31 de ago. de 2022

A Entrevista (Parte II/Final) - Lula e Ciro

 


Após analisar as falácias trazidas pelo rei do gado na primeira parte dessa série de dois textos na qual analiso as entrevistas concedidas na plim plim pelos três principais candidatos nas pesquisas, decidi fazer um único post para compilar as falácias populistas do molusco e do cangaciro pois ambos focam em um ponto em comum pra tentar ganhar votos: a questão econômica. Justamente por isso temos uma excelente oportunidade pra entender as falácias e fantasias do plano econômico de governo construído pelo Ciro (que inevitavelmente dos três populistas ao menos possui um plano de governo) assim como a grande fantasia construída por Lula de que com ele os tempos de cerveja e picanha voltariam (na tentativa de fazer o povão esquecer as picardias antirepublicanas dele e da quadrilha vermelha desbaratadas pela LavaJato)

 

OS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA 

O grande sonho de Ciro era ser o sucessor de Lula como líder da esquerda, porém tudo começou a azedar quando nas eleições de 2018 o então presidiário decidiu apoiar o poste Andrade como o candidato petista ao Planalto. Naquela época Ciro bradava contra a Lava Jato e inclusive sugeriu fugir com Lula para uma embaixada antes que ele fosse preso por conta das investigações. Magoado e rompido com Lula, Ciro decidiu ir para Paris no segundo turno daquelas eleições e não declarou apoio a nenhum dos candidatos. Agora nas eleições de 2022 Ciro tenta se vender como bastião da nova política, aquele que possui a solução política para pacificar o Brasil e a solução econômica para resolver os péssimos indicadores do país, sobretudo nos últimos 10 anos (tudo amplamente analisado na primeira parte desses dois posts).  

O problema é que apesar de apresentar um programa de governo, as soluções políticas e econômicas trazidas por Ciro (explicadas por alto na entrevista no JN e em maiores detalhes em recente entrevista no Flow) além de populistas são inviáveis. Politicamente são inviáveis, pois necessitam, como ele mesmo deixou claro, da construção de uma maioria no Congresso, algo que necessitaria de uma grande mobilização nacional, ainda maior que a ocorrida entre 2016 e 2018 pois como eu mesmo já expliquei aqui várias vezes não basta ter uma votação expressiva ou eleger vários deputados e governadores alinhados com o novo presidente, é fundamental uma mobilização constante contra a corrupção que fiscalize o Congresso, caso contrário não existe governabilidade, pois mesmo com novos nomes eleitos a base do Centrão, sobretudo seus caciques ainda permanece lá. O país está dividido e não surgiu um novo nome claramente sintonizado com o combate a corrupção e claramente antagônico ao bolsopetismo (aliás, até surgiu, mas obviamente que por ser odiado por petistas, boçalnaristas e boa parte da suprema corte além de praticamente todo o Centrão sua candidatura foi combatida e anulada). 

Portanto construir maioria no Congresso, unir amplo apoio popular no combate a corrupção ter um histórico claro contra a corrupção e em favor da LavaJato são premissas que nenhum dos três candidatos possuem. Sem isso, a maioria das reformas (tributária e política especialmente) fica inviável de serem realizadas. Acreditar que basta oferecer o fim da reeleição para passar isso nos primeiros seis meses é uma completa ilusão. 

Da mesma forma sem amplo apoio e engajamento popular não há como passar reformas fundamentais no sistema financeiro, especialmente para retirar o quase monopólio que o grupo pequeno de bancos tem na economia. Estimular maior concorrência no crédito, diminuir drasticamente os juros draconianos desproporcionais às taxas de juro (que já são altíssimas), diminuir o spread dos bancos, tudo isso depende de muito engajamento popular, pois a maioria dos políticos e grandes empresários ligados ao núcleo de poder lucram com esse sistema. Também é ingenuidade achar que taxar grandes fortunas pra dar mil reais de bolsa pras famílias vai resolver algo, alias essa é uma proposta bem populista que o Ciro sabe que não vai ajudar em nada a economia, alias vai apenas pressionar ainda mais a inflação. 

A economia real depende de geração de empregos, pois são eles que geram os bens e serviços que serão consumidos proporcionais ao dinheiro injetado na economia para o consumo e consequentemente a retirada de impostos das riquezas produzidas. A partir do momento que se estimula cada vez mais bolsa daquilo e bolsa daquilo outro você está apenas jogando dinheiro para o consumo, mas não está produzindo riqueza, ou seja, há uma massa humana que não produz mas pode consumir, o que encarece o preço dos bens e serviços (maior procura sem aumento da oferta) ao mesmo tempo que a injeção de dinheiro sem valor agregado à produtividade gera desvalorização do papel moeda o que também pressiona a inflação. Essa política desenvolvimentista foi tentada nos últimos dois anos do governo Lula e depois no governo Dilma, foi tentada na Argentina, foi tentada no governo Chavez e o resultado é sempre o mesmo: o desastre keynesiano que também foi utilizado no governo Bolsonaro especialmente ao longo de 2022. 

Estimular a construção de obras e desenvolvimento da indústria é certamente algo fundamental, mas não sem teto de gastos, senão caímos na mesma armadilha do milagre econômico: impressora produzindo dinheiro a rodo, uma rápida explosão de empregos e aparente riqueza da população, porém com um surto inflacionário incontrolável nos anos seguintes, especialmente se boa parte da economia mundial está atrelada ao dólar. Fortalecer a indústria passa essencialmente por manter a moeda forte e gerar um ambiente econômico menos burocrático e mais seguro (menos corrupção) para atrair investimentos e nenhum dos candidatos tem um plano claro sobre esse sentido, todos os três desejam seguir o mesmo caminho do “milagre econômico”: furar o teto de gastos, imprimir dinheiro a rodo e dar mais um voo de galinha. 

É inegável que precisamos de um plano de médio e longo prazo (próximos 10 e 30 anos), só que não estamos numa China que apesar de ser uma das economias de mercado mais capitalistas do mundo é politicamente um regime socialista nacionalista ultra fechado. Talvez pelo fato do partido chinês apoiar o seu partido há anos, Ciro acha que dá pra fazer algo parecido com aquilo que a China fez aqui no Brasil, mas isso é também um erro, pois sem apoio amplo popular não há como pressionar o Congresso por mudanças, inclusive através de plebiscitos que também dependem de aprovação do Congresso. 

Conquistar independência no refino do petróleo, aumentar a produtividade no campo, fortalecer o real, respeitar o teto de gastos, ter um plano focado no controle da inflação e combate a desemprego, fortalecer a legislação de combate a corrupção e simplificar as leis (especialmente para negócios e transações que envolvam empresas e geração de empregos), simplificar e diminuir impostos, aumentar a concorrência entre os bancos limitando o spread e as taxas de juros, tudo isso é fundamental e passa essencialmente por várias reformas que são difíceis de passar, especialmente enxugar altos salários no funcionalismo público (quem ganha acima de 20 mil reais), enxugar gastos com privilégios e penduricalhos e sobretudo estabelecer metas claras dos programas sociais para entrada e saída, pois definitivamente criar bolsa de mil reais para mais e mais famílias ad eternum vai afundar a economia e não resolver o problema principal que é gerar empregos e um ambiente econômico mais pujante e competitivo com o resto do mundo. Nenhum dos três candidatos tem propostas quanto a esses pontos e ainda que o Ciro tenha exposto algumas dessas questões há ainda muito populismo barato no programa econômico dele e ao mesmo tempo não há um caminho político claro e viável para fazer essas mudanças, especialmente no combate à corrupção. 

Aconselho fortemente que o leitor conheça um resumo das propostas e do histórico do Ciro nesse vídeo colocado pelo Nando Moura, definitivamente Ciro assim como Lula e Bolsonaro não são a solução política e econômica para os graves problemas que o Brasil vem enfrentando na última década.

Visualize o vídeo a seguir a partir do minuto 10:15

 


LULA E O MILAGRE ECONÔMICO 

No JN Lula contou as bravatas de sempre: que sofreu uma perseguição política da Lava Jato e que no seu governo o povo comia três vezes ao dia e que com ele voltando os tempos de bonança vão voltar. Esses dois pontos precisam ficar bem esclarecidos. O primeiro deles, a prisão por corrupção, aconteceu por sucessivas condenações em primeira e segunda instância confirmadas nas instâncias superiores (ou seja, não foi uma perseguição de Moro ou dos procuradores de Curitiba) que resultaram na prisão por quase dois anos não apenas de Lula, mas de vários políticos ligados ao governo petista e ao Centrão (mesmo núcleo que governa hoje com Bolsonaro) além do fato de que somente com um grande malabarismo na segunda turma do STF é que os processos de Lula acabaram prescrevendo, ou seja, ele não foi inocentado. Da mesma forma boa parte dos condenados pela Lava Jato estão, hoje, de mãos dadas com o governo Bolsonaro, como é o caso de Ciro Nogueira (ministro do primeiro escalão do boçal) e Valdemar Costa Neto condenado e presidente do partido de Bolsonaro. 

Já do ponto de vista econômico tem muita gente, inclusive no mercado, achando que o Lula vai adotar as mesmas medidas dos primeiros 6 anos de mandato quando ele seguiu em boa medida o tripé macroeconômico do plano real deixado pelo FHC (cambio flutuante sem disparar, meta de inflação e respeito ao teto fiscal) muito desses primeiros anos de mandato favorecidos pelo boom das comodities (China crescendo a 12% ao ano comprando tudo do Brasil) e ao mesmo tempo o dólar barato no mundo (estratégia americana para combater o crescimento chinês, pois o dólar barato favorecia as exportações americanas) ou seja, um cenário de paraíso pro Brasil no qual qualquer presidente teria colhido excelentes frutos de crescimento, ou seja, não foi qualquer plano do Lula ou do PT, mas sim um cenário exterior altamente favorável ao Brasil e ao mesmo tempo a manutenção de uma política macroeconômica do governo anterior (FHC) que controlava a inflação e gastos excessivos. 

Dinheiro entrando a rodo no país, suficiente pra quadrilha vermelha financiar vários programas populistas e aumentar a margem das propinas com empreiteiras e campeãs nacionais em negociatas sem fim. O povão tem essa lembrança afetiva desses anos de crescimento econômico do governo do molusco, mas a verdade é que isso só aconteceu pela situação internacional (China crescendo muito e dólar barato) ao mesmo tempo que ele seguiu o plano econômico (equilíbrio fiscal) deixado pelo governo do Real, mas isso tudo começou a degringolar nos últimos dois anos do governo do molusco, começou a faltar o dinheiro da China que importava menos, o dólar voltou a subir e a pressão de setores políticos acostumados com esquemas bilionários de corrupção que não podiam continuar se pagando vieram a tona ao mesmo tempo que a ala tradicional do petismo insistia por uma guinada mais desenvolvimentista (e desastrosa da economia) o que se somou a impossibilidade do petismo seguir com o projeto original de endurecimento ideológico depois da condenação do Dirceu (que seria o substituto de Lula) o que acabou levando Lula a botar uma pessoa sem traquejo político (Dilma) como sucessora. 

Aqueles últimos dois anos de governo Lula (que foram repetidos no mandato dilmistico) aconteceram em um ambiente muito melhor do ponto de vista fiscal e econômico do que agora, então tem muita gente do mercado e do povão sonhando com um novo governo Lula dos primeiros seis anos de mandato, mas levarão na verdade um governo ainda pior do que foram os últimos dois anos do governo Lula seguidos pelos anos apocalípticos do governo Dilma. A situação fiscal do país está um caos (furo de 200 bilhões no teto que ambos os candidatos populistas pretendem repetir caso eleitos), a situação econômica idem (alto desemprego, inflação alta, pib muito baixo e abaixo da media mundial há anos, ausência de reformas, excessiva burocracia, altos impostos e muita corrupção, tudo que afasta investidores do país e gera ainda mais pressão na economia, tudo isso resumido no primeiro texto sobre as entrevistas) e a situação política ainda pior (centrão corrupto dominando a aprovação de leis e em conluio com os dois candidatos populistas, STF contra a lava jato e nenhum interesse em uma reforma política). 

