Na imagem acima um congá (tradicionalmente feito com a estrela de Davi) com os 14 símbolos dos 14 orixás, os 7 básicos (Oxóssi, Ogum, Xangô, Omulu, Oxum, Iemanjá e Iansã) que se ligam aos 7 raios, formando as 7 linhas da Umbanda e que tem, cada um, um par, os 7 desdobramentos (Obá, Ossan, Nanã, Obaluaê, Oxumaré, Logunedé e Oxalá), formando assim os 14 orixás que atuam através dos 7 raios, que formam as 7 linhas (os 6 pontos da Estrela, mais o ponto central que é o ápice por onde correm os raios ou linhas energéticas do congá).
Fontes de pesquisa:
http://www.minhaumbanda.com.br/blog/?p=5606#more-5606
http://www.fucesp.com/ervas/banho-de-ervas/
Meu canal no Youtube:
Para os médiuns
umbandistas, banhos de ervas são fundamentais. Eles servem principalmente para
limpar as energias negativas que estão impregnadas no corpo áurico, conseqüentemente,
expelem influências de espíritos negativos. Ainda reequilibram e aumentam a
capacidade mediúnica facilitando a incorporação e desobstruem os chacras
ajudando a equilibrar o corpo físico e emocional. Obviamente que esses
benefícios não são restritos a médiuns, mas a qualquer pessoa. Na Umbanda,
especificamente, utilizamos ervas e flores em quase todos os rituais, inclusive
nas giras e nas oferendas ritualísticas. Já os banhos de ervas são, de maneira
geral, utilizados para que haja uma troca energética, é uma importante
“ferramenta” natural que nos auxilia e nos proporciona enorme bem. Certamente
que o melhor banho é aquele que o Guia ou o Pai/Mãe Espiritual aconselha ou
orienta, afinal, é importante ir de acordo com nossas reais necessidades,
aquelas que muitas vezes não conhecemos ou entendemos. ei que algumas vezes
essas informações não chegam até nós e aí, precisamos buscar um pouco de
conhecimento, alguns punhados de bom senso e uma pitada de intuição misturados
com muita coerência e fé. Lidar com erva e planta (ou mesmo com banho de erva)
é extremamente complexo. Elas, penso eu, são como gente, cada uma tem uma
preferência, uma forma específica de melhor viver, florescer, doar, ceder ou se
defender.
Elas possuem um
jeito especial e particular de “falar” conosco e que, dependendo de nossa
energia, também “respondem” de forma especial e particular; isso quer dizer que
um banho de ervas, dependendo da energia pessoal de cada um, pode causar
reações diferentes entre nós. Portanto, é importante ter boas orientações, ok?
Mas vale saber, existem algumas ervas e flores que são harmonizadoras e que não
causam malefício algum, portanto, podem ser jogadas da cabeça (coroa) para
baixo, inclusive nas crianças. Essas ervas/flores são: camomila, alfazema, rosa
branca e sálvia.*
* Comentário
José Alencastro: Segundo a minha experiência mediúnica após ter acompanhado
entorno de 500 reuniões mediúnicas do Dr. Fritz, somados aos meus próprios estudos
pessoais da Umbanda e da Apometria, além da prática apométrica em si há vários
anos, eu acredito que todos os banhos, sobretudo os de descarrego DEVEM ser
realizados da cabeça até abaixo do corpo, pois é justamente nos chacras coroa,
frontal e da nuca que certas formas pensamento e severos processos enfermiços
astrais que influenciam patologias psicológicas se instalam, ou melhor, grudam.
O próprio autor do texto fala a seguir do banho de mar, que é abundante em sal
e que deve ser tomado de cabeça, então não há qualquer sentido de evitar o uso
de banhos, inclusive de descarrego, nos chacras superiores. Qual o malefício
que poderiam causar, sobretudo o sal grosso? A resposta é simples: em muitos
assentamentos energéticos, que são feitos pelos médiuns ou cavalos e que são,
em essência, iniciações, são utilizadas certas ervas e plantas e do magnetismo
de quem fez o assentamento, sobretudo no coroa e no frontal e para evitar que
esse assentamento, magnetização ou axé seja desfeito, é recomendado, sobretudo
para os médiuns, não realizar os banhos, sobretudo de descarrego, sobre o coroa
e o frontal.
Vale ainda ressaltar que em muitos casos é TOTALMENTE necessário o
banho de descarrego sobre o frontal e o coroa, sobretudo para desfazer
iniciações ou assentamentos feitos com sangue animal, pois sem a
desmagnetização dessa região na cabeça, o médium ou cavalo ainda permanecerá
conectado a pessoa que fez a iniciação e aos espíritos que estejam atuando
sobre ele. Tanto a Umbanda como a Apometria não apóiam, sob qualquer aspecto, a
utilização de sangue animal ou humano para assentamentos ou iniciações, sendo
altamente recomendável quem se submeteu a esse procedimento desfazê-lo o mais
rápido possível, pois esse tipo de prática estabelece uma conexão mediúnica com
entidades que ainda precisam desse tipo de energia e dela se alimentam, no caso
os kiumbas e não os mentores, caboclos ou pretos velhos que jamais aceitam a
presença de sangue para qualquer espécie de atividade. Vale ressaltar que no
próprio site de onde a maioria das informações desse post foram retiradas e
pertencentes a Federação de Umbanda de SP, é dito claramente que a verdadeira
Umbanda não apóia qualquer sacrifício animal ou utilização de sangue em seus
rituais:
http://www.fucesp.com/historia-da-umanda/o-n%C3%A3o-sacrificio/
E para aqueles
que conhecem um pouco mais sobre ervas e Orixás, vale muito a pena unir a
energia do dia da semana e do Orixá com as ervas, ou seja, aproveitar, por
exemplo, terça-feira – dia da semana que é relacionado a Ogum - para tomar
banho com ervas de Ogum. Um AXÉ todo especial no banho que se potencializa com
nossa louvação e fé.
E seguem mais
algumas dicas legais que podem facilitar ou inspirar mais um pouco a prática do
Banho de Ervas tão transformadora e benéfica para todos nós. Os banhos de ervas
secas devem ser preparados por infusão – ativar as ervas, colocá-las em um
recipiente e derramar água fervente sobre elas. Tampar e deixar por 15 min.
Coar e tomar o banho após o banho de higiene. Caules, raízes mais grossas e
talos duros, como as espadas, devem ser fervidos por um período médio de 30
min. Os banhos de ervas frescas devem ser preparados por maceração – colocar em
um recipiente com água as ervas e macerá-las por alguns minutos, podendo
aquecer levemente, coar e tomar o banho após o banho de higiene. Os banhos
normalmente devem ser preparados com números ímpares – com uma, três, cinco,
sete ervas. Potencializamos o Poder energético e natural do banho quando usamos
águas naturais – como água de rio, chuva, cachoeira, poço, mar, etc.
BANHO NATURAL –
são banhos que realizamos em sítios energéticos onde as energias estão em
abundância. Neste caso, não precisamos nos preocupar em não molhar os chacras
superiores (coronário e frontal) localizados na cabeça. Aliás é uma ótima
chance de naturalmente tratar da “coroa”, claro que se realizados em locais
livres da poluição.
Dentre eles
podemos destacar:
Banho de mar:
Ótimo para descarrego e para energização – importante ser realizado em mar com
ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais.
Banho de
cachoeira: Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces.
A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias
ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa aura.
Banho solar: É
todo banho tomado durante o dia, mesmo que esteja nublado (sem sol). A energia
solar vitaliza e energiza, pois o sol fornece o “Prana” que alimenta nossa
alma.
Banho lunar: É
todo banho tomado à noite, desde que a Lua esteja descoberta (não pode haver
nuvens). São os banhos que apresentam um aspecto magnético, frio, úmido e calmante.
Sei que parece
estranho falar em ‘banho solar’ e ‘banho lunar’, mas a idéia aqui é se colocar
sob o sol ou a lua com serenidade, consciente da intensa energia natural
direcionando-a para o chacra coronário. É imaginar uma espécie de funil sobre a
cabeça e permitir a entrada do forte magnetismo do sol ou da lua deixando-o
percorrer o corpo com naturalidade e espírito de agradecimento. São apenas
alguns minutos (15) de concentração leve, de respiração pausada e serenidade
interna para se beneficiar dessa imensa energia, para sentir as melhoras
internas e externas em todos os sentidos.
Características
de algumas ervas
Para banhos e
ou defumações com várias finalidades (Fonte: Artigos de Adriano Camargo,
publicados no Jornal de Umbanda Sagrada e no blog dele):
Arruda: Ótimo
protetor astral, desagrega larvas astrais e energias enfermiças. Quebra as
formações energéticas negativas resultantes de acúmulos de pensamentos
negativos e de atuações do baixo astral.
Alecrim: Desagrega
energias enfermiças, limpa e purifica o ambiente, criando uma “esfera” de
proteção; boa contra obsessão; afasta a tristeza.
Alfazema: Ajuda
a equilibrar nossas energias, limpa e purifica o ambiente trazendo a paz e
harmonia.
Anis-estrelado:
Atua melhorando nosso humor; desperta a intuição; torna o ambiente agradável e
desagrega energias negativas.
Absinto –
Losna: Em banhos,ela desagrega fluidos negativos. Na defumação, afasta influência
negativa.
Alho (casca): Desagrega
as energias negativas de ordem sexual, protege contra influências negativas e
purifica o ambiente.
Artemísia: Quebra
as correntes de pensamentos negativos e traz proteção.
Bambu: Contra
influências negativas.
Botões de flor
de laranjeira: Para o amor.
Camomila: Calmante,
contra depressão e ansiedade.
Cana-de-açúcar
(palha e bagaço): Dá força e vigor para enfrentar as situações do dia a dia.
Canela: Condensador
de fluidos benéficos, destrói miasmas astrais; afrodisíaco; atrai a
prosperidade.
Cebola (casca):
Desagrega energias negativas de ordem sexual; afasta fluidos indesejados.
Capim limão /
Capim Santo: Bom para acalmar e trazer bons fluidos.
Cravo: Afrodisíaco,
estimulante, aumenta o magnetismo pessoal e atrai a prosperidade.
Eucalipto: Desagrega
as energias negativas e enfermiças, renova nossas energias, equilibra o
emocional.
Erva Doce: Acalma
e harmoniza o ambiente, desagregando energias enfermiças e nocivas.
Girassol
(folhas): Excelente condensador de fluidos positivos; ajuda a aguçar a
intuição.
Guiné: Quebra
formas-pensamento baixas e ajuda na comunicação com os bons espíritos. Bom
contra obsessões de natureza sexual.
Hortelã: Bom
para proteção e contra o desânimo.
Ipê amarelo: Para
harmonizar ambientes.
Laranja (flor,
folhas e casca): Estimula o amor nos tornando mais atraentes; também torna o
ambiente mais agradável e “leve”.
Levante: Bom
para proteção e abertura de caminhos.
Limão (casca): Queima
os fluidos negativos e enfermiços.
Lírio: Bom para
nos tornar mais puros, simples e humildes; estimula nosso lado compreensivo e
amoroso.
Louro (“a folha
do sacerdote”): Excelente para aguçar a intuição e para a prosperidade.
Maçã (folhas,
flores e casca): Desperta nossa sensibilidade ao amor e aumenta nosso poder
magnético de atrair o que nos agrada.
Malva: Acalma e
desperta a sensibilidade.
Manjericão: Ótimo
para tirar as energias negativas, trazer vida ao ambiente e às pessoas; aumenta
o magnetismo pessoal; atua contra a depressão e ansiedade.
Maracujá
(flor): Para fortalecer nossos laços de amizade.
Melissa: Acalma
os ânimos e nos torna mais alegres; limpa e sutiliza o corpo astral.
Morango (folhas
e fruto): Desperta o prazer em todos os sentidos.
Noz moscada: Aguça
a intuição, ajuda na comunicação astral e é boa para a prosperidade.
Poejo: Ótima
para proteção e para acalmar os ânimos.
Pitanga
(folhas): Prosperidade e proteção.
Patchuli: Bom
para o amor, a prosperidade e a intuição, fortalecendo o magnetismo pessoal.
Salsa: Usada
para a proteção, afasta a negatividade.
Sálvia: Considerada
a erva da saúde, serve para limpeza, proteção e intuição.
Rosa branca: Desperta
o amor à espiritualidade.
Rosa vermelha: Desperta
a paixão.
Rosa
cor-de-rosa: Desperta o amor maternal, filial e fraternal.
Romã (casca e
flores): Utilizada para a prosperidade, protege contra as emanações provindas
da inveja e do ódio.
Orquídea: Utilizada
para a prosperidade, protege contra as emanações provindas da inveja e do ódio.
Observação de
Adriano Camargo: Ao trabalhar com as essências das ervas, banhos ou defumação,
estamos entrando em um universo vegetal que vai além da matéria. Assim como não
somos apenas carne e as divindades não são apenas arquétipos, as plantas também
possuem um “espírito vegetal” que as anima e têm seus respectivos gênios e
divindades guardiãs responsáveis pela força vegetal*. Portanto, ao trabalhar
com ervas, entre em contato com estes espíritos, gênios e guardiões vegetais
pedindo sua licença e sua força para realizarmos nossa tarefa. Dentro do
conceito de divindades podemos recorrer a Oxóssi como Guardião do reino vegetal
e a Ossain como gênio deste reino e da cura pelas ervas.
* Comentário José
Alencastro: Essa força ou espírito
vegetal é aquilo que Ramatís chama de eterismo vegetal, uma energia etérica que
envolve as plantas e ervas, que não está "incorporada" na planta ou
na erva, mas que é fruto da vibração de centelhas espirituais em estágio
evolutivo anterior ao reino animal e por consequencia tambem anterior ao reino
elemental e humano. Essa vibração é o chamado ectofitoplasma (ectoplasma
vegetal), da mesma forma que existe o ectoplasma mineral, animal e humano. Um
livro excelente sobre esse assunto é "Um Fluido Vital chamado
Ectoplasma" de Mathieu Tubino, químico e professor da Unicamp, pela
editora Lachâtre
Receitas de
Banhos e Defumação
Para depressão
e purificar a aura: Salsinha, anis-estrelado e alecrim.
Acabar com os
males e desagregar energias negativas: Banho de cerveja.
Prosperidade
financeira: Salsinha com noz-moscada
Para ajudar no
comércio: Alecrim, abre-caminho, hortelã, levante, girassol, cana, açúcar
mascavo. (Fazer banho, defumação e passar no chão do escritório ou loja.)
Para o amor:
Anis-estrelado, calêndula, rosa vermelha, patchuli, malva branca e jasmim.
Para atrair a
sorte: Milho de galinha, abre-caminho, café e açúcar mascavo.
Purificar o
espírito e fortalecer o mental: Levante, alecrim e hortelã.
Para a saúde,
ajuda a fortalecer pessoas debilitadas: Banho de leite com levante (feito às
terças e quintas feiras).
Para
prosperidade: Pó de café, açúcar, louro, manjericão, folha de pitanga, hortelã.
Para descarga
forte: Folhas de eucalipto, casca de alho, palha ou bagaço de cana (seco),
folha de bambu, folha de pinhão roxo.
Para descarga
de energias sexuais densas: Cravo, canela, casca de alho roxo, erva-doce, casca
de limão.
Para cansaço ou
depressão: sementes de girassol, semente de imburana, anis-estrelado. (Exercícios
respiratórios ajudam muito. Deixar no ambiente o preparado com essas ervas, de
modo que o vapor fique no ar; respirar com calma, sem pressa e sem esforço.)
Contra a
insônia: Pétalas de rosa, erva-sândalo, hortelã e cravo da Índia.
Para afastar a
obsessão e alcoolismo: Alho, salsão, arruda, guiné, espada de São Jorge, folha
de fumo, folha de mangueira, levante e cipó mil-homens
Para abrir
caminhos: Açucena, agrião, angico, aroeira e espada de São Jorge
Para ajudar no
desenvolver da espiritualidade: Jasmim, anis-estrelado e alfazema. As ervas acima
servem para banhos e defumações. Para defumar, as ervas precisam estar secas.
DEFUMAÇÃO para
prosperidade: Noz moscada, cana, incenso (resina), folha de louro, canela em
pó, arroz com casca e alfazema
DEFUMAÇÃO para
descarrego de energias pesadas: Manjericão, alecrim, mirra (resina), alfazema e
arruda.
Obs.: O incenso
e a mirra são resinas e servem apenas para defumação. NÃO se usa resina para
banhos.)