Vamos
entender os fatores determinantes que estão motivando o recente conflito no
Oriente Médio
Há
um universo de 1 bilhão e meio de pessoas no mundo islâmico
Sunitas
representam a maioria do mundo islâmico, entorno de 80%
Xiitas,
o segundo maior grupo, entorno de 20%
Irã
e Iraque são os dois países com maioria xiita.
Irã
- 95% xiita
Iraque
- 65% xiitas
Xiitas
e curdos foram perseguidos pelo regime de Sadam Hussein (que era um ditador
sunita em um país de maioria xiita)
Curdos
- totalizam 30 milhões (14 milhões na Turquia e o restante dos 16 milhões
espalhados pela Síria, Irã e Iraque)
Temos
ainda os wahabitas ou salafistas que são um ramo radicalizado fundamentalista
dentro dos sunitas que corresponde a 30 milhões de muçulmanos e a 25% da
população da Arábia Saudita. Sua ideologia radicalizada tem como alvos
principais os EUA e Israel. Dentro desse ramo radicalizado estão grupos como a
Al Qaeda e o Estado Islâmico, este último contando com o seu efetivo na Síria e
no Iraque.
É
importante compreender esse ponto, pois Al Qaeda e Estado Islâmico (ISIS)
chegaram a trabalhar de forma cooperada e depois se separaram devido a
divergências, em especial do objetivo principal do Estado Islâmico em formar um
território autônomo e posteriormente entraram em rota de colisão, muito devido
ao apoio do Irã e da Rússia ao regime sírio.
O
regime dos aiatolás através da guarda revolucionária iraniana começou a
financiar nos últimos dois anos a Al Qaeda para que retirassem o ISIS do Iraque
(devido a maioria da população iraquiana ser xiita) ao mesmo tempo que a Rússia
(aliada do regime de Assad na Síria) pavimentou o acordo de ajuda mútua entre o
regime de Assad com os curdos para que expulsassem o Estado Islâmico da Síria,
em troca de um apoio formal de Assad (e da Rússia obviamente) a criação de um
estado curdo dentro da Turquia (que tem atacado duramente os curdos dentro da fronteira do território turco com a Síria)
Em
algumas regiões do Iraque, Síria e Turquia os curdos reivindicam territórios
autônomos (o que já conseguiram em uma região do Iraque conhecida como
Curdistão Iraquiano) e exatamente por isso o ditador turco Erdogan luta
ferozmente para eliminar os curdos da Turquia.
O
regime de Assad (Síria), Irã e Rússia se uniram na luta contra o Estado
Islâmico por conta de objetivos muito mais amplos no Oriente Médio. Para os
iranianos interessa fortalecer um governo xiita no Iraque e pra isso sabem que
é fundamental a ajuda dos curdos dentro do Iraque para evitar que o Estado
Islâmico se reorganize.
A
Rússia por sua vez quer aumentar sua esfera de atuação no Oriente Médio e pra
isso busca um acordo com Erdogan para estabelecer um território curdo dentro da
fronteira da Turquia com a Síria em troca de um acordo mútuo de paz entre
curdos, turcos e sírios. Putin comercializou recentemente com Erdogan um
moderníssimo sistema de defesa antiaérea e uma grande rede de gasoduto, ao
mesmo tempo que Erdogan sabe que não é uma boa idéia ficar contra os russos e
iranianos.
Diante
de todo esse movimento na região está a Arábia Saudita que nos últimos anos
deixou de financiar o Estado Islâmico e constitui a maior esperança americana (e de Israel) para evitar que um confronto exploda (literalmente na região). A
Arábia Saudita sempre contou com a hegemonia política do mundo islâmico no
Oriente Médio enquanto Sadam Hussein (sunita) controlava o Iraque. Com a morte
do ditador iraquiano, os xiitas (que sempre foram maioria no Iraque)
estabeleceram governo e uma natural aproximação com o Irã aconteceu (e vem acontecendo).
Para complicar um pouco mais as coisas o Irã e sua guarda revolucionária
começaram a apoiar nos últimos anos grupos políticos (e armados) contrários aos
sauditas, especialmente os Houthi no Iêmen e o Hezzbolah no Líbano.
Se
olharmos o mapa da região abaixo veremos que a Arábia Saudita assim como Israel estão
isolados. Tanto Putin como os aiatolás iranianos viram no surgimento do Estado
Islâmico uma enorme oportunidade para tomarem conta do Oriente Médio e
conseguiram aproveitar essa oportunidade. Mas não há nada que esteja ruim que
não possa ficar pior ainda (para a paz na região).
A
Arábia Saudita resolveu vender parte da sua estatal petrolífera, a Saudi Aramco
na maior oferta pública inicial (IPO) de ações da história levantando 26
bilhões de dólares vendendo entorno de 2% do capital da empresa avaliada em 1
trilhão e 700 bilhões de dólares. Em 11 de dezembro do ano passado após o IPO
as ações subiram 10% e adivinhem quem foi o maior comprador das ações: China. O
Silk Road Fund (Fundo da Rota da Seda) que conta com 50 bilhões de dólares e
deseja fomentar a construção completa da nova rota da seda comprou maciçamente
as ações da petrolífera com o objetivo claro de aumentar a influência chinesa
no Oriente Médio, uma negociação tão forte entre as duas nações que os sauditas
se recusaram a fazer a oferta na bolsa americana e japonesa.
Os
Estados Unidos então se depararam com o seguinte cenário ao final de 2019 no
Oriente Médio: Israel isolado (como sempre), Arábia Saudita que antes
equilibrava forças na região com o Irã agora igualmente isolado tendo que
iniciar uma aliança financeira com a China (interessada na região para instalar
sua nova rota da seda) e o resto do Oriente Médio aliado com os russos. Vendo
esse cenário desfavorável na região os americanos decidiram tomar a atitude que
tomaram: matar o principal líder da guarda revolucionária iraniana, pois sabiam
que isso desencadearia a fúria do regime dos aiatolás contra seus adversários
na região, especialmente a Arábia Saudita (há poucos meses os iranianos foram
acusados de atacar e danificar algumas instalações da Aramco).
O
objetivo dos americanos foi criar no resto do mundo uma expectativa real de
novos ataques e confrontos entre iranianos e sauditas na região com o claro
objetivo de desvalorizar o valor da empresa petrolífera saudita (enfraquecendo
o poderio dos sauditas na sua recém embrionária aliança com os chineses) ao
mesmo tempo fomentar uma dura resposta do regime iraniano (atacar bases
americanas no Iraque e publicamente anunciar que vai enriquecer urânio sem
limites) permitindo que os EUA tenham um argumento para mobilizar forças na
região que em última instância tem um objetivo claro: impedir que Putin e China
pacifiquem as divergência entre seus aliados.
Putin
deseja unir turcos, curdos e o regime de Assad em um grande acordo de paz que
envolva os xiitas do Irã e Iraque o que permitiria o ambiente ideal para o
comércio de gás na região para a Europa (tanto pelo gasoduto recém inaugurado
em parceria com os turcos , o Turk Stream, como pelo outro gasoduto que está
sendo construído para aumentar a venda de gás para a Alemanha, o Nord Stream,
que inclusive tem sido alvo de sanções do governo Trump sobre os participantes
do empreendimento.
Turk
Stream inaugurado recentemente por Putin e Erdogan:
Gasoduto
Nord Stream (que envolve Alemanha e Rússia) em construção - sanções de Trump:
Já
os chineses desejam construir a nova rota da Seda que passa por Teerã e pra
isso precisam conseguir pacificar os conflitos entre sauditas e iranianos,
sobretudo os impulsos do jovem sheik saudita que deseja abrir guerra com os
iranianos. Pra isso chineses e russos entrariam em um grande acordão
pacificando as diversas tretas dentro do mundo islâmico, permitindo assim que
os chineses criem a maior rota comercial do planeta e os russos a maior rede de
gasodutos para fornecimento da Europa enfraquecendo fortemente o comércio
americano de gás com os europeus. China e Rússia pretendem dominar dessa forma
o Oriente Médio, um cenário apocalíptico para Israel que ficaria isolada no
meio de todos os grupos muçulmanos unidos em um mesmo objetivo: destruir Israel
Como
os americanos não pretendem deixar que esse cenário aconteça, tanto de domínio
russo e chinês no Oriente Médio e especialmente de união dos grupos islâmicos
contra Israel é que decidiram mover essa peça no xadrez geopolítico da região,
ou seja, usar a morte do general iraniano como estopim para desequilíbrios na
região que impeçam o avanço dos interesses chineses e sobretudo russos na
região.
Por
tudo isso as tensões no Oriente Médio estão longe de diminuírem, pois na atual
composição do xadrez geopolítico interessa aos americanos que as tensões no
Oriente Médio, sobretudo entre Irã e Arábia Saudita aumentem, em especial pelo
fato de que os sauditas estarão mais temerosos de novos ataques iranianos sobre
sua petrolífera e sobretudo na questão de um desenvolvimento de arma nuclear.
Diante desse cenário o movimento mais óbvio que os sauditas devem realizar e
voltar a financiar os ISIS que está se reagrupando nas montanhas e cavernas do
Iraque e usar os terroristas como ponta de lança para atacar o governo xiita no
Iraque e enfraquecer a ligação entre os xiitas do Irã e Iraque.
Ao
mesmo tempo os americanos farão sanções contra os iranianos, russos e demais
envolvidos no projeto do gasoduto Nord Stream ao mesmo tempo que devem
pressionar a Turquia. Se as relações com os curdos não estiverem totalmente
azedadas depois dos últimos anos eu não duvidaria se os americanos tentassem
uma aproximação com os curdos, não apenas com a desculpa de combater o ISIS no
Iraque, mas sobretudo para enfraquecer Erdogan e assim tentar melar todo o
avanço de Putin com os gasodutos na região.
Particularmente
vejo Trump aceitando esse movimento estratégico (certamente a pedido do
Exército americano e serviços de Inteligência americanos) como uma prova de
lealdade as forças de defesa americanas já desconfiadas do envolvimento do
presidente americano com Putin desde sua eleição em 2016. Essa é a única
explicação lógica, pois apesar do movimento tirar um pouco o foco do processo
de impeachment ele é altamente arriscado para as aspirações de eleição de
Trump: se por um lado ele se fortalece com o seu eleitorado mais conservador e
patriótico por outro se enfraquece profundamente nos "estados
pêndulo" (que tradicionalmente são aqueles que não votam sempre com os
republicanos ou com os democratas) que normalmente tem altos índices de
reprovação quanto a incursão americana em conflitos externos e teme
profundamente o terrorismo em solo americano (e exatamente por conta desse
eleitorado é que Trump buscou ao longo do seu mandato não entrar em nenhum
grande confronto externo).
O
regime dos aiatolás sabe disso e sabem que a maior derrota que podem impor a
Trump é evitar sua reeleição então com certeza já está sendo articulado para as
próximas semanas um atentado terrorista em solo americano através das células
adormecidas que existem no país tendo por claro objetivo estimular a reprovação
da população americana sobre o presidente.
Em
experiência projetiva ocorrida durante a tarde de ontem vi que uma dessas
células já foi contatada e o plano envolve prioritariamente uma das seguintes
cidades; Chicago, Oklahoma, Nova York ou Los Angeles, prioritariamente uma de
maioria democrata (pois motivaria maiores manifestações contrárias ao
presidente) e de maioria iraniana (no caso Los Angeles onde a comunidade persa
é grande) para motivar ainda mais o acirramento do governo americano e o mundo
islâmico na América. O que vi na projeção foi uma mulher de cabelos escuros e
três homens que compõe uma dessas células.
Como
bem destacou uma leitora no post de ontem "uma rede social ligada ao Irã,
postou um trecho da música de Jennifer Lopez chamada “Waiting for tonight” que
significa: esperando pela noite/ pelo anoitecer. Ocorre que J.Lo e Shakira são
as artistas que irão performar no show de enceramento do super bowl."
É
sabido que os terroristas sempre atacam em locais com grande aglomeração de
pessoas (estádios, entrada de estádios, boates, eventos na rua como maratonas e
também metrô e demais locais de aglomeração) portanto é importante estar atento,
sobretudo nos locais citados nesse parágrafo mas sobretudo nas cidades citadas,
observando atitudes suspeitas como por exemplo mochilas muito volumosas ou
pessoas com casaco muito fechado de rosto magro mas aparentando um corpo muito
cheio na região do tórax (normalmente são coletes explosivos)
2020
reserva muito trabalho para os amigos espirituais, assim como os próximos 16
anos até o ápice da grande tribulação. Que possamos manter a serenidade diante
desses conflitos que envolvem governos e organizações no início do grande
confronto entre Ocidente e Oriente previsto nos textos proféticos do passado.
Ao leitor interessado em conhecer todo o contexto profético do conflito
apocalíptico entre Oriente e Ocidente no ápice da grande tribulação envolvendo
Gog, Magog, o falso profeta tendo o Oriente Médio como palco central na década
de 30 aconselho a leitura detalhada de todo o capítulo 23 do livro “A Bíblia no
3º Milênio” (lançada em 2013).
As
previsões sobre o eclipse e o Oriente Médio:
As
previsões para janeiro e fevereiro de 2020:
O
que vai acontecer em 2036: