Plano
astral, formas pensamento, projeção astral entre outros assuntos estão
presentes de forma abundante no filme mais espiritualista da Marvel. As
próximas linhas desvelarão não apenas vários significados e spoilers do filme,
mas outra questão interessante: qual a razão para entender e estudar os
simbolismos e arquétipos que envolvem os estudos iniciáticos (Astrologia,
Cabala, Visualização entre outros) e o que compõe a essência do poder criativo
utilizado na magia.
Um
dos temas mais recorrentes do filme é a utilização de formas pensamento, ponto
fundamental no estudo da magia, baseada no exercício da visualização e,
sobretudo da vontade. Sobre esse tema específico trouxe dois textos recentes
sobre o terma:
Formas
pensamento: uma prévia para o filme do Dr.Estranho:
Apometria
e suas criações mentais: tecnologias do astral:
Mas
vamos ao que interessa: elementos espirituais e significados ocultos do filme.
O tema central do filme, baseado na jornada do Dr. Strange é que o sofrimento
motiva a busca pelo conhecimento e espiritualidade e que é somente através do
conhecimento da realidade espiritual que é possível verdadeiramente vencer o
sofrimento. A mensagem apesar de evidente no filme, ao mostrar um arrogante e
genial médico preso às preocupações (leia-se ilusões) da matéria como luxo
(coleção de relógios, o carro último modelo que capota) e o gosto pela posição
social são demolidos quando ele perde o seu principal instrumento de trabalho
ao ter as mãos dilaceradas tirando tudo o que ele tinha (fisicamente) em um
piscar de olhos. Infelizmente a maioria só busca a espiritualidade em situações
semelhantes (morte de alguém, doença, mazelas financeiras, etc).
A
cena que ele tem o seu último relógio (vendeu todos após o acidente) quebrado
em uma tentativa de assalto mostra exatamente o começo da sua mudança, pois
aquele relógio havia sido um presente da doutora Christine (um antigo affair e
a pessoa que mais tentou ajudá-lo) e ao ver o relógio quebrado ele percebe que
o seu egoísmo (ego do tamanho do Himalaia) havia quebrado uma das únicas coisas
verdadeiras na vida de ilusão que ele levava até procurar “socorro
espiritual”(ainda achando que algum mestre resolveria pra ele o que cabia tão
somente a ele resolver internamente)
O
Dr. “Egoistrange” chega então a um lugar chamado “Kamar Taj”. Taj significa
coroa em sânscrito e “kamar” é um anagrama fácil de ser percebido para a
palavra KARMA. Coroa é o chacra mais elevado do corpo astral, o chacra da
consciência superior, ou seja, ali no templo quem entra é para despertar a
consciência (através do conhecimento e muito trabalho duro) dos karmas (que
significa “ação”, no sentido de atitudes) que praticou e juntou para si ao
longo da vida.
Outro
ponto que confirma essa dinâmica, mostrada no filme, do sofrimento como
motivador da busca pelo conhecimento da espiritualidade é que o Dr Strange descobre
a existência do “templo do karma” através de um paciente que se curou
misteriosamente de uma paralisia na coluna. O nome do paciente é Pangborn que
significa literalmente “nascido do sofrimento/agonia”.
Curiosamente o caso dele
havia sido rejeitado pelo Dr Strange. Essa passagem do filme é interessante,
pois o início da cura (interior) do Dr Strange começa exatamente quando ele
começa a lutar contra o seu principal defeito (a arrogância) ao adquirir uma
postura humilde de pedir ajuda, reconhecendo em outra pessoa alguém mais
capacitado do que ele para resolver aquele problema. Em todas as jornadas e
caminhos de ascensão a luta contra a fera (os demônios interiores) ou numa
linguagem espírita “a busca pela reforma íntima” é ponto fundamental no processo
de despertar interior (normalmente pela via dolorosa das provações ou como
Jeremias gosta de dizer, pelo “desperta-dor” tocando bem alto)
Há
vários outros anagramas e significados ocultos nos nomes dos outros
personagens. Kaecilius que antagoniza com o Dr Strange é uma referência a cobra
cega com os olhos atrofiados conhecida como Caecilia, sendo que a cobra é um
simbolismo clássico da energia kundalini, ou seja, o uso cego e errôneo dessa
energia representada pela cobra. Não à toa os olhos do personagem são envoltos
por feridas enegrecidas (quem tiver o livro "Brasil: Ordem em Progresso pesquise as páginas 90 e 91).
O
vilão poderoso do filme é Dormammu que representa a entidade que controla o
astral inferior, a maldade que busca dominar o mundo, a raiva, a ira (a
criatura destrói de todas as formas possíveis o Dr. Strange enquanto ambos
estão em um looping temporal criado pela magia do olho de Agamoto). Ocorre que
o nome do personagem é em si um anagrama para explicar que essa maldade ou lado
sombra é algo presente no próprio homem: Dormammu é dor (se fala “door” ou
porta) + ummam (anagrama que se pronuncia “human” ou humano). Superar essa
porta ou portal, o portal que todo o ser humano possui e leva aos seus
instintos mais primitivos é o grande desafio do karma, da reforma interior:
vencer o sofrimento através da busca do conhecimento interior, do conhecimento
da própria espiritualidade, da essência em constante evolução domando os
impulsos inferiores.
Se
o Dr, Strange mostra um pouco dessa jornada de superação e iluminação, o mesmo
não se pode dizer do personagem Mordo (que o ajuda em boa parte do filme).
Mordo tem exatamente as primeiras letras de Dormammu e seu nome contém tanto as
palavras “door” (portal) como “doom”(desgraça), exatamente o que ocorre ao
final do filme no segundo extra após os créditos.
Dentro
do “templo do karma” o Dr. Strange vivencia nas suas primeiras experiências com
A Anciã, dois tipos de viagem: uma viagem astral e uma viagem mental, ou em uma
linguagem mais usual, uma projeção ao plano astral e uma projeção ao plano
mental inferior. Na primeira ela dá um soco espalmado no chacra cardíaco,
fazendo com que o corpo astral do Dr Strange saia do corpo físico e ele
conscientemente se enxergue na dimensão astral. Como o corpo astral é
usualmente associado ao campo das emoções, a associação com o chacra cardíaco
como ativador da projeção astral é um simbolismo bem simples que o filme buscou
transmitir.
Já
a segunda projeção ocorre no plano mental inferior (maiores informações sobre
esse tema no livro “Brasil o Lírio das Américas”) quando o Dr Strange inicia
uma viagem psicodélica e consciente por suas próprias formas pensamento,
imergindo no próprio inconsciente (exatamente quando enxerga várias mãos saindo
do chão e nascendo da própria mão, pois era o pensamento mais recorrente do seu
inconsciente irradiando por todo o seu campo mental)
Os
portais que são criados pelos personagens em movimento circulares horários e
antihorários são claras referências a fisiologia dos chacras que significa,
literalmente, “rodas que giram”. Aqui é importante ressaltar que os
acontecimentos mostrados no filme como ocorridos no plano físico ocorrem, na
verdade, no plano astral intermediário (a contrapartida astral que interpenetra
o plano físico) e isso é perfeitamente compreensível pela licença poética da
obra (que é de ficção), já que seria complicado mostrar e explicar de forma
fácil para o espectador as duas realidades coexistindo ao mesmo tempo, além do
que a idéia principal da história é realmente superdimensionar o que acontece
no plano astral intermediário como afetando diretamente e ostensivamente o
plano físico.
