Questão interessante que foi enviada por email:
“José, O que vc pode nós dizer
de Edgar Cayce ? Dizem que no ultimo livro do Robson Pinheiro "O Fim da
Escuridão" ele prediz algumas grandes catástrofes.” (Alexandre)
Olá
Alexandre. No recente livro "O Fim da Escuridão" existe sim a
previsão de alguns eventos, algumas do Cayce outras não, sobretudo no final do
livro no que tange a uma interpretação, no meu ponto de vista equivocada, do
capítulo 20 do Apocalipse.
Antes
de mostrar o estudo abaixo, que mostra meu ponto de vista discordante ao que
está no livro “O Fim de Escuridão” sobre esse assunto específico, é importante
frisar a minha admiração pelo trabalho do Róbson, sobretudo na abordagem sobre
a Umbanda e o plano astral, em livros como “Tambores de Angola” e trilogia
“Reino das Sombras”.
Essa admiração, entretanto, não impede que eu analise o
tema exposto; não como fã, mas com a postura de estudioso do assunto, até
porque existem concordâncias e discordâncias em qualquer obra que se leia.
Na
própria trilogia “Reino das Sombras”, no terceiro volume “A Marca da Besta” é
informado que o Cristo e Jesus são o mesmo ser, quando Ramatís, pela mediunidade de Hercílio Maes
nos informa (e acredito que seja essa a visão mais correta) de que o Cristo é
uma entidade arcangélica, sem forma humana, enquanto Jesus é uma entidade
angélica, diferente e muito menos evoluída que o Cristo Planetário.
Da
mesma forma, na obra “Mulheres do Evangelho” existe a afirmação de que o apóstolo
Pedro foi uma das encarnações de Kardec, quando o espírito Conde de Rochester
já havia afirmado pela médium Maria Gertrudes que naqueles tempos de Jesus,
Kardec estaria encarnado como o centurião Quintus Cornélius (visão que também
compartilho) e que foi confirmada na obra "Herculanum", também de Rochester, só
que pela psicografia da médium Vera Kriajanovskaia.
Dito isso, é preciso deixar
claro que o objetivo do estudo abaixo é tão somente mostrar com estudos e
argumentos uma visão diferente da que é exposta no livro, a cerca de algumas
questões proféticas que foram ali levantadas, pois é através da comparação
construtiva de entendimentos diferentes, com argumentos, que podemos formular
um entendimento mais amplo sobre determinado assunto.
Feitas essas considerações,
segue o estudo abaixo:
Especificamente
através de Cayce o livro não traz muitas interpretações, até porque em vida Cayce demarcou o
período final de reconstrução da Terra após os grandes eventos da tribulação
até os idos de 2100 e profetizou que a Rússia se tornaria o berço de uma nova
ordem social após esses conflitos, o que segundo o profeta em suas profecias
levaria alguns anos e não séculos.
A interpretação de parte do capítulo 20 do Apocalipse
assim como a explicação de como devemos estudar profecias, levando em conta a
busca de um foco comum entre os profetas mais confiáveis do mundo, está
totalmente explicada nesse post do blog: AQUI
Segundo
nos esclarece O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 3, item 17, nos
mundos regenerados "a humanidade está livre das paixões desordenadas, do
orgulho que faz calar o coração, da inveja que tortura, do ódio que sufoca, a
palavra amor está escrita sobre todas as frontes, todos tentando ir a Deus e
seguindo suas leis". Esse relato deixa claro que não existe a menor
possibilidade de existir um mundo regenerado com espíritos da estirpe dos
dragões presos a esfera terrestre. Ou seja, enquanto existirem seres como os
dragões, mesmo que presos nas zonas inferiores da Terra, não teremos uma Era de
regeneraçao iniciada.
Da
mesma forma as profecias e o estudo mostrado no link acima demonstram que a
Bíblia expõe claramente que até 2100, concordando com as profecias de Edgard
Cayce encarnado, a Terra será um mundo de regeneração, ou seja, até lá não
teremos nenhum dragão preso a esfera terrestre ou qualquer outro espírito que
não tenha condição moral de permanecer em um mundo de Regeneração.