As promessas de Lula são, assim como as promessas de Bolsonaro uma grande ilusão: ambos (e também Ciro) prometem bolsas de 600, mil reais, prometem zerar a dívida dos pobres, prometem reduzir o imposto de renda, prometem um Brasil dos sonhos mas que na prática, economicamente e politicamente falando é inviável, pois os três querem furar o teto de gastos o que somente vai gerar mais inflação ao mesmo tempo que a política dominada pelas negociatas e propinas em conluio com o centrão vai tão somente afastar investidores, potencializar os gastos com privilégios (orçamento secreto bilionário, fundão eleitoral bilionário, cartão corporativo sem limites) criando ainda mais caos econômico onde as medidas populistas para conseguir votos (incentivos artificiais para favorecer determinados setores temporariamente e estourando o teto econômico) vão deixar o pais no mesmo cenário dos últimos 10 anos: baixo crescimento comparado ao resto do mundo e alto desemprego e com maior pressão inflacionária. 

A solução dos grandes problemas políticos e econômicos que afligem o Brasil passa necessariamente pela união da população contra a corrupção e contra os privilégios, pois sem essa cobrança firme (que aconteceu entre 2013 e 2018) a maioria corrupta de Brasília se sentirá a vontade para afanar cada vez mais o dinheiro do pagador de impostos. 

Somente com engajamento popular amplo, como ocorrido entre 2013 e 2018, pela mudança de leis que fortaleçam o combate a corrupção e fortaleçam a diminuição de privilégios assim como uma economia comprometida com o teto de gastos, geração de empregos, combate a inflação, diminuição da carga tributária, diminuição da burocracia, diminuição do custo do crédito, somente com tudo isso poderemos avançar em importantes reformas econômicas e políticas rompendo com a polarização ideológica de mentirinha onde nenhum dos lados está preocupado com ideologia, mas sim se vai ter acesso a dinheiro e cargos no governo que vier, seja do lado da situação ou da oposição. As pessoas precisam compreender isso, que não existe salvador da pátria, não existem seres de luz que farão o trabalho por nós, nós é que precisamos trabalhar em parceria com eles, pois de nada adianta eles ajudarem a criar situações que impulsionem mudança (como aconteceu entre 2013 e 2018) e depois as pessoas voltarem, em grande número, à idolatria política esquecendo-se da verdadeira luta contra a corrupção e os privilégios. 

A primeira parte dessa série de dois textos sobre as entrevistas dos três candidatos populistas pode ser acessada no link a seguir:

https://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2022/08/a-entrevista-parte-i-bolsonaro.html


24 de ago. de 2022

A Entrevista (Parte I) - Bolsonaro

 


A entrevista dada pelo líder do desgoverno foi um show de horrores, uma mentira em cima da outra como deixarei linkado em dois vídeos ao final onde todos os vídeos com entrevistas dadas pelo próprio líder do gado desmentem o que ele negou na entrevista. 

Pior do que a chuva de mentiras trazidas pelo presidente foi a defesa do gado. Boa parte desse eleitorado gado que na época das manifestações defendia o combate à corrupção e zombava do petismo com os seus políticos de estimação hoje adota uma postura muito pior, defendendo as mentiras e a parceria corrupta com o centrão exatamente como os petistas defendiam e ainda defendem o líder da quadrilha vermelha. 

Além de deixar claro que não vai aceitar o resultado das eleições e planeja melar as eleições caso o resultado não seja favorável, o rei do gado também negou que tenha xingado ministros do Supremo acusando o entrevistador de fake news quando na verdade os xingamentos aconteceram várias vezes (filmados). Esses, porém, não foram os piores pontos do show de horrores.

 

CENTRÃO 

Durante a campanha de 2018 Bolsonaro se comprometeu a não governar na base do toma lá da cá, a não se curvar ao clientelismo de ala expressiva do Congresso conhecida como Centrão, inclusive com o seu núcleo mais próximo associando claramente o Centrão a um grupo de ladrões na famosa paródia musical cantada pelo general Heleno: "se gritar pega centrão (ladrão) não fica um meu irmão". O que vimos meses depois foi o presidente lutando arduamente para eleger um presidente da Câmara líder do Centrão oferecendo milhões em emendas secretas para quem fechasse com o governo e não apenas na base do clientelismo mais rasteiro como foi o mensalão (agora repaginado de orçamento secreto), mas pior ainda: para aprovar medidas que enfraquecessem o combate à corrupção e aumentassem o fundo eleitoral. A cereja do bolo foi se filiar ao partido de um dos líderes do Centrão (Valdemar Costa Neto, condenado pela Lava Jato) e depois em entrevista dizer que foi sempre do Centrão. Mais triste do que isso foi gente que foi às ruas lutar contra a corrupção e contra político de estimação e que ainda continua defendendo a autoproclamada cria do Centrão que esqueceu todos os compromissos de campanha. Bolsonaro hoje governa com o mesmo Centrão condenado pela LavaJato por esquemas e propinas junto ao governo petista, não a toa vários líderes do governo atual, como Ciro Nogueira estiveram no governo petista. 

 

ECONOMIA 

Falar que a economia vai bem é uma piada de péssimo gosto. Nos 3 anos de desgoverno ao compararmos com os outros países (que passaram pela pandemia entre 2020 e 2022) o desempenho econômico do Brasil foi um dos piores: o real foi uma das 4 moedas que mais se desvalorizaram em relação ao dólar ao longo desse período (apenas Rússia, Turquia, Venezuela e Argentina tiveram desempenho pior). Se compararmos ao tenebroso governo Dilma, o pico do dólar (já com o ajuste da inflação) chegou a 4,67 (ajustado à inflação acumulada) em setembro de 2015 enquanto no governo Bolsonaro atingiu 5,70 no segundo semestre de 2021 (quando a economia havia recuperado as perdas de 2020 para a pandemia), ou seja, praticamente 20% pior do que o tenebroso desempenho da governanta. 

