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28 de jan. de 2013

Por Que a Nova Era Ainda Não Começou (Parte III) - A "Era de Aquário", A "Era de Luz" e A "Era de Regeneração"



Parte II: AQUI  



A ERA DE REGENERAÇÃO

Kardec expôs, como mostrado no texto anterior, o que é uma Era de Regeneração.

Mundos em Regeneração são mundos onde TODOS os espíritos buscam a prática do amor, tem a consciência de que a busca por essa prática e o conseqüente melhoramento moral é o verdadeiro caminho para a evolução e por terem essa consciência praticam com sinceridade essa busca, não necessitando mais de provas e expiações atrozes que fazem parte de mundos expiatórios, como a Terra é atualmente e assim o será até o auge da Grande Tribulação em 2036, quando as almas pertinazes no mal serão totalmente apartadas da esfera terrestre.

Vamos relembrar então o que Kardec falou sobre os mundos de regeneração:

"a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis." (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 3, item 17)

A busca pela prática do amor na alma de todos os seres (em todas as frontes a palavra amor está escrita), perfeito equilíbrio nas relações sociais (não existem mais guerras ou as diferenças que existem hoje, onde poucos têm muito e muitos têm muito pouco, atualmente são praticamente um bilhão de miseráveis no mundo). As drogas, bebedeiras, sexualidade descontrolada com múltiplos parceiros ou parceiras ao mesmo tempo, tudo isso são paixões desordenadas citadas por Kardec, as quais a maioria da humanidade atual ainda vivencia. Justamente por todo esse conjunto de valores, a humanidade ainda está na Era de expiação e provas e não numa Era de Regeneração.

E qual a forma de ocorrer a mudança de Era? As profecias de Jesus no sermão profético e no Apocalipse esclarecem: grandes eventos de ordem natural que irão retirar do planeta as almas desequilibradas moralmente, materialistas, cheias de ódios, vaidades e orgulhos, permitindo que as almas que permanecerem possam reconstruir o planeta (fisicamente e socialmente) com valores mais nobres e sem a presença, hoje ampla, de tantos bilhões de almas em desequilíbrio.

Com a retirada de um imenso número de almas revoltosas até os idos de 2036, a Terra ficará nas mãos de almas que irão trazer uma forma mais fraterna de convivência para o mundo, permitindo que após a reconstrução do planeta, já seja possível dizer que pelos idos da década de 50 do terceiro milênio, estaremos no amanhecer da Era de Regeneração. Segundo Joana de Angelis e Emmanuel, assim acontecerá, entre 2052 e 2057, quando se iniciará propriamente a nova era, que estará totalmente estabelecida pelos idos de 2072.

O ano de 2036 marcará, portanto, o auge da transição planetária (diminuto período, e não uma era, pois está inserido ainda na Era de expiação e provas), apesar de que ainda não estaremos imediatamente após esse evento ( o auge da transição) na Era de Regeneração, visto que os bilhões de sobreviventes passarão por duras provas para reconstruir a Terra fisicamente e socialmente e, separados dos exilados que não mais estarão na Terra, poderão provar através do trabalho de reconstrução e da fraternidade, que merecem viver numa Era de Regeneração.


A ERA DE AQUÁRIO

Com a enxurrada de desinformações que vieram junto com a “profecia” maia (lembrando que os principais códices maias que são o Popol Vuhl e o de Dresden  nada falam sobre 2012), vieram também os defensores de que 2012 marcaria o início na Era Astrológica de Aquário.

A Astrologia é uma ciência e seus cálculos independem da vontade pessoal de quem os estuda. Temos 12 signos, não adianta um cidadão chegar e dizer que existem 13 signos proporcionais aos 13 baktuns da “profecia” maia.

Uma nova era se inicia quando o Sol, no dia do equinócio de outono(hemisfério sul) ou primavera (hemisfério norte) nasce de frente para uma nova constelação. Isso leva entorno de 2160 anos. Segundo os cálculos da união astronômica internacional, a borda entre as constelações de Peixes (atual) e de Aquário (próxima), estabelece o início da nova era astrológica pelos idos de 2600 (ou seja, pra daqui a mais de 500 anos)

Todos os astrólogos conhecidos como Elsa Glover e Shepard Simpson por exemplo, colocam o início da nova era muito próximo a essa data, variando entre 2630 e 2680.

Baseados nesses cálculos, é que os astrólogos sabem quando começa e termina uma Era. A Era de Peixes, por exemplo, se iniciou no ano de 498.

A vibração energética da nova era astrológica começa a ser sentida aproximadamente 500 a 550 anos antes da sua chegada verdadeira, ou seja, quando uma Era atinge entorno de 75% a 80% do seu período, a vibração da Era seguinte começa a ser percebida.

Mesmo assim, ainda estaríamos a quase 100 anos de começar a sentir essa vibração e a mais de 500 anos de entrar realmente na Era de Aquário.

Sendo assim, segundo os postulados elementares da Astrologia não estamos na Era de Aquário e nem entramos na Era de Aquário em 2012.




A ERA DE LUZ

Junto com a “onda” da “profecia” maia surgiu uma enxurrada de teorias sem qualquer base cientifica ou astrológica, uma dessas teorias é de que a Terra e o Sistema Solar girariam ao redor de Alcyone, permanecendo 10.800 anos na “escuridão” (fora do cinturão de fótons) e 2.160 anos na “luz” (dentro do raio de atuação do cinturão de fótons).

Antes de mais nada, fica a pergunta: será que um banho de fótons muda a personalidade de bilhões de pessoas? Não seria a mudança, pra melhor, na personalidade de cada pessoa, um processo de crescimento interno, na busca da reforma moral de valores negativos? Fótons não deixam ninguém melhor ou pior moralmente, a mudança é interna, a lapidação interna dos valores pessoais de cada pessoa depende da atitude pessoal de cada um e não de um “banho de luz coletivo”.

Mesmo considerando que uma grande quantidade de energia extra seja enviada para a Terra, essa energia vai no máximo ajudar a manter um mínimo de equilíbrio na já castigada estrutura energética do planeta. 

Entretanto, está longe de ser uma “era de luz”, visto que enquanto existir no planeta a turba de bilhões de almas que precisam ainda ser exiladas, as toxinas mentais dessas almas ainda produzirão grandes desequilíbrios na estrutura energética do planeta.

Da mesma forma que uma casa não está limpa enquanto a sujeira permanece, da mesma forma ocorre com a Terra: enquanto os futuros exilados não forem apartados do planeta, a Terra continuará mergulhada numa vibração coletiva de bilhões de almas em desequilíbrio, o que reflete a ainda era de expiação e provas, visto que as Eras refletem o padrão global de comportamento da humanidade.

Sendo assim, somente quando o padrão moral da maioria mudar é que a Terra mudará de Era.

Mas vamos refletir sobre a tal teoria de que a Terra gira , junto com o sistema solar, ao redor de Alcyone:

A Terra é um mundo de expiação e provas, isso é algo facilmente observável, entretanto existem diversas informações de fontes espíritas e espiritualistas sobre a existência de civilizações muito mais evoluídas que a Terra dentro do sistema solar, mundos como Júpiter e Saturno, muito acima evolutivamente da Terra, mundos inclusive que já passaram pelo nível de regeneração e se tornaram lares de almas muito evoluídas moralmente. Ora, como explicar que esses mundos fossem arrastados para longas eras de escuridão do sistema solar junto com a Terra? Como explicar que os mundos do sistema solar ficassem fadados a viver ciclicamente sempre entre milhares de anos na escuridão e poucos milhares de anos na luz? Do ponto de vista da lógica, da evolução dos mundos, isso não faz o menor sentido.  

As Plêiades (onde está localizada Alcyone) estão a aproximadamente 125 parsecs ou 407.5 anos luz de nosso sistema solar. Um cálculo rápido mostra que se nosso Sol estivesse nesta órbita, então sua velocidade orbital seria de um pouco mais de um décimo da velocidade da luz. Isto é aproximadamente 32,000 Km/seg. Esta velocidade seria aparente, não só para astrônomos, mas para todas pessoas, já que as constelações mudariam dramaticamente no curso de uma única vida se isto fosse verdade. A questão é que esse drástico movimento não ocorre, o que por si só já invalida a teoria dos defensores de uma era de luz em 2012.

As Plêiades são um agrupamento de aproximadamente 100 estrelas com uma idade média estimada em 78 milhões de anos. Estas são estrelas muito jovens, muito mais jovens que nosso próprio Sol, que se estima ter 5 bilhões de anos, muito mais jovens até mesmo que nosso próprio planeta, a Terra. Estudos dos movimentos próprios destas estrelas, ou de seu movimento pelo espaço, mostraram que elas estão no processo de dispersão. Não há nenhuma evidência que estas estrelas orbitem Alcyone. Não há nenhuma evidência de planetas ao redor (orbitando) de quaisquer destas estrelas (Plêiades).

Por uma simples questão de lógica, o Sol, a Terra e demais planetas do sistema solar, muito mais antigos que Alcyone A (estrela Eta Tauri) ou qualquer das estrelas do aglomerado das Plêiades, não poderiam orbitar estrelas que sequer existiam, a bilhões de anos, quando o Sol e os planetas do sistema solar já existiam.


Mas não acaba por aí, existem ainda outros problemas: O Sol se afasta 7 mil kilômetros por segundo de Alcyone. Caso estivesse orbitando a brilhante estrela das Plêiades isso jamais aconteceria.

Mas faltou ainda uma questão: os defensores da teoria de Alcyone como centro de um sistema orbitado pelo nosso Sistema Solar, com início de Era de luz, apocalipse maia e outras baboseiras, afirmam que 4 astrônomos, após “amplos e minuciosos cálculos” atestaram que essa teoria é verdadeira. Os nomes citados são esses: Friedrich Wilhelm Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Sola e Edmond Halley.

Pra começo de conversa, um deles nunca foi astrônomo, trata-se de Paul Otto Hesse que foi um escritor esotérico alemão que publicou um livro em 1949, chamado “O Dia do Juízo” (The Recent Day / Der Jungste Tag) onde ele apresenta essas idéias do Sol e do Sistema Solar orbitando Alcyone, sem qualquer base científica pra tal afirmação e rejeitando todos os dados básicos de Astronomia que foram mostrados até aqui. Mas e os demais três nomes, que realmente foram astrônomos?

Edmond Halley - britânico, astrônomo e matemático (1656-1742)
Friedrich Wilhelm Bessel - alemão, astrônomo e matemático (1784-1846)
José Comas Sola – espanhol, astrônomo (1868-1937)

Nenhum dos três jamais participou ou apoiou qualquer estudo ou hipótese de uma possível órbita do Sol em torno de Alcyone. Halley e Bessel estudaram as Plêiades, mas seus estudos foram voltados para o movimento próprio de suas estrelas, o que nada tem a ver com as idéias de Paul Hesse. Sola realizou amplos estudos voltados pra descoberta de asteróides (descobriu 11) também escreveu em um jornal quinzenalmente de 1893 até 1937 artigos sobre Astronomia, assim como publicou alguns livros e em nenhum deles defendeu tal idéia do Sol orbitando Alcyone.

Quem quiser conferir a páginas deles:

José Comas Sola: AQUI 

Edmond Halley: AQUI  

Friedrich Wilhelm Bessel: AQUI  

Paul Otto Hesse: AQUI  

Quem utilizar o Google Chrome, basta clicar na opção de traduzir a página no topo quando a página carregar.

Em virtude de todas essas evidências cristalinas é possível afirmar sem a menor sombra de dúvida: A Terra e o Sistema Solar não orbitam Alcyone, assim como não adentramos em Era de Luz alguma em 21 de dezembro de 2012.

Pra finalizar essa série de 3 textos, devemos lembrar sempre as sábias palavras do Messias, no sermão profético e no Apocalipse. Ele, o maior de todos os profetas, deixou claramente exposto o cronograma para as grandes mudanças de ordem planetária até que venha surgir a nova terra e o novo céu, o lar onde poderão viver apenas os mansos e pacíficos. Observando o mundo atual, a atual conjuntura da sociedade a nível global, percebemos facilmente que continuamos na Era de Expiação e Provas, o que de forma alguma impede que as pessoas esclarecidas e de boa vontade na busca da sua própria melhoria moral invistam com ainda mais vontade na sua evolução espiritual.

Não é porque a Terra ainda é um mundo de expiação e provas, que as pessoas de boa vontade deverão se acomodar ou esperar uma intervenção divina, muito pelo contrário. Qualquer pessoa pode e deve buscar viver segundo os padrões morais de uma Era de Regeneração, mesmo que viva em um mundo de Expiação e Provas como é a Terra atualmente; Jesus e tantas outras almas iluminadas deram esse exemplo e é isso que as pessoas de boa vontade devem buscar se espelhar: viver exercendo os valores que são esperados de um espírito para um mundo de Regeneração, mas com a consciência de que a Terra ainda é um mundo de Expiação e Provas em virtude da presença da maioria dos espíritos (algo entorno de 2 terços) que não possuem padrão vibratório para viver em um mundo Regenerado.

Não irá demorar muito tempo até que chegue a nova era, mas ela nascerá através de um duro parto, onde aqueles que não forem exilados terão de provar o seu valor moral na fraternidade e no árduo trabalho em beneficio do próximo. 

Quem espera confetes, ascensões miraculosas, hosanas e homenagens na entrada de uma nova era está, infelizmente, redondamente enganado. A nova era nascerá mediante duras contrações planetárias, para que assim um novo sopro de vida planetário seja sentido por todas as futuras almas que encarnarem na Nova Terra.

Que cada um de nós possa vivenciar sempre as experiências espirituais, ricas de emoção e sentimento mas sempre  as analisando com o crivo da razão, da comparação cientifica e da lógica, pois nem tudo que reluz é luz. O equívoco da “profecia” maia é um exemplo disso.

A retomada das pirâmides astrais da Gizé: AQUI 

Aliás é preciso relembrar que a retomada das pirâmides astrais de Gizé no dia 21 de dezembro de 2012 (ver link acima), o início da ofensiva dos guardiões ocorreu nessa data não porque os maias tivessem previsto o confronto pra essa data, mas sim porque os guardiões quiseram aproveitar o momento decisivo que foi criado pela crença de milhões de pessoas e dessa forma agir sobre a gigantesca egrégora criada em cima da “profecia” maia e que atingiu negativamente milhões de pessoas em todo o mundo. 

Caso as lendas ao redor da “profecia” maia não tivessem ganhado a proporção que ganharam, os guardiões realizariam tal ação em algum momento entre 2012 e 2013, pois essa ação já estava programada com um conjunto de outras ações para as duas décadas finais antes do ápice da Transição em 2036. Mas como se criou uma enorme egrégora mundial, atingindo milhões de pessoas e controlada por magos negros, os guardiões agiram exatamente no momento em que a maioria dessas milhões de pessoas estivesse sintonizada mentalmente com a data “profética” e assim pudessem enfraquecer essa egrégora.

Nunca existiu “profecia” maia sobre apocalipse, inicio de uma nova era ou ascensões miraculosas. Na cultura maia, existe apenas uma única e pequena menção sobre o  final do baktun 12 e início do baktun 13, para muitos o dia 21 de dezembro de 2012 (apesar de que existem controvérsias sobre o dia exato no calendário), essa pequena menção é uma pequena inscrição encontrada na Costa Rica, nas ruínas de Tortuguero, que fala sobre a volta de uma deidade maia denominada Bolon Yokte, ligada a guerra e a criação. O que os maias verdadeiramente previram não foi nem apocalipse e nem inicio de uma nova era, mas sim o inicio de uma guerra no astral do planeta Terra, com a ofensiva dos guardiões sobre as bases trevosas do planeta, entre algum momento de 2012 e 2036, (e não exatamente em 21 de dezembro) para que através dessa guerra no astral fossem criadas as condições para o início da vinda de uma nova era. Os maias representaram essa visão através da deidade que representava a guerra para criar algo novo.

É através dessa guerra espiritual, através da ofensiva dos guardiões que nos próximos 24 anos realizarão a destruição completa dos feudos de magos negros no astral inferior, que serão criadas as condições para que ocorra o exilio planetário, inclusive de magos negros e dragões.

Cabe as pessoas buscarem a própria renovação moral, pois a renovação moral da coletividade humana só ocorrerá após o expurgo planetário de bilhões de almas, para que então seja iniciada uma nova era.

O Codex de Dresden, mais importante códice maia, nada fala sobre 2012, mas sim sobre o início de uma nova era após a vinda de uma serpente emplumada (serpente vindo entre as nuvens e vomitando água, exatamente a figura de um asteróide descendo dos céus como uma serpente e sua cauda no meio das nuvens/plumas, inundando com água as terras,  lembrando que o Apocalipse fala da primitiva serpente, a lenda de Apep/Apophis, o asteróide que vem em 2036, que "coincidentemente" é um ano do dragão ou serpente voadora no zodíaco chinês).

Codex de Dresden  no blog: AQUI  

Dito isso, a simples lógica e a razão atestam que mesmo para os entusiastas da cultura maia, uma pequena referencia velada a volta de uma suposta deidade, uma pequena referencia que não encontra eco nos principais códices maias e nem com as profecias mais confiáveis do mundo, como o sermão profético e o Apocalipse é uma referência que só poderia ser compreendida como “Apocalipse” ou “inicio de uma nova era” com muita imaginação e pouca razão.


Mas, se pegarmos as referencias de Tortuguero, compararmos com o que está no Codex de Dresden (interpretado no link acima) e compararmos isso tudo com os relatos proféticos mais confiáveis do mundo, aí sim poderemos obter um foco comum que não é 2012, mas sim um processo de lutas antes do grande auge, para que depois do grande auge, simbolizado na vinda do asteróide entre as nuvens (serpente emplumada), se inicie a nova era simbolizada na lança do guerreiro do Codex de Dresden para o ano de 2052, exatamente na década prevista pelos mentores de Chico e Divaldo como o inicio da nova Era.


É dessa forma que se estudam profecias, comparando evidencias com racionalismo, método e bom senso, observando que uma profecia ou um simples indício profético de uma cultura, como no caso da cultura maia, só pode ser interpretado se estiver em consonância com as profecias mais confiáveis do mundo, ou seja, dentro de um contexto amplo e não de uma simples crença pessoal que não observa todo o contexto profético.  

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11 de jan. de 2013

Por que a Nova Era ainda não Começou? (Parte II) - E Antes que Venham Falar em 2019....

Vênus nascente

Primeira Parte: AQUI

A segunda parte da trilogia que explica porque não iniciamos uma nova era ao afinal de 2012 se inicia com uma pergunta que recebi a algum tempo nos comentários do post “O Grande Terremoto e a Vinda da Nova Era prevista por Jesus”: AQUI 

Parabéns pelo conhecimento e pela disposição em dividi-lo conosco! Deixe-me apresentar uma pequena dúvida: segundo algumas pesquisas astronômicas, e como você mesmo citou no post "Apophis, sua ação no Exílio Planetário e as profecias bíblicas sobre sua vinda", o meteoro deveria passar por um 'keyhole' em 2029 para que, sob a ação do campo gravitacional da Terra, desviar sua rota para colidir aqui em 2036, correto? Haveria a hipótese de Apophis não passar por essa fenda? Li um livro sobre entrevistas de Chico Xavier (Não será em 2012), em que ele menciona a reunião da alta espiritualidade visando a definir os rumos da humanidade sob o aspecto evolutivo, que teria ocorrido em 1969, e na qual o Cristo teria obtido uma 'moratória' de 50 anos para o início dos eventos que dariam início ao processo de transição, ficando esses eventos condicionados à melhora moral obtida pela humanidade encarnada. Você entende possível alguma melhora nesse sentido, capaz de evitar a ocorrência de tais eventos? Desculpe o 'aluguel', mas é que a transição planetária é um tema fundamental, ao meu ver.Obrigado e grande abraço!”

Pois é amigo, vamos então falar sobre a questão de 2019:

No programa pinga fogo que o Chico participou nos anos 70, que foi transcrito em dois livros, denominados plantão de respostas I e II, Chico Xavier fala que segundo Emmanuel informou, a Terra será um mundo de regeneração pelos idos da década de 50 do terceiro milênio.

Esse livro existe inclusive em pdf e pode ser comprovada a informação, na página 14.

Chico Xavier - Plantão de Respostas, programa Pinga Fogo


Ou seja, ou o amigo do Chico entendeu errado o que foi dito pelo médium mineiro ou então simplesmente ele transmitiu uma opinião pessoal do Chico e não a opinião mediúnica do Chico.

Quando o Chico participou do programa pinga fogo, ele estava inspirado por Emmanuel, já numa conversa trivial com um amigo em casa, Chico falaria por ele próprio, uma opinião pessoal dele, já que não falava em nome de Emmanuel ou Andre Luiz todas as horas do dia.

É algo interessante meditar sobre isso, pois muitas pessoas acreditam que um médium, ainda mais um médium ostensivo como era o Chico, sempre falava inspirado mediunicamente pelos seus benfeitores, como se ele Chico não tivesse idéias próprias. Como qualquer ser humano, Chico tinha sua opiniões e entendimentos pessoais e que poderiam, em alguma ocasião, ser discordantes daquilo que Emmanuel ou André Luiz transmitiam a ele.

O que temos de concreto e documentado mediunicamente através do Chico a respeito da época em que se iniciará, mesmo que ainda não completamente estabelecida, a Era de Regeneração ou de Luz é a data de 2057, citada no programa pinga fogo e documentada no livro Plantão de Respostas, inclusive muito próxima a data trazida pelo espírito Joana de Angelis através do médium Divaldo Franco em palestra realizada e filmada na Bahia, em que ele estipula essa data no ano de 2052.

Alias, é curioso lembrar que o próprio médium Divaldo Franco, mesmo recebendo as informações de Joana de Angelis falando no início da Era de Regeneração apenas para os idos de década de 50 e mesmo com as informações do espírito Manoel Philomeno de Miranda no recente livro “Transição Planetária” de 2010, de que a nova Era ainda não começará agora em 2012, mesmo assim o médium acredita que uma nova era começará em 2012.

O espírito Manoel Philomeno de Miranda no livro “Transição Planetária”, de 2010, deixa também claro que a nova era não se iniciará ao final de 2012:

"Seria sob o comando desse eminente Espírito que, aproximadamente, quinhentos obreiros retornaríamos ao amado planeta para a preparação da nova era, abrindo espaço para as reencarnações em massa dos migrantes de uma das estrelas da constelação das Plêiades, na tarefa sublime de ajudar a Terra a alcançar o patamar de mundo de regeneração" (Página 84 do pdf ).

Ou seja, esses espíritos retornariam a partir de 2010, quando o livro foi escrito, para começar a preparação para uma nova era, algo que por certo só iniciariam na juventude, num processo de preparação (pelos idos de 2025) para que só depois a Terra atinja o patamar de mundo regenerado, em consonância com o período relatado por Joana de Angelis!! Estamos em plena transição planetária, ainda na era de expiação e provas, a nova era apenas começará após o exílio planetário e o cumprimento das profecias do Mestre Jesus no sermão profético e no Apocalipse, sendo assim a nova era não se inicia em 21 de dezembro de 2012.

No mesmo livro, é dito o que esse grupo de espíritos irá encontrar após o reencarne, ou seja, depois de 2010:

"Ireis enfrentar refregas difíceis no trato com a violência e a revolta, remanescentes do primarismo que ainda vige em incontáveis criaturas do nosso planeta. "Sereis convidados a demonstrar fraternidade, quando irromperem conflitos e dissidências; enfrentareis a mal disfarçada animosidade entre aqueles com os quais convivereis; devereis suportar o aflitivo peso da insatisfação constante daqueles que farão parte do vosso clã e dos vossos programas de atividades; lutareis com os instrumentos da amizade contra o ódio contumaz e ferrenho;" (Página 96)

Convenhamos que esse cenário em nada se coaduna com uma era de Regeneração ou de Luz, mas sim com um período (transição planetária) ainda dentro dos momentos finais da Era de expiações e provações

Disponível em pdfAQUI  

Todo o médium tem o direito de ter as suas opiniões pessoais, entretanto no estudo das profecias eu me atenho ao conteúdo trazido pelos mentores desses valorosos médiuns, conteúdo esse que nada fala sobre 2012.

Vale ainda relembrar o que Kardec ensina, no capítulo 3 do Evangelho Segundo Espiritismo o que é um mundo Regenerado:

"a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis." (item 17)

Observando as palavras acima do nobre codificador fica evidente que não estamos em uma nova era, ainda não chegamos ao estágio de mundo regenerado ou em uma era de luz. Kardec deixa bem claro: o grande ponto que caracteriza uma nova era é uma mudança global da humanidade, enquanto a maioria da humanidade se encontrar em um patamar de atraso moral, como podemos observar atualmente, é sinal de que ainda estamos em uma era de expiação, pois a maioria dos espíritos que vivem no astral e na matéria da Terra são almas em provação ou expiação.

Entretanto, como estamos nos anos finais dessa Era de Expiação, em um período (e não uma Era, por ser um período muito curto e por ainda estarmos na Era de expiação e provas), período esse conhecido como Transição Planetária, podemos observar que algumas ações por parte da Alta Espiritualidade se desenham no horizonte, nos mostrando que os eventos de higienização do orbe terrestre (o exílio dos espíritos que ainda não despertaram para a vontade de praticar o amor) estão próximos de atingir o seu clímax, quando definitivamente os lobos serão separados dos cordeiros, o joio (que por ser duro e não se dobrar, se quebra na tempestade) do trigo ( flexível, se dobra aos desígnios divinos, resiste as tempestades com altivez) 

Dessa forma, e considerando todas as informações trazidas por Jesus no sermão profético e no Apocalipse e as considerações acima trazidas pelos mentores do Chico e do Divaldo, não vejo qualquer possibilidade de mudança, moratória, postergação ou ainda adiantamento de qualquer data para o apocalipse ou o inicio de uma nova era, já está tudo plenamente programado: auge dos eventos em 2036 e processo de reconstrução até inicio/meados da década de 50 para que pelos idos de 2072 se estabeleça, em definitivo, a Era de Regeneração.

Cabe a humanidade atual, sobretudo no grupo das almas de boa vontade, aproveitarem o tempo que possuem encarnadas nesses anos finais da Era de provas e expiações para definitivamente conquistarem os avanços morais necessários para merecer a Era Regenerada. Em Mundos Regenerados ou de Luz não existe a miséria moral, o ódio e muito menos espíritos que não estão dispostos a buscar incessantemente a prática do amor; se tais práticas negativas ainda persistem é sinal que o mundo ainda é de Provas e Expiações.

Sol Nascente

O que definirá se uma pessoa será exilada ou não é o seu sincero esforço na prática do amor e do abandono de antigos padrões morais negativos, pois em mundos Regenerados somente espíritos que se esforçam dessa maneira conseguem ingressar nesses mundos, como a Terra o será após o auge da Tribulação 2036, mais precisamente na década de 50, quando se iniciará a nova era, em virtude da separação de bilhões de espíritos ainda presos a ódios e sem vontade verdadeira para buscar sua reforma moral.

A Nova Era será construída de dentro pra fora e não de fora pra dentro. Não serão banhos de fótons, alinhamentos planetários, mudanças genéticas no perispirito que farão a humanidade evoluir, mas sim através de um esforço interno, que pode e deve ser começado a partir da agora, na busca pelo abandono de antigas atitudes morais negativas, pois serão as pessoas que já investem nesse esforço agora ou que ainda começarão a investir nesse esforço sincero antes do auge do exílio é que conseguirão ter o direito de reencarnar na Terra Regenerada.

No terceiro e último post dessa série, serão analisadas a “Era de Aquário”, “Era de Luz” e “Era de Regeneração” e veremos porque nenhuma delas se iniciou em 21 de dezembro de 2012 e nem se iniciará antes do ápice da Transição em 2036. 

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3 de jan. de 2013

Por que a Nova Era ainda não começou? (Parte I) - A Lógica e a Razão na Comunicação dos Espíritos

Universo em luz

O nobre codificador, Allan Kardec, esclareceu:


"A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário compreender." (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 19, item 7).

"A verdadeira convicçãose adquire pelo estudo, pela reflexão e por uma observação contínua" (Discurso na Sociedade Parisiense 5/4/1861)

Fé inabalável é somente aquela que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da humanidade” (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 19, item 7).

“Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo” (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 19, item 7).

Toda a experiência espiritual ou mediúnica é, sem dúvida, uma experiência de fé, de emoções e sentimentos que permitem à pessoa que vivencia tal experiência uma conexão com algo que transcende a matéria. Entretanto, o nobre codificador esclareceu que não basta apenas vivenciar tal experiência de fé espiritual, juntamente com o emocional ou sentimental; ele esclareceu que é necessário refletir, observar, examinar, comparar e acima de tudo passar pelo crivo da razão tal experiência para assim concluir se tal experiência foi fruto da imaginação, se foi obra de espíritos zombeteiros ou mal intencionados ou se realmente foi um contato com alguma entidade de elevado valor moral.

Kardec ensinou o método para realizar tal análise, em minúcias, no O Livro dos Médiuns, como por exemplo, os mecanismos para identificar se o espírito manifestante é realmente um espírito bom ou se apenas se manifesta com disfarces ou máscaras. Ensinou como analisar uma comunicação mediúnica, identificado indícios da presença, ou não, de espíritos mal intencionados.

