Pergunta
que recebi nos comentários do blog sobre viagem no tempo, universos paralelos e linhas temporais:
"José
quero te fazer uma pergunta que não tem muito haver com o post. Diz se que
quando a pessoa morre, o lado de lá não possui "tempo" como
conhecemos, então uma pessoa pode morrer e escolher encarnar em um local
totalmente diferente e anos antes da ultima encarnação dela? Por exemplo uma
mulher que nasceu em 1970 na Inglaterra e morrer, pode nascer em outra dimensão
na terra também em 1970, só que por exemplo, no japão? sempre tive essa duvida.
Ou se ela morresse por exemplo em 2014, ela poderia reencarnar em outro país
somente depois desse ano, como se dá o processo de reencarnação, as pessoas
podem escolher qualquer país, ou existe alguma interferência de algo no
astral?" (Pergunta enviada por Leidiane no texto do blog de 26/06/15)
Resposta:
Olá Leidiane, no caso que você trouxe essa pessoa só poderia reencarnar após
2014.
Existe
muita confusão no meio espiritualista para compreender a idéia de tempo, planos
(dimensões) e realidades paralelas. Compreendendo cada um desses três itens é
possível compreender porque da impossibilidade de alguém voltar a encarnar no
passado, o que por sua vez não significa que seja impossível viajar ao passado
(mas isso eu explicarei ao final deste texto). Vamos então compreender os três
conceitos:
Tempo é apenas uma forma de demarcar o
transcorrer de um momento presente a um momento futuro, que pode ser medido em
segundos, horas, dias, anos, milênios numa contagem progressiva.
Vamos
citar um exemplo: na Terra, um ano equivale ao movimento de translação da Terra
em relação ao Sol (365 dias), enquanto que em Marte a translação leva 780 dias
(pouco mais de 2 anos terrestres equivalem a um ano em Marte).
Se
considerarmos, por hipótese, que um terráqueo e um marciano fossem idênticos
fisicamente e fossem viver exatamente o mesmo tempo de vida, eles viveriam um
período de ano diferente em cada mundo: o terráqueo viveria 80 anos na Terra e
menos de 40 anos em Marte, da mesma forma que se o marciano viveria menos de 40
anos em Marte ele viveria 80 anos de vida na Terra, pois o "quantum"
de vitalidade da sua encarnação não depende do movimento de translação de um
planeta ou outro, tal movimento serve apenas para marcar a medida de tempo. Se um
corpo físico se deteriora completamente em até 120 anos, qualquer pessoa que
tivesse um corpo físico em Marte não chegaria nem a 60 anos marcianos.
Esse
"quantum" de vitalidade é a linha temporal que cada ser vive
encarnado, o que alguns chamam de tempo biológico. Da mesma forma que cada 60
segundos equivalem a um minuto, demarcando "x" quantum na linha
temporal, o mesmo vai ocorrer em qualquer lugar do plano material, independente
das órbitas planetárias ou que tipo de medida uma civilização usa.
O
que ocorre é que no plano astral o "quantum" da linha temporal é
diferente: quanto mais próximo da freqüência do plano material (ou seja,
matéria astral mais próxima da matéria física), mais próximo será a contagem
desse tempo (como por exemplo, plano astral inferior e plano astral
intermediário) enquanto que quanto mais elevado o plano astral em relação à freqüência
do plano material (ou seja, matéria astral em freqüência muito mais vibrante
que a matéria física), menos tempo os habitantes desse plano precisarão para
vivenciar os mesmos acontecimentos que as consciências mais atrasadas do mundo
físico e do astral inferior e intermediário levam.
Segundo
os hinduístas que estudam o conceito do Manvantara, um "piscar de
olhos" no plano ou dimensão mais próxima de Deus (ou seja, um quantum de
tempo bem rápido para os espíritos que vivem nessa dimensão) equivale a mais de
2 bilhões de anos terrestres na dimensão física: o que eles levam um átimo de
tempo (pra eles) para vivenciar, nos precisaríamos de mais de 2 bilhões de
anos, pois são consciências muito mais superiores, que abarcam galáxias
inteiras e muitos planos/dimensões acima de nós.
Para
compreender melhor a idéia de linha de tempo e como os espíritos superiores
(que vivem em planos superiores) podem enxergar o futuro (o futuro que nós
ainda vamos decidir, mas que eles já viram o que decidimos, pois o "um
ano" deles abarca vários anos nossos) eu explico isso entre 1 hora e 10
minutos e 1:26 minutos da palestra abaixo: Palestra aqui
Compreendida
tal idéia, temos que entender os conceitos de plano astral e plano mental. Falo
sobre isso nos meus dois livros, mas pra facilitar deixo esse link do site do
Del Debbio que explica de forma sintetizada o conceito: Planos e dimensões
Compreendido
esse conceito, você entenderá que sempre que faz uma escolha abre mão de uma
outra realidade no mesmo instante e a longo prazo, de bilhões, trilhões de
realidades que não foram executadas.
Realidade – A escolha
do livre arbítrio
A
linha temporal que você, eu e todos os encarnados e desencarnados da Terra
decidiu seguir, escolhendo um caminho e abrindo mão de outro a cada segundo
define a realidade, a linha do tempo que estamos inseridos. Um mundo no qual
Elvis tivesse vivo, Senna fosse heptacampeão e o Brasil nunca tivesse sido
campeão mundial de futebol não existe como "realidade paralela", ou
seja, não existe uma dimensão paralela com essa realidade simplesmente porque
ela não se tornou realidade, ficou apenas plasmada no campo da
possibilidade, alimentada artificialmente como qualquer idéia ou
sentimento que possa alimentar uma egrégora.
Ocorre
que da mesma forma que existe essa idéia ou "fantasia" plasmada como
uma "realidade virtual" existe também plasmada como uma
"realidade virtual" todas as lembranças do que REALMENTE aconteceu:
trata-se do Akasha que guarda a memória de tudo aquilo que foi concretizado,
realizado na linha do tempo.
A
diferença do Akasha para as outras "realidades virtuais" ou
"universos paralelos" está exatamente nisso: um (o Akasha) guarda um
banco virtual das ações e escolhas concretizadas e que aconteceram na linha do
tempo desde há trilhões de éons, enquanto que as idéias ou realidades que não
se concretizaram (como os milhares que acham que Elvis não morreu ou poderia
não ter morrido) permanecem em egrégoras que funcionam como realidades
paralelas acessadas mentalmente pelas pessoas que a ela se ligam, mas sem que
alguém possa encarnar nela.
Para
maior compreensão sobre o que é e como funciona o Akasha e a tecnologia de
acesso a esse banco de dados no mundo espiritual, eu relato com profundidade no
livro A Bíblia no 3º Milênio capítulo 14 e capítulo 17 e ao longo do livro
Brasil o Lírio das Américas.
Viagem ao
Passado
Mas
então como é possível viajar ao passado? Sim é possível. Todas as dimensões ou
planos são interpenetrados um dentro do outro como uma cebola em várias
camadas, sendo o mundo material o centro menos abrangente, enquanto o plano
mais superior e próximo de Deus a dimensão que engloba todas as demais
dimensões é a “casca” da cebola.
Da
mesma forma que espíritos desencarnados e atrasados moralmente precisam de
autorização e ajuda para acessar uma freqüência mais alta do plano astral (para
visitar algum amigo ou para participar de alguma atividade especial) e por sua
vez os espíritos mais adiantados podem "descer" para dimensões de freqüências
inferiores quando assim desejarem, o mesmo ocorre no acesso ao passado: Aos
ainda moralmente atrasados (que ainda precisam encarnar, por exemplo) é dado
apenas o poder de acessar o Akasha, ou seja, o arquivo virtual do que já
aconteceu sem, entretanto, poder participar ativamente daquela realidade.
Entretanto,
para as almas evoluídas moralmente isso é possível, ou seja, essas almas têm
permissão até mesmo de realizarem um intercâmbio via plano astral ou plano
mental em alguns casos, pois só o fazem com autorização para um objetivo
específico que esteja dentro do Grande Plano Divino (como por exemplo, trazer
profecias exatas sobre o futuro!)
Permitir
que almas primárias e em processo de provação e expiação voltassem ou
encarnassem em linhas de tempo que já vivenciaram criaria elos e questões
provacionais de origem kármica ainda piores, pois permitiria que o futuro
escolhido pelo livre arbítrio de todas as outras pessoas fosse alterado,
fazendo com as almas ficassem presas eternamente num "spin" eterno
dentro de um faixa da linha de tempo, da mesma forma impedindo que a pessoa se
responsabilizasse por sua escolha, já que poderia, mesmo inconscientemente,
buscar transformar alguma situação que já tivesse realizado seu livre arbítrio
quando voltasse no tempo encarnando novamente. Por isso que existe tal
limitação no intercâmbio com o passado: aos mais atrasados, no máximo um acesso
ao Akasha, aos mais evoluídos (beeem evoluídos, de avatar “pra cima” na escala
evolutiva) aí sim realizar um intercâmbio com o passado com um propósito bem
definido pelo Grande Plano Divino, como por exemplo, trazer profecias sobre o
futuro da humanidade visando o esclarecimento e preparação das pessoas para as
transformações inevitáveis dentro de um ciclo evolutivo planetário (e tem gente
que ainda acha que foi "à toa" Jesus ter feito profecias no Sermão
Profético e dito que voltaria enquanto João estivesse vivo, o que fez ao trazer
a Revelação na ilha de Patmos...)
Quanto
à pergunta sobre a questão da reencarnação (se podemos escolher em qual lugar e
condições podemos encarnar), isso depende da situação de cada espírito. Falei
bastante sobre isso AQUI
Aconselho
como textos adicionais ao conteúdo aqui abordado:
Manvanta
e os planos do Universo:
A
Arte de estudar Profecias:
Muitos
dos temas aqui abordados (plano astral, plano mental, akasha, intercâmbio com
os espíritos para ter acesso a informações sobre o futuro como os eventos
narrados no livro Brasil o Lírio das Américas, lançado em setembro de 2014 e
que já começam a se materializar no mundo físico) estão nas duas obras que
escrevi disponíveis no site do Clube dos Autores em promoção do site até o dia
09 de agosto. Clicando no banner abaixo ele redireciona para os dois links dos livros:
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