicas sobre “Glória das Oliveiras”.
A primeira delas está no livro de Apocalipse:
“Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Deus da terra.” (Apocalipse 11:4)
A imagem de duas árvores (oliveiras) e dois candelabros representa entre outras coisas a imagem da Menorá e do Chanukiá, os dois tipos de candelabros utilizados na Festa das Luzes no Judaísmoo.
A Menorah possui 7 braços e o Chanukiá possui 9 braços. É exatamente através do óleo produzido pelas olivas das oliveiras que se produz a luz (glória) em cada braço da Menorá e do Chanukiá.
Os dois candelabros somam exatamente 16 braços, sendo que desde que a Igreja se tornou um reino (Vaticano) Bento XVI e Francisco foram exatamente o sétimo e oitavo papa, ou seja, eles são as duas oliveiras que completam os 16 braços (8 papas) dos dois candelabros. É importante relembrar que a Igreja de Pedro surgiu nos seus primórdios exatamente a partir de judeus seguidores do Cristo.
Mas há ainda outra referência bíblica: a Paixão de Cristo. Na sua entrada triunfal em Jerusalém praticamente uma semana antes de ser crucificado, Jesus foi recebido por uma multidão exatamente na descida do Monte das Oliveiras, da mesma forma que após a sua crucificação e sua ressurreição por 40 dias, a sua subida aos céus após esses 40 dias foi exatamente no Monte das Oliveiras, quando em corpo glorioso (corpo com o qual se manifestou por 40 dias) ele subiu aos céus. Exatamente o período que envolve a Paixão de Cristo e a ressurreição corresponde à festa mais importante do mundo Católico: a Páscoa.
Na liturgia Católica o domingo de Ramos (que simboliza a chegada de Jesus à Jerusalém) é o domingo anterior ao domingo de Páscoa, quando Jesus ressuscitou. Após esses 40 dias ressurreto, Jesus subiu aos céus exatamente no Monte das Oliveiras. Portanto a profecia sobre a “glória das oliveiras” representa exatamente o período da ressurreição, em corpo glorioso, no qual Jesus esteve ressuscitado.
Bento XVI foi eleito em 19 de abril de 2005 – o domingo de Páscoa em 2005 foi no dia 27 de março, ou seja, Bento XVI foi eleito no 24º dia da ressurreição de Jesus.
Francisco foi eleito em 13 de março de 2013 – o domingo de Páscoa em 2013 foi no dia 31 de março (19 dias antes da ressurreição)
A Páscoa é a festa mais importante para o mundo católico e foi exatamente poucos dias após essa data, durante o período da ressurreição de Jesus que Bento XVI assumiu. Poucos dias antes da Páscoa após Ratzinger ter “morrido” como papa e “ressuscitado” como papa emérito, Francisco se tornou o novo papa e teve como primeira responsabilidade exatamente comandar os festejos da Páscoa. Além de tudo isso Francisco morreu exatamente no dia seguinte ao domingo de Páscoa.
Se considerarmos que a “glória das oliveiras” representa exatamente a Páscoa e a ressurreição, os dois papas tiveram o início e final do seu pontificado diretamente relacionado à Páscoa e além disso foi a primeira vez que a Igreja teve um papa emérito: nas outras três oportunidades que papas abdicaram em vida do pontificado nenhum deles permaneceu como papa emérito.
Por toda essa condição única envolvendo um pontificado duplo (ainda que de fato após a renúncia de Bento XVI, Francisco tenha sido o papa de fato), o 111º nome e penúltimo da lista de Malaquias pode não ter errado, mas sim ter se referido a um período de um duplo pontificado, começado com Bento XVI e terminado com Francisco muito próximo da Páscoa e ressurreição, representando a “glória das oliveiras”, quando um Papa (Bento XVI) assumiu exatamente durante a ressurreição pascal, "morreu" como Papa e "ressuscitou" como Papa Emérito exatamente um pouco antes da Páscoa permitindo que Francisco conduzisse a principal festa do mundo Católico e exatamente foi o final da Páscoa que marcou o fim do pontificado de Francisco.
Tal interpretação obviamente se diferencia das 110 frases anteriores (uma para cada papa), porém o último da lista de previsões (112) também é totalmente diferente dos demais (uma descrição mais longa do que uma simples frase), o que reforça como interpretação possível a de que a 111º profecia da lista de 112 frases de Malaquias se refira a dois papas pois ambos ostentaram o título papal ao mesmo tempo por vários anos, com o início do primeiro pontificado e final do segundo pontificado exatamente durante a ressurreição de Cristo, a glória das oliveiras.
Dito isso o último papa da lista da profecia de Malaquias seria o último papa, aquele que presenciaria a grande tribulação e a queda de Roma (cenário amplamente descrito nas principais e mais confiáveis fontes proféticas do mundo) algo que estaria de acordo com o amplo estudo das profecias que aponta o ápice dos eventos para 2036 (em aproximadamente 11 anos) dentro de uma janela temporal de um pontificado.
112 OU 113 PAPAS NA LISTA DE MALAQUIAS
A famosa profecia dos Papas de São Malaquias (que está em destaque na imagem acima) está contida no livro “Lignum Vitae Ornamentum et Decus Ecclesiae”, um conjunto de cinco livros no qual a profecia está mais precisamente no segundo livro (Liber Secundus), página 311. Deixarei esse livro linkado a seguir para que o próprio leitor interessado no tema confira:
A obra foi lançada em 1595 pelo monge Arnold Wion, sendo que ele atribui as profecias à Malaquias, arcebispo que viveu na Irlanda no século XII e contém 112 frases em latim, sendo que 111 delas são frases curtas, com 2 a 4 palavras correspondentes cada uma das frases a um papa. A discussão começa exatamente por conta da última frase (a 112) que fala sobre o último Papa, o descrevendo como Pedro Romano.
Se o leitor observar atentamente, logo abaixo da frase 111 da lista há dois parágrafos: Logo abaixo da linha que descreve "Gloria Olivae"(glória das oliveiras) há uma linha muito maior do que todas as demais linhas onde está escrito "In pescutione extrema S.R.E ugedebit. (Na perseguição final à Santa Igreja Romana ele vai arar) e logo abaixo dessa linha há a linha que descreve Pedro o Romano: "Petrus Romanus, qui pascet oves in multis tribulatiónibus; quibus transáctis, civitas septicóllis diruétur, et ludex treméndus iudicábit pópulum ſuum. Finis" (Pedro, o Romano, que alimentará as ovelhas em muitas tribulações; quando acabarem, a cidade dos sete montes será destruída, e o temível Juiz julgará o Seu povo. O Fim."
Como o parágrafo "In pescutione extrema S.R.E ugedebit." já é diferente (pois é maior que todas as outras descrições proféticas de cada papa) essa descrição foi naturalmente associada com a descrição do parágrafo final que fala de Pedro Romano, pois o parágrafo "In pescutione extrema S.R.E ugedebit." já fala em uma perseguição final, extrema, muito mais adequada ao cenário de grandes tribulações descrito no longo parágrafo final sobre Pedro Romano.
Além dessa constatação o cenário que marcou o pontificado de Francisco não foi o cenário de uma "perseguição final", portanto não faria sentido associar Bento XVI como "gloria das oliveiras" e o trecho que descreve "Na perseguição final à Santa Igreja Romana ele vai arar" (penúltimo parágrafo) à Francisco, especialmente porque se considerarmos o penúltimo e último parágrafo como um único vaticínio (diferente de todos os demais) faz muito mais sentido considerar a imagem de Pedro Romano como um pastor que vai arar (ugedebit) a terra em um momento de grandes tribulações e perseguição final à Igreja antes do grande juízo.
O termo utilizado "ugedebit" não se traduz como "ele vai sentar”, mas sim "ele vai arar" (no sentido de preparar a terra para o cultivo) da mesma forma que como explicado anteriormente "olivae" significa oliveiras e não oliveira, considerações importantes já que a maioria dos sites que divulgam a profecia dos papas divulgam uma tradução errada (sentar ao invés de arar, oliveira ao invés de oliveiras).
É importante fazer essas longas considerações pois tenho visto muitos autoproclamados "especialistas" em profecias falando da lista de Malaquias como uma lista de 113 frases ou 113 papas quando na verdade, como amplamente explicado aqui a lista contém 112 frases.
Seja considerando uma lista com 112 nomes (como eu considerei ao analisar Glória das Oliveiras como o período de papado duplo que precede o último papa) ou considerando um malabarismo interpretativo que tente encaixar Francisco a um suposto nome adicional entre "Gloria Olivae" e "Petrus Romanus", de uma forma ou de outra a lista de São Malaquias aponta claramente que o Papa que será eleito como substituto de Francisco é o último nome da lista e que definitivamente os acontecimentos proféticos relacionados à Grande Tribulação estão cronologicamente próximos de acontecer.
Ah.... e apenas por curiosidade: considerando os papas eleitos a partir da publicação do livro (em 1595) o próximo Papa será o trigésimo sexto (36).
OS DOIS FAVORITOS (PROFETICAMENTE FALANDO)
Dois cardeais correspondem exatamente, de forma cristalina, à definição de “Pedro Romano”: Pietro Parolin e Pierbatistta Pizzaballa, ambos têm “Pedro” como nome e ambos são italianos. Caso um deles seja eleito, então certamente a interpretação feita nesse texto explicaria a profecia de Malaquias para o penúltimo papa. Mais precisamente se o nome de Pizzaballa for o escolhido a profecia estará ainda mais completa, pois nas profecias de João XXIII (trazidas na obra de Pier Carpi e que previu a vinda de JPII e Gorbachev ao mesmo tempo sendo que o livro foi lançado anos antes desse fato acontecer) é mencionado que o Papa do fim dos tempos (como descrito no 112º e último nome da profecia de Malaquias que fala no período de juízo e perseguição da Igreja) será um franciscano (Pizzaballa é franciscano).
Além disso Pizzaballa tem 60 anos, completados exatamente no dia 21 de abril (dia da morte de Francisco e da fundação de Roma) e é o cardeal de Jerusalém, o que colocaria um encaixe perfeito como Pedro Romano ou “Pedro II”, pois a Cristandade se iniciou exatamente em Jerusalém.
Curiosamente nas bolsas de aposta sobre o próximo Papa dentre dos seis primeiros nomes três deles são Pedro: Pietro Parolin, Peter Turkson e Pierbatistta Pizzaballa (além de Peter Erdo que consta na lista dos dez primeiros)
No próximo texto trarei a análise astrológica do conclave apontando porque os nomes de Parolin e Pizzaballa são não apenas os nomes mais fortes profeticamente falando com base nas profecias, mas também aqueles com os melhores mapas astrológicos para a definição do próximo pontífice.
Por fim, ao corajoso leitor que chegou até o final desse texto enorme eu deixarei os links para a obra original em francês de Nostradamus (que contém as quadras e sextilhas) e também o link da página que fala sobre o estudo completo sobre 2036.
Livro
original em francês com as profecias de Nostradamus:
https://archive.org/details/lesprophtiesdemm00nost
O
estudo completo sobre a profecia de 2036: