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24 de mai. de 2019

Não Seja um Olavete - Porque a Manifestação do dia 26 vai Afundar o Presidente


Quando a miopia política atinge parcela expressiva da população, mas, sobretudo o próprio presidente, normalmente é quando as emoções falam mais do que o senso estratégico, então se faz necessário pontuar de forma clara e detalhada não apenas o atual cenário político como também os desdobramentos, no futuro, de determinadas atitudes. Sem modéstia alguma afirmo que não teve analista ou "guru" algum que previu nos últimos 5 anos o cenário da política como eu previ (com alta porcentagem de acerto) e exatamente por isso me sinto na obrigação de alertar, de forma ainda mais clara, porque as manifestações do dia 26 serão um desastre político para o presidente. 

Ao leitor que acompanha o que escrevo há alguns anos ou o que está conhecendo minhas análises políticas pela primeira vez preciso informar, brevemente, que desejo o sucesso do governo Bolsonaro, não apenas pelo político honesto sem condenações ou inquéritos por corrupção que ele é como pelo time que ele montou no governo com um economista de viés liberal (Paulo Guedes), um estrategista para combater a corrupção (Moro) e uma cúpula ministerial de base militar com os quadros mais moderados que a direita poderia produzir. Previ no início de 2014 que teríamos um escândalo maior que o mensalão (poucos meses depois veio a Lava Jato) previ que gente graúda seria presa, que Dilma cairia, que Lula seria preso e outras previsões que soaram surreais na época. Previ que os militares ascenderiam ao poder até 2018 ainda durante o ano de 2014. Lutei com afinco desde essa época contra o petismo e soube, desde 2014, que o caminho do Brasil para tirar o petismo do poder e colocar os militares estava traçado. Enquanto alguns "analistas" previam que o Brasil estava fadado ao comunismo eterno após a eleição de Lula e que os militares não impediriam a ascensão total da esquerda como ocorrera na Venezuela eu sempre expus exatamente o contrário, mostrando que o guru da Virgínia não tinha razão. Então (desculpem pelo longo parágrafo) sinto a obrigação de compartilhar o que se desenha para o futuro próximo, mais uma vez transmitindo sob o auxilio dos guardiões superiores que desde 2014 tem ajudado de forma mais próxima esse trabalho de tentar desvelar com a maior clareza possível o que se desenha no horizonte da geopolítica brasileira

O primeiro ponto que devemos considerar quanto a essa manifestação é que ela não foi espontânea. Quando o presidente soltou a mensagem no whatsapp falando da incapacidade de conseguir governar o país e de um Congresso dominado por interesses escusos os grupos ideologicamente mais próximos do olavismo (os olavetes, a ala radical da direita) já estava avisada e pronta para começar a mobilização. O segundo ponto é que essa mobilização, motivada exatamente por esse texto do presidente não foi a pauta das reformas ou pacote anticrime mas sim contra o centrão, contra o Congresso corrupto. Os principais grupos organizadores, que se reconhecem claramente como olavetes e os principais influenciadores do youtube ideologicamente ligado ao olavismo deixaram isso bem claro, em vídeos, nos banners e tweets ainda que exista um pequeno verniz para tentar transmitir a imagem de que é uma manifestação pelas reformas. Não, essa é uma manifestação organizada por olavetes e com a pauta principal se manifestar contra o centrão. Esse é o motivo pelo qual, muitos membros moderados da direita como os generais Santos Cruz e Paulo Chagas, Janaina Paschoal, Joice Hasselman, parte da bancada do PSL, Lobão, Rodrigo Constantino, Arthur e demais membros do MBL e do Vem Pra Rua, além de parte expressiva do empresariado que apoiou Bolsonaro e os liberais da direita, como Marcel Von Hattten colocaram posição de não comparar a manifestação

A ala olavete é a verdadeira responsável pela crise de governabilidade que o presidente vem passando, exatamente pela total falta de senso estratégico e de articulação política, que começou exatamente no caso da comitiva do PSL que foi pra China e que foi achincalhada pelo guru da Virgínia (que poderia ter conservado de forma privada ou se manifestado de forma educada), isso sem falar no ataque direto a cúpula de militares escolhida pelo próprio presidente de forma anticristã, anticonservadora, com vocabulário que nem um filósofo de botequim usaria  e por motivos dos mais pueris como entrevista para o Bial (que o próprio guru também concedeu) ou fotos com membros da esquerda (sendo que o próprio Olavo afirmou que trabalharia com Suplicy e já tirou foto sorridente com Gilmar Mendes) tudo isso culminando com ataques das hostes olavistas contra outros membros da direita que lutaram de forma ostensiva para derrubar o petismo e pela divulgação das idéias da direita, como o caso da Janaina e do Arthur entre tantos outros.

Enquanto a ala olavete e os discípulos olavetanos não forem formalmente afastados e rechaçados pelo presidente (que ao contrário tem se aliado cada vez mais a esse grupo) será impossível formar qualquer aliança política mais sólida dentro do Congresso, pois os olavetanos enxergam os parlamentares do centrão (e alguns até mesmo o Congresso inteiro) como ilegítimo, corrupto. Como esperar que o governo firme uma aliança, uma base de votos dentro do Congresso e dentro da própria direita com uma ala histriônica que ataca todo mundo da própria direita porque acreditam que direita é apenas quem segue de joelhos o que Olavo diz ou ensina? É claro que não tem como dar certo. Por esses primeiros pontos a manifestação em si já seria um desastre do ponto de vista político, pois automaticamente dificulta ainda mais que o governo forme uma base política dentro do Congresso e dentro da direita, pois transmite a mensagem que o presidente pretende continuar alimentando a aliança pessoal com o olavismo.

Mas calma, ainda estamos no começo. Tem mais. Só existem três situações de mobilização popular que causam movimentação ou apreensão no Congresso.   

1) Em época próxima de eleição (os deputados ficam mais sensíveis ao clamor das ruas porque desejam a reeleição) e devemos considerar que os parlamentares estão com menos de 6 meses de mandato

2) Se a vontade popular expressa uma situação política já consolidada (exemplo: impeachment da governanta, ela já contava com alta rejeição dentro do Congresso e somado a isso o forte apoio popular pelo impeachment apenas acelerou a vontade da maioria do Congresso, inclusive porque boa parte dos parlamentares viu uma clara chance de acabar com a hegemonia petista)

3) O temor das forças armadas (o Congresso sabe que somente o Exército é capaz de mudar o sistema constituído, seja por vontade própria como foi no processo de abertura nos anos 80 ao ouvir a população ou por uma ameaça institucional, como foi nos anos 60 com a ameaça comunista)

Como o Congresso não está nem em época de eleição e muito menos há o temor que as forças armadas apóiem uma revolução popular para derrubar o poder Legislativo, não há qualquer temor por parte do Congresso, mesmo se que se coloque um milhão, três milhões de pessoas na rua, isso apenas vai aumentar a percepção do Congresso que Bolsonaro não deseja fazer política e que deseja alimentar o nós contra eles (ou seja, seus apoiadores mais radicais que são as olavetes contra o Congresso) 

Aqui é importante um adendo: como expliquei no post "Olavo versus militares" (deixarei o link ao final) Olavo não apenas lutou para derrubar o marxismo ou combater o marxismo cultural ( o que nesse ponto o colocou como aliado pontual da direita para eleger Bolsonaro) mas o seu objetivo vai além disso: ele acredita que somente um Executivo forte, na imagem de um imperador quase absolutista ou com poderes moderadores (algo que só existe hoje nas monarquias do Oriente Médio) aos moldes do absolutismo monárquico da Idade Média em estrita aliança com a Igreja Católica (a volta da Santa Inquisição funcionando como o novo STF) seria a única forma de se estabelecer um governo conservador e próspero (inclusive linkei no post todos os vídeos que ele mesmo afirma isso) o que explica não apenas a crença do guru de que a Idade Média era melhor do que a Renascença, o Iluminismo e o que veio depois (ou seja, as democracias modernas) como também explica a repulsa do "filósofo" ao heliocentrismo (óbvio, pois Galileu fora condenado pela "Santa" Inquisição) e a cientistas como Darwin, Newton e Einstein que trouxeram comprovações científicas que colocaram por terra conceitos bíblicos, o que obviamente um amante da Idade Média absolutista católica jamais toleraria. O olavismo acredita que é possível uma revolta popular que derrube os poderes constituídos e que permita a criação de um governo messiânico absolutista, acreditam inclusive que podem manobrar a população para realizar essa revolução e que conseguiriam sobrepujar até mesmo o Exército (que obviamente não permitiria a escalada de uma insanidade dessas). Por isso o esforço do olavismo em atacar os generais da cúpula do governo, pois na cabeça deles sem colocar o povão contra os militares não tem como se fazer revolução popular messiânica. 

