Recebi uma interessante questão com relação a data do
nascimento de Jesus, questionando se Jesus teria nascido em 21 de agosto do ano
7 antes do ano zero. Vamos descobrir o mapa natal de Jesus.
Segundo meus estudos Jesus nasceu em 21 de setembro do ano 3
antes do ano zero, às 17 horas e 55 minutos em Belém da Galiléia, quando
aconteceu uma conjunção do Sol com a estrela Spica e de Júpiter com Régulus,
deixando o céu naquele dia intensamente
luminoso, como se uma nova estrela muito mais brilhante tivesse surgido.
Deixarei a imagem do mapa logo abaixo e nos próximos posts farei uma análise bem
ampla do mapa astrológico de Jesus:
Tal época (meados de setembro) coincide com o ano novo
judaico, a festa de Rosh Hashana que possui uma curiosa ligação em termos de
significado numérico, amplamente estudada pelos cabalistas. Já mostrei aqui no
blog os significados do número 36 (reconstrução, renovação, kamea solar) e 72
(os nomes de Deus, a energia da criação). Existe logo no inicio da Genesis uma
interessante relação entre os números 37 e 73 (posteriores em seqüência ao 36 e
72) demonstrando um novo ciclo divino e que está ligado exatamente a festa judaica
do Rosh Hashana. Tal relação pode ser vista AQUI
Mas vamos a famosa questão do recenseamento:
Os defensores da tese de que Jesus teria nascido ao final de
agosto do ano 7 antes do ano zero baseiam-se nas seguintes premissas:
Segundo a Bíblia, em Mateus, Jesus teria nascido no governo
de Herodes que faleceu por volta de 4 AC.
Os romanos obrigaram o recenseamento de todos os povos que
lhes eram sujeitos a fim de facilitar a cobrança de impostos, o que se tornou
numa valiosa ajuda na localização temporal dos fatos, uma vez que ocorreu
exatamente 4 anos antes da morte de Herodes, no ano 8 a.C..
Entretanto, os Judeus tomaram providência no sentido de
dificultar qualquer tentativa por parte dos ocupantes em contar o seu povo, pelo
que, segundo a história, nas terras judaicas este recenseamento ocorrera um ano
depois do restante império romano, ou seja, no ano 7 a.C.. Em Belém, o
recenseamento ocorrera no oitavo mês, pelo que se concluiu que, Jesus nascera
provavelmente no mês de Agosto do ano 7 a.C..
Outros fatos também ajudam a estimar a data exata. Conforme
é relatado pelos textos bíblicos, no dia seguinte ao nascimento de Jesus, José
fez o recenseamento da sua família, e um dia depois, Maria enviou uma mensagem
a Isabel relatando o acontecimento.
A apresentação dos bebês no templo, bem como a purificação
das mulheres teria de ocorrer até aos vinte e um dias após o parto. Jesus foi
apresentado no templo de Zacarias, segundo os registros locais, no mês de
Setembro num sábado. Sabe-se que Setembro do ano 7 a.C. teve quatro sábados: 4,
11, 18 e 25. Como os censos em Belém ocorreram entre 10 e 24 de Agosto, o
sábado de apresentação seria o de 11/09. Logo Jesus teria nascido em 21 de Agosto do ano 7 a.C ou em um dia muito próximo dessa data.
O principal argumento dessa tese é o de que o nascimento de
Jesus aconteceu quando José foi a Belém com sua família para participar do
recenseamento.
Entretanto, segundo o historiador inglês Robin Lane Fox, não
é verdade que os chefes de família tinham que se apresentar ao censo em seu
local de nascimento: cada um era recenseado onde vivia, onde tinha
propriedades, onde ganhava o seu sustento. José seria recenseado, por
conseguinte, em Nazaré, e não em Belém. Por fim, os romanos não realizavam
censos em regiões de governo autônomo, como a Galiléia, terra de José e Maria.
Os habitantes de tais regiões não pagavam impostos diretamente a Roma, mas ao
governo regional, que, por sua vez, pagava tributos a Roma. O objetivo dos
censos romanos era exclusivamente tributário, e o Império só fazia censos onde
recolhia os tributos diretamente.
Temos ainda outro problema; segundo o evangelista Lucas, o
nascimento de Jesus ocorreu na época do recenseamento do imperador César
Augusto. Entre 28 antes do ano zero e o ano 14 depois de Cristo ele promoveu o
recenseamento em 3 oportunidades: em 28 AC, 8 AC e no ano 14. Ocorre que Lucas
acrescenta que tal recenseamento ocorreu na época do governador Quirino, ocorre
que Quirino foi governador romano apenas a partir do ano 6, ou seja, muito depois
do suposto recenseamento em 8 AC.
Então como explicar essa aparente incompatibilidade nas
informações?
Teríamos que admitir dois recenseamentos: um romano, feito
por Quirino e um, a nível provincial realizado por Herodes ao final do seu
reinado, próximo da sua morte e que teria sido completado pelo seu sucessor e
filho, Herodes Arquelau, explicando assim o nascimento de Jesus em 3 antes do
ano zero, na época de Herodes, mas sim do seu filho, Arquelau e talvez por
causa disso, por completar o senso iniciado pelo seu pai Herodes o Grande é que
Lucas tenha relatado o nascimento de Jesus durante o governo de Herodes o Grande,
pois o recenseamento que comprovava o nascimento do Messias havia sido iniciado
quando Herodes o Grande ainda estava vivo.
Mas então como explicar a informação de Lucas, aparentemente
conflitante? É simples: no passado alguns recenseamentos poderiam levar até 40
anos devido as dificuldades logísticas e tecnológicas, não seria improvável
imaginar que o recenseamento iniciado por César Augusto em toda Roma em 8 AC
pudesse prosseguir e ser realizado nas províncias do governador romano Quirino
no ano 6 quase 15 anos depois. Isso explicaria a aparente confusão, pois dentro
do recenseamento de todas as províncias e tetrarquias de Roma, aconteciam os recenseamentos
provinciais, exatamente o que Herodes o Grande deve ter feito, seu filho
prosseguido em virtude da morte do pai e que estava dentro do conjunto do
grande recenseamento realizado por César Augusto.
Isso explicaria o nascimento de Jesus no ano 3 antes do ano
zero, assim como o fenômeno da estrela de Belém, devido a proximidade de
Júpiter a estrela Alpha leonis exatamente em setembro do ano 3 em pleno ano
novo judeu da época. Vale ressaltar que em agosto do ano 7 antes do ano zero
não existe qualquer relato astrológico de algum fenômeno que pudesse produzir
um brilho no céu que explicasse o fenômeno da Estrela de Belém.
Além dos argumentos que expus aqui, existe um outro forte
argumento que aponta o nascimento de Jesus para o final de setembro. Logo no primeiro capítulo do Evangelho de
Lucas é relatado que Zacarias, pai de João Batista, pertencia à ordem
sacerdotal de Abias e tanto no livro de Crônicas como no capítulo 16 de
Deuteronômio é são informados alguns dos serviços que esses sacerdotes cumpriam
em virtude das festas judaicas. Com base em tais relatos é possível concluir
que Zacarias permaneceu a serviço da ordem até a 10º semana do ano judaico. O
primeiro capítulo do Evangelho de Lucas relata que Zacarias retornou para sua
casa logo após a conclusão dos serviços na ordem e que em seguida João Batista
foi concebido, em junho segundo essa cronologia.
Ou seja, João Batista nasceu em março, exatamente no mês de
Nisan durante os festejos da Páscoa, quando os judeus esperam o retorno de
Elias durante os festejos, inclusive deixando uma cadeira vazia durante os
festejos em suas casas destinada ao profeta. "Coincidentemente" João
Batista, o Elias reencarnado, nasceu exatamente durante os festejos nos quais o
profeta é bastante lembrado. O livro de Mateus, capítulo 17, confirma essa
informação, ao dizer que João Batista realmente nasceu na Páscoa, pois segundo
consta durante a sua concepção, o anjo Gabriel informou que ele, João Batista,
viria com a força e o espírito de Elias.
Além de todas essas informações outra questão importante a
ser considerada é que João teria nascido ao final de março, já que Jesus
nascera em final de setembro, e sendo assim João Batista nasceu sob o signo de Áries.
Todo o perfil psicológico mostrado nas Escrituras sobre João Batista permite
tranquilamente, associarmos sua personalidade e atos a de um típico ariano.
Com essas informações fica fácil identificar o mês que Jesus
nasceu. No primeiro capítulo do Evangelho de Lucas é dito que Maria concebeu
Jesus durante o sexto mês de gravidez de Elisabeth, ou seja, em dezembro.
Considerando que são necessários 9 meses para o nascimento, Jesus nasceu em
setembro.
Temos, portanto, indicativos muito mais consistentes
apontando o nascimento de Jesus para o mês de setembro.
Quanto a questão do ano, a aparente confusão comentada
linhas atrás explicaria a questão do recenseamento, visto que entre os ano 7 e
4 antes do ano zero não tivemos fenômeno astrológico algum que pudesse explicar
o brilho no céu da estrela de Belém. A nível astrológico, o dia 21 de agosto de
7AC ainda traz uma péssimo posicionamento que dificilmente identificaria a
vinda de um emissário divino: uma forte conjunção do Caput draconis com a
estrela Algol
Em virtude de todas essas informações e reflexões acredito
que a data mais adequada para o nascimento de Jesus seja exatamente o final de
setembro do ano 3 antes do ano zero, exatamente como foi mostrado no blog e no
segundo capítulo do livro "A Bíblia no 3º Milênio", corroborando assim para o mapa natal mostrado neste texto.
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