10 de jun. de 2014

O Jesus Astrológico de Peixes a Aquário - ( As Eras - Parte I de III)



Pergunta: "Oi José, com seus conhecimentos astrológicos e espirituais, qual a sua opinião sobre este vídeo, em se tratando das coincidências Astrologias apresentadas, de elementos que foram importadas de outras religiões e culturas, como o zoroastrismo, o judaísmo, e até mesmo dos egípcios e dos romanos" (Vinicius)


Resposta: As afirmações sobre as indicações astrológicas são verdadeiras (Sírius e as 3 marias, o disco zodiacal com o sol e etc) e justamente por serem conhecidas desde a Antiguidade é que foram utilizadas para simbolizar a vinda de Jesus.  Não foi "a toa" que três astrólogos (magos) sabiam exatamente quando o Messias nasceria. Falei sobre isso na análise do mapa natal de Jesus:


A ligação da Astrologia com a Bíblia é tão profunda que várias profecias foram feitas com base em constelações celestes, como expliquei no texto sobre as profecias das Luas de Sangue:


E se compararmos as Eras Astrológicas com passagens bíblicas, veremos algo interessante. A cada 2150 anos em média, quando o Sol no Zodíaco está no grau zero de Áries (março), o Sol nascerá no céu em uma constelação diferente, devido a oscilação do movimento da Terra sobre seu próprio eixo (como o movimento de um bambolê, conhecido como Precessão dos Equinócios). Dito isso, temos a seguinte tabela para a mudanças das Eras Astrológicas:

Era de Touro: de 3822 a.c a 2662 a.c
Era de Áries: 1662 a.c a 498 d.c
Era de Peixes: 498 d.c a 2658 dc
Era de Aquário: começo em 2658 d.c

A medida que o Sol se aproxima de uma nova Era, os efeitos da Era seguinte já começam a ser sentidos, por volta de 500 anos antes de entrar na Nova Era. Considerando que cada grau dos 30 graus de um signo equivalha a aproximadamente 70 anos (pois os 30 graus totalizam 2150 anos), 500 anos antes de um nova Era, o Sol está a 7 graus de uma nova Era e já em conjunção com esse novo signo da Era seguinte. Dessa forma já é possível considerar que por volta de 2100 entraremos na Era de Aquário, apesar de tal entrada só ocorrer realmente por volta de 2600. A idéia de 2012 como Nova Era ou Era de Aquário não tem qualquer sustentação astrológica e muito menos profética (ainda mais considerando as profecias bíblicas). 

Mas vejamos que interessante:

Moisés estava encarnado e com o povo hebreu no deserto próximo de 1300 A.C. , ou seja, já na era de Áries (como vimos no link sobre o mapa de Jesus, seu primo João Batista que era a reencarnação de Elias e também de Moisés, ambos o mesmo espírito, nasceu exatamente no signo de Áries e se observamos a personalidade desses três homens, o mesmo espírito encarnado em épocas diferentes, veremos exatamente a personificação da personalidade ariana).  Moisés durante o êxodo manda os hebreus destruírem o bezerro de ouro, símbolo da adoração a imagens e do politeísmo egípcio contrário ao monoteísmo que ele havia trazido, pois tal passagem simboliza que o bezerro, a Era de Touro já havia acabado e que a Era do Cordeiro (símbolo de Áries) havia começado, sendo que Jesus sempre é simbolizado como o Cordeiro de Deus.

Apesar de Jesus ter nascido na Era do Cordeiro (Áries), a influência de Peixes já acontecia enquanto o Messias estava vivo, exatamente por isso além de ser o Cordeiro de Deus ele também aparece junto a várias referências do signo de Peixes: busca entre os pescadores os apóstolos, em um dos seus maiores milagres alimenta um grande número de pessoas multiplicando peixes.

Sobre a Nova Era seguinte, de Aquário, que começará por volta do ano 2600 mas já será percebida por volta de 2158 (próxima do sétimo milênio do calendário judaico que acontecerá no ano de 2240), Jesus traz um símbolo interessante no evangelho de Lucas:

"Raiou o dia dos pães sem fermento, em que se devia imolar a Páscoa. Jesus enviou Pedro e João, dizendo: Ide e preparai-nos a ceia da Páscoa. Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a preparemos? Ele respondeu: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem carregando um cântaro de água; segui-o até a casa em que ele entrar, e direis ao dono da casa: O Mestre pergunta-te: Onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos? Ele vos mostrará no andar superior uma grande sala mobiliada, e ali fazei os preparativos. Foram, pois, e acharam tudo como Jesus lhes dissera; e prepararam a Páscoa. Chegada que foi a hora, Jesus pôs-se à mesa, e com ele os apóstolos. Disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer. Pois vos digo: não tornarei a comê-la, até que ela se cumpra no Reino de Deus. Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus." (Lucas 22:7-18)

O homem com um cântaro de água é exatamente o símbolo do signo de Aquário, que simboliza exatamente o signo que vai entrar na "casa" astrológica. A páscoa ou pessach dos judeus é conhecida como festa da libertação (dos judeus) e dos terríveis castigos de YHWH sobre os aprisionadores (egípcios), representando literalmente o anjo da morte, aquele que traz a libertação do espírito da prisão física, simbolizando a nível global a morte da Era de expiação e provas e o nascimento da Era de Regeneração. Em um texto do blog eu explico a ligação da festa da páscoa com a grande tribulação, pois ao que tudo indica o grande dia do senhor, previsto em várias passagens bíblicas, acontecerá por essa época:


Temos, portanto várias ligações astrológicas com a Bíblia.  Vamos entender então como surgiu o Cristianismo Romano e porque Jesus realmente existiu:

O que ocorre é que o Cristianismo Romano, surgido no ano 325 por Constantino no concilio de Nicéia foi uma tentativa do império romano de utilizar os ensinamentos do Cristianismo Primitivo em benefício próprio, ou seja, manipular a religião que surgiu entre os seguidores do Cristo em beneficio próprio, muito disso em virtude do espantoso crescimento de cristãos primitivos dentro do império romano, mesmo apos as terríveis perseguições de Diocleciano, incluindo aí a tortura e morte de Jorge de Cristo (São Jorge). Dessa forma, o Cristianismo Romano tentou divinizar Jesus e criar uma forma (Igreja Romana) que pudesse servir aos interesses do império Romano, como forma de controlar os cristãos primitivos.