Em 2019 (antes da pandemia) o desgoverno fechou o ano com um pib de 1,1% bem abaixo da média mundial (3%). As estimativas mais recentes de crescimento para 2022 são de 1,5% a 2% também abaixo da média mundial que deve ficar entre 3% e 3,5% e as previsões para 2023 de organizações econômicas como a OCDE projetam um crescimento de 0,7% devido ao forte aumento da taxa de juros que coloca o Brasil como a terceira maior taxa de juros do mundo (a previsão do pib mundial para 2023 é de 3,1% ou seja, quase 3 vezes mais do que o Brasil deve herdar do desgoverno para 2023). 

Na inflação o desastre é nítido: somente na inflação de alimentos os preços praticamente dobraram nos últimos 3 anos e ainda que a pandemia tenha aumentado a inflação global, se pegarmos as 20 maiores economias do mundo veremos uma inflação de 8,8% em 12 meses enquanto o Brasil está em 11,7% (praticamente 40% a mais do que a média das 20 maiores economias do mundo). 

Apesar da melhoria na taxa de desempregados (que ainda permanece alta, na casa dos 9%) há um enorme contingente de subempregados (entorno de 22% da força de trabalho que ganha menos que um salário) isso pra não mencionar que o ganho médio dos empregados caiu entorno de 5% nos últimos 12 meses (em um período com inflação acima de 10%). Não é a toa que tanta bolsa está sendo distribuída por ai.     

 

TRATAMENTO PRECOCE 

A defesa de um tratamento ineficaz mesmo meses após os principais órgãos de saúde do mundo terem atestado que o tratamento precoce não funcionava, campanha pessoal contra a vacinação, contra o uso de máscara, péssimo gerenciamento da pandemia (atraso na compra das vacinas, atuação temerária na crise de Manaus) formam o conjunto da obra por um dos maiores desastres sanitários do país que poderia ter sido bastante minimizado com um mínimo gerenciamento da crise. 

Bolsonaro não apenas descumpriu os compromissos de campanha, tanto no combate a corrupção (se aliou ao Centrão e enfraqueceu o combate a corrupção) como também na economia liberal, pois não bastasse ter deixado de privatizar as principais empresas que disse que iria privatizar ainda pior: adotou práticas populistas como aumentar medidas assistencialistas furando o teto fiscal, não conseguiu controlar minimamente o valor da moeda e nem de longe conseguiu melhorar a concorrência bancária (a maioria dos recursos financeiros da pandemia que deveriam ter sido usados para fomentar crédito a pequenos empresários foram usados pelos bancos para encarecer o crédito durante a pandemia e ainda pior, a área econômica do governo deu carta branca para o BC comprar bilhões em títulos podres dos bancos, ou seja, para evitar que bancões tivessem prejuízo e isso com o dinheiro do pagador de impostos. Um governo que nunca foi liberal na economia, furou em mais de 200 bilhões em dois anos o teto fiscal e separou bilhões em emendas secretas para estreitar a parceria clientelista com o Centrão, as mesmas práticas que a quadrilha vermelha adotou nos governos anteriores. 

Para conferir as mentiras do rei do gado mostradas com suas próprias falas em vídeos divulgados nos últimos meses vejam os dois vídeos abaixo:


VIDEO 01:



VIDEO 02: 



19 de ago. de 2022

O Brasil de Amanhã será a Argentina de Hoje?

 


Quase três anos atrás, após errar a previsão sobre o futuro presidente da Argentina eu fiz um post explicando o motivo do erro e o argumento dessa explicação não apenas se mostrou exato como profético. Eis o que foi publicado em outubro de 2019: 

"Astrologicamente absolutamente nada embasa a eleição do poste, nem do Macri. Simples assim, dois mapas abarrotados de trânsitos explosivos que refletem o atual momento desastroso da Argentina por responsabilidade tanto do atual presidente como do peronismo kirschnerista. Nada, absolutamente nada em nenhum dos mapas daria qualquer base para eleição de um ou de outro, nem considerando a Cristina como a principal da chapa. Se mesmo com tudo isso a população ainda insistiu em um dos dois é um movimento sem qualquer base na Astrologia. 

O erro de análise que eu cometi (e obviamente aconteceu um erro, pois a previsão com base na Astrologia falhou) foi não ter considerado os próximos 4 anos do mapa da Argentina, em especial o Marte do mapa da Argentina já que estamos em um ano de Marte. O mapa utilizado é o mapa da Independência (09 de julho de 1816 ao meio dia em San Miguel de Tucuman). 

Entre final de 2019 e primeiro trimestre de 2020 Júpiter vai se opor ao topo do mapa da Argentina (Meio Céu e Sol). Quando esse trânsito bem ruim passar Saturno vai entrar, Saturno estará em trânsito de março até julho quadraturando com o Júpiter natal do mapa argentino, depois até quase o final do ano com o Ascendente do mapa argentino e depois até o começo de 2021 novamente com o Júpiter do mapa argentino. Mas esses trânsitos (que já seriam péssimos para qualquer país) são apenas um aperitivo do que está por vir. 

Urano em trânsito a 10 graus de Touro no início de 2021 já começa a quadraturar com o Urano do poste eleito (12 graus de Leão) ao mesmo tempo que Saturno em trânsito estará oposto ao Sol e Meio Céu do mapa argentino (posições que no mapa político simbolizam exatamente o presidente). Esses dois trânsitos impactarão o presidente poste e o mapa da Argentina por praticamente todo 2021. 

A partir de maio de 2022 Urano em trânsito vai quadraturar com o Marte da Argentina (17 graus de Leão) trânsito que vai até julho de 2023 e exatamente quando esse trânsito estiver acabando (e se ainda tiver sobrado algo da Argentina) Plutão começará a transitar em quadratura com o Jupiter natal da Argentina. Poucas vezes vi um mapa tão tenebroso para 4 anos, são simplesmente 4 anos sem trégua com um bombardeio constante e pesado sobre o mapa da Argentina e no período mais agudo desse bombardeio (entre primeiro trimestre e final de 2021) sobre o presidente poste eleito. 

Um mapa de um país com esses trânsitos para o período do futuro presidente (2020 – 2024) poderia indicar tão somente que a pior opção seria a escolhida com os piores trânsitos e não o melhor candidato do ponto de vista astrológico que seria o Lavagna." (outubro de 2019)

 

A ARGENTINA HOJE 

Hoje a Argentina, sem qualquer exagero, é quase economicamente uma Venezuela. Quatro em cada dez argentinos vivem abaixo da linha da pobreza (40% da população), descontrole fiscal total, economia estagnada há quase 11 anos (déficit com muito mais gastos do que arrecadação nesse período ano após ano), inflação de 70% nos últimos 12 meses e deve fechar o ano com uma inflação beirando os 100% ao longo de todo 2022 isso sem falar no valor do peso frente ao dólar no mercado paralelo: são necessários 300 pesos pra comprar 1 dólar. 

 

BRASIL – UMA RUPTURA NAS ELEIÇÕES, POLARIZAÇÃO NOS ANOS SEGUINTES 

A partir de 2023 Plutão entrará no signo de Aquário (ainda que não definitivamente) e automaticamente fará uma quadratura com o Marte natal do Brasil que está no topo do mapa da Independência, um trânsito que apesar de ruim e prolongado será atenuado pelo sextil que esse mesmo Plutão em trânsito fará com o Plutão natal do Brasil. Então ao menos o trânsito de Plutão não será tão devastador sobre o mapa do Brasil, porém tende a manter aceso um forte clima de confrontação política entre o bolsonarismo e o petismo pois o Marte natal do mapa do Brasil está no topo do céu da Independência e sempre que Marte e Plutão ficam sob tensão essa ativação atinge bastante a presidência que está ligada ao topo do mapa. Especialmente com a eleição de Lula pois ele possui o Sol natal exatamente no mesmo signo e grau do Marte natal do Brasil. Essa quadratura de Plutão em trânsito sobre o Marte natal do Brasil e sobre o Sol natal de Lula permanecerá de 2023 até o final de 2026 então tende a ser um período bem tenso de enfrentamento político inclusive com manifestações nas ruas ostensivas contra o petismo. 

Já Netuno que é um astro de órbita longa estará no grau final de Peixes em 2024 se preparando para entrar em Áries, o que acontecerá em 2026. Essa posição de Netuno a partir de 2024 é ruim pois fica exatamente sobre o Plutão natal do Brasil que está em forte quadratura com Netuno e Urano natais do Brasil, esse sim será um trânsito demorado e ruim para o país pois ativa ilusões, manipulações e todo tipo de escapismo, um sinal ruim a nível coletivo pois aponta que a alienação coletiva deve permanecer, ou seja, devemos continuar vendo a polarização entre bolsonarismo e petismo acirrada. Ao longo de 2025 esse trânsito de Netuno será potencializado pelo trânsito de Saturno. 

Urano em trânsito por sua vez, entre 2024 e 2028 estará em sextil com o Plutão natal do Brasil. 

Então no geral nos próximos anos há um equilíbrio entre posições boas e posições ruins no mapa do Brasil, ainda que entre meados de 2024 e 2026 (sobretudo 2025) o mapa esteja mais difícil. O indicativo perigoso que esses trânsitos mostram é um fortalecimento do Sol natal de Bolsonaro (grau zero de Áries que receberá um sextil do trânsito de Plutão e de Urano) o que eu interpreto de duas formas: uma delas é o fortalecimento do bolsonarismo através de um discurso de radicalização contra as instituições especialmente se após a derrota nas urnas para o petismo o governo petista não conseguir melhorar os índices econômicos e sociais. 

A segunda interpretação possível é a eclosão de um novo escândalo político envolvendo o governo petista fazendo com que a mobilização dos grupos mais radicalizados volte com força às ruas e seja turbinada pela parcela descontente da população com a economia sem que necessariamente sejam bolsonaristas mas que por conta dessa insatisfação podem acabar ajudando a causa bolsonarista.

 

O TRÂNSITO DAS RUPTURAS 

Outro ponto relevante é que no mapa do Brasil sempre que a casa 12 (exílio, fim de ciclo) é fortemente ativada com a entrada de Saturno em trânsito na casa 01 do Brasil grandes rupturas inesperadas acontecem (isso aconteceu em 1964 e depois ao final de 1992 no primeiro impeachment). Ao final de 1992 no impeachment de Collor, Saturno estava entrando na casa 01 do Brasil ao mesmo tempo que Urano e Netuno conjuntos adentravam a casa 12. 

Na época das eleições teremos não apenas Plutão em trânsito na casa 12 do Brasil como Saturno entrando na casa 01 do Brasil em fortíssima quadratura com Urano em trânsito (que não apenas estará quadraturando com o Ascendente do Brasil como também com o topo do mapa/Meio Céu do Brasil) e ao mesmo tempo Júpiter em trânsito entrando em Áries estará ativando a enorme quadratura natal do mapa do Brasil (Plutão natal quadraturando com Urano e Netuno natais do Brasil). É um bombardeio típico de rupturas profundas, seja por morte, atentado violento, golpe de Estado ou adiamento de eleições, uma combinação que nos meus estudos eu nunca vi no mapa do Brasil. 

Esse fortalecimento do Sol natal de Bolsonaro, especialmente entre 2024 e 2025 por conta do trânsito de Urano e Plutão é característico de um amplo fortalecimento da imagem (Sol) de Bolsonaro o que no contexto atual só aconteceria de duas formas: ele virar mártir por conta de morte nas eleições ou um golpe de Estado para evitar eleições e postergar o atual governo. De toda forma o que os anos futuros mostram é que a população permanecerá aceitando a manipulação da polarização o que aprofundarei em texto futuro sobre a democracia. 

De toda forma como também já foi explicado, nós como nação perdemos a oportunidade de apoiar uma grande higienização na política contra a corrupção e preferimos, como maioria, continuar apoiando o populismo que apenas mudou de cor. Nossa única esperança é que essa escalada de polarização por mais 4 anos ajude a despertar a maioria da população para o fato de que nenhum dos dois lados populistas, seja o petismo ou o bolsonarismo (ambos aliados com a corrupção do Centrão), nenhum dos dois serão a solução para tirar o Brasil da corrupção e da estagnação econômica. 

Seja com a vitória do ex presidiário nas urnas ou com as eleições meladas por algum golpe (que tente adiar as eleições ou dar continuidade ao atual mandato) o cenário econômico mostrado no mapa do Brasil não mostra um futuro tenebroso nos próximos 4 anos mas também não mostra qualquer recuperação pujante (como no período do boom das comodities para a China) sendo algo mais próximo a continuidade do atual cenário (inflação ainda persistente, descontrole fiscal, baixo crescimento econômico e alto desemprego) assim como mostra a continuidade e agravamento da polarização política entre petistas e bolsonaristas que vai desembocar em um acúmulo de tensos para 2026, um acúmulo que eu espero que definitivamente faça o povo acordar da polarização através de uma nova alternativa politica pois caso contrário (se ainda tivermos alguma democracia) ela correrá ainda mais risco. 

A encruzilhada da República (texto publicado anteriormente que aconselho a todos lerem):

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=625045572312081


10 de ago. de 2022

Os Três Grandes Grupos que Buscam Uma Nova Ordem

 


Antes de iniciar a leitura desse texto recomendo fortemente que o leitor leia o texto anterior (linkado a seguir) bem como assista os dois vídeos linkados naquele post para que, dessa forma, consiga entender todo o raciocínio que será exposto ao longo desse post. 

Guerra mundial econômica - um pouco de geopolítica:

https://www.facebook.com/photo?fbid=651677212982250


Como expliquei naquele texto, Ocidente e Oriente travam uma guerra econômica e geopolítica feroz que apresenta como pano de fundo, por parte do Ocidente, o argumento (válido) de luta das democracias do mundo (claramente identificadas com as liberdades e pluripartidarismo dos EUA e Europa) contra as autocracias do mundo (claramente identificadas com o modelo de um partido ou força política que concentre o poder, sem pluripartidarismo e perseguindo adversários do regime, claramente associados ao regime chinês e russo de Putin). Ou seja, o argumento do Ocidente é que a ordem estabelecida (atual) baseada nas liberdades econômicas, democracias e pluripartidarismo político deve combater a atual ascensão de uma nova ordem baseada em grupos autocráticos e antidemocráticos.  

Já por parte do Oriente (China e Rússia) o principal argumento utilizado é a luta pela soberania econômica, política e, sobretudo geográfica daquilo que o ideólogo de Putin, Alexander Dugin chamou de fortalecimento dos estados nacionais para a criação de um mundo multipolar (multipolar em contraposto ao mundo globalizado), identificando que o mundo atual (globalizado) seria comandado por "globalistas" (organismos mundialmente aceitos que estabelecem regras para o comércio mundial), ou seja, uma teoria (do mundo multipolar) criada exatamente para contestar a ordem mundial estabelecida (mundo globalizado) afirmando que essa ordem estabelecida seria de "globalistas" interferindo na soberania dos estados nacionais. Ou seja, o argumento do Oriente é criar uma retórica que combate a atual ordem mundial econômica e geopolítica e ao mesmo tempo permita criar uma nova ordem mundial, na qual chineses e russos tenham maior proeminência no comércio mundial, especialmente pelo objetivo final da China ser exatamente o de estabelecer uma completa zona de controle na Ásia e Oriente Médio com a Rota da Seda. 

Pra entendermos de forma mais profunda essa dinâmica, precisamos compreender as três grandes forças transnacionais que disputam o poder mundial, uma delas tentando manter a ordem atual vigente (que vem desde os tempos do fim da segunda guerra e da guerra fria) e as outras duas grandes forças lutando para estabelecer uma nova ordem mundial (econômica e geopolítica) que lhes seja mais favorável.  Vamos então compreender essa questão com algumas informações que eu já venho trazendo desde 2016.

 

A "VELHA ORDEM" QUE EXISTE DESDE O FINAL DA SEGUNDA GUERRA 

Como também expliquei no texto anterior (linkado no início desse post) as grandes nações que travam uma guerra mundial comercial cada vez mais feroz sabem que em última instância a queda de um império para a ascensão de um novo império dominante e  o estabelecimento de uma nova ordem sempre eclode através de um confronto bélico que é precedido por um intenso embate comercial (como foi amplamente explicado no vídeo final do texto linkado no inicio do post). A diferença é que isso nunca aconteceu em um cenário de comércio tão globalizado e em um mundo tão tecnológico, com tantas nações dispondo de armamento nuclear. 

Ao final desse texto deixarei um vídeo explicando como as principais potências do mundo trabalham com o cenário do DIA D (início da guerra atômica) e o dia seguinte, ou seja, quando após a conflagração atômica entre as potências do hemisfério norte a luta seria para dominar as terras do sul(obviamente eles não contam com a vinda de um asteróide para evitar um conflito atômico mas isso é outra história). 

Existem três grandes grupos de abrangência global que atuam sobre o planeta, grupos transnacionais (ou seja, além de um país ou um governo) com interesses próprios e forte atuação nos governos, nos sistemas econômicos e midiáticos do planeta. 

Basicamente esses três grandes grupos (ou projetos globalistas) são formados pelos socialistas nacionalistas ** (com forte ação na China e Rússia), o Clube Bildberg aliado a OTAN (EUA, Europa e Israel) e por fim o mundo islâmico (governos e empresários do Oriente Médio) e dentro desses grupos temos outros grupos que brigam pelo poder dentro de cada um dessas três forças, como por exemplo, a luta entre xiitas e sunitas no mundo islâmico. 

** (Utilizei o termo "socialistas nacionalistas" em substituição ao termo "marxistas" do texto original de 2016 por acreditar ser mais adequado para definir esse grupo: apesar do caráter autocrático que não aceita pluripartidarismo e nem democracia (claramente presente na doutrina marxista de Marx e Engels) os governos russo e chinês apresentam algo que vai além dessas características autocráticas do marxismo que é um forte nacionalismo e valorização da força bélica, um socialismo nacionalista mais identificado com as características do partido nacional socialista dos trabalhadores da Alemanha da segunda guerra do que essencialmente o marxismo, ainda que o socialismo nacionalista beba muito da fonte marxista.) 

Essa atual ordem já existe desde a guerra fria e logo depois da segunda guerra mundial, ou seja, esses três grandes grupos mundiais já existem e lutam pela hegemonia há décadas. Sendo assim não há uma nova ordem mundial, mas sim uma “velha ordem” existente há décadas. 

Os três grandes grupos não trabalham em conjunto por uma agenda em comum (que supostamente seria a redução drástica da população/humanidade), mas na verdade brigam entre si pela hegemonia mundial e mais ainda, dentro de cada uma dessas três grandes forças existem brigas internas (como exposto há pouco sobre o confronto entre xiitas e sunitas) para definir qual será a melhor agenda para determinado grupo combater os outros dois. Sendo assim, a teoria de que os três grupos trabalhariam por uma agenda comum (a suposta nova ordem mundial) não tem base alguma nos fatos. 

Hoje, o grande confronto envolve o grupo do ocidente (Bildberg, OTAN, União Européia e EUA) e o grupo dos nacionalistas socialistas do oriente (capitaneados por China e Rússia), com o ocidente tentando manter a atual ordem mundial que existe desde o final da segunda guerra e guerra fria, enquanto o grupo do oriente tenta estabelecer uma nova ordem mundial econômica e geopolítica e tenta, como estratégia, atrair para o seu lado o grupo que compõe o mundo islâmico. 

Os três grupos trabalham com o cenário estratégico de uma terceira guerra e no auge do confronto um embate nuclear. Ou seja, esses três grupos elaboram estratégias a curto, médio e longo prazo sempre trabalhando com o cenário decisivo de um embate nuclear. 

 

AS ENTRANHAS DO TRIÂNGULO – DETALHANDO AS TRÊS FORÇAS 


NACIONALISTAS SOCIALISTAS - encontram financiamento, sobretudo nos governos da Rússia e China e possuem ligações profundas com ricos e influentes empresários chineses e também com a máfia russa, formada pela elite econômica que emergiu após o “fim do comunismo”, elite que junto ao alto generalato financia politicamente o governo Putin. 

A estratégia de avanço dos vermelhos sobre a América do Sul e Latina inicialmente disparada a partir da célula cubana (socialismo moreno dos Castro) tinha por objetivo enfraquecer a ação dos Estados Unidos sobre a região continental já nos anos 60, pois todas as estratégias desses 3 principais grupos levam sempre em consideração o cenário final de confronto atômico na terceira guerra mundial e segundo uma simples constatação geográfica, em um confronto nuclear entre as potências do norte em conjunto com Israel e o mundo islâmico, os Estados Unidos teriam a vantagem de contar com um amplo território que poderiam ocupar (América do Sul e Latina, em especial o Brasil, a zona de retaguarda citada pelo coronel Fontenelle no vídeo linkado ao final). 

Foi por esse motivo que o grupo chinês e russo buscou construir um populismo bolivariano na América do Sul e também por esse motivo que os Estados Unidos agiram fortemente através da sua Inteligência, poder financeiro e tecnológico (internet) para disparar o processo de queda desses regimes entre 2015 e 2016, como vastamente foi descrito e profetizado no livro “Brasil o Lírio das Américas” em 2014 (explicando o que aconteceu a nível físico e no mundo espiritual para gerar a queda do populismo na região quando ninguém pensava que isso aconteceria).

 

CLUBE BILDBERG/OTAN - é formado pelos empresários e políticos mais influentes dos Estados Unidos e Europa e entre esses empresários americanos estão os principais e mais influentes de origem judaica que vivem na terra do tio Sam. 

Essa elite política e econômica está diretamente ligada ao establishment militar das nações americana, européia e israelense. Esse grupo surgiu em resposta ao avanço do marxismo cultural e do gramcismo após o final da Segunda Guerra e é quem realmente lança as diretrizes estratégicas da OTAN desde o seu surgimento. Um dos seus braços mais conhecidos é o FBI e além dele há um conglomerado de agências dos EUA, Europa e Austrália que trabalham em um sistema unificado de informações (leia-se espionagem) conhecido como Echelon. 

A construção desse grupo é que permitiu a construção de diversas bases americanas ao redor do planeta, assim como a transferência de tecnologia nuclear para a Europa e Israel, bem como a própria criação da máquina de guerra israelense estrategicamente posicionada para evitar o total domínio do mundo islâmico no Oriente Médio. 

 

MUNDO ISLÂMICO - Composto pelo mundo árabe, prioritariamente no Oriente Médio, que professa a fé muçulmana. Os sheiks do petróleo é que financiam o fortalecimento da fé islâmica na região com o objetivo de possuírem influência ideológica sobre parcela expressiva da população, da mesma forma que Rússia e China buscam difundir a ideologia socialista nacionalista e da mesma forma que Estados Unidos e Europa (sob os auspícios dos ideais iluministas) buscam difundir os ideais de liberdade (o cidadão como parte ativa do Estado e não subjugado a este) mais identificados com o liberalismo e o capitalismo. 

A difusão desses ideais visa congregar, tornar coeso, um grupo grande de pessoas que apoie aquela determinada idéia e assim possa ser direcionada, controlada pelas pessoas com maior poder político e econômico que atuam nas regiões do Globo sobre maior influência de um desses grupos. Ou seja, os três grandes grupos buscam através de estratégias diferentes direcionar o apoio de bilhões de pessoas para a sua respectiva agenda. 

Colocadas as peças no Xadrez Mundial, vamos avançar um pouco mais na estratégia que envolve esses três grupos que buscam o melhor posicionamento para lidar com o embate final, a guerra atômica. 



A CONFLAGRAÇÃO ATÔMICA

Apesar de pertencerem a um mesmo bloco (nacional socialista com interesses em comum), ao mesmo tempo China e Rússia são duas potências. A Rússia é uma nação cristã, enquanto que a China em muitos casos não tolera o Cristianismo em várias de suas províncias. Em última instância, Rússia e China são adversárias em potencial, duas potências bélicas e territoriais. O fato da Rússia ser uma nação cristã criou um problema para os russos no Oriente Médio: uma única área de influência política (Síria), enquanto os EUA tem Israel, enquanto a China busca avançar sobre o Oriente Médio com o dinheiro que a Europa não tem pra investir e com a viabilidade religiosa que os chineses possuem e os americanos, por defenderem os israelenses, não possuem. 

Esse é o ponto decisivo que no contexto profético bíblico permitirá a aliança da Rússia com a Europa e os Estados Unidos ao perceber que a China buscará a supremacia mundial, ser a nova superpotência, que deseja não apenas sobrepujar os americanos, como também a própria Rússia e exatamente por essa razão a China enxerga a necessidade de uma aliança com o mundo islâmico. 

A Rússia não possui uma área de retaguarda no hemisfério sul. A África (além dos problemas elencados no vídeo linkado ao final) está sob forte influência econômica da China e, portanto não poderia ser utilizada ou dominada pela Rússia. O Oriente Médio está tomado pelo mundo islâmico e muito mais próximo da zona de retaguarda na África, além de estar mais adaptado a lidar com o clima dessa região. Sendo assim, a Rússia sabe que no caso de um embate atômico, mesmo que consiga salvar parte da sua população em abrigos subterrâneos, sua única chance é uma aliança com o mundo ocidental para buscar áreas de retaguarda na América do Sul. 

Além de todos esses motivos, a Rússia tem mais uma razão lógica para imaginar essa aliança: China e o mundo islâmico no dia seguinte após o conflito atômico ter devastado o hemisfério norte perceberiam que o sul da África e a Austrália não seriam suficientes para as necessidades desses dois grandes grupos, o que os forçaria a tentar invadir a América do Sul. Para a Rússia, nesse cenário, seria muito mais vantajoso buscar um espaço no continente Americano (Sul) do que tentar vencer os americanos e ter que dividir o território com mais duas grandes nações (seus sobreviventes, no caso China e mundo islâmico) 

A China também sabe dessa possibilidade desfavorável para o dia seguinte a um conflito atômico e por esse motivo tem investido pesadamente em armamentos poderosos não apenas para destruir porta aviões como também tecnologia espacial (precursora de um escudo anti nuclear?) e também um exército cibernético com quase 100 mil hackers dentro do “escudo amarelo” que torna a rede de internet na China provavelmente a mais forte do planeta. 

A China possui a maior capacidade financeira e industrial para produzir novas tecnologias e ao mesmo tempo em que sabe que uma guerra atômica seria péssima para suas aspirações de ser a nova potência mundial (um mundo pós atômico seria muito menor, somente com o hemisfério sul) ao mesmo tempo a nação do dragão vermelho se equipa para um confronto final, no caso de precisar brigar pela América do Sul com os americanos. 

Quem conhece “A Arte da Guerra” sabe que os chineses preferem obter a supremacia mundial sem precisar desembainhar a espada (atômica) e estrategicamente só há duas maneiras de fazer isso: criando um escudo anti atômico que coloque a China em uma condição de superioridade sobre os EUA (algo que seria difícil sem uma rápida retaliação americana) ou criar uma ligação econômica e política muito forte com a América do Sul (o que já vem sendo implementado), mas que foi atrapalhado pela ação da inteligência americana que derrubou o populismo na região, pois caso os governos vermelhos perdurassem por mais 10, 15 anos na América do Sul , a presença chinesa ficaria de tal forma enraizada que criaria sérios problemas para os interesses americanos na sua zona de retaguarda. 

Por conta de tudo isso esses três grandes grupos trabalham e lutam de forma feroz na atual guerra mundial comercial exatamente para conquistarem melhores posições estratégicas no grande tabuleiro geopolítico, um tabuleiro não com dois players, mas sim três, que movimentam suas peças ativamente entre o hemisfério norte e sul ao mesmo tempo que sabem que, inevitavelmente, o momento final desse jogo de xadrez envolverá um duro ataque atômico no qual os três grandes grupos lutam entre si, cada um, pelo seu "xeque mate". A fase atual, da guerra mundial comercial precede o grande confronto bélico na década de 30, confronto que segundo as profecias será interrompido antes que chegue à etapa de extermínio nuclear, exatamente com a queda da grande pedra do céu provocando enormes contrações tectônicas no planeta e impedindo que se concretize o furor atômico das grandes potências planetárias, toda essa cronologia profética amplamente descrita nos livros "Armagedoom 2036", "A Bíblia no 3º Milênio" e "Brasil o Lírio das Américas". 

Brasil - uma zona de retaguarda para a guerra nuclear - o dia seguinte ao confronto atômico (assistir até o minuto 39:50)



O texto original sobre os três grandes grupos possui ainda informações adicionais e quem tiver interesse, esse material de 2016 está no link a seguir:

https://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2016/10/especial-xadrez-mundial-parte-ii-de-iii.html