29 de out. de 2011

Daniel: A profecia das 2300 noites e manhãs

O santuário da profecia de Daniel: Domo da Rocha com teto dourado
O santuário: Domo da rocha


Uma das mais enigmáticas profecias de Daniel encontra-se no capítulo 8. É a profecia das 2300 noites e manhãs.

“Ouvi um santo que falava a quem outro santo respondeu: quanto tempo durará o anunciado pela visão a respeito do holocausto perpétuo, da infidelidade destruidora, e do abandono do santuário e do exército calcado aos pés?” (Daniel 8:13)    

Como veremos a seguir, aqui temos uma análise da guerra dos seis dias, em 1967, onde o santuário (Domo da Rocha e Al Aksa) foi abandonado pelos muçulmanos e o pequeno exército de árabes que vivia em Jerusalém calcado aos pés dos judeus de Israel.

“Respondeu: duas mil e trezentas noites e manhãs. Depois disso o santuário será restabelecido.” (Daniel 8:14)

Ou seja, depois disso o santuário (local onde está o Domo da Rocha e Al Aksa) voltará ao domínio muçulmano

2300 noites e manhãs equivale exatamente à 6 anos e 4 meses. Aqui temos uma clara ligação com a profecia dos 70 períodos de Daniel 9:25. O profeta falou em dias na forma de “noites e manhãs” deixando claro que ele se referia literalmente a um período de dias. Já sabemos que o santuário diz respeito ao Domo da rocha e Al Aksa. Vamos então procurar entender essa profecia, voltando a Daniel 9:25:

“desde a declaração do decreto sobre a restauração de Jerusalém até um chefe ungido, haverá sete períodos; depois, durante sessenta e dois períodos, ressurgirá, será reconstruída com praças e muralhas. Nos tempos de aflição.”

A restauração de Jerusalém se refere aos territórios obtidos na guerra dos seis dias em 1967. Em 1948 quando o estado israelense foi criado, Jerusalém Oriental não pertencia ao domínio israelense, esse território foi restaurado apenas em 1967, ou seja, a restauração do domínio sobre toda Jerusalém não ocorreu em 1948 mas tão somente em 1967. Vale lembrar que Jerusalém Oriental não é de Israel por direito segundo a ONU, mas está desde 1967 sob o domínio israelense, ocupada desde então.

A unção do chefe ocorreu 7 anos (períodos) desde a restauração (1967) até a unção (1973). Reparem que a profecia é clara em afirmar que “desde a restauração”, ou seja, devemos contar o ano da restauração como o início desse período, dessa forma os 7 anos ficam: 1967, 68, 69, 70, 71, 72, 73. Exatamente em outubro de 1973 ocorreu a guerra do Yom Kipur, quando Israel defende os territórios ocupados desde 1967 (entre eles Jerusalém Oriental) de uma ofensiva síria e egípcia (a guerra do Yom Kipur), derrotando esses dois países e se estabelecendo como o “chefe” daquela região dominada desde 1967. Ou seja, essa vitória em 1973 foi a “unção” do chefe (Israel) que domina esse território de Jerusalém até os dias atuais.

Vamos então recapitular: restauração de Jerusalém (1967), unção do chefe 7 períodos depois ( vitória de Israel na guerra do Yom Kipur em 1973 se estabelecendo como o chefe de Jerusalém)      

Mas afinal o que isso tem haver com a profecia das 2300 noites e manhãs de Daniel? Simplesmente tudo. A guerra dos seis dias se iniciou em junho de 1967 (quando Israel ocupa Jerusalém Oriental) e terminou com o conflito do Yom Kipur, em outubro 1973, exatos 6 anos e 4 meses que equivalem exatamente a 2300 dias, 2300 noites e manhãs.

A guerra do Yom Kipur foi uma vingança dos árabes contra a derrota sofrida em 1967. A visão a respeito do holocausto perpétuo é uma clara referência ao Domo da Rocha (onde está a pedra em que Abrahão ofereceu seu filho a Deus), ou seja,  o ponto central da visão é aquele local, o Domo da Rocha, que está exatamente em Jerualém Oriental juntamente com a mesquita de Al Aksa, território pleiteado pelos palestinos para capital de seu futuro Estado, o que obviamente tem gerado muitos conflitos. 

Escadaria no Monte Camelo na cidade de Haifa em Israel, Canãa
Monte Carmelo na cidade de Haifa (clique na imagem para ampliá-la)

Vale ressaltar que o monte do templo (onde está o Domo da Rocha e Al Aksa) é o único local de Israel que interessa aos muçulmanos, pois foi exatamente lá que segundo diz o Corão, Maomé ascendeu aos céus. A região do monte do templo inclusive está sob controle muçulmano, controle esse que foi justamente estabelecido a partir de 1973. Com esses esclarecimentos, podemos então compreender o significado amplo da profecia de Daniel:

“Ouvi um santo que falava a quem outro santo respondeu: quanto tempo durará o anunciado pela visão a respeito do holocausto perpétuo ( Domo da Rocha e Al Aksa no monte do templo), da infidelidade destruidora (conflito entre judeus e árabes no território sagrado), e do abandono do santuário (Domo da Rocha) e do exército calcado aos pés ( exército árabe dominado por Israel)?” (Daniel 8:13)    

“Respondeu: duas mil e trezentas noites e manhãs ( 6 anos e 4 meses, de junho de 1967 com o inicio da guerra dos seis dias a outubro de 1973 com o fim da guerra do Yom Kipur). Depois disso o santuário (Domo da Rocha) será restabelecido (voltará ao domínio muçulmano).” (Daniel 8:14)

Após o final da profecia dos 70 períodos ( o link pra essa profecia está logo abaixo) se iniciará um processo de união espiritual entre cristãos, judeus e muçulmanos, na nova Terra pacificada.

Acordo de paz entre judeus e palestino, Clinton, Rabin, Arafat

A interpretação da profecia dos 70 períodos completa o entendimento sobre essa profecia das 2300 noites e manhãs: AQUI

4 comentários:

Sandra Veneziani disse...

À você, que é seguidor (a) do Toque, ofereço com carinho
mimos que marcam a alegria destes 5 anos .
Na paz de Jesus
san

Alexandre T disse...

Caro José, e essa história de muitos países reconhecerem a Palestina na ONU, como membro, isso vai dar em guerra? E a devastação que você disse que ocorrerá na metade do último período, significa que a nação Israel será devastada? Não sobrará ninguém?

José Alencastro disse...

Olá Alexandre, acredito que a aceitaçao por parte da Unesco e da alguns paises pertencentes a ONU nao seja o motivo decisivo, pois Israel alega que antes dessa aceitação deveria ser firmado um acordo de paz, algo que nao irá acontecer pois nem os israelenses aceitam abrir mao dos territorios ocupados em 1967 (sobretudo Jerusalem oriental) e nem os palestinos aceitam que o seu estado independente não seja justamente em Jerusalem oriental. Profeticamente, a devastaçao do territorio israelense está prevista em Daniel e Ezequiel e no proprio Apocalipse com a batalha no monte Megido (Armagedon), que causará perdas tanto para judeus e palestinos, a grande questão é que nesse futuro daqui a pouco menos de 25 anos, contará com uma aliança muçulmana muito mais fortalecida em relaçao a Estados unidos/Israel o que de certa forma enfraquecerá em muito a hegemonia de Israel naquela regiao do Oriente Medio. Acredito inclusive que os eventos envolvendo o Apophis, apos a guerra no monte Megido, seja justamente pra evitar uma guerra atomica de exterminio global, perante tamanho odio que existe entre esse grupo de espiritos naquela regiao a milenios

Alexandre T disse...

Obrigado pela resposta, José.