Quem não aceitava a nova religião era perseguido e morto e quem aceitava acaba sendo manipulado pelo Império através da Igreja. As semelhanças que o império romano colocou na historia de vida de Jesus com outras divindade pagãs, como por exemplo, a divindade de Jesus, a trindade, o nascimento através de uma Virgem, o nascimento durante o sol invictus, tudo isso foram formas de também permitir que os romanos que não eram cristãos também aceitassem a nova religião. Agora, dizer que por tais manipulações Jesus não existiu é forçar demais a barra, seria o mesmo que alguém afirmar que devido a adulterações sobre a historia de alguém esse alguém não existiu.

Que me perdoem os ateus, mas é um argumento muito fraco. Jesus existiu e existem provas históricas sobre isso, inclusive do historiador Flavio Josefo, mas certamente muitas lendas e informações foram atribuídas a Jesus através de interpolações nas Escrituras e através de concílios que tentaram divinizar Jesus, concílios esses que alias aboliram do Cristianismo a doutrina da reencarnação, que era presente entre os cristãos primitivos.


Outra questão é que o testimonium flavianum, presente no antiguidades judaicas de Flavio Josefo e que fala de Jesus, o associando o Cristo (sendo christhus citado por 2  pensadores gregos)  é considerado por muitos como verdadeiro. Não bastassem essas informações históricas sobre Jesus é importante ressaltar também que uma obra não cristã e não judaica fala bastante sobre a vida de Jesus: trata-se do Corão, livro sagrado dos islâmicos, o que torna bem difícil que interpolações feitas pela Igreja católica tenham atingido o livro sagrado dos muçulmanos que inclusive lutavam contra o império romano e a Igreja católica.

Em suma, o argumento contido no filme Zeitgeist de que Jesus é uma lenda criada pelos romanos é bem fraco na minha opinião, pois parte de uma premissa equivocada.

Parte II: AQUI 


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8 de jun. de 2014

Daat e o Dragão


Pergunta que recebi no recente texto sobre Tiamat e a caverna do dragão:

"Há muita correlação entre os elementos presentes na animação japonesa "Dragon ball Z" ( dragões, 10 esferas perdidas em mundos diferentes e uma busca interminável pela união delas, que dá ao ser que reuní-las poder supremo, além de libertar um poderoso dragão). Teria vc informações a nos acrescentar, já que este desenho vem de uma cultura milenar impregnada de simbolismo e tradição. Um forte abraço amigo José." (Cleide)


Resposta: Olá Cleide. A serpente normalmente simboliza a energia vital, a kundalini, que flui pela coluna vertebral em suas 33 vertebras, que por sua vez simboliza as 11 esferas da Arvore da Vida somadas aos 22 caminhos que unem essas esferas, sendo a esfera oculta, Daat, a representação de todas as 10 esferas, o abismo, o caminho de transição do fim para o início, simbolicamente tomando como exemplo a saga do Senhor dos Anéis, o iniciado pode sair das trevas para a luz (como quando Gandalf derrota o demônio ao cair no abismo e deixa de ser "o cinzento" e passa a ser "o branco") ou quando ele não passa na prova (quando Frodo entra na caverna a beira do abismo e precisa livrar-se do poder obscuro do anel mas recusa a abandona-lo). 

De forma análoga, cada ser humano (que é possuidor dessa serpente, a kundalini) pode direcioná-la para a luz ou mantê-la nas trevas, ou seja, canaliza-la para sentimentos morais superiores ou mantê-la atrelada aos instintos inferiores. As lendas sobre essa serpente primitiva atrelada aos instintos remontam a imagem de uma serpente que vive no abismo e pode voar, como a lenda de apep ou apophis e todas as lendas de dragões, que possuem forte instinto e ferocidade, mas ao mesmo tempo capacidade de elevarem-se a esferas superiores não apenas pela capacidade de voo como pelo domínio dos elementos. 

Como expus no link sobre o Sol e as Trevas, a elevação do dragão, o dragão em voo acontece quando ele é iluminado pela luz do Sol (um clássico simbolo do intelecto e da razão na Astrologia), quando o intelecto controla o impulso instintivo, quando o caos interior dá lugar a ordem, a fúria lugar a paz e todas as potencialidades latentes no dragão se convertem em luz. 

Esse caminho de controle é exatamente o caminho que envolve as esferas da Arvore das vidas (10) pelos 22 caminhos até que após percorridas 32 esferas se alcance a entrada da caverna, seja vista a face do abismo em Daat, a 33º vértebra que une a coluna ao cérebro, que corresponde ao chacra laríngeo que verbaliza o pensamento em som e diante do abismo, vislumbrando no dragão profundo a sua própria face pessoal, a pessoa descubra que somente controlando o seu próprio dragão interior adentrando o abismo é que ela poderá voar para fora da caverna e encontrar a luz do Sol.

Tem um outro texto na fanpage que fala um pouco sobre esse processo de iniciação:




Esses são alguns significados ligados ao simbolismo do dragão na China, um símbolo de poder e controle, pois enquanto a ordem não se estabelece sobre o caos, a luz não se acende nas trevas, enquanto houver fúria não há paz, enquanto houver luta não há harmonia, a verdadeira vitória está em render-se a si mesmo, eis o controle do dragão interior.


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27 de mai. de 2014

A Questão dos Portais e a Astrologia

Thema mundi

Eis um assunto interessante que já merecia um post há tempos. Muitas pessoas acreditam que em determinados horários ou datas portais de energia são abertos (como por exemplo 11:11 ou ainda em outras datas “especiais” como 4/4/2014) mas qual o fundamento disso, será que realmente portais “cósmicos” são abertos nesses horários numericamente “especiais”?

Devemos atentar, antes de qualquer coisa, para o fato de que o calendário ocidental é relativamente recente e que existem outros calendários usados amplamente em outras culturas, como o calendário judaico (que é lunisolar) e o calendário hegírico (lunar) utilizado pelos muçulmanos, que marcam cada um a sua forma determinados ciclos da Terra em relação ao Sol, a Lua ou a ambos.

A ferramenta mais adequada para analisar e utilizar em benefício próprio a influência da energia cósmica que chega a Terra (o fluido universal) é a Astrologia, pois ela estuda o arquétipo, a representação e a combinação das características do planeta ou orbe em relação a própria pessoa.

Por exemplo: Mercúrio, planeta com rápida órbita ao redor do Sol representa a capacidade de comunicação, aprendizado e expressão, pois é o planeta mais próximo do Sol, que se “comunica” mais rapidamente com o Sol, que por sua vez representa o intelecto, a razão, a figura do pai, a criatividade e justamente por esses significados do Sol (pai) Mercúrio (mais próximo do Sol) também representa os irmãos (considerando que na Astrologia os planetas e orbes são estudados do ponto de vista da Terra como o planeta que representa a própria pessoa e o céu a interação e influência desses aspectos sobre essa pessoa).

A Lua por sua vez representa a emoção, a figura materna e a sustentação, nutrição, pois mantém o suave equilíbrio orbital da Terra ao mesmo tempo que busca refletir a luz do Sol, arquetipicamente a emoção (Lua) que direciona a luz do conhecimento/intelecto (Sol) para a pessoa (Terra) que recebe a influência desses arquétipos.

Da mesma maneira, planetas com órbitas mais longas como Urano, Netuno e Plutão simbolizam mais as influências coletivas, pois suas órbitas que permanecem vários anos em um mesmo signo simbolizam mudanças e padrões de uma geração inteira, questões inconscientes ligadas às experiências que o individuo vivencia na sociedade em determinada época.

Da mesma forma o céu da Terra, no estudo da Astrologia, é dividido simbolicamente em 12 espaços, cada um contendo 30 graus, equivalendo a 360 graus da esfera terrestre e por sua vez interagem com os dias do ano do calendário ocidental (365).

Cada planeta, a exceção de Mercúrio e Vênus, representa um signo e cada signo representa uma casa, formando assim 12 signos e 12 casas, com significados e arquétipos que interagem entre si através de aspectos harmônicos ou tensos e expressam, como um espelho, certas qualidades e defeitos que a pessoa necessita trabalhar.

Por exemplo, alguém que teve má relação com o pai, não é porque o Sol mandou uma energia “má” para o nascimento de alguém em determinada hora e local fazendo com que a pessoa fosse azarada, mas tão somente o mapa irá mostrar, segundo o aspecto, que aquelas quadraturas e má aspectações do Sol em relação ao Ascendente identificam que a pessoa veio para trabalhar uma relação difícil com o pai. A Astrologia ajuda a identificar pelos arquétipos que ali vai existir uma relação difícil, não foi a energia do Sol que criou aquela situação ruim, a energia solar do mapa apenas expressa, marca, aponta a energia que a própria pessoa traz de questões kármicas, positivas ou negativas para serem trabalhadas, simplesmente um espelhamento.

Considerando, portanto, que o estudo dos astros é um espelhamento do próprio ser humano e que a Astrologia estuda seus arquétipos, identificando a nível pessoal e social karmas positivos ou negativos, assim como épocas na sociedade mais difíceis ou mais promissoras em determinadas áreas, segundo os ciclos evolutivos do planeta, é muito mais lógico se supor que qualquer fluxo ou combinação positiva ou negativa de energias a nível coletivo (um portal, por exemplo) será regido por combinações astrológicas e não por simples igualdades numéricas de repetição de números, até porque temos ainda duas questões:

Primeiro: A Astrologia tem vasto campo de comprovação dos seus arquétipos, ou seja, os estudos de signos, casas e significados de seus arquétipos estão profundamente bem fundamentados em diversas obras baseadas em centenas de mapas estudados.

Segundo: A numerologia no seu sentido mais estudado, amplo e antigo está ligada ao estudo dos arcanos maiores (22) que por sua vez estão ligados aos 22 caminhos da Árvore das Vidas, ou seja, o estudo de numerologia a respeito de fluxos de energia em direção a Terra é muito mais sólido se estudarmos os arcanos maiores do que simplesmente estipularmos datas de numeração idêntica (como 11:11 como se fossem o marco de algo especial)

O que acontece nessas datas ditas “especiais” como 11:11 que muitos divulgam como “portais” é tão somente uma interação de pensamentos em um foco comum (egrégora) das pessoas que acreditam que algo especial acontece naquele horário e trocam energias entre si, tão somente, compartilhando dos pensamentos e sensações coletivas ligadas a determinada egrégora, que pode ser tanto as 11h e 11minutos, no dia 4/4/2014 ou em uma data qualquer como 29 de dezembro de 2032, pois o que importa não é a igualdade dos números mas a formação da egregora em si das pessoas que acreditam na validade daquilo, tão somente.

O único problema dessa atividade não é nem a questão de não estar ligado a um evento cósmico ou de portal especial, mas sim de estar ligado a uma egrégora da qual não se sabe quem realmente a está controlando (normalmente o criador da idéia ou alguém ligado a esta pessoa que tenha maiores conhecimentos magísticos) e servir apenas como doador de ectoplasma, sentindo uma espécie de leveza após a prática que nada mais é do que o “tanque” (duplo etérico) mais leve por ter pedido ectoplasma.

egrégora, forma-pensamento
Egrégora, seus tentáculos e foco central energético mais brilhante
Mas então como utilizar a energia cósmica em benefício próprio ou de outrem Zé??

Conhecendo os significados da Astrologia é possível realizar mentalizações, consagrações e inaugurações em horários específicos (na verdade janelas de horários que variam entre 5, 10, 15 minutos) nas quais determinadas posições astrológicas serão mais favoráveis para determinada ação segundo o arquétipo que representam.

Vamos a um exemplo prático: o horário do relógio é no sentido horário, enquanto que a ordem crescente das casas é no sentido antihorário.

O grau zero (cúspide) da casa 01, ponto conhecido como Ascendente, equivale às 6 horas da manhã e seguindo no sentido horário, chegaremos ao grau zero (cúspide) da casa 10, ponto conhecido como Meio Céu, por volta de meio dia, no auge do Sol, o ponto mais alto de um mapa astral. Ou seja, seguindo no sentido horário a partir do Ascendente seguiremos o sentido horário do tempo a partir das 6 horas da manhã e ao mesmo tempo no sentido decrescente das casas astrológicas (1,12,11,10...)

Os 4 eixos do mapa (pontos do Ascendente, Meio Céu, Descendente e Fundo do Céu) apontam respectivamente para 6 horas da manhã,  meio dia, 6 horas da tarde e meia noite.

Dessa forma é possível associar um horário do dia à presença do Sol em determinada casa (tendo pequena variação no horário de verão) e sabendo dos significados de cada casa é possível calcular um horário melhor para realizar algumas atividades.

Por exemplo: não é aconselhável assinar contratos ou formalizar negócios entre o horário das 16h e 18h, isso se explica porque nesse horário (exceto de verão) o Sol está na casa 07, casa que apesar de mostrar em um mapa as sociedades e associações, mostra também as relações públicas, tudo aquilo que vem a público, aparece, “fica na vitrine”, o que para a formalização de muitos negócios que precisam sigilo não é nada bom.

No horário que o Sol está na casa 07 o mais adequado é fazer estratégias de divulgação, exposição, com a intenção de fazer o seu negócio ou atividade profissional ser visto.

Exatamente por esse motivo eu procuro sempre que possível lançar um novo post no Face ou no blog por volta desse horário (ali pelas 18h ou um pouco mais tarde até no horário de verão), pois assim o Sol está nos últimos graus da casa 07 levando essa energia ao máximo e indo em direção a casa 06, que fala do trabalho, cotidiano, rotinas em geral.

Lançamentos especiais, por exemplo, devem ser realizados se possível com o Sol na casa 07 ou na casa 10 (que fala do sucesso profissional, status, carreira, objetivos a nível social, reputação) e a presença de pelo menos mais dois planetas, sendo favorável a presença de Júpiter (expansão) e se possível um planeta com características “explosivas” (Marte, Urano) e melhor ainda com o signo da pessoa tendo um planeta em trígono ou sextil em relação ao Sol (ou pelo menos sem um aspecto tenso como uma quadratura ou oposição, a não ser que haja uma configuração positiva, como uma Estrela de Davi, um grande trígono ou um retângulo místico envolvendo a casa 07) 

Vou dar um exemplo: alguém com o signo de Câncer (eu) que quisesse lançar um livro ali entre julho e agosto de 2013. Eu lancei o livro A Bíblia no 3º Milênio no dia 29 de julho em virtude de uma raríssima e auspiciosa Estrela de Davi que tinha se formado antes há quase 60 anos, na época do fim da Segunda Guerra (lembrando que na Astrologia, nas configurações astrológicas, os aspectos em relação a pontos arábicos e asteróides não são considerados, apenas são considerados os aspectos entre planetas, por isso o fenômeno da Estrela é raríssimo). Com alguns planetas na casa 10 e apenas um na casa 07, a configuração raríssima e muito forte energizou o mapa inteiro naquele horário, especificamente o signo de Câncer no topo (Meio Céu) e a Lua, regente de Câncer, na casa 07.

Estrela de Davi astrológica


Mas eu poderia ter lançado duas semanas antes, pois dia 16 de julho de 2013 às 16 horas ocorreu também uma configuração favorável para alguém, do signo de Câncer, que quisesse lançar um livro. Vejamos abaixo:

Grande Trigono


Sol (autoridade, vitalidade, identidade), Mercúrio (capacidade de comunicação, razão, movimento rápido) e Júpiter com muita energia em exaltação (planeta que simboliza expansão, crescimento, filosofia de vida) estão na casa 07 em Câncer, sendo que Júpiter o planeta mais energizado do mapa nesse horário estava ligado a um grande trígono de água (configuração harmônica que em signos de água favorece as artes, expressão emocional), com Netuno energizado também por estar em domínio no signo regido por ele (Peixes) na casa 03 (que fala entre outras coisas da comunicação escrita e falada, na casa regida por Mercúrio que está na casa 07 no mapa), esses dois planetas bem energizados (Júpiter e Netuno) direcionam as energias para a Lua com pouca energia, mas ao receber essa dupla energia do trígono se fortalece, na casa que fala  dos grupos, ideais, grandes organizações, pessoas que se juntam por um ideal, sendo que a Lua é o planeta que rege o signo de Câncer, na casa 07 e não bastasse tudo isso o Meio Céu está em Virgem, signo regido por Mercúrio, planeta que está na casa 07. Um mapa bem favorável para a divulgação de uma obra escrita com o objetivo de reunir pessoas em um mesmo objetivo.

Seguindo essa linha de raciocínio do significado das casas as consagrações (energizar sua egrégora pessoal e daquilo que você criou e deseja expandir, seja uma obra, um negócio, o que for) devem ser feitas com o Sol na casa 01, pois é a casa que fala dos começos, como projetamos nossa imagem nas outras pessoas.

Da mesma forma, iniciar o processo criativo de algo, assinar um contrato, deve ser realizado quando o Sol estiver na casa 05, pois é a casa regida por Leão tendo como planeta regente o Sol (vitalidade, autoridade, identidade), casa que fala da criatividade, auto-expressão, prazer de viver, aplicações financeiras com grau de risco maior

Para fortalecer os laços de amizade, companheirismo de uma equipe o ideal é organizar um coquetel ou uma confraternização quando o Sol estiver na casa 04 (por volta de 23 horas), pois é a casa regida por Câncer e Lua (sustentação, nutrição, receptividade, padrões e hábitos), casa 04 que fala além das características lunares dos imóveis, terras, raízes psicológicas, formação familiar

Ou seja, as mesmas dicas para uma divulgação (casas 7 e 10) devem ser observadas para uma consagração,  início ou criação de algo (materializar uma obra ou um negócio que já estava sendo imaginado, seja a primeira página de um livro ou assinatura de um contrato)  assim como os reforços dos laços de uma equipe profissional.  

Para finalizar vou deixar como exemplo uma consagração de um livro que já foi escrito por um escritor que seja de Câncer (no caso, eu mesmo). No dia 26 de julho de 2014, às 5 horas e 10 minutos teremos a seguinte disposição no mapa astral dos céus de Porto Alegre:

Consagração julho de 2014 em cancer

  
Temos 5 planetas, o ponto da fortuna e o ascendente na casa 01 (sendo o ascendente, ponto da fortuna, Vênus, Mercúrio e Lua em Câncer). O Sol está em stellium (conjunção múltipla) com Júpiter e Lua, sendo que o Sol e a Lua estão ambos em domínio muito energizados, o que torna a energia da casa 1 em Câncer ainda mais forte nesse horário. Vênus está em conjunção com o ponto da fortuna e, além disso, está ligado por uma quadratura em T e um grande trígono de água (que favorece as artes, comunicação emocional), respectivamente a Plutão, Urano e Netuno e Saturno, sendo que Urano está cravado no Meio Céu e os outros 2 planetas transpessoais estão ligados a Vênus também, que é o planeta dos valores, equilíbrio, amor, beleza e que canaliza toda a energia da casa 1 e Câncer por essas duas configurações para o resto do mapa, sobretudo as casas 7 e 10. 


Acredito por experiência própria que a utilização desses conhecimentos é muito mais eficaz do que a mentalização em datas de portais baseados em igualdades numéricas e espero que este texto tenha ajudado com algumas dicas os leitores de como aproveitar de forma positiva o estudo consagrado da Astrologia para obter maior sucesso nas ações do dia a dia.  



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19 de mai. de 2014

A Espiritualidade e a Questão da Homossexualidade



Recebi essa questão de um leitor que leu o texto "A Arte da Magia: Umbanda eKimbanda" disponível aqui 

Pergunta: "Queria tirar umas dúvidas se você puder, estava lendo sobre umbanda, quimbanda, bom saber a diferença e tudo que incorre disso. Já ouvi de médium que o espírito da pomba gira o fez entrar no homossexualismo, se é que isso é possível, será que não era o espírito de um kiumba? Já que a pomba gira é uma guardiã. E por que a guarda do plano astral que fica nos locais de umbanda não impede os kiumbas de usarem os médiuns como se fossem um exu ou bomba gira? E mais uma dúvida, como é tratado o homossexualismo no plano astral, é uma abominação mesmo, as pessoas nascem homossexuais ou é algo na educação, na criação que influencia?"

Resposta: Para o mundo espiritual o que conta é a manifestação do amor verdadeiro em seus diversos graus e matizes, seja pelo gênero humano a nível social mais amplo, seja familiar, seja sexual, independente se homoafetivo ou heterosexual, importando para a Espiritualidade muito mais valores como respeito e cumplicidade do que a opção sexual dos envolvidos.

O espírito não possui sexo, na verdade todo o espírito possui as duas polaridades, masculino e feminina e devido ao atual estágio evolutivo dos espíritos que encarnam na Terra, o espírito manifesta no decorrer das reencarnações ambas as polaridades, através do gênero masculino e do gênero feminino, que se manifesta com órgãos próprios no corpo astral e também no corpo físico.

Acontece em muitos casos que o espírito reencarnante desenvolve demasiadamente uma das polaridades ou, ainda, simplesmente tem grande preferência por determinada polaridade que, nesse caso, não aceita ou não se sente plenamente confortável quando precisa encarnar em um corpo físico com o gênero sexual diferente daquele que desenvolveu mais ou que tem uma preferência ou um apego demasiado.

Devido a isso, dependendo do grau de inadequação, o espírito pode encarnar, por exemplo, em um corpo masculino, mas o seu perispírito ainda tem a forma feminina devido a tamanho apego aquela forma (cultivada em encarnações anteriores) causando um intenso fenômeno de ideoplastia durante o processo de gestação, nesses casos a pessoa nasce sentindo que nasceu "no corpo errado", pois apesar de nesse caso estar em um corpo físico masculino, seu corpo astral ainda é feminino, causando na maioria dos casos o chamado transtorno de identidade de gênero. 

Em outros casos, na grande maioria, esse apego é mais brando, não tanto a nível astral na forma do perispírito, mas em relação a determinada polaridade, fazendo com que o espírito reencarnado não rejeite o seu corpo físico ou o seu gênero sexual, mas tão somente sinta maior atração por pessoas do mesmo gênero sexual que o seu, justamente por ainda sentir algum apego ou identificar-se mais com um gênero sexual diferente daquele que encarnou, causando assim a manifestação da sexualidade através do bissexualidade e da homossexualidade. 

Como todo o espírito precisa encarnar em ambos os gêneros, normalmente o espírito vai realizando a transição de forma gradual, para que possa vivenciar certas experiências próprias de determinado gênero (como a maternidade, por exemplo) sem maiores traumas e possa, após as experiências nos dois gêneros, seguir uma linha evolutiva mais ligada à determinada polaridade, até que consiga equilibrar essas duas polaridades e não fique mais apegado a nenhuma delas, o que normalmente ocorre quando o espírito atinge o estágio evolutivo que não precisa mais reencarnar, ou seja, não precisa mais vivenciar experiências na carne, pois em muitos mundos com certo grau de evolução e que a vida existe no plano astral, a forma astral utilizada pelos espíritos não possui predominância masculina ou feminina, pois nessas civilizações existe o amor ágape e não mais o amor sexual como conhecemos atualmente no atual estágio evolutivo da maioria da humanidade, sendo que as trocas energéticas mais profundas e íntimas entre espíritos com maior afinidade nessas civilizações ocorrem de forma diferente: mais ampla e profunda, envolvendo os demais chacras e não apenas com a predominância do chacra ligado a região sexual.

Tudo faz parte de um processo evolutivo, que permite ao espírito libertar-se de apegos e limitações em relação a todo o seu potencial energético, para que ele possa aprender e trabalhar dentro de si essas duas polaridades que se complementam. Mais sobre isso foi falado nos dois textos sobre o significado deLilith aqui 



O que acontece em muitos casos é que essa transição de gênero, entre uma encarnação e outra, em mundos expiatórios como a Terra, pode acontecer pela via kármica (provação ou expiação dependendo do caso), devido ao mau uso que a pessoa fez da sua sexualidade em encarnações anteriores.

Nesses casos o espírito encarna compulsoriamente em um corpo físico de gênero oposto ao qual ele estava acostumado a encarnar para vivenciar uma provação ou expiação através de algum grau de inadequação sexual, justamente com o intuito de aprender a respeitar e a valorizar a manifestação sexual como forma de amor. Por exemplo: um espírito que há diversas encarnações encarnava em um corpo físico masculino e tinha profunda identificação com a polaridade masculina, manifestando essa polaridade através do seu perispírito no gênero masculino, mas que em muitas encarnações abusou dessa energia, causando dor e desilusão e vários abusos sobre mulheres encarnadas. Nesse caso específico, pela via kármica, esse espírito encarna compulsoriamente em um corpo físico feminino, mas como seu perispirito ainda está muito ligado ao gênero masculino, ele mesmo encarnado em um corpo feminino sentirá atração sexual pelo mesmo sexo físico, mas que em verdade é o seu oposto a nível astral, visto que uma polaridade sempre busca se complementar através da outra a nível energético.   