O ano de 2012, em especial, foi recheado de médiuns e canalizadores que não observaram esses preceitos elementares do nobre codificador. Algumas mensagens que qualquer aluno aplicado de uma escola mediúnica identificaria como obra de espíritos gozadores se multiplicaram na internet; mensagens ignorando os mais elementares postulados da física e da astronomia da mesma forma ganharam a grande rede, em parte pela invigilância de quem não analisou o que escreveu ou “recebeu” espiritualmente, em parte pela invigilância de quem leu e aceitou sem passar pelo crivo da razão e da comparação.

A experiência espiritual, seja de quem vivencia ou de quem lê ou estuda, deve ser fruto do equilíbrio entre a razão e a emoção

Não basta apenas sentir que algo “parece” bom, iluminado ou do bem, é preciso comparar, auscultar, observar se existe lógica em determinado relato.

Inclusive o nobre codificador, no capítulo 24 do Livro dos Médiuns, itens 260 e 261 esclarece que existem espíritos tão especializados em embustes, que conseguem não apenas falsificar assinaturas em mensagens como ainda imitar com perfeição o jeito, o modo de falar e os tiques de determinado espírito de quilate elevado que seja conhecido do grande público. Kardec assim esclarece:

"Pode-se também colocar entre as provas de identidade a semelhança de caligrafia e de assinatura. Mas além de não ser dado a todos os médiuns obter esse resultado, ele nem sempre representa uma garantia suficiente. Há falsários no mundo dos Espíritos, como no nosso. Certamente se dirá que se um Espírito pode imitar uma assinatura, pode também imitar a linguagem. É verdade. Temos visto os que tomam afrontosamente o nome do Cristo e para melhor enganar imitam o estilo evangélico excedendo-se nas expressões mais conhecidas: Em verdade vos digo."   

Portanto não basta apenas se emocionar com o que se vê ou o que parece ser, é preciso analisar também o que é dito, relatado, escrito e assim comparar todas as informações para que se observe se existe lógica nas mesmas. 

Um nobre espírito desencarnado conhecido, por exemplo, diria em uma comunicação mediúnica algo totalmente diferente daquilo que disse quando em vida? Certamente que não. Portanto, é preciso que a fé, a experiência emocional, sentimental e espiritual passe sempre pelo crivo da razão, da comparação, da análise minuciosa antes que seja admitida como uma experiência fidedigna.

O próprio Kardec levou esse método ao extremo na elaboração da Codificação. Ao juntar as comunicações recebidas através de diversos médiuns que atuaram no processo de elaboração dos cinco livros da Codificação, ele simplesmente descartou 90% das comunicações mediúnicas, foram aproveitados apenas 10%. Já naquela época, Kardec sabia que não bastava uma mensagem que falasse muito de amor, mas que em algumas linhas no meio de belas palavras apresentasse argumentos ou teorias estranhas, ele também sabia que muitos espíritos se apresentavam com aparência boa, doce e nobre, mas com más intenções por trás de uma boa aparência ou de uma aparente boa retórica.

Uma mensagem, uma palestra, um livro,  devem ser analisados como um todo, linha por linha, palavra por palavra, pois muitas vezes pequenos sofismas são propositalmente colocados no meio de belos e nobres ensinamentos e o médium, se não estiver suficientemente vigilante, certamente será presa fácil de espíritos especialistas nesse tipo de fascinação.

Os mecanismos de obsessão atualmente também evoluíram; o preocupante não é o espírito grosseiro ou raivoso que se manifesta em uma mesa mediúnica mas sim o ardiloso que se esconde numa voz mansa, suave e procura utilizar muitas frases sobre amor e evolução e coloca no meio destas, de forma consciente, certas idéias estranhas ou até mesmo mensagens subliminares através de pequenos "comandos" escritos ou falado que muitas pessoas sequer percebem.

Nos itens 261 e 267 do mesmo capítulo do Livro dos Médiuns, Kardec resume de forma brilhante como identificar um espírito embusteiro. Seguem alguns trechos:

"Deve persuadir-se de que os Espíritos perversos são capazes de todas as trapaças e de que, quanto mais elevado for o nome usado, mais desconfiança deve provocar. Quantos médiuns têm recebido comunicações apócrifas assinadas por Jesus, Maria ou algum santo venerado!" (item 261)

“A bondade e a afabilidade são também atributos essenciais dos Espíritos depurados. Eles não alimentam ódio nem para com os homens nem para com os demais Espíritos. Lamentam as fraquezas e criticam os erros, mas sempre com moderação, sem amarguras nem animosidades.” (item 264)

Espada sagrada

 “Por mais legítima confiança que vos inspirem os Espíritos dirigentes de vossos trabalhos, há uma recomendação que nunca seria demais repetir e que deveis ter sempre em mente aos vos entregar aos estudos: a de pensar e analisar, submetendo ao mais rigoroso controle da razão todas as comunicações que receberdes; a de não negligenciar, desde que algo vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações necessárias para formar a vossa opinião”.(item 266)

“Não devemos julgar os Espíritos pelo aspecto formal e a correção do seu estilo, mas sondar-lhes o íntimo, analisar suas palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção. Toda falta de lógica, de razão e de prudência não pode deixar dúvida quanto à sua origem, qualquer que seja o nome de que o Espírito se enfeite.” (item 267)

"Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom senso revela a fraude" (item 267, subitem 7)

Comentário: Como já explicado no blog, a teoria de que o sistema solar orbita Alcyone é uma verdadeira heresia científica. O texto falando sobre isso está nesse link aqui (a partir do meio do texto): AQUI 

"Os Espíritos bons podem fazer-nos pressentir as coisas futuras, quando esse conhecimento for útil, mas jamais precisam as datas. Todo anúncio de acontecimento para uma época certa é indício de mistificação." (item 267)

Comentário: Quantos espíritos se manifestaram para canalizadores e médiuns nos últimos 2, 3 anos falando em grandes mudanças para o dia 21 de dezembro de 2012 e nada aconteceu, nem apocalipse, nem mudança de Era, nem ascensão para outra dimensão ou plano. É importante citar esse item, pois o próprio blog Profecias o Ápice em 2036 divulga uma data exata para o auge dos eventos da transição planetária: 24 de abril de 2036, mas essa data é fruto de uma comparação de diversas profecias, de profetas que já mostraram o seu valor ao acertar predições de eventos, ou seja, é fruto de um estudo comparativo e metódico que chegou a um ponto específico, um foco comum que é esta data e não simplesmente uma mensagem ou canalização citando uma data qualquer no futuro sem sustentar-lhe em qualquer base comparativa ou racional.

Quem quiser conhecer mais o método que utilizo para o estudo das profecias, como forma de usar um filtro lógico e racional para as informações que tenho acesso, seja por pesquisa ou experiências espirituais, pode ver o link “A Arte de Estudar Profecias”:AQUI 

Que fique bem claro como exposto no link acima: essa data é obra de um amplo estudo comparativo, com método lógico e racional e não fruto de uma mensagem ou canalização de um espírito.

Uma coisa é um espírito se manifestar, “soltar” uma data para o apocalipse, nova era ou qualquer outro mega evento sem qualquer base lógica e racional, outra coisa é encontrar uma data, baseada em um método comparativo que cria um foco comum para as profecias dos profetas mais confiáveis do mundo.

Kardec inclusive, no próprio O Livros dos Médiuns, item 289, subitem 8 mostra que é possível receber informações sobre acontecimentos futuros (algo perfeitamente plausível, visto que o próprio Jesus falou sobre o futuro, em detalhes, no sermão profético, vaticinando enormes eventos naturais):

"Às vezes, entretanto, alguns acontecimentos futuros não são anunciados espontaneamente pelos Espíritos de maneira verídica?

-- Pode acontecer que o Espírito preveja coisas que considera conveniente dar a conhecer ou que tenha por missão revelar-vos. Mas é nesses casos que mais devemos temer os espíritos mistificadores, que se divertem fazendo predições. É somente pelo conjunto das circunstâncias que podemos julgar o grau de confiança que elas merecem

Comentário: Ou seja, qualquer profecia que não possua uma base lógica e racional, que não esteja em sintonia com profecias de profetas que já acertaram outros vaticínios deve ser simplesmente descartada. Alguém profetizar algo ou acreditar em alguma profecia apenas baseado em um calendário ou em uma heresia científica, renegando todas as profecias mais confiáveis do mundo, inclusive as do Mestre Jesus, certamente é alguém que estará incorrendo em grande equívoco no estudo das profecias. 

Um recente texto da fanpage complementa as informações aqui trazidas: AQUI 

É também importante analisar com ampla reflexão os próprios relatos proféticos de Kardec, sobretudo na Gênese, sobre como ocorreria a mudança de Era. Infelizmente ainda existem espíritas que acreditam que as mudanças serão suaves, sem enormes cataclismos apocalípticos, como se os vaticínios do Rabi da Galiléia fossem meras lendas.



A GÊNESE , KARDEC E O APOCALIPSE


Alinhamento terra, sol e lua

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.” (A Gênese” de Allan Kardec, capítulo 18, item 27)

Essa é uma das minhas passagens prediletas, pois é muito utilizada por alguns “doutores da lei” espíritas para argumentar que não teremos as grandes mudanças vaticinadas no Apocalipse. Mas ora, se o cidadão é espírita e tem como maior exemplo a seguir o Mestre Jesus, justamente por ser espírita, como que ele vai desacreditar os relatos que foram trazidos pelo próprio Messias, no sermão profético?? Será que estes espíritas não sabem que no sermão profético, contido nos 4 evangelhos amplamente estudados pela Codificação, está justamente o relato de intensas mudanças de ordem natural?

Como espírita praticante e leitor das obras da doutrina desde os meus 7 anos de idade, além de profundo estudioso a quase 10 anos das escrituras, com maior enfoque no estudo das profecias, me vejo na obrigação de esclarecer essa questão, até hoje entendida de forma equivocada por muitos espíritas.

Pra começarmos a entender a questão, é preciso compreender que a obra “A Gênese” possui uma diferença com relação às demais obras básicas do Espiritismo: em muitos dos seus textos existem teorias ainda hipotéticas, fruto da opinião pessoal do codificador e não da doutrina espírita, sendo que muitas dessas idéias foram esboçadas na Revista Espírita na época de Kardec. O nobre codificador esclarece isso logo na introdução da obra:

Os mesmos escrúpulos havendo presidido à redação das nossas outras obras, pudemos, com toda verdade, dizê-las: segundo o Espiritismo, porque estávamos certo da conformidade delas com o ensino geral dos Espíritos. O mesmo sucede com esta, que podemos, por motivos semelhantes, apresentar como complemento das que a precederam, com exceção, todavia, de algumas teorias ainda hipotéticas, que tivemos o cuidado de indicar como tais e que devem ser consideradas simples opiniões pessoais, enquanto não forem confirmadas ou contraditadas, a fim de que não pese sobre a doutrina a responsabilidade delas. (1)

Aliás, os leitores assíduos da Revue hão tido ensejo de notar, sem dúvida, em forma de esboços, a maioria das idéias desenvolvidas aqui nesta obra, conforme o fizemos, com relação às anteriores. A Revue, muita vez, representa para nós um terreno de ensaio, destinado a sondar a opinião dos homens e dos Espíritos sobre alguns princípios, antes de os admitir como partes constitutivas da doutrina.” (1) Nota da Editora: Ao leitor cabe, pois, durante a leitura desta obra, distinguir a parte apresentada como complementar da Doutrina, daquela que o próprio Autor considera hipotética e pessoalmente dele.

Portanto, pra início de análise, já partimos do pressuposto de que nem tudo que foi dito no livro “A Gênese” pertence à Doutrina Espírita, mas sim a algumas opiniões pessoais do nobre codificador como ele próprio esclareceu na introdução da obra.

Chegando ao capítulo 18 onde se encontra a famosa frase utilizada por muitos defensores de uma mudança de Era sem grandes eventos cataclísmicos, o próprio codificador esclarece ao final do item 10:

“Anunciando a época de renovação que se havia de abrir para a Humanidade e determinar o fim do velho mundo, a Jesus, pois, foi lícito dizer que ela se assinalaria por fenômenos extraordinários, tremores de terra, flagelos diversos, sinais no céu, que mais não são do que meteoros, sem abrogação das leis naturais.” 

Ou seja, está claro e evidente que “A Gênese” acha lícita as profecias de Jesus, falando inclusive sobre meteoros (olha o Apophis aí gente). Então, como que nos mesmo capítulo, poucos itens depois, é dito que as mudanças serão sem cataclismos? Posso apenas supor, utilizando-me da razão, que a opinião do item 27 seja uma opinião pessoal de Kardec e não da doutrina, pois a Doutrina Espírita, como exposto no item 10, concorda com as predições de Jesus sobre cataclismos para a mudança de Era.

Mas vamos analisar as palavras do nobre codificador, que ao que parece são opiniões pessoais que ele manifestou na obra, pelo menos na segunda frase abaixo:

“A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração.”

Concordo com essa opinião, pois “aniquilar subitamente uma geração” seria destruir por inteiro (eis o significado de aniquilar) toda a coletividade humana, ou reduzi-la a níveis ínfimos, algo que Jesus também deixou claro que não irá acontecer, segundo consta no sermão profético do evangelho de Mateus, capitulo 24, quando ele fala que metade da população mundial irá desencarnar no auge dos eventos, algo bem distante de uma aniquilação, pois ainda sobreviverão bilhões de pessoas encarnadas.  

A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.”

A Gênese foi escrita antes de 1900, ou seja, a mais de 120 anos e a frase acima diz respeito à geração daquela época, sem que obviamente devesse haver qualquer mudança radical na ordem natural das coisas, até porque o auge do Apocalipse foi previsto por Jesus para bem depois daquela geração, ao citar a profecia dos 70 períodos de Daniel no sermão profético, profecia essa que se iniciou em 1967 e termina em 2036.

A frase está plenamente correta, pois não se refere à geração que vivenciará o auge do Apocalipse (em boa parte a atual), mas sim a geração que vivenciou a época de Kardec.

Esses erros de interpretação infelizmente ainda são muito comuns entre alguns confrades espíritas, da mesma forma que a famosa passagem de Mateus 24:36 é utilizada por muitos cristãos pra dizer que é impossível que o dia e a hora exatos do auge dos eventos sejam descobertos, pois repetem a frase dita por Jesus nesse versículo:

“O dia e a hora ninguém sabe, só o Pai que está nos céus”.

Jesus e sua túnica

Ora, Jesus não mentiu, falou a verdade, só que ele disse isso há quase dois mil anos no sermão profético, em momento algum ele disse que no futuro alguém não poderia saber...reparem, ele usou o verbo no presente (ninguém sabe) mas não disse que no futuro ninguém viria a saber, tanto que ele próprio, após proferir essas palavras e depois desencarnar, voltou para trazer a revelação (apocalipse) à João, a revelação exata do dia e hora dos eventos.

Portanto, é importante que os amigos espíritas, católicos, protestantes e neopentecostais se atenham a uma interpretação mais ampla dos textos, pois é uma simples questão elementar de interpretação de texto, independente da crença ou fé de cada um, até porque a lógica interpretativa independe da fé da pessoa, depende apenas do seu bom senso em seguir as normas elementares da Língua Portuguesa.

Inclusive um dos temas principais do capítulo 18 da Gênese, a revolução moral, é tratada por Kardec em outro texto que publiquei há muito tempo no blog chamado de “A profecia de Kardec para 2036”: AQUI 

Nesse texto Kardec diz que a incredulidade no Espiritismo será aniquilada em duas ou três gerações, considerando quando o texto foi escrito (questão 798 do Livro dos Espíritos), a época em que essa terceira geração findaria é exatamente em 2036.

Novamente fica o lembrete, a espíritas e espiritualistas: estudem com mais cuidado, com maior comparação e com relação aos temas proféticos nunca deixem de lembrar as sábias palavras do Rabi da Galiléia no sermão profético e no Apocalipse

Nessas palavras está o cronograma de todas as mudanças até que se inicie uma Nova Era, após 2036, palavras que devem servir sempre de base comparativa em relação a mensagens de médiuns e canalizadores, sobretudo àqueles que defendem auge do Apocalipse ou início de uma nova era ao final de 2012 e dessa forma incorrem em grande erro justamente por não observarem as palavras do Mestre Jesus como deveriam.    

No segundo post dessa série de 3 textos, veremos o que os nobres mentores de Chico e Divaldo falaram sobre o período (anos 50 do terceiro milênio) que se iniciará a nova era.

Parte II: AQUI


Fanpage Profecias o Ápice em 2036 no Facebook:
http://www.facebook.com/josemaria.alencastro2036  


21 de nov. de 2011

Os Três Aspectos do Espiritismo

Preparação para uma nova encarnação dentro de Nosso Lar

Eu costumo dividir o Espiritismo em três aspectos básicos: a parte moral , contida no O Evangelho Segundo o Espiritismo (a mais essencial de todas, alicerçada nos ensinamentos morais de Jesus contidos nos 4 evangelhos bíblicos e comentada nessa obra pelos espíritos), a parte onde se ensina como exercer de forma segura a mediunidade embasada no O Livro dos Médiuns. Essas duas partes, embasadas nesses dois livros, são a base imutável do Espiritismo, da Doutrina dos Espíritos, pois sem a busca da reforma moral de atitudes e sem a busca do desenvolvimento mediúnico com segurança, responsabilidade e nobres objetivos certamente não se formarão bons médiuns. A terceira parte constitui o estudo das comunicações espirituais em si, na busca  do progresso moral e intelectual, para que assim se atinja o progresso espiritual e o melhor aproveitamento do espírito encarnado da oportunidade evolutiva que tem na presente encarnação terrestre. Nas cinco obras da codificação, o estudo dessas comunicações constitui o tema principal do O Livro dos Espíritos (base filosófica da Doutrina dos Espíritos), O Céu e o Inferno e A Gênese, sendo que na verdade essas três obras são a introdução ao estudo embasado nas comunicações mediúnicas, são, portanto, os tijolos que vão sendo acrescentados ao edifício espírita. Podemos observar claramente que dentre esses tijolos estão às obras de Chico Xavier e de vários outros médiuns.

Temos, portanto nas três partes: a busca pela reforma moral, o estudo da mediunidade e o estudo das comunicações mediúnicas. 

Allan Kardec imagem clássica, Hypolite Lion Denizard Rivail

Podemos observar isso em algumas passagens dos 5 livros da codificação e algumas do próprio Kardec:

"O Espiritismo é, pois, a doutrina fundada na existência, nas manifestações e no ensinamento dos Espíritos. Esta doutrina acha-se exposta de maneira completa no Livro dos Espíritos, em seu aspecto filosófico, no Livro dos Médiuns, em sua parte prática e experimental, e no Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu aspecto moral”. (O Espiritismo na sua mais simples expressão - Allan Kardec)

O verdadeiro espírita não é o que crê nas comunicações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos Espíritos. De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso, e não o torna melhor para o próximo”. (O Espiritismo na sua mais simples expressão – Allan Kardec)

"O Espiritismo, como doutrina moral, só impõe uma coisa: a necessidade de fazer o bem e evitar o mal. É uma ciência de observação que, repito, tem consequências morais que são a confirmação e a prova dos grandes princípios da religião; quanto às questões secundárias, ele as abandona à consciência de cada um”. (O que é o Espiritismo - Allan Kardec)

"O Espiritismo funda-se na existência de um mundo invisível, formado pelos seres incorpóreos que povoam o espaço e que não são mais que as almas daqueles que viveram na Terra, ou em outros globos, nos quais deixaram seus invólucros materiais. São os seres a que chamamos Espíritos, seres que nos cercam e incessantemente exercem sobre os homens sem que estes o percebam, uma grande influência" (O que é o Espiritismo - Allan Kardec)

"O Espiritismo tem por fim demonstrar e estudar a manifestação dos Espíritos, suas faculdades, sua situação feliz ou infeliz, seu futuro; em suma, o conhecimento do Mundo Espiritual." (O que é o Espiritismo - Allan Kardec)

"Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma maneira que as ciências positivas, isto é, aplica o método experimental. Fatos de ordem nova se apresentam que não podem ser explicados pelas leis, conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, partindo dos efeitos às causas, chega à lei que os rege, depois deduz as conseqüências e busca as aplicações úteis. O Espiritismo não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não se apresentam como hipótese nem a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; conclui-se pela existência dos Espíritos porque essa existência resultou como evidência da observação dos fatos; e assim os demais princípios. Não foram dos fatos que vieram posteriormente confirmar a teoria, mas foi a teoria que veio subsequentemente explicar e resumir os fatos. Rigorosamente exato, portanto, dizer que o Espiritismo é uma ciência da observação e não o produto da imaginação" ( A Gênese capitulo 1, item 14)

André Luiz sendo cuidado em Nosso Lar por Lisías, hospital astral

"O Espiritismo é, ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam essas mesmas relações”. (O que é o Espiritismo)

"Do ponto de vista religioso o Espiritismo tem por base as verdades fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma, a imortalidade, as penas e as recompensas futuras, sendo, porém, independente de qualquer culto em particular. Seu objetivo é provar àqueles que negam, ou que duvidam que a alma exista que ela sobrevive ao corpo e que sofre, após a morte, as conseqüências do bem e do mal que praticar durante a vida corpórea: o objetivo de todas as religiões”. (O Espiritismo na sua mais simples expressão - Allan Kardec)

"O Espiritismo, firmado no conhecimento de leis ainda não compreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, mas torná-los mais aceitáveis, dando-lhes explicação racional. O que ele vem destruir são as falsas deduções daquelas leis, por erro ou ignorância”. ( Obras Póstumas - Allan Kardec)

"Assim, como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução”. Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve completa e explica em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir e preparar a realização das coisas futuras." (O Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo 1, item 7)

Jesus de braços abertos em meio a multidão de humildes

Outra questão muito interessante é quanto ao entendimento de que o Espiritismo é uma religião. No sentido atual que vemos  ter se transformado a religião , baseada em liturgias, cerimônias sacerdotais e vestes especificas, certamente podemos dizer que o Espiritismo não é religião , mas caso apliquemos o sentido original da palavra religião , o religare, a busca da conexão do homem a sua essência interna ( espírito) para assim buscar sinceramente a evolução espiritual e Deus, então sim, podemos entender que no seu sentido original a palavra religião expressão o caráter da doutrina Espírita. Vejamos o que Kardec disse no discurso realizado na sociedade espírita de Paris em novembro de 1868 e publicado um mês depois na revista Espírita:

"Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a comunhão de pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço. Uma religião, em sua acepção nata e verdadeira, é um laço que religa os homens numa comunidade de sentimentos, de princípios e de crenças. O laço estabelecido por uma religião, seja qual for o seu objetivo, é, pois, um laço, um laço essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, e não somente o fato de compromissos materiais, que se rompem à vontade, ou da realização de fórmulas que falam mais aos olhos do que ao espírito

Se assim é, perguntarão então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isto, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as mesmas leis da natureza. Porque, então, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque não há uma palavra para exprimir idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião pública”.

Kardec exprime muito bem nesse discurso que o Espiritismo não deve se ater a formulas que falem mais aos olhos ( exterior) do que ao espírito (interior). O caráter essencial do Espiritismo está na busca do intercambio mediúnico, para que assim novas informações dos espíritos amigos cheguem e enriqueçam a Doutrina dos Espíritos, no seu aspecto intelectual e moral, pois certamente há de se compreender que o conhecimento sobre o mundo invisível e dos espíritos também evolui, dessa forma torna-se impossível querer restringir o Espiritismo as obras do Pentateuco ou de alguns poucos médiuns. O próprio Chico Xavier foi muito combatido por muito espíritas quando lançou o livro “Nosso Lar” e até os dias de hoje muitos “espíritas” não aceitam as obras dele, considerando Andre Luiz e Emmanuel obsessores do saudoso médium. Esses “espíritas” são conhecidos na doutrina como os ortodoxos, por tentarem transformar o Pentateuco Espírita numa Bíblia imutável e Kardec no supremo papa infalível e "sacerdote mor" do Espiritismo.

Levando em conta o discurso de Kardec em 1868 e o sentido atual que as pessoas têm da palavra religião, podemos compreender que o Espiritismo é muito mais uma Doutrina nos dias de hoje, palavra que talvez se encaixe melhor, pois a religião no sentido original da palavra acabou por ser deturpado pelas práticas “religiosas” das Igrejas Cristãs, transformando o Cristianismo Primitivo de encontros e reuniões simples, em humildes casas (eklesia) ou ao ar livre, como os sermões de Jesus e dos apóstolos as mais diversas comunidades, transformados em cultos e cerimônias litúrgicas em templos suntuosos, com vestes especificas e uma preocupação muito maior com o culto material e cerimonial do que a busca sincera pela espiritualidade interior.

O Espiritismo em seu caráter é progressista, o progresso faz parte da sua essência filosófica, ou seja, as informações advindas do mundo espiritual estão em constante processo de evolução, ate porque o próprio mundo invisível e os espíritos que nele habitam também evoluem, progridem. Se os espíritos superiores não desejassem que novos conhecimentos da vida espiritual chegassem ao homem , não teriam dedicado um livro inteiro pra ensinar como se deveria realizar essa comunicação, entre espíritos encarnados e desencarnados. O Espiritismo deve, portanto, evoluir sempre, mantendo sua base moral alicerçada no evangelho de amor de Jesus e mantendo sua base de estudos mediúnicos alicerçados no O Livro dos Médiuns, mas jamais deve engessar o conhecimento do mundo espiritual aos 5 livros do Pentateuco Espírita ou de meia dúzia de médiuns considerados espíritas. 

Ghost do outro lado da vida: a despedida, Patrick Swayze

O Espiritismo, doutrina dos espíritos, é o conhecimento básico da vida espiritual paraa todas as pessoas, pois todos são médiuns em menor ou maior grau e assim como as pessoas devem evoluir, deve também evoluir na sua estrutura de informações e conhecimentos a cerca da vida espiritual, dos espíritos e das colônias espirituais. A codificação não detém toda a verdade a cerca do mundo dos espíritos, mas tão somente a base, o pilar fundamental, que deve ser cuidado e inclusive reparado, para que o edifício onde está alicerçada a Doutrina Espírita permanece sempre firme, forte e, sobretudo, atualizado, evoluindo constantemente.

Kardec acentua esse caráter progressista:

"O Espiritismo, caminhando com o progresso, não será jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que estava no erro sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma nova verdade se revela, ele a aceita." (A Gênese, página 44 ou 45 dependendo da edição)

"Os Espíritos, por força da diferença existente em suas capacidades, estão longe de estar individualmente na posse de toda a verdade" (Revista Espírita 1864)

"A doutrina não foi de forma alguma ditada integralmente." (A Gênese capítulo 1, item 13)

"Não se contentem em dizer que isso não é assim, pois seria muito fácil; provem, não pela negação, mas pelos fatos, que isso não existe que nunca foi e não pode ser; se não existe, digam, sobretudo, o que haveria em seu lugar" (O Livro dos Espíritos, conclusão, item 5)

"Qual é o homem que pode gabar-se de possuir tudo, quando o círculo dos conhecimentos cresce sem cessar, e as idéias se retificam a cada dia?" (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 15)

"O Espiritismo não coloca como princípio absoluto senão o que está demonstrado como uma evidência, ou o que ressalta logicamente da observação.” (A Gênese, capítulo 1, item 55)

"Quem creia que tudo em nós não é só matéria, é Espiritualista, o que não implica, de nenhum modo na crença nas manifestações dos Espíritos. As manifestações espíritas são produzidas pela ação dos Espíritos sobre a matéria. – A moral espírita decorre do ensinamento dado pelos Espíritos. – Há espiritualistas que ridicularizam as crenças espíritas." ( O Livro dos Médiuns, capítulo 32, Vocabulário Espírita)

"Espiritualismo: Diz-se no sentido oposto ao do materialismo. Crença na existência do espírito, que existe outra coisa em si além da matéria. O espiritualismo é a base de todas as religiões." ( O Livro dos Médiuns, capítulo 32, Vocabulário Espírita)

Kardec em Obras Póstumas diz o que é Espírita:

"É Espírita, todo aquele que crê na;

- Pluralidade de existências;
- na pluralidade de mundos habitados;
- na transmigração das almas (espíritos);
- nas Leis de Causa e Efeito
- na reencarnação como justiça divina;
- e sob essa ótica pautar a sua reforma íntima.


Ou seja, todo aquele que crê nos itens acima e crê também  na manifestação dos Espíritos (comunicação com os desencarnados através da mediunidade) é um Espírita.

De posse dessas informações, que todo o espírita busque estudar, analisar, conhecer, comparar os diversos conhecimentos da espiritualidade que chegam através de vários médiuns, não apenas os considerados espíritas e suas obras, como o Pentateuco Espírita ou os livros de Chico Xavier, mas também as informações que chegam através da Umbanda, da Apometria, de Ramatís, pois todo médium que milita junto a espiritualidade buscando desenvolver com segurança sua mediunidade nas bases do O Livro dos Médiuns e sobretudo busca esse intercambio com nobres motivos, não pode ser considerado “não espírita”. Já está mais do que na hora da Doutrina dos Espíritos quebrar as barreiras e separatismos criados pelos homens, pois os espíritos superiores trabalham, ajudam, e utilizam os médiuns independente se alguém os nomeia “espíritas”, “apômetras” ou “umbandistas”. Já está mais na hora de cada pessoa assumir a busca pelo conhecimento espiritual, não delegando isso a entidade ou federação, pois o controle universal do ensino dos espíritos cabe única e exclusivamente a cada pessoa, na própria busca interior pela evolução intelectual e moral desejando a evolução espiritual:   

Terceiro olho iluminado, chacra ajna em luz, chakra entre os olhos

"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 17, item 4 - Os Bons Espíritas)