Na verdade o filme mostra o plano astral como uma coisa só, como
o “outro lado” do plano físico sem entrar em detalhes de “plano astral
intermediário”, “plano astral inferior” (quando o Dr Strange vai até o portal
que o leva a Dormammu que no filme representa o acesso a fonte de vida física
eterna, uma clara representação do materialismo, da busca pela eternidade do
corpo físico quando na verdade a eternidade é do espírito. Vale ressaltar que
existem muitos acordos entre encarnados com entidades trevosas que fornecem
ectoplasma e outras formas artificiais de prolongamento da vida no corpo físico
é nesse sentido que o filme aborda a ilusão da busca pela vida física eterna)
Um
ponto interessante do filme é quando A Anciã está prestes a desencarnar e sai,
conscientemente do corpo físico, encontrando o Dr Strange também projetado no
plano astral. A cena mostra a diferença de tempo entre os dois planos, com um
helicóptero parado no ar enquanto um trovão lentamente espalha seu brilho em uma
noite chuvosa. Ao mesmo tempo A Anciã reconhece o erro que cometeu ao buscar
perpetuar a sua vida física, ainda que o motivo fosse nobre: ensinar uma
sabedoria antiga aos alunos do “templo do karma”. Vale ressaltar, fazendo uma
ligação com o mundo espiritual, de que tal artifício é semelhante ao uso de
agêneres para que espíritos se manifestem fisicamente sem um corpo físico
gerado, um artifício semelhante e fora dos padrões comuns da manifestação
física que é pela via da encarnação e, mesmo assim, tal utilização pode ocorrer
tanto por espíritos de baixa evolução como de evolução moral superior, como foi
o clássico caso de Saint Germain (o filme cita inclusive o livro de Cagliostro,
homem que existiu e que conheceu pessoalmente Saint Germain, tendo também
estudado os mistérios da fonte da juventude física só que utilizado tais
conhecimentos, ao contrário de Saint Germain, para fins pouco edificantes)
Outro
ponto interessante do filme é o início do treinamento (de visualização e
criação de formas pensamento) do Dr Strange com A Anciã. As formas pensamento
ou criações mentais são chamadas de “feitiços”, “programação mental” (programar
a realidade tal qual um computador realiza suas tarefas após receber um programa)
ou simplesmente “magia”. Essa definição de magia (ação da mente, criando a
partir da vontade pessoal formas mentais com o objetivo de agir na realidade,
como por exemplo, criar armas a partir de formas pensamento) ficou simples e
exata, assim como as cenas que mostram os alunos do templo fazendo exercícios
de visualização, descobrindo que é somente a vontade interior que pode realizar
tais criações (o exemplo do velhinho sem mão criando uma bela forma pensamento
e o Dr Strange tendo que sair de um monte gelado criando pela primeira vez um
portal mostram bem essa dinâmica, de que o pensamento direcionado pela vontade
está acima de impedimentos físicos). O tema (magia e criações mentais) é
vastamente abordado no livro “Brasil: Ordem em Progresso” como um prelúdio do
material ainda mais amplo que virá na saga atlante
O
filme também aborda todas as 7 leis do Hermetismo, algumas muito fáceis de
serem percebidas, como por exemplo quando A Anciã explica que a ação da mente
sobre as células pode curar um distúrbio físico ocasionado por algum problema
das células ou órgão (lei do mentalismo) ou na bela definição da lei do ritmo,
quando A Anciã explica que para controlar é preciso se entregar (ao fluxo),
sendo impossível controlar um rio, mas sim utilizar o curso do rio para ir ao
ponto que se deseja chegar. É uma bela definição que explica em boa parte o que
a humanidade vivencia em seus ciclos, seja a nível coletivo ou pessoal,
sobretudo em um grande ciclo de Saturno (36 anos a partir de 2017) mostrando exatamente
os limites, a necessidade de disciplina, foco e realismo: um homem não pode
controlar o curso de um rio, mas pode aproveitar tudo que esse curso de água
traz ou leva a partir do momento que entende como ele funciona, que é mais
fácil construir uma canoa ou ter um barco motorizado do que fazer um aterro ou
barragem, aprendendo a utilizar a força do rio ao invés de tentar controlá-la
Uma
informação interessante sobre A Anciã é fornecida no filme: ela é uma antiga
celta. Na batalha final (na qual ela é ferida mortalmente) ela cria com pedaços
do chão uma estrutura idêntica a um famoso símbolo celta: o nó celta
A
RAZÃO PRÁTICA PARA ESTUDAR CIÊNCIAS OCULTAS
Mas após toda essa análise
interpretativa fica uma questão: qual a razão para entender e estudar os
simbolismos e arquétipos que envolvem os estudos iniciáticos
(Astrologia,Cabala, Visualização entre outros, componentes do poder criativo e
autoconhecimento utilizado na magia)?
Curiosamente a própria pergunta e
o próprio texto trazem a resposta: o motivo principal é que no conhecimento,
entendimento e maior percepção da essência espiritual e da realidade além da
matéria está a chave para vencer o sofrimento, através do aprendizado das
regras que regem o mundo físico (karma, vida espiritual, ação do pensamento,
das emoções, da vontade) e como "navegar" de forma mais adequada
nesse fluxo que rege o fluir da vida para um destino mais feliz, destino esse
que representa a eternidade.
Símbolos e arquétipos, como os
existentes na Astrologia, na Cabala, nos Arcanos Maiores (amplamente estudados
aqui no blog) são ferramentas, metáforas que buscam mostrar, através de
determinadas representações (planetas, casas astrológicas, signos, sefiras ou
cartas) significados profundos da essência humana (questões comportamentais,
assuntos principais, dúvidas existenciais) na busca por conhecer e entender
melhor o ser humano, simplificando as questões de comportamento e assuntos
principais da vida humana na forma de símbolos e arquétipos que decodifiquem,
traduzam essas questões e assuntos, colaborando no processo de
autoconhecimento.
Sendo assim, em última análise, quem aprende, por exemplo, a
entender os símbolos e arquétipos de Astrologia (uma das muitas ferramentas
presente no estudo iniciático) aprende a “traduzir” para o profano ou para o
neófito um texto simbólico (no caso o mapa ou disco) para que o profano ou o
neófito entendam o que os planetas, signos e casas de um mapa estão “dizendo”.
Entender essa e outras ciências ocultas é desvelar questões existenciais, potenciais
e provações, a nível pessoal e coletivo codificadas em uma linguagem, em um
“idioma” que se aprende exatamente no estudo iniciático.
O mesmo equivale aos aspectos da
magia: entender como funcionam fluxos de energia, as regras que regem outros planos,
como canalizar a vontade pessoal, o poder criativo, conjugar e equilibrar o
mental e emocional, tudo isso para, a nível prático, mudar a realidade física,
a influência sobre o mundo físico a partir de ações conscientes no astral e no
mental (tema vastamente abordado no livro “Brasil: Ordem em Progresso”). Eis a
importância e o objetivo de se estudar as ciências ocultas.
Vamos a um exemplo prático? O
tema muito em voga nesse final de ano é o grande ciclo de Saturno que está
chegando em 2017 (tema que eu já abordei no blog lá em janeiro de 2011, quem
quiser pesquise no arquivo). Porque afinal eu vou querer entender esse negócio
de “grande ciclo de Saturno”? A resposta é porque o simbolismo de Saturno e sua
ação como arquétipo já é bem estudada há milênios, a nível pessoal e coletivo
(desde a mitologia de Cronos dos antigos gregos e romanos, mitos que regem, por
exemplo, os dias da semana até hoje, observem que “Saturday” é o “Saturn Day”
só para ficar em um exemplo de um idioma).
O estudo da ação do arquétipo de
Saturno nos signos e casas astrológicas remonta a Antiguidade e exatamente por
isso é fácil “traduzir” (para quem conhece o idioma Astrologia) Saturno em
signo tal, casa tal ou um grande ciclo de Saturno. Como também já mencionei
anteriormente, esse grande ciclo ocorre a cada 252 anos, período que na última
vez que aconteceu coincidiu com a revolução americana e francesa. Entender
esses significados é compreender o “fluxo” dos próximos 36 anos já que Saturno
será o regente maior desse período, entendendo que o “fluxo” de Saturno não é
um palco colorido cheio de artistas e extravagâncias (a la anos 80) como foi o
ciclo solar (1981-2016), mas sim um quartel com um sargento bem exigente,
disciplinador que terá prazer em tirar o máximo dos recrutas com grandes
desafios para transformá-los em soldados (2017-2052). Entendido isso não
adianta o “recruta” querer colocar o quartel abaixo com saudade das artes e
prazeres descontrolados do grande ciclo solar, pois o grande ciclo de Saturno
ou esse fluxo do rio vai disciplinar o “recruta” quer ele queira quer não.
Saturno representa o limite,
superação de barreiras e do medo, desenvolvimento através do esforço e
persistência, o resgate kármico, o aprendizado através do desapego e da
destruição de situações que precisam ser renovadas. Saturno é a foice que ceifa
a terra, por isso que simbolicamente representa processos revolucionários
(assim como o arcano da morte, que regeu o Brasil de setembro de 2015 a
setembro de 2016, estudo já apresentado aqui no blog também) que exigem
determinação e sacrifício (o sagrado ofício para despertar a virtude de não
sofrer com o dever a ser cumprido, pois se a dor é inevitável o sofrimento é
opcional).
Tal ação será sentida por todas
as pessoas, não apenas por pessoas do signo “A” ou “B”, ainda que as pessoas
com o elemento fogo predominante no mapa (signo solar ou com 5 ou mais astros
nos signos de fogo que são Leão, Sagitário e Áries) tendam a sentir um pouco
mais o ciclo, pois o fogo quer brilhar, expandir, soltar labaredas incontroláveis por
todos os lados, enquanto que Saturno vem com a foice de chumbo e joga terra em
cima.
O signo de fogo é como o recruta alegre e artístico que entra no quartel querendo
festa, liberdade, agitos, fortes emoções e terá que lidar com o sargento
ranzinza e disciplinador e toda a estrutura rígida (saturnina) do quartel.
Isso
não significa que as pessoas devem deixar a alegria de lado ou serem ranzinzas,
pelo contrário, o maior êxito nas questões de Saturno é exatamente aprender a
ter alegria na realização da tarefa, da prova, tanto que Saturno apesar de
valorizar muito o trabalho e esforço pesado também valoriza (e exatamente por
tamanho esforço) o merecido descanso ou lazer (obviamente controlado a
determinados períodos), exatamente como ocorrida na Antiguidade, quando o dia
de descanso dos romanos (sábado) recebeu o nome de “dia de Saturno”, mas para
merecer esse dia é preciso ralar com a foice os outros 6 dias....
A casa na qual Saturno estiver é
o assunto/área da vida que a pessoa precisa mais trabalhar, se superar, vencer
medos e na qual será mais cobrada nesse grande ciclo, já o signo que Saturno
estiver no mapa mostra como a pessoa deve trabalhar esses desafios (há textos
no blog sobre isso, assim como um bom estudo do mapa natal ajuda a analisar
essas questões)
O assunto dos ciclos e da
interligação entre Astrologia e Cabala foi abordada nos dois textos a seguir,
serve como aprofundamento para entendermos maiores significados desses
posicionamentos:
Grande ciclo de Saturno:
Ligação entre Astrologia e
Cabala:
Se você leu os dois links acima,
então você vai entender, agora, como a tabela dos ciclos maiores (36 anos) e
menores (anual) foi montada. E se leu o segundo link com atenção (em especial a
parte da kamea solar) já sabe por que o ciclo é de 36 anos....