Estão entendendo o que realmente está por trás da idéia que os olavetes têm dessa manifestação? 

Dito isso, o centrão não apenas está despreocupado com o tamanho da manifestação do dia 26 (por saber que as eleições ainda estão distantes e não há o perigo de uma intervenção militar) como já traçou a estratégia para anular o presidente Bolsonaro, independente que ele estimule mais duas, três ou dez manifestações nos próximos meses.  A estratégia é muito simples: Maia aproveitou o vácuo de poder político deixado pelo presidente para tomar conta do Congresso. Enquanto o presidente e a cúpula do governo tinha que se preocupar com crises internas desencadeadas pela cúpula olavista (contra Bebiano e depois contra os militares) deixou a articulação de lado, ou seja, não formou uma base parlamentar no Congresso.

E aqui é preciso dizer claramente: isso aconteceu porque o presidente se recusou a dialogar. O partido do presidente elegeu 55 parlamentares, a bancada liberal sempre apoiou a maioria das reformas (como vimos na votação da mp 870 e sobretudo do coaf) assim como boa parte da bancada ruralista, evangélica e da bala. Até mesmo dentro do chamado centrão (um grupo de mais ou menos 200 deputados que reúne gente de paridos pequenos do "baixo clero" bem como deputados do dem, mdb, pp e outros) o presidente contava no inicio do mandato com votos favoráveis, tanto isso é verdade que mesmo sem articulação alguma a votação do coaf rendeu 210 votos ao governo (sendo que o governo precisa de uma base de 310-320 votos) o que por si só ja anula a tese de Congresso corrupto ou centrão corrupto. A própria característica fisiológica de boa parte dos parlamentes do centrão é obter decretos e liberação do orçamento que estão perfeitamente de acordo com as regras republicanas de política. Bolsonaro simplesmente se recusou a fazer política, acreditou que bastaria ordenar e o Congresso obedeceria e que assim o país andaria, o que está longe de ser o regime presidencialista, no qual Executivo e Legislativo precisam dialogar.  

Maia se aproveitou desse vácuo político deixado pelo presidente e se elegeu com folga para presidente da Câmara em primeiro turno, conseguindo ele próprio formar maioria para votar o que quiser dentro do Congresso. O DEM, partido de Maia, conta não apenas com a presidência das duas casas, como um ministro importante no governo (Onyx) e controle do Congresso. Maia percebeu a partir desse ponto que por imprudência, Bolsonaro concedeu as ferramentas políticas necessárias para o DEM se cacifar não apenas como uma direita liberal moderada, mas também como o partido fiador das reformas econômicas. Não é segredo que DEM e PSDB planejam a fusão de forças e até mesmo dos partidos com vistas as eleições de 2022 para a presidência e governos. Então qual a estratégia adotada? Ninguém quer assumir em 2022 um país quebrado ao mesmo tempo que sangrar politicamente o presidente apenas causaria maior agitação do eleitorado (afinal ele foi eleito com quase 60 milhões de votos) então Maia decidiu que a estratégia seria isolar politicamente Bolsonaro, ou seja, impor sucessivas derrotas no Legislativo e ao mesmo tempo fazer com que o próprio Congresso proponha as leis e projetos, como aconteceu nessa semana com a reforma tributária e mesmo dentro da própria reforma da previdência. Isolar politicamente o presidente mostrando para a nação que ele não tem poder algum de gestão política e que todas as reformas pelo bem do país estão sendo criadas e conduzidas apenas pelo Legislativo. Um presidente que fique sem força política dentro do Congresso por quatro anos e um conjunto de parlamentares mostrando serviço aprovando uma série de reformas econômicas é a estratégia de Maia para cacifar o DEM para as eleições presidenciais de 2022, algo que para Maia seria mais interessante do que paralisar economicamente o governo ( o que a não aprovação do crédito suplementar de 250 bi faria), pois isso apenas atrasaria o protagonismo do Congresso na retomada do crescimento do país e ao mesmo tempo uma eventual pedalada ou processo de impeachment contra Bolsonaro apenas insuflaria agitações sociais e a subida de um general (Mourão) a cadeira presidencial)

Essa é a estratégia de Maia que sabe que mesmo não consiga derrotar Bolsonaro em 2022 através de um candidato (provavelmente Dória) mesmo assim poderá agir da mesma forma por mais 4 anos. Outro ponto nessa variável é que dificilmente os militares apoiariam a reeleição de Bolsonaro caso ele insista até 2022 em permanecer aliado do olavismo e sem formar uma base política no Congresso. Naturalmente nomes como Guedes e em especial Moro seriam os escolhidos para representar uma direita mais moderada, enquanto cada vez mais o presidente, nesse cenário, estaria isolado politicamente dentro do Congresso e cada vez mais identificado com o olavismo.

Ou seja, em todos os cenários possíveis essa manifestação e a insistência de Bolsonaro em não formar uma base política no Congresso e continuar alinhado ao grupo dos olavetes vai deixá-lo cada vez mais imobilizado na presidência, restando insistir em chamar as pessoas para as ruas o que tende a gradualmente enfraquecer, sobretudo se o Congresso conseguir passar as reformas econômicas que deseja

A única, única saída do presidente é TRABALHAR, fazer POLITICA dentro do regime presidencialista, parar de atiçar as ruas e de dizer que não pode governar, aceitar o jogo democrático como ele é, formar uma maioria simples no Congresso e começar a governar, qualquer tentativa fora disso ou que estimule algo fora disso é um tiro no pé e que só vai atrasar a capacidade política do presidente de governar

Não há como governar pelo twiter ou achar que as ruas farão a articulação política que ele não tem feito na sua base. Já falei aqui, tem que por a Joice na articulação com o Congresso, pacificar o PSL, negociar homem a homem com os elementos da bancada ruralista, da bala, dos evangélicos e procurar atender, dentro dos limites republicanos, as demandas da bancada mais fisiológica que é o centrão, visto que o único grupo que realmente não tem como o governo tirar da oposição é o grupo de 140 parlamentares do pt, psol e satélites marxistas.

Se o presidente joga o centrão todo no colo do Maia e não forma nem uma base com aqueles que ele ajudou a eleger, então como ele espera aprovar as coisas no Congresso? Na base do grito, do xingamento, com os pitbulls de twiter? Com a seita olavetana que acha comunista qualquer um que discordar uma vírgula do guru desbocado da Virginia?

Tá na hora do presidente escutar os militares e a ala sensata da direita e começar a trabalhar, parar de fazer "nós contra eles" com o Congresso e começar a unir a sua base e iniciar um grande dialogo de conciliação com o Congresso e com o povo pelas reformas como foi feito na época do plano real, sem isso o governo vai naufragar nas mãos de um parlamentarismo branco, pois se o presidente abre um vácuo de poder, o Legislativo toma conta e não adianta gritero na rua e twet malcriado ou se achar enviado de Deus que isso não vai mudar a posição dos parlamentares.

Por isso eu e vários outros da direita não apoiamos essa manifestação do dia 26, manifestação essencialmente organizada por olavetes e que em nada vai contribuir para a harmonia dos poderes e para o governo do presidente, pelo contrário, vai enfraquecer ainda mais o presidente diante do Congresso.

