Pergunta: "Oi José, com seus
conhecimentos astrológicos e espirituais, qual a sua opinião sobre este vídeo,
em se tratando das coincidências Astrologias apresentadas, de elementos que
foram importadas de outras religiões e culturas, como o zoroastrismo, o
judaísmo, e até mesmo dos egípcios e dos romanos" (Vinicius)
Resposta: As afirmações sobre as
indicações astrológicas são verdadeiras (Sírius e as 3 marias, o disco zodiacal
com o sol e etc) e justamente por serem conhecidas desde a Antiguidade é que
foram utilizadas para simbolizar a vinda de Jesus. Não foi "a toa" que três astrólogos
(magos) sabiam exatamente quando o Messias nasceria. Falei sobre isso na
análise do mapa natal de Jesus:
A ligação da Astrologia com a
Bíblia é tão profunda que várias profecias foram feitas com base em
constelações celestes, como expliquei no texto sobre as profecias das Luas de
Sangue:
E se compararmos as Eras
Astrológicas com passagens bíblicas, veremos algo interessante. A cada 2150
anos em média, quando o Sol no Zodíaco está no grau zero de Áries (março), o
Sol nascerá no céu em uma constelação diferente, devido a oscilação do
movimento da Terra sobre seu próprio eixo (como o movimento de um bambolê,
conhecido como Precessão dos Equinócios). Dito isso, temos a seguinte tabela
para a mudanças das Eras Astrológicas:
Era
de Touro: de 3822 a.c a 2662 a.c
Era
de Áries: 1662 a.c a 498 d.c
Era
de Peixes: 498 d.c a 2658 dc
Era
de Aquário: começo em 2658 d.c
A medida que o Sol se aproxima de
uma nova Era, os efeitos da Era seguinte já começam a ser sentidos, por volta
de 500 anos antes de entrar na Nova Era. Considerando que cada grau dos 30
graus de um signo equivalha a aproximadamente 70 anos (pois os 30 graus
totalizam 2150 anos), 500 anos antes de um nova Era, o Sol está a 7 graus de
uma nova Era e já em conjunção com esse novo signo da Era seguinte. Dessa forma
já é possível considerar que por volta de 2100 entraremos na Era de Aquário,
apesar de tal entrada só ocorrer realmente por volta de 2600. A idéia de 2012
como Nova Era ou Era de Aquário não tem qualquer sustentação astrológica e
muito menos profética (ainda mais considerando as profecias bíblicas).
Mas
vejamos que interessante:
Moisés estava encarnado e com o
povo hebreu no deserto próximo de 1300 A.C. , ou seja, já na era de Áries
(como vimos no link sobre o mapa de Jesus, seu primo João Batista que era a
reencarnação de Elias e também de Moisés, ambos o mesmo espírito, nasceu
exatamente no signo de Áries e se observamos a personalidade desses três
homens, o mesmo espírito encarnado em épocas diferentes, veremos exatamente a
personificação da personalidade ariana).
Moisés durante o êxodo manda os hebreus destruírem o bezerro de ouro, símbolo
da adoração a imagens e do politeísmo egípcio contrário ao monoteísmo que ele
havia trazido, pois tal passagem simboliza que o bezerro, a Era de Touro já
havia acabado e que a Era do Cordeiro (símbolo de Áries) havia começado, sendo
que Jesus sempre é simbolizado como o Cordeiro de Deus.
Apesar de Jesus ter nascido na Era
do Cordeiro (Áries), a influência de Peixes já acontecia enquanto o Messias
estava vivo, exatamente por isso além de ser o Cordeiro de Deus ele também
aparece junto a várias referências do signo de Peixes: busca entre os
pescadores os apóstolos, em um dos seus maiores milagres alimenta um grande
número de pessoas multiplicando peixes.
Sobre a Nova Era seguinte, de
Aquário, que começará por volta do ano 2600 mas já será percebida por volta de
2158 (próxima do sétimo milênio do calendário judaico que acontecerá no ano de
2240), Jesus traz um símbolo interessante no evangelho de Lucas:
"Raiou o dia dos pães sem
fermento, em que se devia imolar a Páscoa. Jesus enviou Pedro e João, dizendo:
Ide e preparai-nos a ceia da Páscoa. Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a
preparemos? Ele respondeu: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem
carregando um cântaro de água; segui-o até a casa em que ele entrar, e direis
ao dono da casa: O Mestre pergunta-te: Onde está a sala em que comerei a Páscoa
com os meus discípulos? Ele vos mostrará no andar superior uma grande sala
mobiliada, e ali fazei os preparativos. Foram, pois, e acharam tudo como Jesus
lhes dissera; e prepararam a Páscoa. Chegada que foi a hora, Jesus pôs-se à
mesa, e com ele os apóstolos. Disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer
convosco esta Páscoa, antes de sofrer. Pois vos digo: não tornarei a comê-la,
até que ela se cumpra no Reino de Deus. Pegando o cálice, deu graças e disse:
Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Pois vos digo: já não tornarei a
beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus." (Lucas 22:7-18)
O homem com um cântaro de água é
exatamente o símbolo do signo de Aquário, que simboliza exatamente o signo que
vai entrar na "casa" astrológica. A páscoa ou pessach dos judeus é
conhecida como festa da libertação (dos judeus) e dos terríveis castigos de
YHWH sobre os aprisionadores (egípcios), representando literalmente o anjo da
morte, aquele que traz a libertação do espírito da prisão física, simbolizando
a nível global a morte da Era de expiação e provas e o nascimento da Era de Regeneração. Em um
texto do blog eu explico a ligação da festa da páscoa com a grande tribulação,
pois ao que tudo indica o grande dia do senhor, previsto em várias passagens bíblicas,
acontecerá por essa época:
Temos, portanto várias ligações
astrológicas com a Bíblia. Vamos
entender então como surgiu o Cristianismo Romano e porque Jesus realmente
existiu:
O que ocorre é que o Cristianismo
Romano, surgido no ano 325 por Constantino no concilio de Nicéia foi uma
tentativa do império romano de utilizar os ensinamentos do Cristianismo
Primitivo em benefício próprio, ou seja, manipular a religião que surgiu entre
os seguidores do Cristo em beneficio próprio, muito disso em virtude do espantoso
crescimento de cristãos primitivos dentro do império romano, mesmo apos as terríveis
perseguições de Diocleciano, incluindo aí a tortura e morte de Jorge de Cristo
(São Jorge). Dessa forma, o Cristianismo Romano tentou divinizar Jesus e criar
uma forma (Igreja Romana) que pudesse servir aos interesses do império Romano,
como forma de controlar os cristãos primitivos.
Quem não aceitava a nova religião
era perseguido e morto e quem aceitava acaba sendo manipulado pelo Império
através da Igreja. As semelhanças que o império romano colocou na historia de
vida de Jesus com outras divindade pagãs, como por exemplo, a divindade de
Jesus, a trindade, o nascimento através de uma Virgem, o nascimento durante o
sol invictus, tudo isso foram formas de também permitir que os romanos que não
eram cristãos também aceitassem a nova religião. Agora, dizer que por tais
manipulações Jesus não existiu é forçar demais a barra, seria o mesmo que alguém
afirmar que devido a adulterações sobre a historia de alguém esse alguém não
existiu.
Que me perdoem os ateus, mas é um
argumento muito fraco. Jesus existiu e existem provas históricas sobre isso,
inclusive do historiador Flavio Josefo, mas certamente muitas lendas e informações
foram atribuídas a Jesus através de interpolações nas Escrituras e através de concílios
que tentaram divinizar Jesus, concílios esses que alias aboliram do
Cristianismo a doutrina da reencarnação, que era presente entre os cristãos
primitivos.
Outra questão é que o testimonium
flavianum, presente no antiguidades judaicas de Flavio Josefo e que fala de
Jesus, o associando o Cristo (sendo christhus citado por 2 pensadores gregos) é considerado por muitos como verdadeiro. Não
bastassem essas informações históricas sobre Jesus é importante ressaltar
também que uma obra não cristã e não judaica fala bastante sobre a vida de
Jesus: trata-se do Corão, livro sagrado dos islâmicos, o que torna bem difícil
que interpolações feitas pela Igreja católica tenham atingido o livro sagrado
dos muçulmanos que inclusive lutavam contra o império romano e a Igreja católica.
Em suma, o argumento contido no
filme Zeitgeist de que Jesus é uma lenda criada pelos romanos é bem fraco na
minha opinião, pois parte de uma premissa equivocada.
Parte II: AQUI
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