Os ciclos maiores estão baseados
nos arquétipos da mitologia grega. Se observarmos os dias da semana, cada um
deles foi dedicado pelas antigas civilizações à uma divindade (que por sua
vezes representa um arquétipo), porém os ciclos maiores seguem uma ordem
inversa aos dias da semana:
DIAS DA SEMANA
Domingo – Apolo (Sol)
Segunda – Artemis (Lua)
Terça – Ares (Marte)
Quarta – Hermes (Mercúrio)
Quinta – Zeus (Júpiter)
Sexta – Afrodite (Vênus)
Sábado – Cronos (Saturno)
CICLOS MAIORES DE 36 ANOS
Saturno (2017-2052)
Vênus (2053-2088)
Júpiter (2089-2124)
Mercúrio (1873-1908)
Marte (1909-1944)
Lua (1945-1980)
Sol (1981-2016)
A explicação para essa inversão
(ciclos maiores no sentido contrário da ordem dos dias da semana) é que o
simbolismo dos ciclos maiores não está ligado aos dias da semana (e suas
respectivas divindades arquetípicas), mas sim à própria mitologia das
divindades: Cronos ainda jovem castrou com sua foice o seu pai, Urano. A partir
dos restos castrados que caíram na água, surgiu Afrodite. Somente depois disso
é que Cronos teve o seu filho Zeus, que por sua vez deu origem aos outros
deuses: Hermes, Ares, Artemis e Apolo. Ou seja, os ciclos maiores contam a
história mitológica dos deuses gregos a partir de Cronos (Saturno) na
construção do Monte Olimpo que arquetipicamente representa o sistema solar e na
Astrologia o disco zodiacal tendo a Terra como centro no lugar do Sol
Já os ciclos menores respeitam a
ordem decrescente, a partir de Saturno, dos astros com maior órbita. Temos,
portanto:
Saturno – 29,5 anos
Júpiter – 12 anos
Marte – 2 anos
Sol – 1 ano (movimento aparente
em relação à Terra, durante a translação, pois a Terra é o centro do disco
zodiacal)
Vênus – 7 meses e meio
Mercúrio – 88 dias
Lua – 29 dias
Os ciclos maiores simbolicamente
representam a criação dos deuses, arquétipos dos astros e exatamente por isso
sua ordem obedece o surgimento do primeiro entre os 7 astros/divindades/arquétipos
conhecidos pela Astrologia no passado. A partir do surgimento dos 7 astros se
estabeleceu a primazia daquele com a maior órbita até a menor órbita para
identificar o fluir dos ciclos menores. Assim está explicada a tabela abaixo e
porque teremos em 2017 um ano regido duplamente por Saturno, sem nada haver com
Vênus ou outros astros na regência, bem como tal regência no arquétipo dos
orixás está identificada com Omulu/Obaluaye e não com Oxóssi ou qualquer outro
orixá regendo ou apontando o fluxo principal do próximo ano.
ENCARNAÇÕES PASSADAS, MAGOS
NEGROS E OS GUARDIÕES
Que o filme do Dr. Estranho e
esse texto possam contribuir na expansão desses estudos fascinantes do
ocultismo. Quem realmente deseja se conhecer, conhecer sua missão de vida,
investir verdadeiramente em autoconhecimento sobre seus potenciais e limites e
assim entender e melhor trabalhar suas próprias questões kármicas vai encontrar
no estudo e compreensão dos simbolismos e arquétipos das ciências ocultas essas
respostas (e na minha opinião, especialmente e essencialmente pela Astrologia).
Esse é o verdadeiro caminho da magia, do desenvolvimento magístico. Sobre esse
tema há um texto interessante na fanpage que responde em parte essa pergunta:
“Pergunta:
Como saber se alguém da sua convivência ou mesmo vc já foi um Mago Negro? Tem
como se ter essa informação? Há algumas pessoas que dizem que foram e não são.
Outras dizem não ser e são... Tem muito animismo e fantasia.... Seria isso
impossível de se saber?”
Texto
completo com a resposta:
E por fim, finalizando e voltando
ao tema principal que é a análise do filme: o Dr Strange, A Anciã e alguns
outros membros do “templo do karma” são GUARDIÕES buscando defender a ordem e o
equilíbrio entre o mundo físico e astral. Sobre esse tema vale a leitura do
texto a seguir que explica o que faz um guardião e o que é necessário para ser
um guardião:
Como ser um guardião:
Como sempre relembra o amigo
guardião Jeremias, antes de querer mexer o caldeirão é preciso aprender a
acender o fogo. Para conhecer as profecias cumpridas e adquirir os livros
lançados até o momento: