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24 de ago. de 2018

Altos Tributos, Luxos e Corrupção - Quais as Possíveis Soluções


A piada (triste) e recorrente é que o Brasil cobra impostos como os países nórdicos e oferece serviços e retorno ao povo padrão África. O problema não é se o imposto é alto ou baixo ou se o Estado de bem estar social é grande ou pequeno, mas sim se os recursos obtidos pelos impostos são geridos adequadamente (ou seja, um Estado eficiente e com baixa corrupção). Se o Estado cobra alta carga tributária e não oferece serviços públicos de qualidade o motivo é má gestão e corrupção, exatamente o caso do Brasil. Essa é a verdadeira discussão.


Atualmente o Brasil gasta dezenas de bilhões para manter luxos e privilégios nos três Poderes que retiram dinheiro que deveria ser empregado em serviços públicos, luxos como 4 mil funcionários aspones no Congresso, 15º salários, altas verbas de gabinete, auxilio moradia e por aí vai. Pra complicar um pouco mais há a corrupção que desvia os recursos que deveriam ser utilizados para escolas, hospitais e etc. No caso do Brasil há uma corrupção sistêmica tanto a nível macro (o mega esquema da propinocracia vermelha envolvendo políticos e grandes empresários, como também pequenas prefeituras e governos com corrupção entre políticos e agentes públicos). Ou seja, já temos dois grandes gargalos (luxos/privilégios e a corrupção) que "comem" bilhões do que foi arrecadado com altos impostos. Mas há um terceiro problema: a dívida acumulada.

Como os governos (em especial os 13 anos do governo vermelho) gastam mais do que arrecadam, criam a dívida e pior ainda, em um cenário de taxa alta de juros. Então o governo ainda precisa destinar parte (grande) do dinheiro arrecadado para pagar os juros da dívida (veja bem, os juros, sem conseguir diminuir o montante de dívida). Vale lembrar que os juros são altos porque o custo do dinheiro é alto, ou seja, os investidores que desejam investir nos mercados mundiais não investiriam no país devido a insegurança jurídica (tema amplamente explicado por Douglas North e pontuado no livro “Brasil o Lírio das Américas) e portanto só o fazem mediante alta remuneração, ou seja, emprestam dinheiro para o banco em troca de um ganho (juro) alto que é repassado quando o banco vai emprestar esse dinheiro (isso sem falar no spread altíssimo, pois como temos poucos bancos no país a concorrência é baixa e o banco põe o preço que quer no dinheiro, o spread, que a diferença entre aquilo que ele paga a quem bota o dinheiro no banco e o que o banco cobra para quem vai pegar dinheiro emprestado). Dito isso temos praticamente mapeados todo os principais problemas econômicos e estruturais do país. Sim, basicamente é “apenas” isso.

Como começar a solucionar isso? Primeiramente abrir a concorrência bancária (mais bancos), regras mais claras no âmbito jurídico para as empresas que desejam investir no país. Isso vai atrair recursos externos (investimento) e diminuir o custo do dinheiro. Juros menores e spread menor representam custo menor para a dívida que o país tem com os agentes do sistema financeiro

Segundo ponto é atacar o tamanho da dívida, pois uma dívida grande demais também afasta investidores externos. A solução pra esse problema, já mostrada por Paulo Guedes (economista da escola de Chicago e futuro ministro da economia de Bolsonaro) é privatizar, diminuindo os custos de gerência do Estado e gerando receita a ser usada para pagar a dívida e conseqüentemente a médio prazo cada vez menos custos com a rolagem dos juros da dívida.A venda de várias estatais cabide de empregos e de imóveis do governo que não são usados podem amortecer grande parte da dívida e a curto prazo o custo com os juros da dívida (ver o vídeo ao final com a entrevista dele na globonews)

Terceiro ponto é simplificar a arrecadação com no máximo 3 ou 4 impostos e não os impostos em cascata que o país paga. Quanto mais alto um governo cobra de impostos, menos ele arrecada como foi mostrado de forma clara e irrefutável na curva de Laffer: se o governo cobra 90% a 100% de imposto as pessoas preferem morrer à trabalhar para dar tudo que produzem para o governo, enquanto que se o valor fica entorno de 15%, 20% (o limite seria 33% quando a curva de arrecadação começa a cair) a maioria aceita contribuir e dessa forma a arrecadação é mais eficiente (vale aqui lembrar que saídas defendidas por Ciro Gomes e Piketty como taxar grandes fortunas ou taxar o lucro das grandes empresas não funcionam na prática, pois em um mercado globalizado esses agentes em um cenário assim simplesmente deixam de investir no país ou transferem cidadania para outro país com impostos mais amigáveis, então é utopia, furada).

Melhorando a arrecadação o governo bota mais dinheiro em caixa, mas ainda tem aqueles dois problemas iniciais que abordei (luxos/privilégios e corrupção) para resolver, pois ele precisa gerir o melhor possível o dinheiro que entra para depois fazer uma escolha importante que abordarei ao final do texto.

Muito se debate sobre o tamanho da máquina (estatal) mas o ponto central é que a compreensão geral do brasileiro sobre "trabalhar para o Estado" está errada. A maioria enxerga o funcionalismo público como a solução financeira da vida buscando um cargo público não por dom ou talento, mas simplesmente porque paga bem e traz estabilidade, só que isso em um Estado produtivo de verdade não existe; o funcionário que trabalha para o Estado deveria servir ao Estado e não se servir do Estado, Estado não é lugar para ninguém enriquecer, Estado não é para garantir estabilidade de emprego mas sim atrair aqueles que já possuem uma vida financeira estável e dom para aquela determinada tarefa como por exemplo ocorre no parlamento sueco sem regalias.

É surreal que existam vereadores no Brasil com a remuneração que possuem, surreal que exista 15º salário e tamanha verba de gabinete e auxílios financeiros adicionais, bem como que o funcionalismo público ganhe salários superiores aos da iniciativa privada. Enquanto os salários do funcionalismo público não forem indexados aos da iniciativa privada e dentro das carreiras do funcionalismo público não houver um limite claro (por exemplo, o maior cargo pode ganhar no máximo 10 salários mínimos ou 10 vezes o valor do salário inicial/mínimo para quem entra no funcionalismo público) enquanto não houver isso a farra vai continuar (e pra mudar isso é necessário fazer uma Constituinte).

Outro ponto importante é que existe um número de cargos públicos e de confiança que precisam ser cortados (os famosos aspones) isso sem falar em cortar metade do numero de deputados, senadores e vereadores (já há várias pecs nesse sentido, uma inclusive famosa do falecido Clodovil) permitindo que inclusive parte desses recursos economizados seja usada para melhorar as condições dos serviços públicos.

Por fim falta a principal medida: combater a corrupção. De nada adianta arrecadar mais, cortar os luxos/privilégios se os agentes públicos e políticos desviam dinheiro. Sem dúvida há uma corrupção sistêmica no país e muito disso é decorrente do aparelhamento do Estado desde o nível municipal até o federal: sindicatos, filhos de pessoas influentes, parentes de políticos, todo mundo consegue uma boquinha em algum cargo ou secretaria. Diminuir apenas salários não vai coibir a corrupção nesses casos, pois há as verbas de orçamento, superfaturamento de obras então somente duas saídas radicais podem resolver o problema: vedação total a qualquer parente de político eleito ou parente de pessoa concursada de trabalhar para o Estado e em segundo lugar quem trabalhar para o Estado precisa estar em um regime tributário diferenciado: sigilo bancário totalmente aberto para os órgãos de investigação enquanto for funcionário do Estado e vedação total a qualquer ente do Estado (eleito ou concursado) de possuir dinheiro seu ou de familiar depositado no exterior, seja em offshore, empresa ou qualquer tipo de negócio.

Tais medidas visam obviamente permitir que somente os honestos e que não querem se servir financeiramente do Estado procurem trabalhar para o Estado. Regiões como o nordeste onde o coronelismo na política é profundamente enraizado rapidamente expurgariam o problema da corrupção. A estrutura fabulosa da receita federal que já existe e funciona muito bem conseguiria fiscalizar isso tranquilamente.

E qual a escolha que o governo precisa fazer agora? A escolha é o tamanho do Estado de bem estar social, ou seja, quais serviços serão públicos (não gratuitos, pois foram pagos pelo povo na forma de impostos, não existe almoço grátis). No caso do Brasil quanto mais rápido conseguir pagar a dívida toda, mais rapidamente terá maiores condições de investimentos vindos do exterior e também de maior dinheiro para investir em infra estrutura, então acredito que o caminho seria diminuir um pouco o valor destinado a serviços públicos e mesmo assim teríamos um serviço público melhor, pois o dinheiro seria investido de forma mais eficiente e além disso o cidadão teria mais dinheiro no bolso por pagar menos impostos e poderia eventualmente recorrer a serviços privados em lugares ou épocas que o serviço público não conseguisse suprir a demanda.

Acredito também que no orçamento deveria ser investido maior volume de recursos para a educação, por vários motivos. Primeiramente o escola sem partido e escolas militares para áreas violentas, pois é preciso quebrar a ação do tráfico sobre as crianças, bem como a ação do marxismo cultural. E isso é um trabalho de médio e longo prazo que precisa ser feito. Além disso um país com pessoas mais preparadas intelectualmente permite que sejam mais autônomas para planejar a vida econômica, oferecer uma mão de obra melhor para o país.

Não adianta pensar em impulsionar o empreendedorismo se não tivermos pessoas capacitadas pra isso, por isso a educação é fundamental e merece maiores recursos. O mesmo vale para a saúde (criar uma carreira para o médico facilitando melhores condições de medicina em pequenas cidades) e segurança (valorizar a carreira do policial, dar boas condições e segurança jurídica para sua atuação, em especial o fortalecimento da policia militar)

COMO FAZER POLITICAMENTE TUDO ISSO

Agora vem o ponto principal: como colocar tantas mudanças em prática?  Acredito que temos 3 pilares fundamentais para que tudo isso possa ser feito. Primeiro de tudo é mudar o sistema de eleição, que precisa ser distrital misto. Isso impede que puxadores de voto e partidos escolham os representantes do povo e que o povo realmente escolha quem vai ser o seu representante no Congresso. Isso facilita que não apenas o povo possa eleger um presidente sintonizado com essas pautas descritas no texto como também parlamentares igualmente sintonizados.

O segundo passo é uma constituinte mudando vários princípios constitucionais que permitam a implementação dessas medidas. O terceiro ponto ou pilar é acabar com a quarta instância, deixando a justiça com apenas 3 instâncias e com súmulas vinculantes como regra clara para os julgamentos, deixando que a suprema corte apenas debata e discuta sobre alguma súmula que precise ser alterada em caso de algum acontecimento relevante que motive a mudança. Teríamos uma justiça muito mais próxima do que é nos EUA hoje, na qual não existe muita interpretação da lei, lei clara, a pessoa sabe que se faz algo é condenada e rapidamente vai cumprir a pena, sem o excesso de recursos protelatórios e penduricalhos jurídicos que existe hoje.  Leis mais rígidas contra a corrupção, lei que permita presos construindo presídios seriam mais algumas mudanças que ajudariam a combater a questão da corrupção, da impunidade e da morosidade do sistema jurídico brasileiro, além é claro da manutenção da prisão em segunda instância.

Muitos desses temas já foram abordados no livro "Brasil o Lírio das Américas" de 2014 com o valioso auxílio da equipe do guardião Jeremias e acredito que constituem um caminho possível para as necessárias mudanças que o país precisa realizar.

Entrevista Paulo Guedes:





Previsões cumpridas desde 2014 sobre a transformação do Brasil:




Como adquirir os livros (clique na imagem abaixo):




14 de dez. de 2016

Dr. Estranho - Os Elementos Espirituais e Significados Ocultos do Filme mais Iniciático da Marvel

Doutor Estranho forma pensamento

Plano astral, formas pensamento, projeção astral entre outros assuntos estão presentes de forma abundante no filme mais espiritualista da Marvel. As próximas linhas desvelarão não apenas vários significados e spoilers do filme, mas outra questão interessante: qual a razão para entender e estudar os simbolismos e arquétipos que envolvem os estudos iniciáticos (Astrologia, Cabala, Visualização entre outros) e o que compõe a essência do poder criativo utilizado na magia.

Um dos temas mais recorrentes do filme é a utilização de formas pensamento, ponto fundamental no estudo da magia, baseada no exercício da visualização e, sobretudo da vontade. Sobre esse tema específico trouxe dois textos recentes sobre o terma:

Formas pensamento: uma prévia para o filme do Dr.Estranho:

Apometria e suas criações mentais: tecnologias do astral:

Mas vamos ao que interessa: elementos espirituais e significados ocultos do filme. O tema central do filme, baseado na jornada do Dr. Strange é que o sofrimento motiva a busca pelo conhecimento e espiritualidade e que é somente através do conhecimento da realidade espiritual que é possível verdadeiramente vencer o sofrimento. A mensagem apesar de evidente no filme, ao mostrar um arrogante e genial médico preso às preocupações (leia-se ilusões) da matéria como luxo (coleção de relógios, o carro último modelo que capota) e o gosto pela posição social são demolidos quando ele perde o seu principal instrumento de trabalho ao ter as mãos dilaceradas tirando tudo o que ele tinha (fisicamente) em um piscar de olhos. Infelizmente a maioria só busca a espiritualidade em situações semelhantes (morte de alguém, doença, mazelas financeiras, etc).

A cena que ele tem o seu último relógio (vendeu todos após o acidente) quebrado em uma tentativa de assalto mostra exatamente o começo da sua mudança, pois aquele relógio havia sido um presente da doutora Christine (um antigo affair e a pessoa que mais tentou ajudá-lo) e ao ver o relógio quebrado ele percebe que o seu egoísmo (ego do tamanho do Himalaia) havia quebrado uma das únicas coisas verdadeiras na vida de ilusão que ele levava até procurar “socorro espiritual”(ainda achando que algum mestre resolveria pra ele o que cabia tão somente a ele resolver internamente)

O Dr. “Egoistrange” chega então a um lugar chamado “Kamar Taj”. Taj significa coroa em sânscrito e “kamar” é um anagrama fácil de ser percebido para a palavra KARMA. Coroa é o chacra mais elevado do corpo astral, o chacra da consciência superior, ou seja, ali no templo quem entra é para despertar a consciência (através do conhecimento e muito trabalho duro) dos karmas (que significa “ação”, no sentido de atitudes) que praticou e juntou para si ao longo da vida.

Outro ponto que confirma essa dinâmica, mostrada no filme, do sofrimento como motivador da busca pelo conhecimento da espiritualidade é que o Dr Strange descobre a existência do “templo do karma” através de um paciente que se curou misteriosamente de uma paralisia na coluna. O nome do paciente é Pangborn que significa literalmente “nascido do sofrimento/agonia”. 

Curiosamente o caso dele havia sido rejeitado pelo Dr Strange. Essa passagem do filme é interessante, pois o início da cura (interior) do Dr Strange começa exatamente quando ele começa a lutar contra o seu principal defeito (a arrogância) ao adquirir uma postura humilde de pedir ajuda, reconhecendo em outra pessoa alguém mais capacitado do que ele para resolver aquele problema. Em todas as jornadas e caminhos de ascensão a luta contra a fera (os demônios interiores) ou numa linguagem espírita “a busca pela reforma íntima” é ponto fundamental no processo de despertar interior (normalmente pela via dolorosa das provações ou como Jeremias gosta de dizer, pelo “desperta-dor” tocando bem alto)

Há vários outros anagramas e significados ocultos nos nomes dos outros personagens. Kaecilius que antagoniza com o Dr Strange é uma referência a cobra cega com os olhos atrofiados conhecida como Caecilia, sendo que a cobra é um simbolismo clássico da energia kundalini, ou seja, o uso cego e errôneo dessa energia representada pela cobra. Não à toa os olhos do personagem são envoltos por feridas enegrecidas (quem tiver o livro "Brasil: Ordem em Progresso pesquise as páginas 90 e 91).   

O vilão poderoso do filme é Dormammu que representa a entidade que controla o astral inferior, a maldade que busca dominar o mundo, a raiva, a ira (a criatura destrói de todas as formas possíveis o Dr. Strange enquanto ambos estão em um looping temporal criado pela magia do olho de Agamoto). Ocorre que o nome do personagem é em si um anagrama para explicar que essa maldade ou lado sombra é algo presente no próprio homem: Dormammu é dor (se fala “door” ou porta) + ummam (anagrama que se pronuncia “human” ou humano). Superar essa porta ou portal, o portal que todo o ser humano possui e leva aos seus instintos mais primitivos é o grande desafio do karma, da reforma interior: vencer o sofrimento através da busca do conhecimento interior, do conhecimento da própria espiritualidade, da essência em constante evolução domando os impulsos inferiores.

Se o Dr, Strange mostra um pouco dessa jornada de superação e iluminação, o mesmo não se pode dizer do personagem Mordo (que o ajuda em boa parte do filme). Mordo tem exatamente as primeiras letras de Dormammu e seu nome contém tanto as palavras “door” (portal) como “doom”(desgraça), exatamente o que ocorre ao final do filme no segundo extra após os créditos.

Doutor Estranho projeção astral

Dentro do “templo do karma” o Dr. Strange vivencia nas suas primeiras experiências com A Anciã, dois tipos de viagem: uma viagem astral e uma viagem mental, ou em uma linguagem mais usual, uma projeção ao plano astral e uma projeção ao plano mental inferior. Na primeira ela dá um soco espalmado no chacra cardíaco, fazendo com que o corpo astral do Dr Strange saia do corpo físico e ele conscientemente se enxergue na dimensão astral. Como o corpo astral é usualmente associado ao campo das emoções, a associação com o chacra cardíaco como ativador da projeção astral é um simbolismo bem simples que o filme buscou transmitir.

Já a segunda projeção ocorre no plano mental inferior (maiores informações sobre esse tema no livro “Brasil o Lírio das Américas”) quando o Dr Strange inicia uma viagem psicodélica e consciente por suas próprias formas pensamento, imergindo no próprio inconsciente (exatamente quando enxerga várias mãos saindo do chão e nascendo da própria mão, pois era o pensamento mais recorrente do seu inconsciente irradiando por todo o seu campo mental)

Doutor Estranho projeção mental

Os portais que são criados pelos personagens em movimento circulares horários e antihorários são claras referências a fisiologia dos chacras que significa, literalmente, “rodas que giram”. Aqui é importante ressaltar que os acontecimentos mostrados no filme como ocorridos no plano físico ocorrem, na verdade, no plano astral intermediário (a contrapartida astral que interpenetra o plano físico) e isso é perfeitamente compreensível pela licença poética da obra (que é de ficção), já que seria complicado mostrar e explicar de forma fácil para o espectador as duas realidades coexistindo ao mesmo tempo, além do que a idéia principal da história é realmente superdimensionar o que acontece no plano astral intermediário como afetando diretamente e ostensivamente o plano físico. 

Na verdade o filme mostra o plano astral como uma coisa só, como o “outro lado” do plano físico sem entrar em detalhes de “plano astral intermediário”, “plano astral inferior” (quando o Dr Strange vai até o portal que o leva a Dormammu que no filme representa o acesso a fonte de vida física eterna, uma clara representação do materialismo, da busca pela eternidade do corpo físico quando na verdade a eternidade é do espírito. Vale ressaltar que existem muitos acordos entre encarnados com entidades trevosas que fornecem ectoplasma e outras formas artificiais de prolongamento da vida no corpo físico é nesse sentido que o filme aborda a ilusão da busca pela vida física eterna)

Um ponto interessante do filme é quando A Anciã está prestes a desencarnar e sai, conscientemente do corpo físico, encontrando o Dr Strange também projetado no plano astral. A cena mostra a diferença de tempo entre os dois planos, com um helicóptero parado no ar enquanto um trovão lentamente espalha seu brilho em uma noite chuvosa. Ao mesmo tempo A Anciã reconhece o erro que cometeu ao buscar perpetuar a sua vida física, ainda que o motivo fosse nobre: ensinar uma sabedoria antiga aos alunos do “templo do karma”. Vale ressaltar, fazendo uma ligação com o mundo espiritual, de que tal artifício é semelhante ao uso de agêneres para que espíritos se manifestem fisicamente sem um corpo físico gerado, um artifício semelhante e fora dos padrões comuns da manifestação física que é pela via da encarnação e, mesmo assim, tal utilização pode ocorrer tanto por espíritos de baixa evolução como de evolução moral superior, como foi o clássico caso de Saint Germain (o filme cita inclusive o livro de Cagliostro, homem que existiu e que conheceu pessoalmente Saint Germain, tendo também estudado os mistérios da fonte da juventude física só que utilizado tais conhecimentos, ao contrário de Saint Germain, para fins pouco edificantes)

Outro ponto interessante do filme é o início do treinamento (de visualização e criação de formas pensamento) do Dr Strange com A Anciã. As formas pensamento ou criações mentais são chamadas de “feitiços”, “programação mental” (programar a realidade tal qual um computador realiza suas tarefas após receber um programa) ou simplesmente “magia”. Essa definição de magia (ação da mente, criando a partir da vontade pessoal formas mentais com o objetivo de agir na realidade, como por exemplo, criar armas a partir de formas pensamento) ficou simples e exata, assim como as cenas que mostram os alunos do templo fazendo exercícios de visualização, descobrindo que é somente a vontade interior que pode realizar tais criações (o exemplo do velhinho sem mão criando uma bela forma pensamento e o Dr Strange tendo que sair de um monte gelado criando pela primeira vez um portal mostram bem essa dinâmica, de que o pensamento direcionado pela vontade está acima de impedimentos físicos). O tema (magia e criações mentais) é vastamente abordado no livro “Brasil: Ordem em Progresso” como um prelúdio do material ainda mais amplo que virá na saga atlante

Doutor Estranho visualização mental e formas pensamento, magia, criações mentais

O filme também aborda todas as 7 leis do Hermetismo, algumas muito fáceis de serem percebidas, como por exemplo quando A Anciã explica que a ação da mente sobre as células pode curar um distúrbio físico ocasionado por algum problema das células ou órgão (lei do mentalismo) ou na bela definição da lei do ritmo, quando A Anciã explica que para controlar é preciso se entregar (ao fluxo), sendo impossível controlar um rio, mas sim utilizar o curso do rio para ir ao ponto que se deseja chegar. É uma bela definição que explica em boa parte o que a humanidade vivencia em seus ciclos, seja a nível coletivo ou pessoal, sobretudo em um grande ciclo de Saturno (36 anos a partir de 2017) mostrando exatamente os limites, a necessidade de disciplina, foco e realismo: um homem não pode controlar o curso de um rio, mas pode aproveitar tudo que esse curso de água traz ou leva a partir do momento que entende como ele funciona, que é mais fácil construir uma canoa ou ter um barco motorizado do que fazer um aterro ou barragem, aprendendo a utilizar a força do rio ao invés de tentar controlá-la

Uma informação interessante sobre A Anciã é fornecida no filme: ela é uma antiga celta. Na batalha final (na qual ela é ferida mortalmente) ela cria com pedaços do chão uma estrutura idêntica a um famoso símbolo celta: o nó celta  

Doutor Estranho simbolismo celta Anciã


A RAZÃO PRÁTICA PARA ESTUDAR CIÊNCIAS OCULTAS

Mas após toda essa análise interpretativa fica uma questão: qual a razão para entender e estudar os simbolismos e arquétipos que envolvem os estudos iniciáticos (Astrologia,Cabala, Visualização entre outros, componentes do poder criativo e autoconhecimento utilizado na magia)?

Curiosamente a própria pergunta e o próprio texto trazem a resposta: o motivo principal é que no conhecimento, entendimento e maior percepção da essência espiritual e da realidade além da matéria está a chave para vencer o sofrimento, através do aprendizado das regras que regem o mundo físico (karma, vida espiritual, ação do pensamento, das emoções, da vontade) e como "navegar" de forma mais adequada nesse fluxo que rege o fluir da vida para um destino mais feliz, destino esse que representa a eternidade.

Símbolos e arquétipos, como os existentes na Astrologia, na Cabala, nos Arcanos Maiores (amplamente estudados aqui no blog) são ferramentas, metáforas que buscam mostrar, através de determinadas representações (planetas, casas astrológicas, signos, sefiras ou cartas) significados profundos da essência humana (questões comportamentais, assuntos principais, dúvidas existenciais) na busca por conhecer e entender melhor o ser humano, simplificando as questões de comportamento e assuntos principais da vida humana na forma de símbolos e arquétipos que decodifiquem, traduzam essas questões e assuntos, colaborando no processo de autoconhecimento. 

Sendo assim, em última análise, quem aprende, por exemplo, a entender os símbolos e arquétipos de Astrologia (uma das muitas ferramentas presente no estudo iniciático) aprende a “traduzir” para o profano ou para o neófito um texto simbólico (no caso o mapa ou disco) para que o profano ou o neófito entendam o que os planetas, signos e casas de um mapa estão “dizendo”. Entender essa e outras ciências ocultas é desvelar questões existenciais, potenciais e provações, a nível pessoal e coletivo codificadas em uma linguagem, em um “idioma” que se aprende exatamente no estudo iniciático.

O mesmo equivale aos aspectos da magia: entender como funcionam fluxos de energia, as regras que regem outros planos, como canalizar a vontade pessoal, o poder criativo, conjugar e equilibrar o mental e emocional, tudo isso para, a nível prático, mudar a realidade física, a influência sobre o mundo físico a partir de ações conscientes no astral e no mental (tema vastamente abordado no livro “Brasil: Ordem em Progresso”). Eis a importância e o objetivo de se estudar as ciências ocultas.

Vamos a um exemplo prático? O tema muito em voga nesse final de ano é o grande ciclo de Saturno que está chegando em 2017 (tema que eu já abordei no blog lá em janeiro de 2011, quem quiser pesquise no arquivo). Porque afinal eu vou querer entender esse negócio de “grande ciclo de Saturno”? A resposta é porque o simbolismo de Saturno e sua ação como arquétipo já é bem estudada há milênios, a nível pessoal e coletivo (desde a mitologia de Cronos dos antigos gregos e romanos, mitos que regem, por exemplo, os dias da semana até hoje, observem que “Saturday” é o “Saturn Day” só para ficar em um exemplo de um idioma).

O estudo da ação do arquétipo de Saturno nos signos e casas astrológicas remonta a Antiguidade e exatamente por isso é fácil “traduzir” (para quem conhece o idioma Astrologia) Saturno em signo tal, casa tal ou um grande ciclo de Saturno. Como também já mencionei anteriormente, esse grande ciclo ocorre a cada 252 anos, período que na última vez que aconteceu coincidiu com a revolução americana e francesa. Entender esses significados é compreender o “fluxo” dos próximos 36 anos já que Saturno será o regente maior desse período, entendendo que o “fluxo” de Saturno não é um palco colorido cheio de artistas e extravagâncias (a la anos 80) como foi o ciclo solar (1981-2016), mas sim um quartel com um sargento bem exigente, disciplinador que terá prazer em tirar o máximo dos recrutas com grandes desafios para transformá-los em soldados (2017-2052). Entendido isso não adianta o “recruta” querer colocar o quartel abaixo com saudade das artes e prazeres descontrolados do grande ciclo solar, pois o grande ciclo de Saturno ou esse fluxo do rio vai disciplinar o “recruta” quer ele queira quer não. 

Saturno representa o limite, superação de barreiras e do medo, desenvolvimento através do esforço e persistência, o resgate kármico, o aprendizado através do desapego e da destruição de situações que precisam ser renovadas. Saturno é a foice que ceifa a terra, por isso que simbolicamente representa processos revolucionários (assim como o arcano da morte, que regeu o Brasil de setembro de 2015 a setembro de 2016, estudo já apresentado aqui no blog também) que exigem determinação e sacrifício (o sagrado ofício para despertar a virtude de não sofrer com o dever a ser cumprido, pois se a dor é inevitável o sofrimento é opcional).

Tal ação será sentida por todas as pessoas, não apenas por pessoas do signo “A” ou “B”, ainda que as pessoas com o elemento fogo predominante no mapa (signo solar ou com 5 ou mais astros nos signos de fogo que são Leão, Sagitário e Áries) tendam a sentir um pouco mais o ciclo, pois o fogo quer brilhar, expandir, soltar labaredas incontroláveis por todos os lados, enquanto que Saturno vem com a foice de chumbo e joga terra em cima. 

O signo de fogo é como o recruta alegre e artístico que entra no quartel querendo festa, liberdade, agitos, fortes emoções e terá que lidar com o sargento ranzinza e disciplinador e toda a estrutura rígida (saturnina) do quartel. 

Isso não significa que as pessoas devem deixar a alegria de lado ou serem ranzinzas, pelo contrário, o maior êxito nas questões de Saturno é exatamente aprender a ter alegria na realização da tarefa, da prova, tanto que Saturno apesar de valorizar muito o trabalho e esforço pesado também valoriza (e exatamente por tamanho esforço) o merecido descanso ou lazer (obviamente controlado a determinados períodos), exatamente como ocorrida na Antiguidade, quando o dia de descanso dos romanos (sábado) recebeu o nome de “dia de Saturno”, mas para merecer esse dia é preciso ralar com a foice os outros 6 dias.... 

A casa na qual Saturno estiver é o assunto/área da vida que a pessoa precisa mais trabalhar, se superar, vencer medos e na qual será mais cobrada nesse grande ciclo, já o signo que Saturno estiver no mapa mostra como a pessoa deve trabalhar esses desafios (há textos no blog sobre isso, assim como um bom estudo do mapa natal ajuda a analisar essas questões)

O assunto dos ciclos e da interligação entre Astrologia e Cabala foi abordada nos dois textos a seguir, serve como aprofundamento para entendermos maiores significados desses posicionamentos:

Grande ciclo de Saturno:

Ligação entre Astrologia e Cabala:

Se você leu os dois links acima, então você vai entender, agora, como a tabela dos ciclos maiores (36 anos) e menores (anual) foi montada. E se leu o segundo link com atenção (em especial a parte da kamea solar) já sabe por que o ciclo é de 36 anos....

Os ciclos maiores estão baseados nos arquétipos da mitologia grega. Se observarmos os dias da semana, cada um deles foi dedicado pelas antigas civilizações à uma divindade (que por sua vezes representa um arquétipo), porém os ciclos maiores seguem uma ordem inversa aos dias da semana:

DIAS DA SEMANA

Domingo – Apolo (Sol)
Segunda – Artemis (Lua)
Terça – Ares (Marte)
Quarta – Hermes (Mercúrio)
Quinta – Zeus (Júpiter)
Sexta – Afrodite (Vênus)
Sábado – Cronos (Saturno)


CICLOS MAIORES DE 36 ANOS

Saturno (2017-2052)
Vênus (2053-2088)
Júpiter (2089-2124)
Mercúrio (1873-1908)
Marte (1909-1944)
Lua (1945-1980)
Sol (1981-2016)

A explicação para essa inversão (ciclos maiores no sentido contrário da ordem dos dias da semana) é que o simbolismo dos ciclos maiores não está ligado aos dias da semana (e suas respectivas divindades arquetípicas), mas sim à própria mitologia das divindades: Cronos ainda jovem castrou com sua foice o seu pai, Urano. A partir dos restos castrados que caíram na água, surgiu Afrodite. Somente depois disso é que Cronos teve o seu filho Zeus, que por sua vez deu origem aos outros deuses: Hermes, Ares, Artemis e Apolo. Ou seja, os ciclos maiores contam a história mitológica dos deuses gregos a partir de Cronos (Saturno) na construção do Monte Olimpo que arquetipicamente representa o sistema solar e na Astrologia o disco zodiacal tendo a Terra como centro no lugar do Sol

Já os ciclos menores respeitam a ordem decrescente, a partir de Saturno, dos astros com maior órbita. Temos, portanto:

Saturno – 29,5 anos
Júpiter – 12 anos
Marte – 2 anos
Sol – 1 ano (movimento aparente em relação à Terra, durante a translação, pois a Terra é o centro do disco zodiacal)
Vênus – 7 meses e meio 
Mercúrio – 88 dias
Lua – 29 dias

Os ciclos maiores simbolicamente representam a criação dos deuses, arquétipos dos astros e exatamente por isso sua ordem obedece o surgimento do primeiro entre os 7 astros/divindades/arquétipos conhecidos pela Astrologia no passado. A partir do surgimento dos 7 astros se estabeleceu a primazia daquele com a maior órbita até a menor órbita para identificar o fluir dos ciclos menores. Assim está explicada a tabela abaixo e porque teremos em 2017 um ano regido duplamente por Saturno, sem nada haver com Vênus ou outros astros na regência, bem como tal regência no arquétipo dos orixás está identificada com Omulu/Obaluaye e não com Oxóssi ou qualquer outro orixá regendo ou apontando o fluxo principal do próximo ano.  

Tabela grande ciclo de Saturno 36 anos 2017


ENCARNAÇÕES PASSADAS, MAGOS NEGROS E OS GUARDIÕES

Que o filme do Dr. Estranho e esse texto possam contribuir na expansão desses estudos fascinantes do ocultismo. Quem realmente deseja se conhecer, conhecer sua missão de vida, investir verdadeiramente em autoconhecimento sobre seus potenciais e limites e assim entender e melhor trabalhar suas próprias questões kármicas vai encontrar no estudo e compreensão dos simbolismos e arquétipos das ciências ocultas essas respostas (e na minha opinião, especialmente e essencialmente pela Astrologia). Esse é o verdadeiro caminho da magia, do desenvolvimento magístico. Sobre esse tema há um texto interessante na fanpage que responde em parte essa pergunta:

“Pergunta: Como saber se alguém da sua convivência ou mesmo vc já foi um Mago Negro? Tem como se ter essa informação? Há algumas pessoas que dizem que foram e não são. Outras dizem não ser e são... Tem muito animismo e fantasia.... Seria isso impossível de se saber?”

Texto completo com a resposta:

E por fim, finalizando e voltando ao tema principal que é a análise do filme: o Dr Strange, A Anciã e alguns outros membros do “templo do karma” são GUARDIÕES buscando defender a ordem e o equilíbrio entre o mundo físico e astral. Sobre esse tema vale a leitura do texto a seguir que explica o que faz um guardião e o que é necessário para ser um guardião:

Como ser um guardião:

Como sempre relembra o amigo guardião Jeremias, antes de querer mexer o caldeirão é preciso aprender a acender o fogo. Para conhecer as profecias cumpridas e adquirir os livros lançados até o momento:




12 de out. de 2016

(Especial Xadrez Mundial Parte I de III) O "Game of Thrones" no Brasil até 2018 - O Fim Definitivo do Marxismo - O Pensamento Liberal e como será a Política Social da Era de Regeneração

Brasil o Lírio das Américas



Nessa série de três textos apresentarei o panorama nacional e mundial do xadrez político que envolve o embate entre esquerda e direita e os chamados “projetos transnacionais” de poder na busca pela hegemonia mundial. Existe realmente uma “nova ordem mundial” ou essa ordem atual já existe há várias décadas? Há um plano mundial que una os principais e mais poderosos grupos do planeta ou temos, na verdade, uma disputa acirrada entre esses grupos pela hegemonia mundial? Você sabe realmente o que é esquerda e o que é direita? Sabe diferenciar um social democrata de um marxista ou acha que PSDB e PT são a mesma ideologia política ou ainda que os democratas dos EUA são os “petistas americanos”? Você acredita que realmente alguns homens poderosos estão a serviço apenas de suas causas políticas e ideológicas de seus “grupos globalistas” e não colocam suas aspirações e megalomanias pessoais acima do interesse desses grupos (leia-se Donald Trump que pouco se importa com os interesses republicanos mas sim com as próprias aspirações pessoais de poder absoluto)?

Prepare-se para entender, verdadeiramente, como está sendo desenhado o xadrez mundial, o gérmen para a Terceira Guerra há tanto profetizada,  analisada nesse blog e amplamente nos livros “A Bíblia no 3º Milênio” e “Armagedoom 2036”. Compreenderemos nesse primeiro texto a realidade brasileira nesse contexto e nos dois textos seguintes o cenário a nível mundial, detalhando o que é verdadeiro e o que é teoria da conspiração sem base lógica alguma, entendendo de forma ainda mais abrangente o cenário profético e a importância da região da América do Sul, para compreendermos como a profecia sobre o fim do populismo na região, feita de forma inédita aqui no blog e no livro “Brasil o Lírio das Américas” desde 2014 quando ninguém acreditava que isso fosse possível, está inserida nesse cenário estratégico mundial.


O Parlamentarismo e o PMDB   


Sobre o “Game of Thrones” peemedebista:


Independente das brigas internas do PMDB é bem provável que o partido se una em uma questão: aprovar o parlamentarismo (no modelo francês que é praticamente um semi-presidencialismo, mas com maior força para o parlamento e maior facilidade de derrubar um primeiro ministro), pois como o partido é muito forte no parlamento e deseja se prevenir de uma nova investida da esquerda marxista (leia-se PT) na busca pela hegemonia política é muito provável que tenhamos, já a partir do pleito de 2018, o sistema parlamentarista do modelo francês, mais tardar em 2022.

Como mencionei ao final do texto, existe a profecia feita lá em janeiro de 2014 falando sobre "novo até 2018" e com uma mudança entre 2014 e 2018 (no caso o impeachment) dessa maneira eu não vejo nenhuma das velhas raposas ou políticos mais antigos assumindo a presidência em 2018 ou o cargo de primeiro ministro (no caso de já termos o regime parlamentarista), acredito que teremos a ascensão de figuras mais jovens (como foi o caso do próprio Rodrigo Maia na presidência da Câmara) e do espectro de centro-direita ou liberal (no caso o filho do Bolsonaro), não acredito que um candidato ligado tanto a extrema-esquerda (psol, pt , pc do B e adjacências) nem da direita mais conservadora e menos liberal (como é o caso da bancada evangélica) emplaquem um presidente, alias, como já foi falado e reiterado várias vezes, o marxismo não elegerá nunca mais um candidato a presidência, isso é informação confirmada e trazida várias vezes pelos amigos guardiões Anik e Jeremias, portanto não há menor chance do pt ou ex petista ser presidente, isso eu posso garantir.

Quanto ao Caiado, que reitero, não é o homem do cavalo branco (quem leu o Brasil o Lírio das Américas sabe que essa figura profética é um militar e não um político) é importante falar algumas questões quanto ao posicionamento ideológico dele (que sempre foi de liberal centro-direita) para explicar inclusive algumas questões sobre o próprio conservadorismo ou a direita em si.


Marxismo cultural – A falácia gramscista

Primeiro de tudo é que o marxismo vende a direita como os "reacionários" como aqueles que desejam conservar as desigualdades, aqueles que só pensam no mercado e não pensam nos direitos sociais, mentiras deslavadas de gente que ainda tenta vender a idéia de que "socialista é quem se preocupa com o social" a idéia mais mentirosa que qualquer pessoa pode constatar após ler o Manifesto Comunista de 1848 (falácia dissecada no livro “Brasil:Ordem em Progresso”).

É importante ressaltar que o marxismo e especialmente os mecanismos de doutrinação ideológica gramsciana (dos quais um exemplo é o filósofo que se faz de isentão, mas é vermelho até a ultima raiz de cabelo, o Leandro Komunal) procuram definições rasteiras para seus adversários, tanto da direita como os sociais democratas, buscando utilizar malandramente o significado das palavras com significados que eles não possuem, como no caso acima citado para definir o que é um conservador (supostamente alguém que deseja conservar desigualdades).

Ora, quem pode definir o que é um socialista e o socialismo é Marx e demais expoentes que o colocaram em prática, como os russos da Revolução Russa, é assim que saberemos na prática e na teoria o que é o socialismo, bem longe da idéia de social democracia que alguns marxistas disfarçados de sociais democratas tentam vender. Para quem não sabe, os sociais democratas ou “fabianos” surgiram para defender o fim da luta de classes e a criação do Welfare State, idéia totalmente oposta ao que os marxistas pregam. Curiosamente somente um pensador percebeu que a criação dos fabianos foi uma idéia da própria elite aristocrática conservadora inglesa (os direitistas e liberais ingleses) para dinamitar o marxismo na Europa: Leon Trotsky. Então, pra começar, marxismo não tem nada haver com social democracia/fabianos, sendo assim a interpretação estratégica que PT e PSDB são duas faces da mesma moeda é um erro (alias o PSDB também surgiu da aristocracia paulistana que percebeu que em um país dominado pelo sonho da esquerda seria preciso criar um partido de centro-esquerda, mais próximo dos liberais do que do marxismo petista-sindicalista-cubano). Indo ainda mais longe, os sociais democratas ou fabianos representam os democratas nos EUA, ou seja, falar que democratas são petistas é o mesmo que dizer que um tucano é petista (o tema é abordado nas páginas 82 a 87 no livro “Brasil: Ordem em Progresso” que reproduzirei nessa série de três textos)     

Da mesma maneira, quem pode definir o que é direita, liberais ou conservadores são os escritores de direita e não os marxistas, pois estes últimos sempre tentaram dentro da natural canalhice ideológica denegrir o pensamento de direita, liberal ou conservador.

Quem quer entender o pensamento liberal, conservador e suas nuances que compõe a chamada direita tem que ler Kirk, Scruton, Mises, Hayek e outros que definem o pensamento liberal, que analisam como ele foi colocado em prática.

Guardiões, guardioes, guardiões Brasil, guardioes Brasil


Dito isso, superando a visão tosca que a esquerda tenta vender pra os jovens das faculdades de humanas sobre o que seria a direita (sem sequer ter a ética de indicar livros sobre a direita escritos por gente de direita), precisamos entender o que, resumidamente, o pensamento conservador, liberal, de direita e suas nuances especialmente no Brasil que é o cenário que nos interessa.


Conservadores e liberais-conservadores – A questão da bancada evangélica

Primeiramente que independente do espectro de um direitista ou conservador (seja um conservador clássico ou um liberal-conservative) ambos serão sempre conservadores na política e na economia (e no caso dos liberais conservadores há diferença que estes crêem que não deve haver uma instituição política ou estatal ditando a moral das pessoas, o contrário, por exemplo, dos conservadores clássicos, que acreditam que a Igreja, a religião, tem um papel fundamental nesse controle, exatamente o espectro que existe na bancada evangélica).

Ser conservador na política não significa querer manter as desigualdades ou combater minorias, ser conservador na política é defender a Constituição, o respeito às leis, o respeito às Instituições, defendendo os mecanismos constitucionais legais, ou seja, que para se mudar uma lei é necessário cumprir os ritos legais (no caso do Brasil votação em dois turnos, nas duas casas, por maioria de 3 quintos), ser conservador na política é ser contra rupturas institucionais, ser contra o desrespeito as normas legais, é aceitar a palavra da lei e das instituições, o que não significa ser contra uma minoria, mas defender que em uma democracia é necessário que se respeite a opinião da maioria, inclusive para formular novas leis. Vários projetos de emenda a Constituição foram aprovados desde 1988, ou seja, as minorias buscam apoio popular e político e assim conseguem aprovar novas leis e maiores direitos é assim que um conservador acredita que o processo legal deve ser pautado ( sobre isso vale a leitura que está no início do livro “Brasil:Ordem em Progresso” explicando as noções básicas sobre Estados, ordem e leis)  

Ser conservador na economia é buscar uma economia de livre mercado, sem a mão pesada do Estado, ser contrário a economia desenvolvimentista keynesiana (Mises explica isso muito bem na sua obra), que estimule a competição, juros menores para maior arrecadação do Estado (curva de Laffer), menos burocracia para abrir e fechar empresas, facilidade para contratar e demitir pessoas (salário mínimo por hora, como existe nos EUA e Japão).

Outro ponto fundamental na economia para os conservadores é o respeito à lei de responsabilidade fiscal, a idéia de que o governo deve buscar gastar dentro daquilo que arrecadou e buscar diminuir gradativamente os juros da dívida nacional.


Globalização – A Abertura do Mercado Brasileiro – Os Liberais tinham razão

Um exemplo clássico sobre essa questão de abertura de mercado e protecionismo foi a abertura do mercado brasileiro de automóveis e aqui a história vai ajudar a entender o que funcionou e o que não funcionou, pois além de muitas coisas o que define um conservador é se pautar por fatos e experiências ocorridas para analisar se essas deram certo ou não ao invés de simplesmente viver perseguindo uma utopia de base ideológica que, na prática, nunca deu certo em lugar nenhum do mundo, mesmo seguindo a risca a cartilha marxista do Manifesto Comunista, como foi no caso da revolução russa e da revolução morena de Fidel Castro, que fracassaram causando pobreza, fome e morte exatamente porque seguiram a cartilha de Marx no seu Manifesto Comunista, ainda que alguns comunas como Trotsky percebessem que o comunismo só daria certo se tivesse o apoio econômico de potencias econômicas, exatamente o que tentaram fazer na América do Sul (Brasil sustentando os países bolivarianos da América do Sul e Caribe através de negociatas com empreiteiras que lavariam o dinheiro no exterior e superfaturando obras, como no caso do porto de Mariel) .

Vamos ao fato:

Após assumir a presidência em 1990, Collor fez a abertura do parque automobilístico brasileiro. Na época havia apenas uma montadora e que construía carros que eram verdadeiras carroças, com muito menos itens do que os carros que eram construídos pela mesma montadora em outras partes do mundo. Como liberal que era (fã de Hayek), Collor resolveu abrir o mercado brasileiro para a concorrência, permitindo que após 25 anos tenhamos hoje mais de 40 montadores, centenas de modelos de carros e um mercado muito competitivo (o mesmo ocorreu na telefonia anos depois com as privatizações, a concorrência trouxe serviços mais baratos, eficientes. Se antes um telefone fixo custava um carro e havia fila de espera para comprar, hoje quase todo mundo tem um celular).

Na contramão dessa ação temos o famoso caso do governo Olívio Dutra no RS que ao assumir em 1999 desfez o acordo que o governador anterior, Antonio Britto, havia feito com duas montadoras que trariam mais de 90 mil empregos diretos e indiretos para a região. O motivo foi que Dutra alegou que os incentivos fiscais eram muito altos para o "grande capital" (certamente não entendia lhufas sobre a curva de Laffer) que traria "especulação financeira", ou seja, ele achava como todo bom marxista acha, que se a empresa tem muito dinheiro ela tem que pagar mais imposto ainda pro Estado, quando na verdade o verdadeiro ganho que as empresas dão para o Estado é gerar empregos, que geram produção, que geram impostos pro Estado sobre a produção, ou seja, mesmo com incentivos fiscais o Estado e as pessoas lucram mais quando grandes empresas ou o "grande capital" quer investir na Indústria do seu país (diferente de investir em especulação na Bolsa de Valores).

O resultado é que as montadoras foram para a Bahia que cobriu a proposta do governador Britto e o governo petista no Sul, como se diz aqui, tomou um tufo.

Na política brasileira, a direita ou conservadora (política e economia) está em partidos como o DEM (ex partido da frente liberal) e na bancada BBB (bíblia, bala e boi, ou seja, os evangélicos, os policias e militares e os parlamentares envolvidos com o agronegócio), sendo que no caso da bancada evangélica há o conservadorismo na questão social ou dos costumes, diferente do que ocorre nas outras bancadas, que são liberais nessas questões em grande medida.

Sendo assim, podemos definir, a grosso modo, a direita do país em conservadores como a bancada evangélica e liberal-conservatives ou liberais conservadores todos os demais parlamentares da direita, ainda que também existam conservadores na questão social ou dos costumes também na chamada bancada da bala. Além desses conservadores ou de direita, sobretudo no pensamento econômico, temos o ex presidente Collor e o partido novo (ainda que este não conte com representantes no Congresso)

Vejo Caiado como alguém que apesar de ter uma natural aproximação com a bancada BBB pelo seu trabalho em defesa do agronegócio e por ter um pensamento econômico e político conservador é alguém que não está atrelado à pauta conservadora a nível social (no caso a bancada evangélica e parte da bancada da bala), dessa forma o vejo muito mais como um conservador liberal, como Rodrigo Maia, do que um conservador "puro" como é o caso do Bolsonaro e em menor grau nessa questão do seu filho Eduardo.


Critério de voto e a Responsabilidade Fiscal da PEC 241

Como opção para as eleições presidenciais, eu acredito que cada um de nós terá o seu critério de escolha. O meu critério será basicamente dois: aquele que não tiver envolvimento com corrupção e aquele que não tiver envolvimento com partido de viés marxista (leia-se PT, PSOL, PC do B, REDE, PDT).

Se em um segundo turno eventual chegarem dois candidatos que tenham alguma suspeita de corrupção, ainda que não comprovada, certamente votarei no candidato que for oposto ao ideário marxista, pelo simples fato de que se ainda não for possível eleger o melhor que se eleja o menos pior, que mesmo assim já não irá comprometer a recuperação da economia apos anos de uma política econômica desenvolvimentistas keynesiana desastrada e de gastos excessivos com um Estado improdutivo, pois se ainda se gastasse para nomear mais policias e médicos por concurso, mas não, o gasto do "grande Estado" nesses últimos 13 anos foi encher cabide de emprego burocrático mesmo numa farra de quase 40 ministérios.

Sobre isso vale a pena ler algumas informações sobre a PEC 241 (“carinhosamente” chamada pelos pelegos marxistas de “PEC do fim do mundo”) que visa exatamente proporcionar um ajuste fiscal e as bases para uma proposta que equilibre os gastos da Previdência, diminuindo a diferença que existe entre a Previdência Privada e o INSS e limitando a farra dos benefícios e aposentadorias dos chamados “super salários” ligados a alta cúpula sobretudo do Judiciário. Eis os links para informações sobre o tema para que você caro leitor não seja contaminado pelo discurso falacioso da oposição petista:





Considerações Finais e as bases para a Era de Regeneração     

Eu espero sinceramente que esse longo texto tenha permitido que as pessoas compreendam algumas questões básicas sobre a direita, compreendam que a lenga-lenga de que a "virtude inquestionável" da solidariedade e do humanismo não pertence exclusivamente a esquerda e que muito menos o pensamento conservador é contrário ao humanismo ou a solidariedade, pois em verdade o que o conservadorismo entende é que está exatamente no trabalho e na geração de riqueza a chave para criar uma nação que possa proporcionar bem estar a sociedade, cabendo ao Estado fortalecer os valores democráticos, compromissos com menores gastos e maior eficiência e sobretudo a manutenção e fiscalização de leis cada vez mais eficientes que permitam cada vez mais a motivação a livre iniciativa, a produção, o trabalho pois é exatamente assim que haverá recursos, através de impostos (respeitado os limites da curva de Laiffer) para financiar os serviços essenciais como segurança, educação e saúde através de parcerias com a iniciativa privada, permitindo que pessoas com menos recursos tenham possibilidade de crescer economicamente e ao mesmo tempo ter acessos a serviços básicos, mas sempre tendo esse pensamento: de que não é o Estado que deve mantê-las, mas sim que elas devem buscar fortalecer a sociedade, enxergando o Estado não como um pai que cuida dos seus filhos indefesos mas sim um Estado que é simplesmente um ente que arbitra e direciona questões fundamentais, como um irmão mais velho que aconselha seus outros irmãos, já adultos e produtivos, a resolverem suas próprias questões. 

Quando as pessoas finalmente compreenderem essas questões, compreenderão que o caminho para um sistema econômico, político e filosófico para a Era de Regeneração vai muito além de valores de direita e esquerda, mas um sentido básico que une ambos na autodeterminação e livre iniciativa junto com a solidariedade, buscando sempre a valorização da liberdade e do trabalho e da criação de melhores condições a nível coletivo para que todos possam produzir e, sobretudo, queiram produzir.

Obviamente que para isso acontecer precisaremos ter cidadãos moralmente sintonizados com o respeito às leis e que rechacem veementemente a corrupção e exatamente por isso, por ainda estarmos em um mundo provacional é que precisamos de leis e disciplina (ordem) cada vez mais fortes com fiscalização e engajamento popular, o que explica as informações trazidas pelos guardiões que a preservação da democracia e a manutenção do processo de recuperação do Brasil passará por uma forte ação, dentro da democracia, do judiciário, militares e dos empreendedores do país no combate a corrupção e ao incentivo de uma sociedade mais produtiva e menos dependente ou refém do Estado.

O roteiro está acontecendo há quase 3 anos, o populismo está caindo vertiginosamente, governos marxistas caem um a um na América do Sul e ao mesmo tempo o pensamento mais liberal e que valoriza as leis, a ordem e a democracia vem ganhando força, tudo o que foi dito desde o começo de 2014 no blog e nos livros "Brasil o Lírio das Américas" e mais recentemente no livro "Brasil: Ordem em Progresso".

As mudanças estão acontecendo e prosseguirão, para que no alvorecer da década de 30, como dito no livro "Brasil o Lírio das Américas", o Brasil e a América do Sul sejam o celeiro e o farol de um novo mundo às portas do ápice da Transição Planetária.  

Pra entender melhor o que é esquerda e direita e como será construído esse "meio termo" entre ambos em uma sociedade moralmente mais equilibrada no futuro, aconselho que assistam ao vídeo abaixo:


Sobre os benefícios do livre mercado para os mais pobres, aconselho o vídeo abaixo que foi feito antes da eleição de Macri na Argentina (complementando o que o texto explicou e o que o vídeo anterior explicou):


A recente história da direita e da esquerda na América do Sul e os problemas não resolvidos: A ignorância sobre a história verdadeira da esquerda na América do Sul e a hipocrisia do marxismo. Soluções possíveis


E por fim, quem tiver lido todo o texto e visto todos os vídeos anteriores deste post, aconselho como complemento o vídeo a seguir e o texto que vai logo em seguida como maiores complementos:

O que é direita no Brasil - Debate com Pondé e Reinaldo Azevedo - O monopólio da virtude, a revolução cultural gramsciana em nome da causa, as falácias do pensamento marxista e a essência do pensamento marxista contrário a democracia e ao fortalecimento das instituições:


Porque a Suécia deixou de ser socialista e como a redução de Estado, o liberalismo de mercado e o incentivo a livre iniciativa alavancou o seu crescimento:


Tenho certeza que após ler esse texto, acessando todos os links aqui deixados e vendo todos esses vídeos você leitor terá ao menos uma noção sólida sobre o que realmente é a esquerda e o que realmente é a direita e, sobretudo a natureza de muitos problemas que, certamente, o marxismo não tem a menor possibilidade de resolver e que por isso está condenado ao ostracismo e a destruição.

Para adquirir os livros, ver a série de profecias cumpridas e saber os endereços das redes sociais, basta clicar no banner abaixo: