Todo
o final de ano a confusão acontece, quando muitos espiritualistas que insistem
em não compreender como funciona a contagem dos ciclos maiores e menores da
Astrologia (associado aos 7 astros da Astrologia tradicional e as 7 linhas da
Umbanda) insistem erroneamente em associar o primeiro dia do ano a regência do
orixá, o que não existe. NON ECSISTE.
Quarta
feira tradicionalmente é associada aos orixás Xangô e Iansã por isso que muitos
espiritualistas estão dizendo que esses serão os orixás regentes do ano. Porém
a verificação de qual orixá (na verdade qual linha de orixá) vai reger o ano obedece
a três pontos fundamentais: ciclo maior, ciclo menor e associação de cada uma
das sete linhas com os 7 astros regentes de ciclo. Fora disso é achismo puro e
comprovarei os motivos com esse longo (mas necessário) texto.
Pra
entender tudo isso precisamos entender como funciona o relógio dos magos ou
estrela de 7 pontas que é a imagem
inicial desse texto lá no topo. A partir dela podemos vislumbrar que existem 3
ciclos dentro desse relógio.
CICLO
MENOR E ÓRBITA PLANETÁRIA
O
ciclo menor respeita a ordem decrescente, a partir de Saturno, dos astros com
maior órbita em relação a Terra. Temos, portanto:
Saturno
– 29,5 anos
Júpiter
– 12 anos
Marte
– 2 anos
Sol
– 1 ano (movimento aparente em relação à Terra, durante a translação, pois a
Terra é o centro do disco zodiacal)
Vênus
– 7 meses e meio
Mercúrio
– 88 dias
Lua
– 29 dias
O
ciclo menor aponta o regente de cada ano. Em 2019 tivemos Marte (simbolizado
nos orixás por Ogum), portanto seguindo a ordem desse ciclo o astro seguinte,
de 2020, é o Sol (simbolizado nos orixás por Oxalá).
Agora,
para entendermos como todo o simbolismo e mitologia dos arquétipos começou
(afinal estamos associando mitologia greco-romana com astros e dias da semana),
por sua vez associados a arquétipos da Astrologia e esses ao estudo dos orixás
(em especial na excelente obra de W.W. Matta e Silva "A Umbanda de Todos
Nós" a qual comentarei ainda nesse texto). Para entender como tudo começou
(o simbolismo dos arquétipos dentro da mitologia) precisamos entender como foi estruturado o ciclo maior
CICLO
MAIOR E O MITO DE CRONOS
O
ciclo maior aponta o regente de cada 36 anos. O ciclo maior conta a história da
mitologia greco-romana a partir de Cronos e a partir dela entenderemos o básico
de alguns símbolos astrológicos. Cronos na mitologia representa o tempo que
rege os destinos e era filho de Urano (que representava o céu estrelado) e Gaia
(a Terra). A pedido de Gaia, Cronos usou uma foice para castrar seu pai
(Urano).
A
partir dos restos castrados que caíram na água, surgiu Afrodite (Vênus).
Somente depois disso é que Cronos teve o seu filho Zeus (Júpiter), que por sua
vez deu origem aos outros deuses: Hermes (Mercúrio), Ares (Marte), Artemis
(Lua) e Apolo (Sol). Ou seja, o ciclo maior conta a história mitológica dos
deuses gregos a partir de Cronos (Saturno) na construção do Monte Olimpo que
arquetipicamente representa o sistema solar e na Astrologia o disco zodiacal
tendo a Terra (Gaia) como centro no lugar do Sol (Apolo)
Por
esse motivo o ciclo maior começa com o senhor do tempo, que rege o primeiro
período de 36 anos, logo após vem o ciclo de 36 anos de Vênus (Afrodite),
depois Júpiter (Zeus) até que se reinicie novamente com Saturno, como aconteceu
em 2017, após os 36 anos do ciclo maior do Sol (1981-2016)
Em
cada ciclo maior de 36 anos teremos um ciclo menor, anual. No primeiro e no
último ano de cada grande ciclo o regente anual será o mesmo do regente maior.
Por isso que em 2016 tivemos a regência anual do Sol (último ano do ciclo maior
do Sol) e em 2017 Saturno como regente anual, pois naquele ano se iniciava o
grande ciclo de 36 anos de Saturno (como podemos ver na tabela abaixo).
Por
isso que depois de 2016 (ano do Sol) não tivemos Vênus como regente anual, pois
apesar de corresponder a ordem dos astros no ciclo menor em 2017 se iniciava um
grande ciclo, ou seja, tanto no ciclo maior como menor em Saturno, que na
sequência dos ciclos menores é seguido como já exposto aqui por Júpiter, Marte
e o Sol.
Curiosamente
no início de cada grande ciclo (ano 1, ano 37, 1909, 1945, 1981, 2017) se nos
basearmos no estudo da Numerologia, que reduz números maiores que 9 sempre a um
número entre 01 e 09, encontraremos sempre o número 1 como o regente do inicio
de um grande ciclo. 3+7= 10 = 1+0 = 1, 1+9+0+9 = 19 = 1+9 = 10 +1+0 = 1. Sendo
assim além do estudo solidificado dos arquétipos planetários (base da
Astrologia) ao longo da história, temos ainda com base na Numerologia um motivo
para entender porque a cada 36 anos temos um novo ciclo.
Mas
fica a pergunta: porque 36 anos como tempo de um ciclo maior? Cada Era
Astrológica engloba 2160 anos (período no qual o pólo celeste sai de um signo
de entra em outro).
Pois
bem, 2160 anos equivale exatamente a 60 períodos de 36 anos. O ciclo de 36 anos
de um astro representa tão somente um segundo na escala cósmica, sendo que um
minuto equivale exatamente à passagem de uma era para a outra.
(1
minuto = 60 segundos, 60 períodos de 36 anos = 2160 anos).
Uma
Era Astrológica = 2160 anos
Um
ciclo Astrológico = 36 anos
Uma
Era Astrológica ( 1 minuto cósmico) = 60 ciclos astrológicos (1 ciclo
astrológico = 1 segundo cósmico)
Sendo
assim uma Grande Era ou a Precessão dos Equinócios equivale a 25.920 anos ou 12
minutos na escala cósmica.
Esse
é o motivo porque os antigos "dividiram" o céu em 12 áreas com 30
graus cada (signos), 12 meses ao ano, pois toda a interligação desses números e
arquétipos está baseada no movimento da Terra e dos astros em relação ao Sol em
uma Grande Era, sendo a Astrologia "apenas" a interpretação dos
arquétipos dessa interligação.
Não
bastasse todo esse ajuste perfeito dos ciclos planetários temos a órbita de
Urano (na mitologia representando o céu estrelado) passando exatamente 7 anos
em cada signo (84 anos no total), ou seja, dentro de cada ciclo maior de 36
anos são necessários 7 anos para um transcurso completo entre os 7 astros no
ciclo menor, exatamente o tempo de Urano em um signo.
Dito
isso toda a estrutura que compõe a contagem dos ciclos maiores e menores que
marcam a passagem dos anos e Eras não tem qualquer ligação com a contagem
cíclica semanal que mostraremos a seguir.
CICLO
SEMANAL E O CULTO A APOLO
O
ciclo semanal nada mais é do que os 7 dias da semana que conhecemos hoje cada
um desses dias associado ao panteão mitológico greco-romano. “Monday” ou “dia
da lua” como segunda feira, “Saturday” ou “dia de saturno” como sábado e por ai
vai:
Domingo
– Apolo (Sol)
Segunda
– Artemis (Lua) irmã gêmea por isso considerada luminar junto com o Sol
Terça
– Ares (Marte) irmão
Quarta
– Hermes (Mercúrio) irmão
Quinta
– Zeus (Júpiter) Pai
Sexta
– Afrodite (Vênus) Tia-Avó (irmã de Cronos ambos nascidos de Urano, Urano
bisavô de Apolo)*
Sábado
– Cronos (Saturno) Avô
*O
mito mais popular, de Afrodite Urânia contado por Hesíodo
A
ordem desses dias foi construída pela crença popular na importância de Apolo,
que representava (e representa) o Sol na mitologia. Nada mais natural que o
astro que traz o calor, a luz, proporciona o alimento fosse alçado como a
divindade mais popular na mitologia greco-romana e por isso mesmo demarcasse o
ciclo mais comum e constante que cada pessoa vivia ao longo do ano, o ciclo de
uma semana. A estruturação desse ciclo parte exatamente da genealogia familiar
de Apolo que é seguido por sua irmã gêmea na mitologia (Artemis-Lua, tanto que
na Astrologia Sol e Lua são os único luminares), em seguida seus irmãos filhos
de Zeus (Ares e Hermes ou Marte e Mercúrio), seu pai Zeus, sua tia-avó Afrodite
e por fim seu avô Cronos.
O
ciclo semanal ou ciclo de Apolo é, portanto um ciclo de curta duração associado
a um ciclo semanal que não foi feito para marcar ciclos de um ano (ciclo menor)
ou de 36 anos (ciclo maior) ou de 252 anos (grande ciclo) ou 2160 anos (Era) ou
25.920 anos (grande Era). Dito isso não faz qualquer sentido querer utilizar um
ciclo semanal para demarcar astros associados a entrada de um ano pois a função
do ciclo semanal não é essa dentro dos 3 ciclos marcados na estrela de 7 pontas
ou “relógio dos magos”, dentro do relógio há o caminho correto (mostrado aqui
respeitando toda a mitologia e arquétipos associados a Astrologia) tanto para
contar uma semana, contar a regência de um ano (ciclo menor) e contar a regência
de 36 anos (ciclo maior) que estão associadas ao calendário maior de Eras e
Grande Era Astrológica.
Por
tudo isso não, em hipótese alguma, você pode associar um orixá do ano ao dia da
semana, isso não existe
AS
SETE LINHAS DA UMBANDA E OS 7 ASTROS DA ASTROLOGIA QUE COMPÕE O RELÓGIO DOS
MAGOS
W.W.
Matta e Silva foi um dos maiores expoentes da Umbanda no Brasil e trouxe em uma
de suas obras o melhor esquema de associação das sete linhas da Umbanda (as
sete linhas dos orixás) com os sete astros da Astrologia tradicional que compõe
o “relógio dos magos” e toda ampla associação com os arquétipos e símbolos da
mitologia grego-romana.
Sendo
assim, o esquema fica com base na obra "A Umbanda de todos nós"
(página 89):
Linha
de Orixalá
Linha
de Yemanjá
Linha
de Xangô
Linha
de Ogum
Linha
de Oxossi
Linha
de Yori
Linha
de Yorimá
Na
obra cada linha está associada a um astro e um dia da semana:
Linha
de Orixalá - Sol e domingo
Linha
de Yemanjá - Lua e segunda feira
Linha
de Xangô - Júpiter e quinta feira
Linha
de Ogum - Marte e terça feira
Linha
de Oxossi - Vênus e sexta feira
Linha
de Yori - Mercúrio e quarta feira
Linha
de Yorimá - Saturno e sábado
A
partir desse esquema trazido por Matta e Silva temos a clara associação de cada
uma das 7 linhas da Umbanda com os 7 astros que compõe o relógio dos magos ou
estrela de 7 pontas utilizada para fazer todo o cálculo de ciclos e Eras e a
partir desse estudo trago uma breve associação dos arquétipos:
Marte/linha
de Ogum - expande a capacidade de enfrentamento práticos das situações, em suma
expande a ação, a decisão
Saturno/
linha de Omulu - Obaluaye- expande as restrições, provações, tudo aquilo que
foi plantado mal "floresce" mais claramente pela lei do retorno, o
karma
Júpiter
/linha de Xangô- expande as realizações, mostra os caminhos abertos, tudo
aquilo que foi plantado no bem "floresce" mais claramente pela lei do
retorno, o karma
Mercúrio/linha
de Yori - expande as comunicações e o aprendizado, em suma expande o aprendizado
teórico, a indecisão, pois se reflete mentalmente sobre várias direções.
Sol/linha
de Oxalá - expande a visão das situações, coloca tudo às claras, potencializa a
percepção intelectual, realça situações: a calmaria fica ainda mais visível,
assim como o conflito também fica ainda mais claro
Lua/
linha das mães ou linha das águas, popularmente conhecida como linha de Iemanjá
(Iemanjá, Nanã, Oxum, Iansã) - expande o sentimento em relação às situações,
potencializa a percepção emocional, torna as situações mais suscetíveis ao
emocional dos envolvidos
Vênus/linha
de Oxóssi - expande a socialização, motiva as trocas intelectuais e emocionais
entre as pessoas, uma preocupação maior com as aparências, a sexualidade
Dito
isso, se fossemos calcular o orixá do ano com base no primeiro dia da semana
(no caso de 2020 uma quarta feira) teríamos que associar a Mercúrio e a linha
de Yori, sem qualquer ligação possível com Xangô ou Iansã. O orixá Xangô (a
linha de Xangô) está claramente associado com o arquétipo de Júpiter (regente
da quinta feira) então mesmo que quiséssemos utilizar o ciclo semanal para
apontar o regente do ano, Xangô só poderia reger o ano se começasse em uma
quinta feira. Mesmo usando o ciclo semanal para tentar apontar o regente do ano
(o que já seria errado) mesmo assim o ciclo semanal jamais apontaria Xangô como
regente de 2020, mas sim a linha de Yori.
E
obviamente utilizando o ciclo correto, a regência do ano fica associada ao Sol
e, portanto a Oxalá como o orixá regente do ano juntamente com Omulu/Obaluaye
da linha de Yorimá regente do ciclo de 36 anos
Em
hipótese alguma se usa o ciclo semanal do relógio dos magos para apontar o
astro/orixá regente do ano, esse apontamento cabe ao ciclo menor do ano
mostrado pelo relógio dos magos. E mesmo se o ciclo semanal fosse usado (o que
seria errado) ele não mostraria Xangô como o regente, pois pelo relógio dos
magos Xangô (Júpiter) é regido pela quinta feira e não quarta feira
OS
CICLOS MAIS RECENTES DE 36 ANOS
No
capítulo XI livro “Brasil o Lírio das Américas” analisei os últimos ciclos de
36 anos que a humanidade passou respeitando obviamente todas as associações
aqui mostradas mostrando como cada um deles está perfeitamente encaixado a cada
um dos períodos temporais de 36 anos:
"No
último grande período de 36 anos em Marte (1909 – 1945) conhecido como “o deus
da guerra” tivemos exatamente as duas grandes guerras, sendo que a última delas
terminou exatamente ao fim desse período astrológico.
No
último grande período de 36 anos da Lua (1945 – 1981) conhecida como “a grande
mãe”, a sustentação emocional, tivemos exatamente o processo de liberação
feminina e o “baby boom” com um espantoso crescimento da população mundial
Estamos
atualmente no grande período de 36 anos do Sol (1981-2017) conhecido como “o
senhor do palco”, o rei, o líder, que marcou a ampla disseminação das artes em
geral com a internet (livros, vídeos, músicas) e durante um período de 20 anos
(1988-2008) a existência de uma única superpotência mundial como “o líder do
mundo”.
Em
2017 até 2052 entraremos em um período de 36 anos regidos por Saturno conhecido
como “o pai severo”, “o senhor do karma”, “a foice de chumbo”.
Tanto
nos anos regidos por Saturno (como por exemplo, 2013 e 2017) como nos grandes
períodos regidos por esse planeta (2017-2052) tudo aquilo que precisa ser
destruído para uma nova e melhor reconstrução é, literalmente, arrancado pela
foice de Saturno, o que explica o ápice da transição planetária exatamente no
meio deste grande período, em 2036
Reparem
que nos grandes ciclos de Marte (1909-1945), Lua (1945-1981) e Sol (1981-2017)
tivemos acontecimentos perfeitamente alinhados com a natureza principal de cada
um desses astros, considerando os arquétipos astrológicos, da mitologia
greco-romana e dos orixás todos associados entre si. O “baby boom” ocorreu
sobre a regência do ciclo maior da “linha das mães”, as duas grandes guerras no
ciclo maior regido pela “linha das demandas” (ogum) o mediador dos choques que
envolvem questões kármicas e assim por diante.
Ou
seja, existe todo uma base de estudo que se comprova pelos fatos, tanto na
regência dos ciclos maiores (36 anos) como nos ciclos menores (um ano) e um
motivo para toda a mitologia de cada um desses ciclos, associada a Astrologia,
Numerologia e ao estudo dos Orixás. Não adianta a pessoa ou estudioso querer
“encaixar” o orixá do ano com base no primeiro dia da semana, pois tal esquema
não vai se sustentar se comparado com todos os ciclos aqui mostrados (maior de
36 anos e menor, anual).
Deixarei
a seguir alguns exemplos de regência anual nos últimos anos para que os
leitores percebessem a perfeita associação com as características do orixá
regente daquele determinado ano.
ALGUNS
EXEMPLOS DA REGÊNCIA ANUAL (CICLO MENOR)
Nos
anos regidos por Mercúrio, por exemplo, a linha regente é Yori que está
associada às crianças, ao aprendizado, disseminação do conhecimento como foi
explicado até aqui, não a toa entre 1990 e 1997 tivemos o boom mundial da
internet, sendo que o protocolo padrão que usamos hoje e permite a rede global
(IP) foi lançado exatamente em 1983 (outro ano de Mercúrio). Quando falamos que
um orixá (uma linha de orixá) rege o ano estamos falando que os assuntos
ligados aquela linha e por sua vez ao astro regente serão aqueles de maior
destaque no ano.