Bolsonaro tem tudo para fazer um bom governo, não é difícil unir uma base de 310 parlamentares, sendo que 210 já se mostraram dispostos a participar do governo. Mas isso só vai acontecer com dialogo e política dentro do Congresso e não com griteiro contra o centrão ou maluquices messiânicas antidemocráticas de gente que nunca foi cristã ou conservadora, mas essencialmente marxistas de direita.

Essa manifestação do dia 26 apenas vai ajudar a afundar politicamente o presidente dentro do Congresso. O que realmente vai fazer com que ele consiga governar é formar uma base política no parlamento, romper formalmente com a seita olavetana e começar a tomar pra si o protagonismo político para o qual foi eleito, não porque seja um messias ou um enviado para ser o imperador do Brasil, mas pelo voto de milhões para exercer um mandato dentro do regime democrático e dentro dos protocolos republicanos permitidos. Qualquer coisa fora disso é afundamento político.

Olavo versus militares - Vamos entender o que está acontecendo:



O projeto absolutista olavista versus os militares:



As previsões trazidas desde 2014 sobre a geopolítica do Brasil cumpridas nos últimos anos:



27 de abr. de 2019

Olavo versus Militares - Vamos Entender o que Realmente está Acontecendo




Pequeno texto que resume o textão que deixarei em seguida após resumi-lo nas perguntas e respostas abaixo

Os militares são traidores? Mourão é um traidor?

Resposta: Não, se fossem bastaria Bolsonaro demitir toda a cúpula militar ou mostrar descontentamento com Mourão ou simplesmente renunciar por não aceitar um golpe militar. Bolsonaro não fez nada disso e, ao contrário, tem mostrado firme apoio aos militares, apoio a Mourão e criticado a postura de Olavo de Carvalho por tentar jogar o eleitorado da direita contra os militares tentando criar uma cizânia que não existe.   

Os militares são culpados pela ascensão do socialismo no Brasil durante o regime militar como tem dito Olavo?

Resposta: No início do regime militar Olavo pertencia ao partido comunista, ou seja, enquanto os militares lutavam para impedir a ditadura do proletariado, Olavo lutava por sua implantação. Enquanto a estratégia da guerra cultural (Gramsci, escola de Frankfurt) era fermentada para substituir a fracassada luta armada dos comunas Olavo nem sabia o que estava acontecendo, pois confessou que somente a partir dos anos 90 compreendeu que o socialismo havia adotado a luta cultural (gramscismo, marxismo cultural) no Brasil, tanto isso é verdade que em 89 Olavo votou em Lula (o que um conhecedor da luta cultural jamais faria). Ou seja, Olavo tomou consciência da guerra cultural marxista somente nos anos 90 (como ele mesmo afirma) enquanto que nesse período todo, os militares já estavam lutando contra o comunismo. Portanto querer acusar os militares de fomentar o comunismo ou de não terem agido corretamente no âmbito político para evitar o comunismo é muito fácil DEPOIS que todo o cenário aconteceu e quando ele próprio (Olavo) sequer sabia o que estava acontecendo (1964-1985). Os militares combateram o comunismo nos 20 anos de regime militar com as armas e informações que eles dispunham, repito, nem Olavo fazia idéia naquela época do que estava acontecendo, portanto é uma grande hipocrisia acusar os militares de não terem fomentado o crescimento de partidos políticos de direita no Brasil

A quem interessa tirar Mourão da vice presidência?

Resposta: Interessa a oposição petista que deseja o fracasso do governo Bolsonaro, pois caso consigam que Mourão se demita ou consigam criar um movimento na direita para forçar a saída de Mourão quem fica de vice é Rodrigo Maia que em caso de impeachment de Bolsonaro em 2021 assumiria a presidência. Como presidente da Câmara eleito por ampla maioria um processo de impeachment contra Bolsonaro mesmo sem provas mais contundentes passaria rapidamente, pois o Congresso (sobretudo a ala corrupta) entenderia que a demissão de Mourão seria Bolsonaro abrir mão do apoio do Exército

Afinal o que deseja Olavo para combater o marxismo?

Resposta: Olavo não luta pela democracia (pluripartidarismo, três poderes, instituições republicanas fortalecidas) na sua visão de mundo é a cultura que deve organizar a sociedade e controlar os desequilíbrios da economia, o ponto é que essa "cultura" é, na verdade, a volta ao poder que Igreja Católica tinha na Idade Média, quando o poder executivo era o rei absoluto, não existia legislativo e o judiciário era a própria Igreja (Inquisição) com as forças armadas subservientes ao monarca e esse á Igreja que controlaria culturalmente a sociedade. Não a toa Olavo condena Isaac Newton, Einstein, Darwin e Galileu pois todos construíram VERDADES CIENTÍFICAS  contrárias a doutrina da Igreja e não a toa Olavo acha que o enfraquecimento do poder católico,  o Iluminismo e o Renascimento  foram acontecimentos ruins para a humanidade.  Esse é o caminho que Olavo enxerga como solução para o Brasil e como os militares jamais serão subservientes à Igreja e sempre lutarão pelo fortalecimento da democracia é óbvio que eles (militares) são uma considerável barreira para o avanço das doutrinas de Olavo dentro do governo Bolsonaro.

Todas as provas comprobatórias dos argumentos e fatos que citei acima estão no textão abaixo:

Muitos amigos enviaram perguntas ao longo da semana sobre a situação da crise envolvendo novamente o filho de Bolsonaro (Carlos) atacando o vice presidente Mourão, motivado pelo discurso de Olavo de Carvalho que o governo militar é um governo golpista que supostamente estaria tramando um golpe para tirar Bolsonaro e colocar Mourão.

É importante analisarmos primeiramente os fatos que envolvem a situação para depois, somente depois, analisarmos as motivações dos ataques de Olavo contra os militares, algo que não é de agora, mas pelo menos desde 2008 (o vídeo estará no decorrer desse texto)

FATOS

1) Bolsonaro escolheu Mourão como vice (e não, não foi escolha do Bebiano como alguns que acreditam em Ciro Gomes andam dizendo por aí) e não apenas Mourão, deixou claro na campanha que desejava um monte de militares nos ministérios como por exemplo nessa entrevista de agosto de 2018:





Alguém que estivesse sendo pressionado a contra gosto por militares em troca de apoio não defenderia em tantas oportunidades e com tanto entusiasmo a presença dos militares na cúpula do governo

2) Se os militares quisessem tomar o poder já teriam feito, oportunidades não faltaram como por exemplo quando Dilma, durante o processo de impeachment quis que o general Villas Boas decretasse estado de defesa para conter as manifestações populares e melar a tramitação do impeachment no Congresso. Ou ainda nos episódios dos pedidos de impeachment de Temer e na votação do HC de Lula. Apoio popular não faltou. Ficou clara a escolha dos militares de chegar ao poder pela via democrática

3) A posição dos militares é confortável no governo: comandam junto com Bolsonaro e ao mesmo tempo não são alvos das críticas e das encrencas políticas que Bolsonaro precisa lidar no Congresso

4) Bolsonaro sem dúvida escuta os militares e age em harmonia com a cúpula militar: reorganizou as relações com Maia, escutou os militares e passou a receber mais congressistas para conversar e sobretudo deu um recado claro a Olavo ao dizer que "suas recentes declarações contra integrantes dos poderes da República não contribuem para a unicidade de esforços" (22 de abril de 2019). Ainda foi mais claro três dias depois ao dizer que nem sempre o vice segue as mesmas diretrizes do presidente e que a parceria é no mínimo até 2022:




Portanto pelos fatos não existe treta de Bolsonaro com Mourão ou com os militares, mas um recado claro a Olavo de que a aliança com os militares é inegociável. Mas há ainda outros fatos:

5) Quem derruba o presidente é o Congresso. Mesmo que Mourão sonhasse com a presidência seria necessário algum crime para que Bolsonaro fosse impichado e mais ainda, a permissão ou anuência dos militares, o que também não é o caso, pois todos os esforços estão sendo feitos para aprovar a reforma da Previdência dentro dos ritos democráticos de negociação com o Congresso. Bolsonaro ainda goza de forte popularidade, tudo que os militares não gostariam é de um golpe para colocar Mourão no poder, travar a reforma da Previdência e colocar a opinião pública contra os militares. Portanto a teoria de Mourão golpista é tão esdrúxula que mesmo Eduardo Bolsonaro não acredita que ela seja verídica discordando do próprio irmão (hoje mesmo falou em público que é hora de colocar um basta na situação, ou seja, para Carlos parar de atacar Mourão).

6) Talvez um dos fatos mais importantes: a renúncia ou impeachment de Mourão levaria Rodrigo Maia a sucessão direta com possibilidade de assumir em 2021. Ou seja, do ponto de vista estratégico para a estabilidade do governo Bolsonaro, a retirada de Mourão apenas traria desequilíbrio e uma sombra muito maior sobre a cadeira da presidência.

7) Seja pelo motivo que for, ou por vaidade, deslumbramento ou meramente por uma movimentação estratégica para medir a temperatura dos ânimos políticos em Brasilia, o fato é que pouco importa a motivação de Mourão: no cenário político e dentro do núcleo militar não há a menor condição dele ser alçado ao posto de presidente   


AS MOTIVAÇÕES

Agora que conhecemos os fatos precisamos compreender quais as motivações de Olavo para desestabilizar o governo e tentar jogar a opinião pública conservadora/de direita contra os militares como sistematicamente ele tem tentado nas últimas semanas.

O primeiro ponto a considerarmos é que as críticas de Olavo a estratégia militar são críticas sem sustentação. Segundo palavras do próprio Olavo (que é bom lembrar era comunista membro do partido comunista no início do regime militar nos anos 60) ele apenas foi tomar conhecimento da estratégia gramsciana da guerra cultural (como substituta da luta armada) no começo dos anos 90 (ver vídeo abaixo)





Segundo palavras do próprio Olavo:

10:00 - 10:30 - Somente na década de 90 é que Olavo começa a falar do marxismo e da guerra cultural (no vídeo ele mesmo reconhece o próprio atraso colossal para compreender o que estava acontecendo na movimentação comunista durante o regime militar)

04:00 - 04:10 - Publicação do livro em 1993 "A Nova Era da Revolução Cultural"

Ora, como Olavo pode condenar os militares pela falta de alguma estratégia mais articulada nos anos 60 e 70 que não fosse combater a luta armada e a ameaça do comunismo/marxismo se foi exatamente nesse período que começou a surgir a estratégia da guerra cultural de Gramsci e da escola de Frankfurt?

Como condenar os militares se o próprio Olavo (autoproclamado o maior estrategista da direita do Brasil) foi compreender tal estratégia apenas nos anos 90, ao ponto de ter votado em Lula na eleição de 89!!! (vídeo abaixo de menos de 30 segundos) mostrando que até os anos 90 Olavo, segundo ele próprio, não fazia a menor idéia da estratégia marxista da guerra cultural no Brasil.

Olavo e o voto em Lula:


Como diria Olavo “ora porra!!” enquanto Olavo ainda acreditava no comunismo e depois levou décadas para entender o que estava acontecendo (apenas nos anos 90) nesse período todo os militares já estavam lutando contra os comunas!!!


Condenar os militares por não terem criado nos anos 60 -70 uma força de direita ou condenar os militares por não terem neutralizado a luta cultural feita pelos comunas depois de tudo acontecido é muito fácil, o duro é que tal crítica parte de alguém (que se autoproclama o maior filósofo da direita) que no início do regime militar era comuna e praticamente até as eleições de 89 (quando votou em Lula) não sabia lhufas do que estava acontecendo, enquanto que os militares já estavam a 30 anos combatendo os comunistas!!!

Por isso que as críticas de Olavo aos militares são insustentáveis e obviamente os militares que já estavam na peleja há mais de 30 anos não dariam ouvidos a um cidadão que não apenas era comuna como havia confessado ter votado em Lula em 1989.

NÃO HAVIA COMO PREVER NOS ANOS 60-70 A VITÓRIA DA GUERRA CULTURAL  

Como expliquei no recente texto sobre a história da rede globo e do regime militar o erro estratégico dos militares foi o corte dos benefícios fiscais (que existiam desde o governo Vargas) para a classe artística e mídia em geral na época (jornalistas, editores, professores), pois esse pessoal não pagava imposto de renda e ajudou maciçamente (via apoio da mídia) as manifestações contrárias ao comunismo e pedindo a entrada dos militares (que desde a segunda guerra já contavam com uma parceria com os Estados Unidos, sobretudo na região nordeste brasileira).

Foi exatamente o corte desses benefícios que jogou os formadores de opinião da mídia na oposição ao governo militar e fez com que os comunistas percebessem que ali havia uma janela de oportunidade para implantar a guerra cultural, visto que a luta armada contra o Exército se mostrava infrutífera.

Certamente os militares que devido ao forte apoio popular e por conta da maioria da nação brasileira ser conservadora e cristã naquela época e ainda hoje, acreditavam que a oposição da mídia não seria suficiente para diminuir o apoio da população aos militares, sobretudo quando a economia brasileira começou a decolar (o milagre econômico). Ou seja, os militares acreditavam que uma sociedade conservadora cristã e feliz com o crescimento econômico jamais seria doutrinada culturalmente pelo discurso gramscista, tanto que os militares tão somente focaram na censura de jornalistas apoiadores do comunismo. Em um cenário desses era tão altamente improvável que a guerra cultural funcionasse, tanto que o próprio Olavo, estudioso do assunto há décadas somente percebeu o problema nos anos 90.

Os militares somente permitiram a abertura para o voto direto no início dos anos 80 porque perceberam as grandes manifestações populares (e não mais apenas de sindicatos ou movimentos esquerdistas) pelo fim do regime militar e por isso aceitaram sair do poder, pois já não contavam mais com o apoio amplo da maioria da sociedade (muito em parte pelos problemas econômicos que foram habilmente explorados pelos formadores de opinião).

A estratégia dos militares percebendo a derrota foi, a partir desse ponto, manter a estrutura militar impermeável à invasão ou aparelhamento comunista, tanto que desde os anos 60 até os dias de hoje você pode até encontrar soldados ou militares de baixa patente simpáticos ao petismo ou ao esquerdismo, mas nenhum entre os oficiais de alta patente, pois os militares compreendiam que dessa forma mesmo controlando culturalmente a mídia, mesmo assim os comunas nunca teriam o controle da força e isso impediria a implantação completa do socialismo ou do comunismo no país, visto que assim o petismo jamais teria o controle da força (Exército). Essa estratégia de sucesso dos militares foi reconhecida em ata pelo próprio pt e mostrada durante as sessões do impeachment de Dilma pela senadora Simone Tebet, documento que o pt aponta não ter conseguido a sua intenção durante anos de tentar aparelhar as forças armadas.

Documento apresentado por Simone Tebet:


(a partir do minuto 2:05 do vídeo)


O texto completo sobre a globo e o regime militar está aqui:


Por isso é uma falácia qualquer afirmação que coloque os generais como traidores, sobretudo o general Villas Boas (um dos alvos das críticas de Olavo), pois foi não apenas o general Villas Boas que recusou a ordem da presidente Dilma para os militares fecharem o Congresso em pleno julgamento do impeachment ao mesmo tempo que foi o general um dos mais ativos para cobrar o STF pela manutenção da prisão de Lula.

Precisamos ser honestos com os fatos históricos e não é honesta qualquer afirmação que coloque os militares como responsáveis pelo crescimento do comunismo durante o regime militar, pois ao contrário os militares fizeram o que podiam para impedir o avanço do comunismo ainda que com erros estratégicos, porém erros que nem os próprios estrategistas da direita como Olavo perceberam (como ele mesmo reconheceu ter percebido apenas nos anos 90) 

COM LULA E PT O BRASIL VIRARIA COMUNISTA

"O total domínio do Brasil pelo comunismo é não apenas certo como absolutamente inevitável. Não há mais como pará-lo. Vale a pena dar esse aviso: para aqueles que ainda têm a ilusão de poder viver no Brasil como cidadãos livres aproveitem para sair enquanto ainda tem um pouquinho de liberdade porque isto vai acabar” Olavo de Carvalho

O comunismo no Brasil é inevitável (vídeo de 2008) a partir do minuto 06:30 a fala dita acima


Olavo errou feio porque o diagnóstico que fez do papel dos militares durante o regime militar e durante as diretas também foi errado. E mais uma vez erra ao duvidar da lealdade da cúpula militar e do vice Mourão.

Os militares estrategicamente percebendo que a guerra cultural havia sido perdida no início dos anos 80 apostaram em blindar o Exército (pois tendo o controle da força impediriam o controle total do comunismo) ao mesmo tempo que sabiam que o destino inevitável de um governo socialista (como foi o petismo) seria a sua própria ruína e perda de apoio popular, o único remédio (ainda que amargo) que era possível visto que era impensável forçar a manutenção de um governo militar fora das urnas e sem apoio popular. Essa estratégia está descrita na profética frase do general Geisel (em 1974 iniciou a distenção gradual do regime militar) e depois por Figueiredo em 1980



 .



Portanto se Olavo não entendia até o início dos anos 90 o que estava acontecendo no avanço comunista no Brasil (tanto que votou em Lula em 89 e reconheceu que somente depois começou a compreender o cenário da guerra cultural) ao contrário dele os militares já sabiam o que aconteceria e preparavam a estratégia que era possível aos militares dentro de um regime democrático que se abria: blindar o Exército de uma doutrinação comunista no alto generalato. Se as forças políticas de direita não aproveitaram o período para se organizarem (e tempo teve de sobra a partir do governo Geisel) isso não é culpa e nem era tarefa dos militares que tão somente exerciam uma função política por conta de um cenário delicado que era a ameaça comunista. A função primordial dos militares nunca foi fazer política ou organizar partidos políticos. Portanto, mais uma vez, a crítica aos militares feita por Olavo é descabida e não condiz com os fatos históricos.

Olavo previu em 2008 que o domínio comunista seria total e inevitável. Uma década depois os dois presidentes petistas foram uma impichada e o outro preso

Eu previ em 2014 quando era improvável impeachment e menos ainda ascensão dos militares que isso aconteceria até 2018 (livro Brasil o Lírio das Américas de 2014)

Os fatos mostram quem tinha e tem razão


A TENEBROSA ENTREVISTA PARA BIAL

Depois de atacar os militares da cúpula do governo, em especial os generais Heleno e Mourão por entrevistas dadas a Globo (Mourão ao jornal e Heleno a Bial) que mostrariam supostamente medo, vaidade e subserviência à grande mídia por parte dos generais, Olavo decidiu exatamente fazer o mesmo que condenava nos generais: deu uma entrevista a Bial.

O resultado foi desastroso (como o próprio leitor poderá conferir na entrevista completa) pois não apenas Olavo fez o mesmo que condenou os generais terem feito (serem entrevistados pela Globo) como ainda serviu de massa de manobra de Globo, aproveitando o momento de calor e tensão de Olavo contra os generais para usá-lo exatamente para atacar o governo dos militares (já que como mostrado até aqui pelo próprio Bolsonaro o governo é sem dúvida militar e por livre desejo do próprio Bolsonaro) e pior ainda, comparar Olavo a Jean Wyllis (um ícone do marxismo) como dois patriotas do Brasil.

Curiosamente nem Olavo e nem Carlos atacaram Bial com o mesmo entusiasmo que atacaram Mourão. É possível observar ao longo de toda a entrevista como Bial manipula Olavo para extrair o máximo de afirmações contrárias aos generais (e por tabela ao próprio governo) com o claro intuito da Globo de enfraquecer o governo e usando pra isso o suposto maior guru da direita. Seria cômico se não fosse trágico o próprio guru da direita sendo manipulado para destruir o governo de direita!!!

Entrevista completa (na entrevista inclusive Bial da uma canelada, desnecessária, mostrando o trecho no qual Olavo acusa os generais Heleno e Mourão de serem entrevistados pela Globo, exatamente o que Olavo fazia naquele momento):        


AFINAL O QUE DESEJA OLAVO?

Durante o jantar ocorrido em meados de março nos EUA que contou não apenas com Olavo como com o próprio presidente Bolsonaro e autoridades locais, Olavo expôs na coletiva para os jornalistas o que realmente deseja:

“Eu quero mudar o destino da cultura do Brasil, décadas ou séculos à frente. Esse é meu sonho, o governo que se foda, eu estou cagando para o governo. Eu sou Olavo de Carvalho, não preciso do governo, minha filha. Eu sou um escritor, falo direto com meu público, não preciso de um cargo do governo”

Será que realmente quem apóia ou deseja o sucesso do governo Bolsonaro diria que "está cagando para o governo"? Será que é cagando para o governo e o sistema político que Olavo pretende adubar uma nova cultura brasileira? Uma cultura anarquista ou apolítica, ditatorial talvez?

Pois muito bem, Olavo acredita, na visão dele de mundo (que já se mostrou bem atrasada para perceber o marxismo cultural e errada ao desacreditar dos militares para conter o comunismo no Brasil) que cultura está acima da economia e não apenas isso, que a cultura pode controlar a economia através daquilo que ele (e Gramsci) chamam de "sociedade civil organizada", só que na visão de Olavo não uma cultura como a revolução cultural de Gramsci (que desejava destruir os alicerces judaico cristãos do Ocidente) mas uma maciça influência da Igreja (católica, pois ele Olavo é católico) na formação das escolas e doutrinação da sociedade para que essa crie os freios adequados na economia como um meio termo para uma economia liberal e uma economia de burocratas. O curto vídeo que ele mesmo explana sobre isso está aqui:


O problema é que na prática o exemplo que ele Olavo citou (EUA) não seguiu esse modelo que ele preconiza como um modelo americano, primeiro porque majoritariamente o povo americano é protestante (e não católico) e segundo que o mecanismo para controlar a sociedade (sobretudo na guerra civil americana, 100 anos depois dos pais fundadores) foi o desenvolvimento maciço do Exército e da indústria através da metalurgia, armamentos e demais avanços da indústria comercial, pois os americanos perceberam que era exatamente na produção maior e na criação de um mercado maior (empregados que recebiam dinheiro e consumiam pois acabara a escravidão) que o país cresceria, o que se repetiu nas décadas seguintes onde diversas guerras alimentaram a indústria bélica americana que sempre foi o grande motor industrial americano juntamente com o incentivo ao consumismo que sempre permitiu a alta produção de serviços e riquezas e o alto padrão econômico americano, gerando a satisfação que essa sim manteve o povo apoiando o sistema e não por causa da Igreja.

O “american way of life” é alicerçado no consumismo e na liberdade algo totalmente antagônico ao controle clerical, sobretudo nos moldes da Idade Média (governo absolutista, sem democracia, Igreja no poder). Portanto o sistema que Olavo defende não tem qualquer ligação com o que aconteceu nos EUA.

Ou seja, isso não tem absolutamente nada de grande influência católica na formação da civilização americana, até porque a Igreja Católica apesar de bilionária sempre ensinou aos fiéis o desapego aos bens materiais enquanto que toda a cultura americana foi calcada no trabalho duro para conquistar em troca muito consumo de bens materiais e assim fazer a América grande. Por isso o argumento de que a Igreja é que cria um controle social que permite conter os desequilíbrios da economia é um argumento totalmente falacioso, pois discorda da realidade histórica dos fatos, sobretudo da realidade histórica americana utilizada no exemplo (equivocado) de Olavo para defender a sua teoria. O que tornou os EUA grande foi a consciência da nação que eles (através do Exército) deveriam ser os garantidores da liberdade no mundo e para isso precisariam sempre desenvolver a indústria, sobretudo a bélica, desenvolvimento esse que garantiu o amplo crescimento e consumismo da potência americana, não teve dedo nenhum da Igreja, tanto não teve que os EUA lutaram na segunda guerra contra os facistas (Itália) que haviam dado o território do Vaticano para a Igreja Católica no tratado de Latrão em 1929.

Portanto, em hipótese alguma no contexto histórico é possível apontar que o sucesso da economia americana ou da sociedade americana se deveu a uma interferência cultural católica

O grande erro da visão de Olavo sobre o que é cultura é acreditar que a MORAL depende essencialmente da religião (e mais especificamente da religião católica).

A maioria dos códigos de leis utilizados no mundo tem exatamente as mesmas bases morais ocidentais da cultura judaico cristão e nem por isso você precisa ser católico para seguir a lei ou mais ainda, ser de alguma religião para seguir os preceitos legais da moral seja um ateu, um muçulmano, um umbandista, um espírita, um maçom. Indo mais além: as leis (laicas) estão sempre acima da religião, não importe sua crença religiosa. Se alguém achar que é Abraão e tentar levar o próprio filho para um sacrifício de sangue porque ouviu Deus mandar isso, independente do que essa pessoa acredite religiosamente falando, ela será presa, pois a lei do Estado está acima da lei da Igreja ou da Bíblia.

Olavo acredita firmemente (como mostra no vídeo a seguir) que os grandes problemas do mundo surgiram exatamente a partir do enfraquecimento da Igreja (reforma protestante, iluminismo, renascimento) inclusive negando a culpa da Igreja na Inquisição, ou seja, o que Olavo acredita como solução para os dilemas da economia no Brasil (e quiçá do mundo) é a volta do controle da Igreja Católica sobre a sociedade como existia no Absolutismo da Idade Média o que também explica o seu desprezo pelo governo e instituições políticas, já que no Absolutismo das antigas era o monarca mandando e todo mundo obedecendo, com o Exército submisso ao poder do rei e este ao poder “sacrossanto” da Igreja o que nos leva a óbvia conclusão de que Olavo não luta pela democracia ou aperfeiçoamento das instituições democráticas, mas ao contrário, as despreza (literalmente cagando para elas), pois crê que somente a volta do controle da Igreja sobre a sociedade poderá salvar o Brasil. Eis o vídeo (nesse vídeo uma aula de humildade, chega a falar em nome de Jesus no minuto 04:19):


(a partir do minuto 5:30)

Nesse outro vídeo há a tentativa de mudar a história ao afirmar que a transformação da Igreja Romana em religião oficial do Império (Cristianismo Romano) teria enfraquecido a Igreja quando na realidade há farta documentação histórica, inclusive de bulas papais, afirmando que claramente ao se tornar religião oficial do Império e instaurar a Inquisição a Igreja se tornou, na prática, o poder Judiciário da época que julgava e condenava quem cometesse heresia (leia-se fosse contrário aos interesses do monarca e da Igreja). Nessa época sim, a Igreja era não apenas um poder do Estado, mas também um agente controlador da sociedade (pela via cultural) influenciando a economia, exatamente a idéia que Olavo apresenta como a solução para os problemas econômicos do Brasil e que erroneamente associa ao que foi implantado pelos pais fundadores nos EUA:


A visão romântica que Olavo tem da Idade Média e sobre o papel da Igreja é tão deturpada que ele desacredita a relatividade de Einstein, a teoria de Darwin e o próprio heliocentrismo de Galileu (procurem a vontade os vídeos que ele próprio fala sobre isso no youtube) por uma razão muito simples: os três luminares discordam frontalmente da Igreja (Galileu por pouco não foi para a fogueira pelas mãos da Inquisição) por isso Olavo desacredita de três dos maiores luminares da ciência, simplesmente porque ele Olavo acredita que a Igreja está acima de todo o resto e a solução mágica para levar o mundo a salvação como supostamente teria acontecido na “gloriosa” Idade Média.

A maioria das olavates sequer entende o que Olavo defende, seus seguidores acreditam que estão lutando contra o marxismo e pela salvação do Brasil quando na verdade estão lutando por um projeto pessoal do seu guru que literalmente está cagando para o governo e instituições e que acredita firmemente que é a cultura católica da Idade Média que pode salvar o Brasil e controlar a economia. Se você também acredita que essa é a saída, ok, sinta-se a vontade para continuar sendo uma olavete, mas pelo menos saiba o que realmente está seguindo e lutando.

Para lutar contra o marxismo, socialismo, comunismo e demais governos antidemocráticos você não precisa seguir Olavo. O fato dele ter percebido a ameaça comunista (depois dos militares diga-se de passagem) não significa que a solução trazida por ele para combater o marxismo seja a melhor e definitivamente não é, sobretudo para quem entende o que é democracia e o que representa o Exército nessa luta dede os anos 60

Meu total apoio aos militares, pilar inquebrantável da democracia e cúpula de notáveis que tem ajudado o presidente Bolsonaro a colocar o Brasil no rumo certo. Meu total repúdio aqueles que tentam enfraquecer o governo tentando jogar o presidente contra os militares. Isso sim é trair o projeto que a maioria da população, democraticamente votou, pois ao contrário do que Olavo pensa, a maioria dos eleitores do Bolsonaro votou nele pelos valores de moral e disciplina do Exército que ele sempre exaltou e não por causa do Olavo. Há anos a instituição militar é a mais respeitada e confiável entre os brasileiros e se tem alguém que acha ter mais popularidade que os militares que pague pra ver: vamos ver se os brasileiros ficarão ao lado de Bolsonaro e dos militares (já que Bolsonaro reafirmou sua total confiança na cúpula militar) ou se voltarão contra os militares e Bolsonaro em favor de Olavo.

Duvideodó.

Para conhecer as profecias cumpridas que venho trazendo desde 2014 (previsão naquele ano da queda do petismo e da ascensão dos militares ao poder até 2018) sobre o cenário político e geopolítico brasileiro e mundial acesse: 



6 de dez. de 2018

Macron não é Marxista e o Globalismo não existe – Não Seja um Olavete


Olavete é o petista de direita, aquele seguidor cego, normalmente bem católico e conservador, que não questiona: se Olavo disse tá certo é verdade absoluta e combaterá ferozmente quem discordar do "mestre". Felizmente nem todos os leitores do Olavo tem esse perfil e como eu filtram (bastante) aproveitando o que serve e rechaçando o que não serve (e tem muita coisa pra ser descartada)

Como não suporto o petismo e o psolismo devido ao ideário marxista e de doutrinação cultural da "verdade inquestionável" menos ainda vou suportar "petismo de direita".  A idéia de que o verdadeiro conservador é católico e quem não comungar exatamente todos os ideais morais do conservadorismo então será um marxista-globalista-fabiano é o típico discurso de alienação e doutrinação cultural que o petismo e o gramscismo fizeram no país, só que voltado para a direita.

Marxista não aceita a democracia e sempre buscará a hegemonia política, ser o partido hegemônico para se perpetuar no poder (inclusive se precisar usar a corrupção em nome da causa), pois acredita que somente o partido e o marxismo possuem o direito de ter o poder, pois pra eles todo o poder político deve levar ao estágio do comunismo (eliminando o capitalismo/livre mercado ao máximo permitindo cada vez maior controle do Estado na economia e sobre toda a riqueza produzida, por isso combatendo a burguesia e a propriedade privada, para em seguida implantar o socialismo quando o livre mercado é reduzido a menos de 10% com praticamente só estatais e grandes empresas ligadas ao Estado, ou seja, de empresários e políticos simpáticos a causa e trabalhando pela causa, até que segundo a organização do ideário marxista exposta no Manifesto Comunista de 1848 se chegue algum dia ao comunismo).

Isso é marxismo, a diferença é que Marx assim como Stálin acreditava na luta armada para implantar um governo nesses moldes, que necessariamente controlasse as forças amadas. Trótsky avistou um cenário diferente: o marxismo deveria se expandir pelo resto do mundo e não ficar apenas concentrado na URSS (como uma superpotência que rivalizaria com o capitalismo) já antevendo a globalização e o mundo multipolar que viriam depois da Guerra Fria, em especial buscando expandir o marxismo na América do Sul para enfraquecer um adversário que estava em outro continente (já que seria mais simples buscar a expansão dentro da Europa devido a proximidade geográfica com a URSS) e exatamente por isso os EUA buscaram tanta aproximação com a Europa e os marxistas sempre cobiçaram a América do Sul

Como pelas armas não foi possível dominar a América do Sul a saída foi a conquista cultural: o gramscismo, o "marxismo cultural", buscando alienar politicamente toda a população para que ela acreditasse inquestionavelmente que o marxismo era a única saída. Não, a única saída é a democracia, evitando a excessiva concentração de poder, fortalecendo instituições, direcionando o país para o crescimento econômico e bem estar da sua população.

Na medida em que um partido ou grupo político não aceita debater os caminhos a serem decididos dentro da democracia mas passa tão somente a buscar hegemonia e destruir o outro lado está se usando o mesmo principio do marxismo.

Eleger a maioria dos governos de esquerda da Europa como marxista ou "globalistas" é de uma ignorância política atroz, mas pior do que isso, é usar o mesmo método do marxismo e do gramscismo só que voltado para o lado oposto: o petismo de direita, ou seja, eleger qualquer partido, governo ou político que não seja 100% conservador como marxista-globalista-fabiano" como se não existisse centro-esquerda, centro, centro-direita, visões mais liberais na economia, visões um pouco mais estatizantes, visões que não abarcam 100% da pauta moral do conservadorismo, como se tudo que não fosse exatamente 100% conservador então supostamente seria marxista.

Isso é de uma estupidez atroz. Tentar padronizar como marxismo tudo que não seja 100% conservador é o mesmo que o marxismo petista tentou fazer no Brasil tentando vender a idéia de que se você é negro, pobre, gay ou mulher você tem ser feminista, defender a ideologia de gênero e ser sempre a favor do pt ou do psol. Segundo essa padronização do "petismo de direita" para combater o marxismo você tem que defender e venerar o Olavo, enxergar qualquer idéia de esquerda, centro esquerda, centro como "globalistas-marxistas- fabianos", ser católico ou não contrariar a teologia católica, senão você será um marxista globalista.

Lutei pela derrocada do petismo e do marxismo e não pra implantar um "petismo de direita" das olavetes. Podem esquecer. Quando tava tudo dominado pela esquerda lá em 2014 e o Olavo dizia pelos vídeos que estávamos fadados a ser uma Venezuela, que os militares não fariam nada, eu avisei que os militares voltariam ao governo pela via democrática e que até 2018 o petismo cairia e eles, os militares, subiriam ao poder.  Que todos os corruptos seriam pegos e que as manifestações nas ruas seriam ainda maiores. Está documentado no blog e no livro "Brasil Lírio das Américas". Vamos então analisar os fatos com quem leu corretamente com os fatos da geopolítica se desenrolaram nos últimos 5 anos em especial sobre o papel dos militares nessa mudança no Brasil :

MACRON MARXISTA-COMUNISTA? GLOBALISMO NA EUROPA

Sempre que alguém afirmar algo é preciso questionar se tal afirmação tem comprovação nos fatos. Simples assim. Quando alguém afirma que Macron é marxista essa pessoa precisa mostrar fatos, ações que ele tenha praticado que comprovem isso. E o que os fatos dizem? Macron fez uma reforma trabalhista que tirou boa parte do poder dos sindicatos franceses, Macron reduziu a verba estatal para a aquisição de casas por parte da população e endureceu profundamente o programa de entrada de refugiados no território francês, como pode ser visto no link abaixo:



E o que aconteceu depois disso? É claro que os marxistas-socialistas franceses iriam gritar, afinal depois de anos de governos socialistas chega um cara querendo colocar as finanças em ordem (reforma trabalhista, medidas restritivas de crédito social, aumento de imposto), cortando as asinhas dos sindicatos, combatendo o politicamente correto de aceitar qualquer quantidade de imigrantes é óbvio que os marxistas socialistas iriam gritar.

O quebra quebra em Paris aconteceu exatamente por esses motivos: blackblocks da esquerda tomaram as ruas com depredações e pichações com dizeres como "fora Macron" e "não ao capitalismo"

E mesmo com tudo isso ainda vai aparecer gente dizendo que Macron é marxista??? Antes de sair repetindo o que olavetes andam dizendo por aí parem e reflitam sobre os fatos sem cometer os mesmos erros que petistas e psolistas idiotizados fizeram e ainda fazem ao divulgar noticias sem base algumas nos fatos, mas tão somente porque alguma liderança deles disse.

Dito isso e agora que você leitor sabe o que é marxismo e porque Macron não é marxista, vamos entender afinal o que é globalismo:

GLOBALISMO - O QUE DIZEM QUE É E O QUE REALMENTE NÃO É

Sendo bem claro: Não existe essa história de globalismo isso é coisa da cabeça do Olavo que tenta transformar tudo que não for conservador em "comunista marxista globalista" como se o mundo fosse conservadores contra comunistas. O que existe e já falei disso e ele mesmo já falou sobre isso, são 3 grandes grupos de atuação mundial: os próprios comunas (China e Rússia), os islâmicos e por fim o grupo formado por EUA +Europa +Israel + Japão (e dentro desse grupo os grupos poderosos como Bildberg, Rotschild entre outros).

Tanto a idéia de que "há um projeto de união global dos senhores do mundo" como a idéia de que todos os grupos supranacionais de regulação e controle seriam de viés marxista (o que o Olavo chama de globalistas ou globalismo) são idéias totalmente equivocadas e que se explicam nos próprios fatos: no primeiro caso uma "união global para dominar o mundo" é impossível não apenas pelos diferentes interesses desses 3 grupos como nas próprias lutas internas de poder dentro desses 3 grupos (ex: sunitas contra xiitas e no meio deles o estado islâmico, ou ainda Rússia e China que tretam em questões internas como a questão do mar da China), da mesma forma a idéia de que há um movimento dos marxistas para dominar o mundo através de organismos supranacionais também é uma falácia, basta observar a própria zona do Euro que tornou a Europa uma potencia econômica ainda maior e não interferiu em questões de soberania dos países, ate porque os países são livres para sair do acordo caso não concordem com o que a maioria decide (principio da democracia) ou ainda outros casos ainda mais claros, como a OMC (organização mundial do comércio) que não tem nada de marxista.

Texto complementar - Xadrez mundial e as 3 forças de poder mundial (leia após a leitura de todo esse post) :


É óbvio que há infiltração marxista na ONU e em vários organismos e países isso é óbvio, pois é a estratégia desenvolvida por Trótsky de expansão do comunismo em especial no coração da América para combater a hegemonia americana, só que isso não é novidade alguma, nem é globalismo (pois todos os 3 grupos tentam expandir seu poder no Globo e nem por isso chamam o capitalismo ou islamismo de globalismo), basta observar que o marxismo falhou miseravelmente na América (ao contrário do que Olavo previu quando Obama e Lula eram presidentes ao mesmo tempo) não conquistou nenhuma potência na Europa (chamar o Macron de marxista, aquele que quis reduzir o direito dos trabalhadores é uma piada), então essa história furada de "globalismo" (como sinônimo de uma ação mundial de domínio do marxismo através de organismos supranacionais) é um delírio que não tem base nos fatos, uma teoria furada que foi criada tão somente para tentar convencer as pessoas que tudo que não for conservadorismo seria comunista-marxista-globalista, como se não existisse democracia ou partidos que pregam idéias de esquerda (como bem estar social por exemplo) mas que respeitam a democracia e a troca de poder no jogo democrático (diferente do marxismo).

O que o Olavo chama de "globalismo" nada mais é do que a tentativa das forças marxistas aparelharem ideologicamente as instituições, só que no nível de organismos supranacionais. O erro, na análise dele é dizer que todo organismo supranacional é "globalista" ou em outras palavras a serviço da difusão do marxismo. Existem sim organismos que estão com alto grau de aparelhamento como a ONU, mas tal influência não se repete, por exemplo, na OMC, Zona do Euro e tantas outras organizações supranacionais. Considerar todo político ou partido de esquerda ou centro esquerda como "marxista" ou a serviço do projeto marxista é outro erro crasso (vide o caso do Macron, chamá-lo de marxista é de uma imbecilidade sem tamanho). Basta observar os fatos, o que OMC ou OPEP fizeram de bom para os marxistas ou nações prioritariamente marxista? Nada.

A União Européia está inclusive em processo de adesão para receber a Ucrânia, algo totalmente contrário aos interesses da Rússia por conta do comércio de gás.  O Banco central Europeu adotou as mesmas medidas do FED (sistema de bancos centrais americanos) reduzindo quase a zero a taxa de juros dos países da zona do Euro para incentivar o crédito e o consumo. O que isso tem de marxista?

A Inglaterra, celebrada pelas olavetes devido ao brexit em 2017 amarga um crescimento em 2018 e projeção de crescimento para 2019 inferiores ao crescimento de 2016 e 2017 (que já estava entre os mais baixos da Inglaterra nos últimos anos) segundo o próprio banco da Inglaterra, ao ponto de hoje o governo (conservador) tentar manter as benesses de vários acordos econômicos com países da zona do Euro mesmo saindo da zona do euro. O próprio banco da Inglaterra foi claro: a queda do pib é culpa do brexit (óbvio)

Por fim e talvez o caso mais emblemático seja a Alemanha.  Um governo formado por uma chanceler de centro-direita aliada ao partido dos sociais democratas (e claro, governo chamado de marxista-globalista pelas olavetes). A Alemanha é a quarta economia do planeta, o motor da zona do Euro, tem crescido em média a 2% nos últimos 9 anos, algo que não era visto desde os anos 60 por lá. A recuperação começou em 2010 após o crash americano no final de 2008 e todo 2009 quando a divida alemã estava explodindo. A partir de 2010 o ritmo de crescimento da dívida foi diminuindo gradativamente até chegar em 2018 com o início da redução da dívida. Isso sem falar na taxa de desemprego na mínima histórica abaixo dos 4%. Será que a zona do Euro tem sido ruim pra Alemanha? Um governo de centro-direita seria marxista porque se aliou a sociais democratas? Sei....  

É como disse antes, a teoria do "globalismo" (suposta dominação em massa do marxismo nos organismos supranacionais) pra fazer sentido precisa criar "vilões marxistas" que não existem, como Merkel, Macron, Obama e a União Européia que não apenas tomou as mesmas medidas econômicas do FED reduzindo quase a zero os juros da zona do euro como também está em processo de aceitação da Ucrânia para ferrar de vez com os russos (devido a questão do gás) e mesmo assim as olavetes estúpidas continuam com o mantra que a União Européia é marxista globalista.

É óbvio que existe a tentativa dos marxistas em aparelharem partidos, governos (como foi no Brasil e América do Sul) e organismos supranacionais (a ONU é uma prova disso), mas daí o cidadão (olavete) concluir que TODOS os organismos supranacionais estão aparelhados e que toda a esquerda mundial é marxista, aí é um delírio, pois não tem base nos fatos como já expus até aqui: OMC, OPEP, União Européia, Merkel, Macron, absolutamente nada nos fatos atesta que esses organismos e lideranças são marxistas.       

Então na prática a teoria do "globalismo" nada mais e do que uma teoria com o superdimensionamento da ação marxista pelo mundo, tentando mostrar que existe uma ameaça marxista global e que a única saída é o conservadorismo (de preferência 100% católico) e que toda esquerda é marxista-globalista-fabiana e por isso precisa ser exterminada (outra bobagem, já que temos esquerda, centro esquerda, centro que não são marxistas).

O próprio governo Bolsonaro (conservador e aliados aos militares) governará fazendo aliança com a esquerda, centro esquerda e centro (os sociais democratas, como DEM e tucanos). A exceção de pt, psol, pc do b, psb e pdt (notoriamente marxistas,membros ou apoiadores do foro de SP) o resto dos partidos está no espectro de esquerda, centro esquerda e centro, definindo claramente que existe esquerda que não seja marxista, esquerda essa não-marxista que vai governar em sua maioria com o Bolsonaro, a não ser que o Olavo queira insistir que todo o Congresso de esquerda é marxista e que os militares e Bolsonaro, portanto, governarão com marxistas. Não dá né?

A LÓGICA E O QUE EU PREVI

A lógica dos fatos se impõe pela razão e coloca por terra teorias sem sustentação na realidade. A teoria do globalismo não tem sustentação nos fatos prova disso são os exercícios mirabolantes que analisas precisam fazer para tentar construir uma realidade que não se sustenta nos fatos. Quando uma teoria precisa de tais exercícios para ser sustentada é sinal de que ela já está errada.    

Um pouco antes de 2012 (lá por 2010) combati a histeria da "profecia maia", "nova era em 2012", vinda de Nibiru e outras teorias sem base profética alguma.  Estava certo

Por essa época também já combatia o petismo e em 2014 apontei claramente que o petismo cairia no Brasil e os militares ascenderiam ao poder pela via democrática até 2018 (enquanto alguns "analistas" que moram nos EUA não acreditavam nos militares e achavam que estávamos condenados a sermos uma Venezuela). Mais uma vez eu estava certo

Agora com a onda conservadora e o sentimento antipetista tem gente (as olavetes) querendo transformar tudo que não seja 100% conservador e de acordo com a teologia católica( transformar quem não comungar 100% com isso) em marxista, globalista ou fabiano. Uma ova!!! Lutei pela derrubada do petismo não pra compactuar com um petismo de direita no Brasil, não me venham com táticas de doutrinação cultural a la Gramsci querendo criar um pensamento único sobre o que é ser conservador porque não vai rolar, podem ter certeza disso.  

Vai ter conservador discordando da teologia católica sim, vai ter conservador discordando de um monte das idéias do Olavo sim e vai ter conservador não concordando com algumas pautas do conservadorismo ainda que acredite na maioria delas (o que os ingleses chama de liberal-conservative). Nem percam tempo tentando criar um petismo de direita no Brasil, tentando colocar quem pensa 1% contrário do “olavismo” como um marxista globalista pois não vai rolar.

Bolsonaro foi eleito com os militares democraticamente para resgatar o patriotismo, o fim da corrupção, derrotar o marxismo (compondo um governo no Congresso com a esquerda e centro esquerda sim) e resgatar o crescimento econômico através do liberalismo e empreendedorismo (nada de estatismo ou isolacionismo a la Trump ouviram olavetes?), Bolsonaro foi eleito pra isso, resgatando os valores (muitos deles conservadores) dentro da democracia, governando inclusive com gente da esquerda que não concorde com todos os valores conservadores, portanto podem esquecer que não vai rolar “petismo de direita” no Brasil, não vai ter essa de que “ou você é conservador exatamente como o Olavo ensina ou então você é um marxista”. Podem ter certeza absoluta que isso não vai rolar aqui no Brasil.

Podem ter certeza que como nas outras duas vezes anteriores eu novamente estarei certo, mostrando lógica, fatos e razão por trás da histeria e alienação coletiva, com argumentos baseados nos fatos e não em idéias que não se sustentam na realidade. É dessa forma que se antevê o futuro

Profecias cumpridas desde 2013 e como adquirir as obras que trouxeram desde 2014 a previsão do fim do petismo e a ascensão dos militares pela via democrática até 2018 (clique no banner para acessar o link):