Da
mesma forma, baluartes do Espiritismo como Chico Xavier e Divaldo Franco
acentuam que já pelos idos da década de 2050 a Terra poderá sentir as mudanças próprias
de uma Era de Regeneração, ou seja, relatam que o período denominado
"Transição Planetária" ou numa linguagem bíblica "o ápice da
Grande Tribulação" já terá passado, confirmando sem sombra de dúvida os
estudos do blog Profecias o Ápice em 2036, que apontam 2036 como o ápice desses
eventos transformadores.
Em
virtude desses argumentos e dessa análise aqui demonstrada e através do link
que deixei, sou obrigado a discordar da análise profética que foi apresentada
ao final do livro "O Fim da Escuridão"(páginas 349 a 353), mesmo que admirando
o trabalho que o Robson realizou em livros como Tambores de Angola e na
trilogia Reino das Sombras, onde traz importantes informações a respeito da
Umbanda e também da realidade do plano astral.
A
questão do capítulo 20 do Apocalipse é até simples de ser compreendida:
No
versículo segundo é dito que o Dragão será preso por mil anos, no versículo
terceiro é dito que após esses mil anos ele será solto por um pouco de tempo.
No versículo oitavo é dito que Gog e Magog se reunirão para o confronto logo
após a soltura do dragão.
Ou
seja, aqui está claro que os mil anos de prisão são ANTERIORES ao confronto
entre Gog e Magog.
O
confronto entre Gog e Magog é amplamente descrito já no Velho Testamento, no
livro de Ezequiel capítulos 38 e 39, um conflito que retrata a completa
destruição de Israel por um povo estrangeiro vindo do norte.
Esse
mesmo conflito é retratado no livro de Daniel, na profecia dos 70 períodos,
onde o profeta relata um número exato de anos desde a restauração de Jerusalém
até o fim do confronto, quando sobre as “asas” das abominações (asa pois vem do
céu) virá o devastador (destruidor, apep, apophis, o asteróide) a semelhança de
Apocalipse 20:9 que fala em um “fogo devorador vindo dos céus” (um asteróide caindo em chamas) atingindo as
nações inimigas mais numerosas que grãos de areia de uma praia.
Um
asteróide caindo do céu é exatamente como um fogo devorador, destruidor.
Não
bastasse falar sobre esse confronto mundial no capítulo 9, Daniel cita
novamente no capítulo 11 ao falar do conflito entre “norte” e “sul”, repetindo
o que é dito nas profecias de Ezequiel e Jeremias sobre uma invasão a Israel
vinda de exércitos do norte (ou seja ao norte de Israel)
Jeremias
inclusive deixa isso claro no capítulo 25, versículo 26 ao falar em um conflito
que envolverá todas as nações do mundo, a mesma referência do capítulo 20 de
Apocalipse ao falar de Gog e Magog como a representação de todas as nações do
mundo em um conflito mundial e decisivo, antes que seja instalada a Era de
Regeneração que aparece simbolicamente como “o novo céu e a nova terra” ou “a
nova Jerusalém” logo no início do capítulo 21 do Apocalipse.
Fica
fácil compreender que esse conflito mundial entre norte e sul, gog e magog, é o
auge da grande tribulação, que será finalizado nos 70 períodos de Daniel, até
porque Jesus cita essa profecia no sermão profético (Mateus capítulo 24) ao
falar dos tempos finais da tribulação. Temos, portanto, os eventos do Apocalipse 20
assim divididos cronologicamente segundo o relato do próprio capítulo 20 do Apocalipse:
1)
Prisão por mil anos
do dragão
2)
Em seguida sua
libertação pra que só então se inicie o confronto entre Gog e Magog
3)
Gog e Magog ao se confrontarem demarcam
o auge da grande tribulação
Tanto
Daniel como Jeremias explicam claramente como calcular de forma exata QUANDO
ocorrerá a grande tribulação: são 70 anos (Jeremias 25:11)
Daniel
relembra essa passagem em Daniel 9:2 pra dizer que o número de cada um dos 70
períodos é em anos, ou seja, são 70 anos.
As
traduções para o português cometeram o erro de traduzir o termo “períodos”
(shavuim) como “semanas”, que em hebraico se escreve shavua. Em Daniel 9:24-27
quando a profecia dos 70 períodos é feita, a palavra utilizada no hebraico é
shavuim, sendo que no capítulo 10, versículo 2, aí sim aparece a palavra
“shavua” indicando que naquele versículo a medida temporal era em semanas.
Sendo
assim, nunca houve “profecia de 70 semanas ou 490 anos”, mas sim uma profecia
de 70 períodos de um ano, ou seja, 70 anos, tema esclarecido em Daniel 9:2 e
obviamente por uma simples tradução correta do hebraico para o português.
Daniel
informa que esses 70 anos começam a ser contados a partir da RESTAURAÇÃO DE
JERUSALÉM (ou seja, quando a cidade de Jerusalém fosse restaurada ao domínio
dos judeus).
Aqui o entendimento começa a ficar interessante, pois Jesus no
sermão profético fala que isso ocorreria no futuro (ou seja, após sua morte na
cruz) , quando o cristianismo fosse conhecido no mundo inteiro, ou seja, essa
restauração só poderia ter ocorrido DEPOIS de Jesus ter feito o sermão
profético e mais ainda, depois de Brasil e Austrália terem sido descobertos,
pois foi quando o cristianismo chegou ao conhecimento de todas as terras do
mundo.
As contas mirabolantes de 490 anos que começam segundo alguns
intérpretes bem antes do nascimento de
Jesus não fazem, portanto, o menor sentido (pelo menos pra quem leu com atenção
o sermão profético e conhece o mínimo da história da humanidade nos últimos 2
mil anos)
Falta
saber quando ocorreu a restauração de Jerusalém. A CRIAÇÃO do estado judeu
ocorreu em 1948, entretanto nessa época os judeus não tinham o controle de toda
a Jerusalém, pois a cidade velha (Jerusalém oriental) não estava sob domínio
judeu, algo que só aconteceu em 1967 com a guerra dos seis dias.
Se
contarmos a partir de 1967 (quando a Jerusalém do tempo de Canaã foi restaurada
aos judeus) os 70 períodos, chegaremos exatamente ao ano de 2036, quando Daniel
cita que “nas asas da abominação virá o devastador”, assolador, destruidor,
todos sinônimos para a palavra grega Apophis, ou então no próprio capítulo 20
do Apocalipse que fala de “um fogo devorador descendo dos céus” qual a figura
de um dragão cuspindo fogo, o mesmo dragão que é chamado de “primitiva
serpente” (Apocalipse 12:9), primitiva serpente essa que era conhecida na
antiguidade como Apep, o ser em forma de serpente gigante e primitiva que vivia
no abismo, que tinha como nomes Apolion/Abadon ou simplesmente no seu sinônimo
mais conhecido, Apophis, um asteróide descendo do céu no formato de uma grande serpente
voadora, com uma “cauda” e trazendo um fogo devorador.
Dessa
forma, o auge dos eventos da tribulação será em 2036, o ponto culminante do
conflito descrito por Jeremias, Ezequiel, Daniel e Apocalipse como “Gog e
Magog” ou a luta de todas as nações do mundo representadas pela invasão de uma
nação do norte ao solo de Israel, evento que, como deixa claro Apocalipse 20,
ocorre DEPOIS da prisão do dragão por mil anos, sendo assim o Apocalipse
capítulo 20 não fala em prisão alguma de dragão em 2012.
Além de
tudo isso, o auge dos eventos da grande tribulação em 2036 se alinha perfeitamente
com os relatos de Chico Xavier e Divaldo Franco (apontando para a década de
2050 uma Terra já visivelmente em regeneração, ou seja, após os eventos finais
da grande tribulação e da era de expiação e provas) e também do próprio Edgard
Cayce que em vida apontou o processo de reconstrução das cidades americanas
incluindo aí Nova York pelos idos de 2100.
Mas
fica então a pergunta: quando afinal começou a serem contados esses mil anos de
prisão?
O próprio Apocalipse capítulo 20 descreve que um anjo, que tem a chave
do abismo prendeu a primitiva serpente, a representação mitológica de Apep, a
serpente que vive no abismo e citada em outras partes do Apocalipse.
Essa
serpente primitiva, que figurativamente ora representa o asteróide Apophis (Apep em grego), ora
representa a entidade draconiana descrita nas obras do Róbson Pinheiro, JÁ ESTAVA NO ABISMO, ela foi apenas acorrentada por esse anjo que tem
a chave do abismo, para que ficasse presa por mil anos. Outra passagem bíblica
fala de espíritos em prisão desde os tempos de Noé, são estes os seguidores da
serpente primitiva (1 Pedro 3:18-19) e para eles Jesus foi pregar assim que
desencarnou na cruz, e também,bem como descrito no Apocalipse 20 acorrentar o dragão,
restringir ainda mais sua ação por mil anos, o que permitiu o crescimento
espantoso do Cristianismo primitivo mesmo frente a opressão romana.
Notemos
que após essa soltura (um pouco antes de 1054 quando ocorreu a cisma da Igreja
e já havia passado os mil anos, em 1033, quando se iniciou uma ação mais livre
do dragão livre de sua prisão e que dividiu a Igreja, para que seu poder de atuação se espalhasse pelo
mundo) é dito em Apocalipse capítulo 20 que o dragão deveria ser solto por um
pouco de tempo (ou seja, entre 1033 e 2036).
Mas mil anos é um pouco de tempo?
A Bíblia esclarece que sim, exatamente em 2Pedro 3:8 que diz literalmente “Mas
há uma coisa caríssimos que não deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como
mil anos e mil anos como um dia”. Considerando que os dragões foram exilados
para a Terra a centenas de milhares de anos, realmente mil anos é um pouco de
tempo para eles.
A partir da soltura desse ser que teve mais liberdade para
influenciar a humanidade, vimos o auge da Idade das Trevas (no período após 1033 até
1500 chamada de Alta Idade Média) , com a cisma da Igreja em 1054, as cruzadas
poucas décadas depois e posteriormente o início da Inquisição, bem como é a
época do senhoralismo e do feudalismo.
Temos
portanto, interpretando todos esses eventos pela lógica apresentada nos
diversos textos bíblicos:
33 –
desencarne de Jesus, vai pregar ao espíritos em prisão e acorrentar a primitiva
serpente (que já estava no abismo) por mil anos pra limitar sua ação nefasta
sobre a humanidade
1033 – a
serpente primitiva é libertada por um curto espaço de tempo (2 Pedro 3:8) para
que exerça com mais intensidade seu primitivismo nos séculos finais de Era de
expiação e provas, esse curto período é de 1033 a 2036.
2033 - 2036 –
Os 3 "ais" do Apocalipse (grande evento vulcânico que abrirá as portas da Europa para uma invasão, o confronto entre "norte" e "sul" ou "gog" e "magog" e por fim o terceiro "ai" que representa o grande terremoto em virtude da queda do asteróide Apophis.
2036 –
A queda do Apophis, auge do exílio planetário, o ápice da Grande Tribulação
descrita na profecia dos 70 períodos de Daniel e citada no sermão profético de
Jesus
2050 –
Segundo os relatos de Chico Xavier e Divaldo Franco, nessa década já poderemos
sentir a Era de Regeneração, processo final de reconstrução das áreas
terrestres atingidas pelos 3 “ais” que compõe o auge da grande Tribulação, processo que prolonga até os idos de 2100 segundo os relatos do profeta Edgard Cayce. Segundo recentes previsões do renomado astrofísico Neil de Grasse Tyson, o Apophis deve cair no mar a poucos kilometros da costa de Malibu, o que explicaria que o território americano remanescente seria o mais atingido nesse evento e portanto o que demoraria mais para finalizar seu processo de reconstrução.
Juntando
esse amplo estudo de diversas fontes proféticas confiáveis em um foco comum,
fica evidente que o auge da tribulação está muito próximo (menos de 25 anos),
assim como o início da Era de Regeneração que virá logo em seguida após esses
eventos e não daqui a mil anos
Mais sobre a cronologia desses eventos : AQUI
Interpretação completa, versículo por versículo
da profecia dos 70 períodos e suas referências no sermão profético de Jesus: AQUI
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