28 de mar. de 2019

Previsões Cumpridas em Março – O Começo da Guerra no Brasil – A Articulação versus “Velha Política”


Março vai chegando ao fim e três previsões, infelizmente nada boas, se concretizaram. Duas delas foram trazidas no dia 04 de março (as previsões para os meses de março e abril) e a outra no dia 15 de março. Vamos a elas para entendermos o atual cenário da política nacional. 

"Considerar sempre um dia antes e um dia após das datas que serão citadas a seguir. 14 de março de 2019 - Uma grande quadratura envolvendo Júpiter (muito forte em Sagitário) e a conjunção Sol/Mercúrio em Peixes que fecham a grande quadratura com a Lua em Gêmeos. Quadraturas envolvendo Júpiter e Sol, sobretudo quando um deles está muito forte normalmente desencadeiam algum evento violento, seja de ordem natural ou social. Especialmente pode estar ligado a algo com a política brasileira, pois nesse dia Urano no céu estará quadraturando exatamente no mesmo grau com o Ascendente natal de Brasília"

Nos dias 13,14 e 15 tivemos eventos significativos que foram previstos aqui na página no dia 04 de março:

Dia 13 - chacina escola Suzano
Dia 14 - decisão STF contra lava jato - ciclone em Moçambique
Dia 15 - chacina Nova Zelândia

"Considerar sempre um dia antes e um dia após das datas que serão citadas a seguir.24 de março de 2019 - Saturno se aproxima de uma conjunção com Plutão em Capricórnio (entrando na faixa de variação de até 3 graus) enquanto Sol e Kiron fazem conjunção em Áries e ao mesmo tempo Marte faz conjunção com Algol no signo de Touro. Nessa data algum evento significativo pode envolver Rj ou Sp pois essa conjunção Sol/Kiron estará exatamente sobre o Plutão do mapa da Independência quadraturando com a conjunção Urano/Netuno do mapa natal da Independência (que ativa a casa 11 do mapa da Independência reforçando alguma questão coletiva ou de um grupo especificamente da coletividade) ou seja, um dia para ficar atento ao cenário político e social do país."

Após ser preso dia 21 em SP e ser levado ao RJ Temer foi solto exatamente no dia 25 (sua prisão e soltura durante os dias 23,24 e 25 foi o evento envolvendo RJ e SP) que desencadeou o conflito dentro da Câmara com o governo (grupo específico, coletividade ligado ao cenário político)

Previsões março e abril (publicado dia 04 de março):



Exatamente sobre esse conflito entre Câmara e governo (sobretudo com as recentes pautas bomba) e o cenário de instabilidade no mercado (queda de mais de 6% nos últimos dias) iniciados por volta do dia 20-21 (época da prisão de Temer) foi feita a previsão publicada no dia 15 de março na fanpage:

UMA GUERRA SE APROXIMA NO BRASIL

Uma guerra se aproxima no Brasil, mas calma.....não tem nada de terceira guerra agora ou "data limite". A guerra hegemônica do governo eleito e da Lava Jato, na imagem de Bolsonaro, dos militares e do ministro Moro contra o grande acordão do STF e da velha política, a mesma velha política que elegeu todos os atuais ministros da corte. O envio dos casos de corrupção da esfera política para a justiça eleitoral, sem estrutura para investigar tamanho volume de inquéritos foi apenas o primeiro passo do STF para impedir o avanço da lava jato, pois antes sem Moro de ministro as investigações descobriram o que descobriram, ainda mais descobririam com Moro como superministro da justiça. Não por coincidência a votação de ontem teve o resultado que teve, exatamente no momento que o Senado se mobiliza para a cpi da Lava Toga e de investigações voltadas para o impedimento de ministros do STF. A guerra está apenas começando. Também não por coincidência muitos políticos na Câmara já fala em segurar por 90 dias o pacote anticrime de Moro com a desculpa de que precisam focar esforços na reforma da Previdência. É óbvio que esse movimento conjunto da banda podre do Legislativo e do STF não foi mero acaso

Em um texto de dezembro de 2018 expliquei todo o caminho das pedras para o início do governo Bolsonaro, inclusive sobre como desaparelhar o STF e o que aconteceria se até 2020 essas metas não fossem cumpridas:

Desaparelhar o STF, pec da bengala e o "dead line" em 2020:


O STF e a banda podre do Congresso sabem que Bolsonaro precisa do apoio do Congresso para aprovar a fundamental reforma da Previdência e por isso ele não pode agora governar por medida provisória ou decreto. Exatamente por isso eles estão endurecendo o jogo, tanto com o acordão para dificultar a investigação dos crimes de corrupção pela Lava Jato como dificultar a aprovação do pacote anticrime de Moro. O objetivo é testar o novo governo, testar a capacidade de reação política e saber ate onde Bolsonaro, Moro e os militares estão dispostos a ir para combater a corrupção. 

O governo precisa juntar os aliados para aprovar as duas reformas juntas, Previdência e pacote anticrimes (que na prática cria uma lei e põe abaixo o acordão feito pelo STF) ao mesmo tempo que precisa anular a pec da bengala, pois só assim Bolsonaro poderá desaparelhar a corte. Só que para juntar aliados, Bolsonaro precisa de ARTICULAÇÃO o que falarei a seguir.


UM FUTURO PRÓXIMO BOM AINDA EM 2019 - ARTICULAÇÃO X VELHA POLÍTICA

Após conseguir aprovar a reforma da Previdência e o pacote anticrimes de Moro (e fundamental junto a isso o fim da pec da bengala), Bolsonaro ficará numa posição estratégica muito boa, pois terá engatilhado a reforma essencial para destravar a economia e motivar a confiança definitiva dos investidores, ao mesmo tempo que manterá a lava jato ativa e poderá desaparelhar 04 ministros do STF (a maioria deles que votou contra a lava jato). A partir desse ponto Bolsonaro pode agir de forma mais livre, pois poderá utilizar decretos e medidas provisórias para casos urgentes sem ficar trancado na politicagem do Congresso e ao mesmo tempo poderá engatilhar o que vejo (junto com os guardiões) como fundamental: o grande plebiscito de 2020, permitindo que o povo aprove de forma direta reformas na Constituição como uma “semi constituinte” vinda do povo que englobem novas regras para o STF, para a reforma tributária e política, aproveitando a estrutura das eleições de 2020 que, obviamente, precisam ser feitas com voto impresso pela urna eletrônica.

Só que pra isso, para derrotar a "velha política", Bolsonaro precisa de ARTICULAÇÃO. Política na democracia é comunicação, não existe essa história de o presidente manda e o Congresso faz.  Há uma série de interesses envolvidos na relação do Congresso com o governo, alguns interesses republicanos outros não. Os não republicanos todo mundo sabe (mensalinho, mensalão, esquema de corrupção nas obras publicas e por ai vai) e os republicanos que são próprios da política: bancada rural que deseja uma reforma melhor para os ruralistas, partidos que se sentem preteridos pelo governo (como o psl que tem menos espaço que o dem no governo) políticos que se sentem desprestigiados (Maia que sempre quis uma reforma liberal e vinha trabalhando pela aprovação, ainda que tenha feito corpo mole com o pacote anticrime) e os deputados que tem interesses políticos nos seus estados e desejam uma posição clara sobre a verba destinada a cada deputado (e que faz parte do orçamento impositivo). Enfim, tudo que envolve ARTICULAÇÃO republicana está faltando. O presidente precisa fazer política pois se ele quer (e tenho certeza que quer) uma nova política ele vai ter que mudar a velha política de dentro do sistema e isso não se faz com twet malcriado ou com ruídos de comunicação, mas sim com dialogo, juntar a base, dar uma moral para os membros do psl, ter um papo com o Maia, ouvir as demandas dos deputados, costurar acordos, tudo que é permitido no jogo político.

O que não dá é achar que vai jogar a reforma pronta no Congresso, que o presidente da câmara vai juntar todo mundo sob o chicote de twets sarcásticos e que em um passe de mágica vai todo mundo votar a reforma. Fazer política é construir pontes através do diálogo, do acordo, usando o poder e a popularidade para congregar, liderar. Ser líder não é ser chefe. Chefe ordena, impõe. Líder comanda usa o seu poder para criar laços de confiança e respeito. O chefe precisa ser autoritário por não ter autoridade. O líder precisa usar apenas pontualmente a sua autoridade.

Arte da guerra: Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças

Nessa guerra Bolsonaro precisa entender o poder que possui e quais os pontos fracos que precisa consertar. Inegavelmente o presidente possui o apoio dos militares, forte apoio popular e um número razoável de parlamentares que ou são simpáticos às reformas ou que têm consciência da necessidade das reformas. O caminho para muitas dessas mudanças passa pela aprovação de leis no Congresso em especial as mudanças relativas ao combate à corrupção e aparelhamento do STF. A melhor forma de utilizar esse poder sobre o Congresso é procurar exatamente o caminho da articulação, do bom diálogo e caso esse não surta efeito, aí o caminho mais duro: uma mudança ampla nas leis via plebiscito popular nas eleições de 2020 com o Exercito chancelando o plebiscito contra qualquer oposição do Legislativo ou do Judiciário. Ambos os caminhos levam ao mesmo destino, o destino das necessárias mudanças, porém um deles precisa ser percorrido. O que não pode é deixar o barco correr solto, sem diálogo e sem articulação para depois culpar o Congresso pela não aprovação das reformas ou pelo desmoronamento do país, pois pouco importa se o motivo é falta de diálogo ou má vontade do Congresso, o resultado da não aprovação das reformas será desastroso para o país.

Está na hora de Bolsonaro assumir o seu poder, não o das redes que ele já domina tranquilamente, mas o poder político a ele outorgado pela vontade popular. Unir a base aliada, unir os políticos simpáticos a reforma, neutralizar as demandas daqueles que estão descontentes, usar os poderes legais/republicanos tanto na esfera política como econômica para unir de forma coesa uma base no Congresso que permita aprovar as reformas necessárias para a melhoria economia e combate a corrupção (desaparelhando o Judiciário), ao mesmo tempo já traçando um "plano B" com o apoio dos militares para aprovar via popular as reformas (plebiscito eleitoral). Usar o poder das redes e dos pronunciamentos oficiais em TV para dialogar com o povo, fortalecer laços com aliados importantes, em suma implantar uma agenda positiva que quebra a narrativa de pânico patrocinada pela mídia. Isso é articular, dialogar, buscar pontos em comum, neutralizar impasses, fazer em suma a verdadeira política.

Só temos três caminhos, não há outro:

DEMOCRACIA - Através da articulação política o governo aprova as reformas, seja pelo caminho mais suave unindo a base no Congresso seja pelo caminho mais impositivo, usando o apoio dos militares e do povo para votar novas leis através de plebiscito popular, passando por cima de resistências no Legislativo e Judiciário

CRASH - O governo desiste de qualquer articulação assim como não prepara com os militares um caminho via plebiscito para fazer as reformas, ou seja, deixa a nau a deriva rumo ao precipício. As reformas não passam e o país quebra de vez, com o Congresso "fritando" o presidente e preparando a volta dos corruptos nas eleições de 2022, guerra civil eclodindo no país entre comunistas desejando a volta de Lula e anticomunistas defendendo o governo eleito rejeitando por completo o poder Legislativo e Judiciário, ou seja, crash econômico e institucional

1964 RELOADED - Nesse cenário de crash sobra para os militares deixar o comunismo se instalar no Brasil ou os militares tomarem o poder novamente. Sendo a primeira opção fora de qualquer possibilidade, voltamos novamente ao regime militar controlando os três poderes da República com o país economicamente quebrado e as instituições em frangalhos

Está na hora do nosso capitão pegar firme o controle da nau. Ainda continuo acreditando na aprovação da reforma entre junho e julho e na manutenção da democracia, seja pela articulação ou por uma ação mais impositiva dos militares pela aprovação das reformas. Só que não há mais tempo ou espaço para errar (leia-se continuar sem dialogar com a base) e quando uma grande tempestade se avizinha no horizonte é prudente corrigir os rumos da embarcação....

Para conhecer as previsões cumpridas desde 2014 (queda do petismo, ascensão dos militares e demais previsões acertadas sobre eventos naturais e geopolíticos) bem como conhecer o estudo sobre 2036, porque não existe "data limite" alguma e como adquirir as obras lançadas até aqui com o cronograma da Transição Planetária que vem se cumprindo desde 2014 com o livro "Brasil o Lírio das Américas":



2 comentários:

Matheus Iparraguirre disse...

Excelente argumentação e um texto coeso, que mostra do que o Brasil precisa para entrar de vez nos eixos. Ventanias terão, furacões também. Mas o barco precisa do Capitão para seguir rumo a "terra prometida". Parabéns José!!

Matheus Iparraguirre disse...

Excelente argumentação e um texto coeso, que mostra do que o Brasil precisa para entrar de vez nos eixos. Ventanias terão, furacões também. Mas o barco precisa do Capitão para seguir rumo a "terra prometida". Parabéns José!!