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26 de dez. de 2010

Maria Madalena, Apóstola de Jesus: João Batista e a Última Ceia (parte II)


Ver a primeira parte AQUI


Para saber mais sobre profecias e estudos bíblicos, conheça meu primeiro livro "A Bíblia no 3º Milênio" que interpreta todos os versículos do Apocalipse e boa parte das principais profecias bíblicas como Daniel, Sermão Profético e Ezequiel: 

http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2013/07/a-biblia-no-3-milenio.html


Vejamos a questão de Maria Madalena ou Maria de Magdala. Antes de mais nada, devemos recordar os evangelhos apócrifos descobertos em Nag Hamadi, que relatam uma historia um pouco diferente da narrada pelos primeiros cristãos: ao invés de mulheres submissas, vemos mulheres guerreiras ajudando com grande força os apóstolos nos primeiros e difíceis anos do cristianismo.

Segundo o Frei Jacir de Freitas:

“Quem não "aprendeu" que Maria Madalena era prostituta? E como seria bom "desaprender" isso. Tente! E você verá como é bonito descobrir o novo. É isso que está acontecendo com as comunidades e pessoas que já estudaram o Evangelho de Maria Madalena. Elas estão descobrindo a Maria Madalena mulher, discípula de Jesus, líder entre os primeiros cristãos. E porque não "apóstola" e mulher que Jesus tanto amou? É verdade que muitos também se escandalizam com testemunho dado pelo Evangelho de Filipe o sobre o relacionamento entre Jesus e Maria Madalena:

"A companheira de Cristo é Maria Madalena. O Senhor amava Maria mais do que todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca. Os discípulos viram-no amando Maria e lhe disseram: Por que a amas mais que a todos nós? O Salvador respondeu dizendo: Como é possível que eu não vos ame tanto quanto a ela? (Filipe 63, 34-64,5). E em outra parte diz: "Eram três que acompanhavam o Senhor: sua mãe Maria, a irmã dela, e Madalena, que é chamada de sua companheira. Com efeito, era 'Maria' sua irmã, sua mãe e a sua esposa" (Filipe 63:32)

Jesus inclusive mostrou claramente aos judeus que era contra a carta de divórcio permitida por Moisés e falou nos seguintes termos no evangelho de Marcos, cap 10:

“E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher” (Marcos 10:4-7)

Ora, Jesus exemplificou tudo aquilo que ensinou, não faria sentido ensinar que o homem deveria deixar seu pai e sua mãe para se unir a uma mulher, se ele próprio não exercesse esse ensinamento.

Outra passagem importante que atesta o matrimônio de Jesus é o episódio na casa do fariseu em Cafarnaum:

Em Lucas 7:37-50 Jesus vai a casa de um fariseu em Cafarnaum. Cafarnaum ficava a apenas 7km da cidade de Magdala. A Galiléia era composta das cidades e vilarejos de Cafarnaum, Magdala, Caná, Nazaré, Tiberíade (com o mesmo nome do lago Tiberíades, próximo ao mar da Galiléia).

Lá, na casa desse fariseu, Jesus é um convidado. Aí, eis que do nada entra uma mulher que a Bíblia chama de “pecadora” com um vaso cheio de perfume para ungir os pés do Rabi. Na narrativa que se segue, o fariseu chama a mulher de pecadora, dentro da própria casa. Ora, como uma mulher pecadora entraria do nada na casa de um fariseu, para ungir os pés de um ilustre convidado? Isso tudo seria somente possível se essa mulher fosse alguém muito próxima de Jesus, exatamente sua esposa. Além disso, na época de Jesus os cabelos de uma mulher eram considerados objeto erótico, sendo assim cobertos e escondidos pelos véus e amostra somente aos parentes dentro de casa e ao seu marido. Sendo assim, Maria ao enxugar os pés de Jesus com seus cabelos, nos dá mais um indício de que ela seria sua esposa.

Maria, nascida em Betânia, irmã de Lázaro, que casou com Jesus em Caná (as bodas onde a mãe de Jesus dava ordens aos serviçais), mas que ficou conhecida como Maria de Magdala pelos convidados do casamento e depois por toda Jerusalém, visto que Caná era um mero vilarejo próximo a Magdala, que era cidade muito mais conhecida dentro da Galiléia.

Aliás existe uma grande confusão nesse ponto, pois as bodas que muitos chamam “de Canaã” são na verdade as bodas de Caná, nome desse pequeno vilarejo que muitos chamam de Canaã, pois Canaã designa usualmente a Terra prometida de Abraão que hoje é a Palestina. Ou seja, apesar de muitas vezes aparecer nos textos “bodas de Canaã” , o nome correto desse pequeno vilarejo é Caná (nome que inclusive é o que esta no evangelho de João, bodas de Caná)

Vemos um dado interessante que corrobora a profunda união entre Jesus e Maria de Magdala:

"Depois os levou para BETÂNIA e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, separou -se deles e foi arrebatado ao céu."(Lucas 24:50)

Jesus ascendeu aos céus exatamente na cidade de BETÂNIA!!! Por “coincidência” a cidade natal de Maria de Betânia. E a primeira pessoa que Jesus apareceu após ressuscitar foi para Maria Madalena (João 20:11-18).... coincidências?

Maria era vista como uma pecadora pelos fariseus e pela narrativa bíblica, pois ela era uma das apóstolas, não somente a esposa do Rabi, ou seja, ela se comportava como uma Rabi, ensinando a população assim como os demais apóstolos, é por isso que a narrativa bíblica e o fariseu na casa onde Jesus estava em Cafarnaum, a considerava como pecadora. Somente o fato de Maria Madalena ser casada com Jesus explicaria uma mulher “pecadora” entrar na casa de um fariseu (conhecidos como os doutores da lei) para ungir os pés de Jesus. Aliás, Maria Magdala era considerada pecadora pelos fariseus justamente por se portar como uma rabi, função na época (rabinato) exclusiva aos homens.

Maria, a esposa de Jesus, entra justamente pra dar uma lição de humildade , a lição que a maioria dos fariseus mais precisava aprender, esse foi o motivo de toda a exortação na casa do fariseu envolvendo Jesus e sua esposa, uma apóstola.

Algumas pinturas de famosos artistas também atestam que Maria Madalena era esposa e apóstola de Jesus:


Na pintura de Juan de Juanes (1500-1579) acima, fica evidente que temos uma mulher presente na última ceia. Esse pintor inclusive fez um outro quadro da última ceia onde só aparecem os apóstolos homens.

Outra pintura famosa onde Maria Madalena também aparece é na Última Ceia de Leonardo Da Vinci:


Na pintura de Da Vinci vemos algumas coisas interessantes: Pedro, com uma faca na mão, sussurra no ouvido de Maria (que muitos juram de pé junto que é João Evangelista nessa pintura). Interessante que se colocarmos Maria do lado direito de Jesus nessa pintura o encaixe é perfeito.

A ordem dos apóstolos na pintura da última ceia está assim: Bartolomeu, Tiago Menor, André, Pedro, Judas Iscariotes e Maria de Magdala, depois vem Tomé (com o dedo apontando pra cima), Tiago Maior, Felipe (que na verdade é João Evangelista na pintura), Mateus, Judas Tadeu e Simão o Zelote (que na verdade não é Simão na pintura, mas sim João Batista).

O posicionamento dos apóstolos nessa pintura é muito interessante: Mateus e Judas Tadeu se reportam a João Batista (ele estava materializado na última ceia, já que nessa época ele já tinha sido decapitado por Herodes). Somente 3 pessoas aparecem sendo consultadas na mesa: João Batista, Jesus e Maria de Magdala.

Tomé aparece apontando o dedo pra cima, o que lembra a pintura de Rafael chamada de “A escola de Atenas” onde aparecem Platão e Aristóteles no centro da pintura, onde Platão também aparece apontando o dedo pra cima e pintado por Rafael com o rosto de Da Vinci.

Tomé tornou-se missionário na Índia após a morte de Jesus. Era apurador de fatos, humanista, perfeccionista , prudente, meticuloso e observador. Seria Tomé o mesmo espírito de Platão e Da Vinci?

Uma outra questão interessante é que Tomé não é um nome, mas sim uma palavra derivada do aramaico “tauma” que significa gêmeo. No livro de Tomé encontrado em Nag Hammadi é dito que Tomé seria um irmão gêmeo de Jesus: “Agora, haja vista que foi dito ser tu meu gêmeo e verdadeiro companheiro, examina-te a ti mesmo” Isso explica porque muitos acreditam que Jesus não morreu na cruz e ao sobreviver tivesse ido para a Índia.

Na verdade, após a morte de Jesus na cruz, quem foi pra Índia foi seu irmão gêmeo ou alguém que Jesus assim considerava, pois em algumas passagens bíblicas vemos a palavra “gêmeo”(didymo em grego) junto do nome Judas, inclusive no próprio Evangelho de Tomé em Nag Hamadi, o que poderia indicar também que Tomé seria gêmeo de Judas Tadeu, ambos irmãos de Tiago Menor e Jesus.

Na pintura de Da Vinci, o apóstolo Tiago Maior aparece com a mão em direção ao ombro de Jesus denotando como mensagem a liderança do movimento cristão primitivo que ele exerceria após a morte do mestre, e seguiria até o ano de 44, data em que morre.

Já Tiago Menor aparece fazendo gesto semelhante, só que contendo Pedro, que na figura de Da Vinci aparece com uma faca , demonstrando querer atacar Maria de Magdala.


A mensagem também é emblemática: Pedro ficaria conhecido pela Igreja Romana como o líder do cristianismo enquanto que a faca simboliza a tentativa da Igreja Romana de apagar a existência de Maria de Magdala dos relatos bíblicos.

A mão de Tiago Menor contendo Pedro nessa representação denota o poder de Tiago Menor como o verdadeiro líder da eklesia, fato que realmente aconteceu após a morte de Tiago Maior, quando então do ano 44 ao ano 62 Tiago Menor comandou o Cristianismo Primitivo, bem como liderou o primeiro concílio da Igreja descrito em Atos dos Apóstolos.

Outra simbologia interessante é que a faca é posta exatamente atrás de Judas Iscariotes, que aparece junto com Maria de Magdala e ficam separados pela cabeça de Pedro entre os dois, mostrando que a Igreja Romana também atacaria Judas Iscariotes, que foi um dos que se juntou aos apóstolos nos primeiros dias (Mt 4:18-22) e era o tesoureiro do grupo, o que demonstra que era certamente alguém de muita confiança tanto de Jesus como dos apóstolos, e junto com Maria Madalena um dos que mais compreendia a real natureza da missão de Jesus.

No quadro da última ceia temos 3 pessoas ali que canalizam os olhares dos demais apóstolos . Vários olham pra Maria Madalena, outros olham pra Jesus e dois deles olham pra João Batista, justamente por serem as figuras mais importantes do movimento cristão. João Batista era tido por muitos como o messias, foi ele que apresentou Jesus como o “Crestus”. Maria nem preciso dizer, esposa e companheira frequente de Jesus nas pregações e o próprio Jesus.

Aliás, João Batista aparece na transfiguração do Tabor como Elias e Moisés, nada mais natural que aparecesse na última ceia.


Outro dado interessante é comparar esse homem pintado no quadro de Da Vinci (que dizem ser Simão Zelote, mas na verdade é João Batista) com o João Batista pintado  por Francesco Ubertini Bacchiacca II (1494-1557), pintura abaixo que esta no museu de Finas Artes em Budapeste, Romênia, onde João aparece ruivo e com uma pequena entrada na testa, exatamente como o homem pintado na tela de Da Vinci. Pouco se sabe sobre Simão Zelote. Afinal, se ele tinha essa importância reduzida ao ponto de mal ser citado nos textos bíblicos, porque justamente ele, junto com Jesus e Maria Madalena, canalizaria a atenção de todos os outros apóstolos no quadro de Da Vinci?



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Maria Madalena, Maria de Magdala, Maria de Betânia: apóstola de Jesus (parte I)


Jesus era chamado de Rabi, isso por toda a Bíblia. O titulo de Rabi só era dado a quem fosse casado, portanto inevitavelmente Jesus teria que ser casado. A lei judaica era explícita nesta situação: "Um homem não casado não pode ser mestre."

Muitos defensores do celibato de Jesus dizem que o termo “Rabi” significa apenas Mestre no idioma hebraico, mas só eram chamados de Rabi aqueles que eram autênticos rabinos. Isso fica clara numa passagem de João:

“Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele.” (João 3:2)

Fica claro aqui que ser chamado de Rabi era algo além de simplesmente ser um mestre. A lei vigente na época de Jesus das escrituras só permitia que fosse Rabi o homem que fosse casado, isso depois começou a ser alterado, mas na época era um escândalo. O celibato era inconcebível entre os rabinos da época, ainda que houvesse exceções, como o Rabi Simeão ben Azzai, o qual, ao ser acusado de permanecer solteiro, dizia: “Minha alma está apaixonada pela Torá. Outros podem levar adiante o mundo”

Nas bodas de Caná, relatada em João 2:1-11, vemos a mãe de Jesus dando ordens aos serviçais da casa onde acontecia o casamento, ora isso só poderia estar acontecendo porque a mãe de Jesus não era uma convidada do casamento mas a própria mãe do noivo, ou alguém acha que faz alguém sentido a mãe de um convidado dar ordens aos serviçais? No tradicional casamento judeu somente a mãe do noivo pode dar ordens aos serviçais.

Na palestina do tempo de Jesus seria impossível que uma mulher não casada viajasse desacompanhada. Mais impensadamente ainda seria viajar desacompanhada e junto com um mestre religioso e seu círculo. Várias tradições parecem ter tomado conhecimento deste fato potencialmente embaraçoso. Pretende-se em alguns casos que Madalena tenha sido casada com um dos discípulos de Jesus. Se este era o caso, entretanto, seu relacionamento especial com Jesus e sua proximidade a ele os teriam tornado ambos sujeitos a suspeitas, se não acusações de adultério.

O rabino Eliazer, contemporâneo de Jesus, declarava : "Quem não procriar é semelhante a alguém que derrame sangue". Queria ele dizer que, quando não se contribuia para trazer seres à vida, equivalia ao crime de morte, em que se tirava a vida a alguém.

Se Jesus tivesse praticado o celibato, como pretende a Igreja dominante desde os primeiros tempos, isso teria gerado uma reação de exclusão, quer pela população comum, quer pelos fariseus, sempre atentos aos desvios do cumprimento da lei por ele e seus discípulos. A forma como Jesus se apresentava em público, e principalmente perante as mulheres, só seria admissível, sendo casado e tendo a companhia da sua esposa.

Maria Madalena era também conhecida como Maria de Betânia (João), Maria Madalena (João 19:25) ou Maria de Magdala (Marcos 16:9). Os apócrifos apresentam Maria Madalena como esposa do cristo, João apresenta Maria de Betânia como a mulher que ungiu Jesus com nardo e apresenta Maria Madalena como presente durante a crucificação do Messias. Sem dúvida, Maria Madalena é a mesma Maria de Betânia, erroneamente chamada de Maria de Magdala nos evangelhos sinópticos, veremos a explicação desses diferentes nomes pra mesma pessoa a seguir.

Vamos ao relato: João Batista batizava em Betânia, quando fala para dois de seus discípulos que o homem que ali achegava (Jesus) era o cordeiro de Deus (João 1:35) Os dois discípulos seguiram então Jesus e perguntaram a ele: Rabi, onde moras? Jesus leva então os dois discípulos ao local onde mora, já mencionado a poucos versículos: Betânia.

"Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele naquele dia." (Jo 1,39)

Um dos discípulos é André, irmão de Simão Pedro. O outro não é identificado, donde se depreende que seja o próprio João Evangelista, pois ao longo de todo o seu evangelho, nunca se refere a si próprio pelo nome.

Três dias depois Jesus se encontra em Caná na Galiléia, junto com sua mãe (que certamente já o esperava lá) e alguns discípulos. A distancia era de aproximadamente 150 km, podendo ter sido percorrida de barco em sua maioria pelas águas do Jordão.

A presença nessa cerimônia, dos discípulos recém recrutados, só pode ser compreendida, se este casamento estiver inserido no começo da vida pública de Jesus.

Depois, a preocupação da mãe de Jesus , perante a falta do vinho, só seria justificável, se fosse ela a anfitriã. Em princípio, não iria dar ordens específicas aos criados, numa casa que não fosse a sua.

Jesus transformou em vinho aproximadamente 500 litros (seis talhas de pedra), o que denota que era uma grande cerimônia de casamento, para iniciar Jesus na vida pública do povo da Galiléia, não é a toa que Jesus era conhecido também como o Rabi da Galiléia.

Mas então, porque razão não tornou claro, que as Bodas de Caná eram as de Jesus?

A resposta é simples. Se o tivesse feito, o seu evangelho passaria a ser considerado herético, e afastado definitivamente do canon cristão, como aconteceu com outros textos. João não quis assumir essa ruptura, e passou a informação da única maneira possível - codificando-a, da forma mais eficaz, de forma velada.

Surge assim, a segunda questão inevitável. Quem era a mulher de Jesus, a noiva de Caná?

Era sem dúvida, alguém que o acompanhava frequentemente.

O local, onde Jesus voltará com frequência, segundo consta do evangelho de João, mas também de Mateus (21:1;26:6) e de Marcos (11:1-2;14:3-9), situa-se em Betânia.

Mas quem vive em Betânia, e que ocupará um lugar de destaque no evangelho de João, e que será praticamente ignorado pelos outros evangelistas?

A resposta é Lázaro e suas duas irmãs, Marta e Maria.

A noiva e futura esposa é Maria de Betânia, conhecida como Maria Madalena.

No capitulo 11 do livro de João fica claro que a irmã de Lázaro, Maria, foi quem ungiu Jesus com nardo:

“Lázaro caiu doente em Betânia, onde estavam Maria e sua irmã Marta. Maria era quem ungira o Senhor com o óleo perfumado e lhe enxugara os pés com os seus cabelos. E Lázaro, que estava enfermo, era seu irmão. Suas irmãs mandaram, pois, dizer a Jesus: Senhor, aquele que tu amas está enfermo” (João 11:1-3)

Esse acontecimento esta relatado aqui:

Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo”. (João 12:3)

Ou seja, João fez questão de dizer que o acontecimento envolvendo Maria no capítulo 11 era importante, pois cita algo que a nível temporal só ocorreu depois, dias depois.

No livro Cântico dos Cânticos são relatadas diversas canções de amor entre dois noivos. O Cântico identifica a poção simbólica dos esponsais com o ungüento aromático chamado nardo.

Era o mesmo bálsamo caro que foi usado por Maria de Betânia para ungir a cabeça de Jesus na casa de Lázaro e um incidente semelhante (narrado em Lucas 7:37-38) havia ocorrido algum tempo antes, quando uma mulher ungiu os pés de Jesus com ungüento, limpando-os depois com os próprios cabelos.
 
No Cântico dos Cânticos (1:12) há o refrão nupcial: “Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume”. Maria não só ungiu a cabeça de Jesus (Mateus 26:6-7 e Marcos 14:3), mas também ungiu-lhe os pés e os enxugou depois com os cabelos. Dois anos e meio antes, ela tinha realizado o mesmo ritual após as bodas de Caná.

Em ambas as ocasiões, a unção foi feita enquanto Jesus se sentava à mesa (como define o Cântico dos Cânticos). Era uma alusão ao antigo rito no qual uma noiva real preparava a mesa para o seu noivo. Realizar o rito com nardo era maneira de expressar privilégio de uma noiva messiânica.

Mas voltemos ao capitulo 11, quando Jesus vai a Betania ao encontro de Lazaro para ressuscitá-lo:

"Mal soube Marta da vinda de Jesus, saiu-lhe ao encontro. Maria, porém, estava sentada em casa." (João 11:20)

Jesus conversa com Marta que em seguida:

"A essas palavras, ela foi chamar sua irmã Maria, dizendo-lhe baixinho: O Mestre está aí e te chama." (João 11:28)

Ora, se Marta não fosse cunhada de Jesus certamente não iria sozinha ao encontro de Jesus, não era o costume da época.

Esta situação, tem uma outra semelhante, relatada por Lucas. Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia (não é esclarecido o seu nome), onde moravam duas irmãs, Marta e Maria (Lucas 10:38-42). Duas questões surgem de imediato: Um homem entra sozinho na casa de duas mulheres. Impensável, a menos que elas fossem, sua cunhada e sua mulher. Lucas não se refere a Lázaro, nem nesta situação, nem em qualquer outra. Tanto ele como Mateus e Marcos, ignoram por completo esta personagem.

Vejamos os versículos:

“Estando Jesus em viagem, entrou numa aldeia, onde uma mulher, chamada Marta, o recebeu em sua casa. Tinha ela uma irmã por nome Maria, que se assentou aos pés do Senhor para ouvi-lo falar. Marta, toda preocupada na lida da casa, veio a Jesus e disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe só a servir? Dize-lhe que me ajude. Respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada.”

Jesus portanto só poderia ser esposo de Maria de Betânia.

Fica claro, bem claro, que Jesus só poderia ser esposo de Maria de Betânia, conhecida como Maria Madalena e também Maria de Magdala. Magdala era uma localidade perto de Tiberíades, na costa do lago Tiberíades. A Galiléia ficava exatamente entre o Mar Mediterrâneo e o lago Tiberíades e na Galiléia ficavam Caná, Magdala, Nazaré e Cafarnaum. Já na Judéia ficavam Belém, Jerusalém e próximo a Jerusalém a localidade de Betânia.

Betânia estava localizada próxima de Jerusalém e do monte das oliveiras.

Ora, as bodas do vilarejo de Caná ocorreram exatamente na Galiléia (onde ficava o vilarejo de Caná) isso explica porque muitos achavam que Maria fosse natural de Magdala, visto que a localidade de Magdala era próxima ao vilarejo de Caná (como podemos observar no mapa abaixo), na verdade a localidade mais conhecida da região próxima ao Tiberíades. Sendo assim, Maria era conhecida por ser de Betânia, pois morava em um vilarejo de lá e, era conhecida como de Magdala pois era o local próximo de Caná onde ocorreu seu casamento com Jesus. Praticamente do lado de Betânia, a beira do mar morto, ficava o templo essênio de Qumran.