Nesses casos kármicos, caso o espírito encarnante que esteja nessa situação seja médium, ele pode sofrer o assédio de obsessores realizando vinganças pessoais ou a serviço de um grupo de espíritos realizando uma vingança coletiva sobre aquele médium especificamente e nesses casos, de uma transição compulsória e kármica, pode acontecer de obsessores se passarem por espíritos de luz, kiumbas se passando por exus, mas não vai ser o kiumba que vai "transformar" o médium em homossexual, essa condição já está no espírito encarnado desde o nascimento, podendo estar no máximo ainda latente, sem ter aflorado e nesses casos o processo obsessivo apenas acelera o afloramento desse resgate kármico.

O que ocorre de forma muito comum em outros casos, que não são kármicos ou compulsórios é que durante o processo de transição de gênero entre uma encarnação e outra, o espírito encarnante com algum grau de apego a determinada polaridade e gênero, sentindo-se de alguma forma inadequado ao gênero do seu corpo físico (divergência entre a prevalência de polaridade no perispírito e o gênero sexual no corpo físico) e por isso inadequado a opção heterossexual e sendo, por exemplo, um médium ostensivo, possa sentir maior afinidade em trabalhar com espíritos que se manifestam na polaridade feminina, no caso do médium masculino, mas com a opção homoafetiva, isso pode acontecer pela preferência em trabalhar com mentoras ou guardiãs (pomba-gira), o que não significa que foi a mentora ou a pomba gira que motivou a opção sexual do médium, da mesma forma que existem médiuns heterossexuais que sentirão maior afinidade em trabalhar com espíritos que se manifestam na polaridade masculina e o interessante disso é que muitas vezes o espírito do mentor ou do guardião que se manifesta pode adquirir uma roupagem fluídica diferente da usual para trabalhar com determinado médium, não apenas nos casos de um mentor que assume a forma de um preto-velho, mas de um mentor que pode assumir a forma de uma mentora ou vice e versa, dependendo do grau de consciência do médium.

Para a Espiritualidade Superior o importante é que o espírito consiga desenvolver positivamente os potenciais energéticos de ambas as polaridades e em ambos os gêneros, livrando-se gradativamente de um apego a determinada polaridade ou forma perispiritual ligada seja ao gênero feminino, seja ao gênero masculino. Tantos nas encarnações kármicas/compulsórias como nas transições gradativas entre uma encarnação e outra que não são de natureza kármica, devido a necessidade evolutiva da maioria dos espíritos encarnantes na Terra ainda necessitar manifestar um órgão sexual masculino ou feminino, o que a Espiritualidade Superior deseja é utilizar a grande força que a sexualidade exerce sobre a natureza humana terrestre para motivar comportamentos melhores, não apenas no uso da própria sexualidade como na utilização deste como manifestação do amor. Dessa forma, não há por parte dos espíritos superiores condenação quanto ao amor homoafetivo, mas tão somente ao uso promíscuo da sexualidade, o sexo sem ligações afetivas e emocionais tão somente para satisfazer os instintos primordiais, seja pela via homossexual ou heterossexual, visto que a Espiritualidade deseja que a humanidade utilize a razão justamente para canalizar esse impulso instintivo para o crescimento emocional e dos sentimentos.


Quanto a questão da guarda de centros espíritas, de umbanda ou outros locais que haja a manifestação mediúnica, os guardiões (exu) sempre estão prontos a realizar a proteção desses locais, desde que voltado para a pratica da caridade fraternal ao semelhante. Ocorre infelizmente que muitas vezes, muitos dos médiuns envolvidos na egrégora energética do templo ou casa não estão sintonizados com esses valores morais elevados e quando esse desequilíbrio interno na egrégora atinge determinado patamar, a equipe de guardiões já não tem mais como impedir a entrada de entidades inferiores, pois a energia desequilibrada e de baixa vibração produzida pelos próprios médiuns torna-se tão grande que por vezes torna-se equivalente a de alguns grupos de kiumbas do baixo astral e a partir desse ponto não faz mais sentido para os guardiões defenderem o local, ainda que continuem defendendo os médiuns que ainda estejam sintonizados na caridade fraterna, os inspirando e protegendo, normalmente criando pequenas células em alguns trabalhos ou salas, fazendo nesses casos que não mais o centro ou templo seja todo protegido, mas apenas as salas ou locais que contam com médiuns em equilíbrio, ou nos dias específicos em que o local conta apenas com médiuns sintonizados e buscando sinceramente a prática do bem. Abraço   


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7 de mai. de 2014

O Significado Oculto da Pirâmide Inacabada


Muitos textos explicam ou tentam explicar os símbolos presentes  no Grande Selo dos Estados Unidos (e também na nota de um dólar), como o "olho da providência" entre tantos outros, mas um especial não recebe maiores explicações: a pirâmide inacabada.

As referências ao número 13 amplamente presentes no Grande Selo são uma clara referência a independência das 13 colônias, entre essas referências temos os 13 degraus da pirâmide, as 13 estrelas sobre a cabeça da águia, o escudo com 13 listras, um ramo de oliveira com 13 folhas em uma das garras e 13 flechas na outra garra.




Na base da pirâmide inacabada o ano da independência em números romanos (1776) e os dizeres "Annuit coeptis" (Ele aprova o empreendimento) "Novus Ordum Seclorum" (Nova ordem dos séculos). Mas afinal o que significaria "Ele aprova o empreendimento, nova ordem dos séculos" envolta de uma pirâmide inacabada? 

Pra responder essa pergunta e entender o significado oculto da pirâmide inacabada teremos que saber um pouco da história da independência, da expansão para o Oeste, da criação do Capitólio e entender o verdadeiro significado oculto desse símbolo: a pirâmide inacabada.   

Os dizeres em latim contidos no Grande Selo e também na nota de um dólar tem origem em uma oração do poeta romano Virgílio, em Eneida, livro 9, linha 869 que diz o seguinte: "Poderoso Júpiter, favoreça meus ousados empreendimentos"

Realmente, um empreendimento que deveria tornar-se a nova ordem dos séculos era um desejo bem ousado. Mas os "pais fundadores" sabiam o que estavam fazendo...

Na fundação de Washington e do Capitólio, além dos demais prédios públicos naquela época, cada pedra fundamental foi colocada em um horário específico, calculado para acontecer no posicionamento mais adequado a nível astrológico para o tipo de trabalho e serviço que seria desempenhado para o Estado em cada prédio. Na pedra angular do capítólio, por exemplo, colocada em 18 de setembro de 1793 não apenas o mapa astral apresenta excelentes posicionamentos como a cerimônia aconteceu perto do meio dia (auge do Sol no céu) e Júpiter estava muito próximo do Ascendente, ou seja, ascendendo no horizonte. 

Maiores informações sobre esse mapa podem ser vistas aqui 

Ou seja, os "pais fundadores" conheciam de Astrologia, sabiam o que estavam fazendo e como trabalhar com certas energias para que o "ousado empreendimento" tivesse êxito. Mas o que seria esse ousado empreendimento e o qual sua relação com a pirâmide inacabada? A explicação é simples: após a fundação de Washington, do Capitólio e da consolidação da União das 13 ex colônias, o presidente George Washington começou a incentivar uma agressiva política de expansão territorial conhecida como "Marcha para o Oeste". As 13 colônias ficavam ao leste do atual território americano e foi a partir da fundação de Washington que o ousado empreendimento de expandir o território americano teve início.

Na animação abaixo é possível compreender esse processo de expansão:


Mas então qual o significado da pirâmide inacabada Zé? Bem, vimos que os "pais fundadores" conheciam de Astrologia e queriam canalizar certas energias para o seu ousado empreendimento. Não apenas conheciam Astrologia como conheciam poetas romanos como Virgílio e por certo conheciam também Pitágoras, que estudou e trouxe algumas teorias sobre um assunto muito comum no Oriente: as linhas ley. Platão também fala no assunto em Timeu. Essas linhas energéticas que percorrem todo o planeta eram chamadas pelos antigos que estudavam o assunto de "Esfera Celestial". Mais sobre o tema pode ser visto aqui 

Como esse será um dos temas do meu próximo livro, encontrei algo curioso em um mapa das linhas ley:



Vejamos agora a imagem sobre o território americano para quem ainda não percebeu:



E agora com o desenho sobre o território americano completo sublinhado em vermelho:



Reparem que essa "pirâmide inacabada" sobre o território americano e uma área de fronteira com o México está exatamente sobre boa parte dos territórios do Oeste conquistados no "ousado empreendimento" dos "pais fundadores", mostrando que ele conheciam não apenas de Astrologia, mas também de linhas energéticas e colocaram no símbolo principal dos Estados Unidos, de forma velada, que conheciam do riscado 


Esse é o significado oculto da pirâmide inacabada e uma palhinha do estudo fascinante das linhas ley que será abordado no meu próximo livro, sobre a Transição Planetária no Brasil, que falará não apenas de mudanças e questões a nível físico, mas a revolução espiritual  e energética que acontecerá no solo tupiniquim. 


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2 de mai. de 2014

O Significado de Lilith (Parte II de II)





Lilith em um significado mais amplo representa a harmonização entre as polaridades masculina-feminina na energia kundalini e chi que circula por todo o corpo (yin e yang, ida e pingala)

O problema é que como a humanidade em sua maioria, desde tempos imemoriais, utiliza o livre arbítrio mais para obedecer aos próprios instintos do que para desenvolver um senso de fraternidade e reforma moral, o mesmo ocorre com a utilização dessa energia sexual, mais usada para impulsos instintivos do que para a manifestação do amor, explicando assim toda a metáfora sobre a primitiva serpente, ou seja, o intelecto refém dos instintos e por conseqüência a energia vital/sexual refém dos impulsos primitivos, associando dessa forma Lilith a uma "primitiva serpente" ou uma "sucubus" que "ataca" homens e mulheres em desequilíbrio sexual.

O texto de Ben Sirach fala exatamente sobre isso, associando o poder de Lilith sobre o masculino e o feminino por 28 dias, exatamente o período médio de uma lunação e de um ciclo feminino para uma nova menstruação. Foi exatamente em virtude da utilização negativa da energia sexual, por parte de algumas sacerdotisas no passado, que foram criadas as lendas a respeito de Lilith, tanto que o próprio texto cita os "filhos de Lilith" em alusão aos abortos realizados por aquelas que não desejavam ter filhos e usavam em excesso da sexualidade  como manifestação instintiva.

Em essência Lilith não possui um aspecto negativo sendo apenas uma representação da energia vital através da união de um homem e uma mulher, representada no caduceu e representada também na simbologia da Árvore das Vidas.

A união entre “aquela que dá a vida” (Eva, polaridade feminina) e a manifestação do intelecto, livre arbítrio sobre a energia vital, sexual, criativa que percorre toda a coluna (serpente, Lilith, o equilíbrio das duas polaridades e de todas as sephirot da Árvore das Vidas através de Daat, separar a realidade da ilusão, conhecer as próprias sombras e despertar a própria luz) e “o filho da terra” (Adam, polaridade masculina) é mostrada no terceiro capítulo da Gênesis:

"A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente." (Gn 3:6)

Esse “separar da ilusão” exatamente em Daat está exatamente na intercessão dos planos atziluth e beriyah que representam respectivamente a “emanação” e “o mundo da criação”, da mesma forma que correspondem a intercessão da raiz (espírito) e do tronco (manifestação mental) equivalente nos chacras da coluna ao laríngeo que demonstra claramente pelo ato de falar a emanação criativa do espírito através do físico verbalizando seu pensamento (agora podemos compreender um pouco melhor o que significa “Verbo de Deus” através de Daat e como é possível dar poder as palavras).

E um nível ainda mais profundo Daat simboliza a conexão entre o plano mental e o plano espiritual pela intercessão dos planos atziluth e beriyah, pois  Daat está exatamente dentro desse “olho” formado pela intercessão desses dois planos. A outra intercessão equivalente que acontece na Arvore das Vidas e forma outro “olho” está em Tiferet que engloba os planos Asiyah, Yezirah e Beriyah unindo físico, etérico e astral e muitas vezes simbolizando a manifestação mediúnica, semelhante ao desenho de um “peixe” formado pela intercessão dos círculos/planos criando um símbolo conhecido no Cristianismo, que representa a mediunidade sendo conhecido como Vésica Pisces



A diferença é que em Tiferet ela está mais atrelada ao astral e em Daat está atrelada ao plano mental. O “olho que tudo vê” é, portanto, um símbolo com significados bem profundos e antigos.

Podemos ainda associar Adam, Lilith e Chava aos 3 pilares da Árvore das Vidas, por onde fluem energias interligadas ao corpo humano. No pilar esquerdo está o lado direito do corpo humano e no pilar direito está o lado esquerdo, sendo o pilar central equivalente a coluna que modula o intercâmbio dessas energias.

Essas energias fluem como um grande círculo envolta do corpo, sendo que as mais sutis adentram por cima (topo da cabeça) e as mais telúricas adentram por baixo (planta dos pés) e formam um movimento contínuo de subida e descida, dos pés a cabeça, da cabeça aos pés, da sola dos pés até a pineal (fluxo yang) da hipófise ou pituitária até a sola dos pés (fluxo yin).



Sabemos que o hemisfério cerebral direito está mais ligado ao pensamento criativo, simbólico, enquanto que o hemisfério cerebral esquerdo está mais ligado ao pensamento racional e lógico.  Da mesma maneira, existem dois tipos de energias com tais características: a yin ou ida, mais feminina, lunar, introspectiva, criativa, ligada ao pólo negativo, com maiores capacidade de absorção, recolhimento, movimento de descida (cima pra baixo), pulsação mais suave, passiva enquanto que a yang ou pingala é mais masculina, solar, extropectiva, racional, ligada ao pólo positivo, com maior capacidade de expansão, movimento de subida( baixo pra cima), pulsação mais intensa, ativa.

Para essas energias fluírem adequadamente elas precisam encontrar seu oposto, para ocorrer atração e um fluir equilibrado ao invés de repulsão. O mesmo ocorre com os impulsos nervosos no corpo humano: o hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo, enquanto o hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo (tudo passando pela coluna vertebral)
De maneira bem genérica podemos então considerar a seguinte representação:



Adam, “o filho da terra” representa o pilar do julgamento está a esquerda na Árvore, sobre o lado direito do corpo humano ( lado controlado pelo hemisfério cerebral esquerdo) e contém Binah, Gevurah e Hod, esse pilar representa a polaridade masculina, yang, pólo energético positivo, ligado ao hemisfério cerebral esquerdo. No corpo humano essa energia que flui de baixo pra cima (subida), da direita para a esquerda (sentido horário), sobe pelo corpo pela planta dos pés para atingir o seu grau máximo de expansão na glândula pineal, que está no meio dos dois hemisférios cerebrais.

Chava, “aquela que dá a vida” representa o pilar da misericórdia que está à direita na Árvore, sobre o lado esquerdo do corpo humano (controlado pelo hemisfério cerebral direito) e contém Chokmah, Chesed e Nezah, esse pilar representa a polaridade feminina, yin, pólo energético negativo, ligada ao hemisfério cerebral direito. No corpo humano essa energia que flui de cima para baixo (descida), da esquerda para a direita (sentido antihorário), desce pela glândula hipósife (conexão com o chacra coroa) que está entre os dois hemisférios cerebrais até atingir a planta dos pés.

Por essa razão se utiliza a mão esquerda erguida ao Alto para captar energias sutis e superiores, pois a mão esquerda é controlada pelo hemisfério cerebral direito, de onde flui a energia yin/ida de cima pra baixo, do chacra coroa até o chão, sendo aconselhável em qualquer ritual de movimento circular sempre o movimento antihorário, pelos motivos descritos há poucas linhas, potencializando o próprio campo de força. Da mesma forma nos trabalhos de expansão da consciência (pulsos magnéticos para projeção astral, abertura ou fechamento de chacras devemos utilizar a mão direita, em movimento horário, pois é uma energia que responde melhor as construções mentais da vontade, pois trabalha mais o aspecto ativo e racional sobre a espiritualidade e as energias mais telúricas para firmar as formas pensamento realizadas em uma atividade, favorecendo a lucidez e lógica na vivência das experiências espirituais, que essencialmente são yin mas precisam do equilíbrio yang. (*)

(*)Vale ressaltar que nos tradicionais estudos da Yoga, o fluxo masculino pingala está associado ao hemisfério cerebral direito e o fluxo feminino ida ao hemisfério cerebral esquerdo, então porque eu coloquei de forma contrária há poucas linhas? Simplesmente porque tal entendimento tradicional diz respeito ao cérebro perispiritual e não ao cérebro físico.

No físico o lado cerebral esquerdo está profundamente responsável pelas manifestações ligadas a lógica, ao raciocínio e justamente por isso, no canal existente no hemisfério esquerdo do cérebro astral é que está o canal que flui a energia ida (yin), pois da mesma forma que um lado do cérebro físico controla o outro lado do corpo, o lado direito do cérebro perispiritual controla o lado esquerdo do cérebro físico. Sendo assim, no cérebro perispiritual temos o sistema tradicional das escolas orientalistas, visto através da clarividência:

Pingala/Yang: canal no hemisfério direito do cérebro perispiritual

Ida/Yin: canal no hemisfério esquerdo do cérebro perispiritual

E dessa forma agem no cérebro físico da seguinte forma (como mostrado no estudo antes do asterisco):

Pingala/Yang: atua a partir do hemisfério esquerdo do cérebro físico

Ida/Yin: atua no hemisfério direito do cérebro físico



É através desses dois fluxos energéticos que a coluna energiza todo o corpo, sendo que a coluna representa o pilar da compaixão, localizado no meio da Árvore e que realiza o encontro das duas polaridades através da glândula pineal e da hipófise e a nível espiritual do chacra coroa e do ajna, novamente simbolizando as duas asas no topo do caduceu.

Lilith, a energia vital que percorre a coluna como uma serpente, o pilar central da compaixão, o caminho do meio pelo qual flui a energia masculina e feminina tem todas essas representações
Tal simbologia de Lilith é analisada na Astrologia também.

Na Astrologia Lilith representa a Lua Negra, pois é no mapa astral o ponto astronômico correspondente ao grau do apogeu (ponto orbital mais afastado em relação à Terra) da órbita lunar projetado na eclíptica zodiacal. Como a Lua representa a sustentação, a nutrição emocional, tal ponto representa as amarras emocionais, os traumas do passado de situações que foram vividas em excesso e que precisam ser transformadas, colocando dessa forma Lilith como um exercício de desapego a amarras e vícios emocionais de encarnações passadas, possibilitando um renascimento emocional para a pessoa, algo semelhante ao trajeto de mudança que é mostrado no mapa astral no caminho entre a cauda do dragão e o caput (cabeça) draconis, onde é preciso controlar ou transformar para vencer a insatisfação, o apego ao passado e realizar um novo caminho.


Da mesma forma que muitos ainda criam confusão com a palavra Lúcifer, o mesmo acontece com a história de Lilith, quando as lendas e contos populares acabaram por adulterar o significado original. Sobre a questão de Lúcifer tem esse post aqui na fanpage: A lenda de Lúcifer 


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