Vejamos
alguns anos:
1989
– Queda do muro de Berlim, foi regido por Vênus (Oxóssi): expande a
socialização, motiva as trocas intelectuais e emocionais entre as pessoas
1998
– Impeachment de Bill Clinton, foi regido pela Lua (linha das mães): expande o
sentimento em relação às situações, potencializa a percepção emocional, torna
as situações mais suscetíveis ao emocional dos envolvidos (exatamente o motivo
do processo de impeachment)
2001
– Torres Gêmeas, ano regido por Marte (linha de ogum ou linha das demandas):
expande a capacidade de enfrentamento práticos das situações, em suma expande a
ação, a decisão (exatamente o que aconteceu com o início da guerra ao terror)
Reparem
que há ainda situações que ativam a energia do orixá de forma destrutiva: o
mesmo Oxóssi (Vênus) foi o regente do ano de 2003 (o grande tsunami que
aconteceu em uma região e época que recebia turistas do mundo inteiro) e
motivou toda uma ação global e fraterna sobre as vítimas do tsunami. Igualmente
o tsunami de 2011 em Fukushima aconteceu ainda sobre a regência de Oxóssi (pois
a regência do ano se inicia apenas a partir de 20 de março e o sismo aconteceu
dia 11)
ANO
DE 2020 COM OMULU (OBALUAYE) E OXALÁ
O
que podemos esperar de um ano regido por Oxalá na companhia de Omulu? Como
expliquei anteriormente em outros textos sobre o grande ciclo de Saturno e o
próprio arquétipo astrológico e mitológico de Saturno, esse astro representa o
limite, superação de barreiras e superação do medo, desenvolvimento através do
esforço e persistência, o resgate kármico, o aprendizado através do desapego e
da destruição de situações que precisam ser renovadas.
Saturno é a foice que
ceifa a terra, por isso que simbolicamente representa processos
revolucionários. Exatamente por essas características é que pude apontar com tranqüilidade
que todo o processo de queda do marxismo na América do Sul e fortalecimento da
direita no mundo seria confirmado com a entrada do grande ciclo de 36 anos de
Saturno, como realmente vimos nos últimos anos e em especialmente em 2019,
quando a América do Sul resistiu a ofensiva marxista e a exceção de Argentina e
Venezuela, todos os demais governos marxistas caíram. Saturno regeu pela última
vez o período que englobou a Revolução Francesa e a Revolução Americana, ou
seja, nos seus grandes ciclos a foice de Saturno vem romper com situações de
estruturas sociais e governamentais que precisam ser renovadas.
Dentro
desse processo temos a ação do Sol que expande a visão das situações, coloca
tudo às claras, potencializa a percepção intelectual, realça situações: a
calmaria fica ainda mais visível, assim como o conflito também fica ainda mais
claro. Ou seja, todas as situações no âmbito social ou governamental que já
estiverem "maduras" para serem transformadas (potencializando uma
calmaria ou conflito já existente) receberão uma "luz extra" para que
seja possível erguer uma nova estrutura. Casos como Venezuela, problemas no
Oriente Médio como aqueles envolvendo Síria e Turquia (em 2016 que foi um ano
do Sol aconteceu a tentativa de derrubar Erdogan do poder), a questão entre
Israel e Irã (vejo como praticamente certa a queda de Netanyahu para a ascensão
de uma liderança mais conciliadora na região) além da própria questão
envolvendo China, Rússia e EUA. De alguma forma a aliança camarada entre Trump
e Putin virá a tona
Outro
ponto relevante é que Omulu assim como o arquétipo de Saturno age como um
verdadeiro senhor do karma, então muita coisa que foi plantada “mal” desde o
último ano do Sol (2016) será resgatada de forma impressionante agora em 2020.
Quando Omulu vem como regente maior de um ano solar, sobretudo um ano do
Imperador (arcano 04) a colheita daqueles que exerceram mal o poder virá de
forma muito clara, seja na forma de restrições ou de perda total
Será
um ano para aprendermos as lições da prudência, persistência, contenção de
exageros e disciplina na construção de novos hábitos ao longo do tempo pela
constância da força de vontade.
Ação
dos eclipses ao longo de 2020 no mundo:
Previsões
para o esporte no ano de 2020:
O
ano do Sol no Brasil: