Vamos
descobrir qual será ou quais serão os orixás regentes de 2018, mas, sobretudo
como se calcula ou estuda, com base nos conhecimentos da Umbanda e da
Astrologia para chegar a essa conclusão. Primeiramente e o mais importante é
que não estudamos qual orixá vai reger o ano, mas sim qual a linha de orixás
que vai reger o ano, com base nas famosas 7 linhas que abarcam os orixás e
especificamente com base nos estudos de W.W. da Matta e Silva para desenvolver
o esquema que será apresentado aqui.
Existem
incontáveis visões e formas de compreender as 7 linhas. Diferentemente do
Espiritismo, a Umbanda não possui um "papa" ou um codificador, ou
ainda um livro sagrado que compile a essência da Umbanda que seja unanimidade
entre todos os umbandistas, isso sem mencionar as claras diferenças
ritualísticas entre a Umbanda e o Candomblé que também estuda os orixás..
Dito
isso, o esquema que eu apresentei está em consonância com o estudo daquele que
é considerado por mim (e pela maioria dos principais umbandistas) como o médium
de maior destaque da Umbanda e que trouxe os conhecimentos mais avançados da
Umbanda em sua obra: W.W. Matta e Silva. Com todo o respeito a Sarraceni (autor
do excelente O Guardião da Meia Noite) e Norberto Peixoto (a quem considero o
médium de maior destaque e relevância da Umbanda atualmente) entre outros
expoentes, como por exemplo Feraudy ligado à Umbanda Esotérica, acredito que o
esquema das 7 linhas trazido por Matta e Silva seja o mais adequado, sobretudo
para aqueles que estudam ocultismo e mais ainda para os que possuem
conhecimento dos arquétipos da Astrologia.
Sendo
assim, o esquema fica com base na obra "A Umbanda de todos nós"
(página 89):
1ª
Vibração Original ou Linha de Orixalá
2ª
Vibração Original ou Linha de Yemanjá
3ª
Vibração Original ou Linha de Xangô
4ª
Vibração Original ou Linha de Ogum
5ª
Vibração Original ou Linha de Oxossi
6ª
Vibração Original ou Linha de Yori
7ª
Vibração Original ou Linha de Yorimá
É
a partir dessa linha que associamos os clássicos arquétipos desses orixás aos
arquétipos astrológicos consagrados dos 7 astros, respectivamente segundo a
lista: Sol, Lua, Júpiter, Marte, Vênus, Mercúrio e Saturno (Yorimá equivalente
a Omulu).
Marte/linha
de Ogum - expande a capacidade de enfrentamento práticos das situações, em suma
expande a ação, a decisão
Saturno/
linha de Omulu - Obaluaye- expande as restrições, provações, tudo aquilo que
foi plantado mal "floresce" mais claramente pela lei do retorno, o
karma
Júpiter
/linha de Xangô- expande as realizações, mostra os caminhos abertos, tudo
aquilo que foi plantado no bem "floresce" mais claramente pela lei do
retorno, o karma
Mercúrio/linha
de Yori - expande as comunicações e o aprendizado, em suma expande o
aprendizado teórico, a indecisão, pois se reflete mentalmente sobre várias
direções.
Sol/linha
de Oxalá - expande a visão das situações, coloca tudo às claras, potencializa a
percepção intelectual, realça situações: a calmaria fica ainda mais visível,
assim como o conflito também fica ainda mais claro
Lua/
linha das mães ou linha das águas, popularmente conhecida como linha de Iemanjá
(Iemanjá, Nanã, Oxum, Iansã) - expande o sentimento em relação às situações,
potencializa a percepção emocional, torna as situações mais suscetíveis ao
emocional dos envolvidos
Vênus/linha
de Oxóssi - expande a socialização, motiva as trocas intelectuais e emocionais
entre as pessoas, uma preocupação maior com as aparências, a sexualidade
Agora
que sabemos como as 7 linhas da Umbanda estão associadas aos 7 astros tradicionais
da Astrologia (os astros Netuno, Urano e Plutão com longas órbitas em cada
signo não são considerados) vamos entender os ciclos maior e menor.
Cada
um dos sete astros (e sua respectiva linha de orixá) rege, ciclicamente, um
grande ciclo de 36 anos, como se iniciou agora em 2017 com o grande ciclo de
Saturno (deixarei um link ao final explicando porque cada grande ciclo tem 36
anos). A cada 252 anos (praticamente o tempo da órbita de Plutão) o grande
ciclo de um planeta se repete, por isso que a última vez que tivemos um grande
ciclo de Saturno ele aconteceu na época da Revolução Francesa e Americana.
Ao
mesmo tempo temos a regência anual do planeta, conhecida como ciclo menor: a
cada ano um astro (e sua respectiva linha de orixá) é o regente do ano
Agora
que compreendemos como as linhas de orixás estão associadas aos planetas e como
estes, segundo a Astrologia, regem os ciclos maiores e menores, vamos entender
como é feito o cálculo para descobrir o astro regente do ciclo maior e do ciclo
menor e, por conseqüência, a respectiva linha/orixá que vai reger o ciclo maior
e o ciclo menor.
Os
ciclos maiores são ordenados da seguinte forma: Saturno, Vênus, Júpiter,
Mercúrio, Marte, Lua e Sol.
Os
ciclos menores são ordenados da seguinte forma: Saturno, Júpiter, Marte, Sol,
Vênus, Mercúrio e Lua
Os
ciclos maiores estão baseados nos arquétipos da mitologia grega. Se observarmos
os dias da semana, cada um deles foi dedicado pelas antigas civilizações à uma
divindade (que por sua vezes representa um arquétipo), porém os ciclos maiores
seguem uma ordem inversa aos dias da semana:
DIAS
DA SEMANA
Domingo
– Apolo (Sol)
Segunda
– Artemis (Lua)
Terça
– Ares (Marte)
Quarta
– Hermes (Mercúrio)
Quinta
– Zeus (Júpiter)
Sexta
– Afrodite (Vênus)
Sábado
– Cronos (Saturno)
CICLOS
MAIORES DE 36 ANOS
Saturno
(2017-2052)
Vênus
(2053-2088)
Júpiter
(2089-2124)
Mercúrio
(1873-1908)
Marte
(1909-1944)
Lua
(1945-1980)
Sol
(1981-2016)
A
explicação para essa inversão (ciclos maiores no sentido contrário da ordem dos
dias da semana) é que o simbolismo dos ciclos maiores não está ligado aos dias
da semana (e suas respectivas divindades arquetípicas), mas sim à própria
mitologia das divindades: Cronos ainda jovem castrou com sua foice o seu pai,
Urano. A partir dos restos castrados que caíram na água, surgiu Afrodite.
Somente depois disso é que Cronos teve o seu filho Zeus, que por sua vez deu
origem aos outros deuses: Hermes, Ares, Artemis e Apolo. Ou seja, os ciclos
maiores contam a história mitológica dos deuses gregos a partir de Cronos
(Saturno) na construção do Monte Olimpo que arquetipicamente representa o
sistema solar e na Astrologia o disco zodiacal tendo a Terra como centro no
lugar do Sol
Já
os ciclos menores respeitam a ordem decrescente, a partir de Saturno, dos
astros com maior órbita. Temos, portanto:
Saturno
– 29,5 anos
Júpiter
– 12 anos
Marte
– 2 anos
Sol
– 1 ano (movimento aparente em relação à Terra, durante a translação, pois a
Terra é o centro do disco zodiacal)
Vênus
– 7 meses e meio
Mercúrio
– 88 dias
Lua
– 29 dias
Os
ciclos maiores simbolicamente representam a criação dos deuses mitológicos, arquétipos
dos astros e exatamente por isso sua ordem obedece ao surgimento do primeiro
entre os 7 astros/divindades/arquétipos conhecidos pela Astrologia no passado.
A partir do surgimento dos 7 astros se estabeleceu a primazia daquele com a
maior órbita (Saturno) até a menor órbita (Lua) para identificar o fluir dos
ciclos menores. Dessa maneira o astro regente do ciclo menor sempre que um
grande ciclo de 36 anos se inicia é o mesmo do ciclo maior (exemplo em 2017 que
se iniciou o grande ciclo de Saturno e Saturno rege o ciclo menor do ano)
Assim
está explicada a tabela abaixo e porque tivemos em 2017 um ano regido
duplamente por Saturno
Considerando
todo o método mostrado nesse post e exemplificado na tabela identificamos
claramente o ano de 2018 regido por Saturno no ciclo maior e por Júpiter no
ciclo menor, o que significa que os orixás regentes de 2018 serão Omulu (esse
todos os anos até 2052) e Xangô.
Astrologicamente
falando essa associação estará ainda mais claramente representada pela passagem
de Júpiter ao longo de praticamente todo o 2018 pelo signo de Escorpião além de
Saturno junto com Plutão por Capricórnio, intensificando a luta pelo poder,
posturas extremas e rígidas (eleições Brasil, conflito na Coréia do Norte,
questão de Jerusalém no Oriente Médio). Saturno é o chumbo, Plutão é átomo
(plutônio) e Júpiter/Xangô/Zeus representa os raios elétricos vindo do céu,
associados a rigidez de Capricórnio e a profundidade de Escorpião. Tudo isso
somado a um ano que será regido pelo Arcano A Força (11=2+0+1+8) e no Brasil O
Diabo (até setembro) e depois a partir de setembro A Torre.
Espero
trazer notícias melhores quando trouxer as previsões de 2018, mas a princípio
essas posições com muita força e profundidade prenuncia que teremos um ano, a nível
mundial, ainda mais conflituoso do que foi 2017. Não a toa o ariano Bolsonaro
(Marte no passado antes de Plutão regia também Escorpião) e o escorpiano Lula
serão os principais personagens de 2018 e não a toa a escolha dos tucanos foi
pelo também escorpiano Alckmin e não a toa o principal herdeiro dos votos do
nove dedos será o também escorpiano Ciro Gomes. Como Júpiter será o regente de
2018 e naturalmente rege Sagitário, além de passar boa parte do ano de 2018 em
Escorpião, esses serão os dois principais signos impactados.
Um
exemplo que gosto de mostrar quando temos muitas posições fortes, violentas ou
combativas no céu, como as que teremos no Brasil e no mundo em 2018 é o exemplo
do sismo de Valdívia em 1960, considerado até hoje o maior terremoto da
história que gerou um enorme tsunami. Aquele foi um ano regido por Saturno e
com Saturno em Capricórnio, sendo que naquele dia Marte estava em Áries, o Sol
cravado sobre Algol fazendo uma quadratura com Plutão em Virgem, além de Urano
estar em Leão e junto a tudo isso Júpiter em movimento retrógrado e em falência
em Capricórnio, muita tensão unindo terra e fogo, placas tectônicas e magma,
dando origem ao maior sismo da história.
Mas
nem tudo é desgraça: uma das faces de Júpiter/Xangô/Zeus é congregar várias
pessoas ao redor de si, o intercâmbio com outras culturas, as viagens (do céu a
Terra, do Olimpo aos homens) ainda que com um alto grau de competitividade e
busca por superioridade, o que está representado pela Copa do Mundo, levando o
Ocidente ao Oriente nas terras daquele que é o homem mais rico (fortuna de 200
bilhões) e poderoso do mundo: A Rússia de Putin (que além de sagitariano tem,
assim como Lula, seu Plutão cravado no Meio Céu no signo de Leão)
Aliás
sobre Lula e Putin vale ressaltar: o pior período do ano para o nove dedos será
entre 26 de junho e 10 de julho, período que Marte (antigo regente de
Escorpião) estará retrógrado e que Júpiter estará retrógrado também em
Escorpião e fazendo uma quadratura com Plutão e o meio céu do nove dedos em
Leão, ou seja, mesmo que ele seja preso e solto por algum tempo em janeiro,
nesse período não vai ter escapatória, ele estará definitivamente afastado da
corrida presidencial e preso.
Já
para Putin esse trânsito de Júpiter e Marte de 26 de junho a 10 de julho deve
ser o período mais sensível e perigoso para um ataque terrorista em solo russo,
especialmente no metrô, nesse período que coincidirá com a Copa do Mundo
Recentemente
os anos regidos por Júpiter/Xangô têm prenunciado anos ainda mais conflituosos
(que são regidos por Marte/Ogum). Em 2000 Júpiter foi o regente e no ano
seguinte ocorreu o 11 de setembro, 2007 novamente foi regido por Júpiter e no
seguinte ocorreu o grande crash de 2008, em 2014 Júpiter novamente foi o
regente e no seguinte tivemos os mais terríveis ataques do isis
Curiosamente
no futebol, a maioria dos 5 títulos do Brasil foram obtidos em anos regidos por
Marte (2) e Sol (2) além de um ano regido por Mercúrio. Após a segunda guerra,
as Copas do Mundo regidas por Júpiter foram 1954 (Alemanha venceu de forma
surpreendente a Hungria na final após ter tomado um 8 a 3 dos húngaros de
Puskas na fase de grupos), 1986 (novamente os alemães na final, mas dessa vez
havia um Maradona no meio do caminho) e 2014 (novamente hermanos e alemães na
final). Pelo chaveamento Argentina e Alemanha se encontrarão na semifinal e se
minhas visões estiverem corretas e considerando o histórico das Copas em
Júpiter é Argentina na final (contra o Brasil)
Porque
o grande ciclo astrológico tem 36 anos:
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