3 de mar. de 2023

A Recessão Global em 2023 - O Eclipse de Abril está Chegando

 


Michael Burry ficou famoso por ser o único a prever o estouro da crise de 2008 (a crise imobiliária que ninguém acreditava que poderia acontecer) e que inspirou o filme "A Grande Aposta". Há alguns meses ele vem alertando para o comportamento da Bolsa Americana que segundo ele está repetindo nos últimos meses o mesmo padrão da crise das empresas ponto com entre 2000 e 2002.  

Os maiores hedge funds (fundos multi mercado) dos EUA tiveram um 2022 desastroso e não a toa estão esperando a grande "promoção" das ações (ou seja, uma queda forte para comprar). A realidade é que a bolha das ações das grandes empresas da Bolsa americana (aquelas com valor acima de 1 bilhão de dólares) ainda não estourou: como o próprio Michael Burry esclareceu recentemente, mais de 200 dessas empresas bilionárias tiveram perda anual na casa dos 100 milhões de dólares e por conta disso a correção ocorrida em 2022 (perda de 23% de valor do S&P em relação a 2021) era apenas a primeira parte da correção que deveria ser, segundo ele, de mais 48% em 2023. Ou seja, Burry não espera que em 2023 o S&P despenque para os níveis de outubro de 2022 ou fevereiro 2020 (pré coronga) que estavam na casa dos 3.600 pontos, mas sim para o fundo de final de março de 2020 na casa dos 2 mil pontos. Mesmo que a grande "promoção" seja metade disso (algo como um mergulho aos 3 mil pontos ou 30% de queda em relação ao S&P atual) a maioria dos fundos quer recuperar o grande prejuízo de 2022.


Graficamente o cálculo do Michael Burry é até simples como podemos ver na imagem acima: pegando o último topo no finalzinho de dezembro 2021 até o fundo de outubro de 2022 projetando esse mesmo spread a partir do fundo de outubro de 2022 chegamos exatamente ao mesmo valor do final de março de 2022. Pessoalmente eu acho que essa projeção deveria partir da atual zona de 0,786 da Fibo (4.100) o que daria numa queda até os 3.200 pontos no S&P podendo chegar no fundo dessa projeção de Fibo a 2.700 pontos, ou seja, pelo menos uma queda aos 3 mil pontos seria bem razoável diante do cenário de inflação ainda forte e muitas grandes empresas ainda sobreavaliadas no mercado americano. 

Michael Burry ainda compara os últimos meses do S&P ao que aconteceu no estouro da bolha ponto com entre os anos de 2001 e 2002. Há uma série de correlações interessantes envolvendo aquela crise com os últimos meses da Bolsa Americana. O primeiro paralelo é que na crise das ponto com a Bolsa americana ficou "lateralizada" por mais de um ano, entre janeiro de 2000 e maio de 2001, enquanto que entre junho de 2021 e fevereiro de 2022 se observou o mesmo movimento na Bolsa Americana. Entre maio e setembro de 2001 aconteceu o primeiro estouro da bolha, com uma queda de 30% do S&P, logo em seguida mesmo com muitas empresas ainda sobrevalorizadas aconteceu uma recuperação de 25% entre setembro de 2001 e março de 2002 para que então finalmente viesse uma queda definitiva entre abril e setembro de 2002 de 22%, o que gerou uma perda final entre inicio de 2000 e final de 2002 de 30% para a Bolsa Americana.



Entre janeiro e setembro de 2022 (4 meses a mais do que aquela primeira pernada de queda em 2001) a Bolsa americana caiu 23% e entre outubro e dezembro de 2022 recuperou 20% e desde então vem em uma discreta subida com alguma lateralização. Se seguir o mesmo padrão de recuperação ocorrido em 2001 antes de uma nova queda, essa pequena recuperação iria até maio ou junho de 2023 para que então se iniciasse a pernada final de queda durante todo o segundo semestre de 2023, com uma queda de 20% a 22% o que nesse caso representaria uma queda entre inicio de 2022 e inicio de 2024 na ordem de 30% fazendo praticamente o mesmo movimento da crise das empresas ponto com entre 2000 e 2002. 




Caso realmente tenhamos uma crise de recessão nos EUA em 2023 e ela repita o padrão da crise de 2000-2002 se iniciando portanto entre maio e junho de 2023 então isso vai não apenas  vai confirmar as previsões de Michael Burry como também a previsão que eu fiz aqui meses atrás de que exatamente pelos idos de maio-junho teríamos uma grande crise econômica (mais precisamente em maio de 2022 quando previ a queda brutal do bitcoin quando ele estava na casa dos 30 mil pontos). Caso todas essas previsões estejam certas, então o mergulho da Bolsa americana deve começar até junho de 2023, confirmando também a análise que eu fiz em novembro sobre o eclipse de abril de 2023 que deverá trazer essa crise/recessão no primeiro semestre de 2023. O texto está linkado a seguir:

Link previsão eclipse 


BOLSA BRASILEIRA 

Apesar de muitos analistas de mercado acreditarem que a Bolsa vai aos 126 mil pontos (alguns até falaram em 150 mil!!!) eu não acredito que ao longo de 2023 a Bolsa consiga superar os 121 mil pontos. Nas últimas 8 semanas o gráfico semanal da Bolsa brasileira vem testando o canal central da Fibo (0,618/0,5) traçada entre o topo de março 2022 e o fundo de julho de 2022, sendo que na atual semana esse canal foi perdido, assim como as médias móveis de 9 e 29 períodos apontam tendência de venda no gráfico semanal, então caso a Bolsa perca os 105 mil pontos ao longo da semana e mantenha essa perda até o final da semana (dia 03 de março) a tendência é ir com força testar os 100 mil pontos. 

Reversão da tendência de queda é se nas próximas semanas superar os 108 mil pontos e ai nesse caso deve buscar 121 mil pontos. De toda forma vejo no gráfico muito mais tendência para a queda, inclusive a movimentação do gráfico semanal desde 18 de julho de 2022 faz um desenho praticamente igual, apenas com um pouco mais de candles, daquele do período semanal de 10 de janeiro a 11 de julho (como é possível ver no gráfico abaixo com as flechas e os topos/fundos com a fibo). 

 

Como a Bolsa brasileira já abriu a semana (dia 27) abaixo dos 106 mil pontos e confirmou essa queda no pregão de terça feira (dia 28) então o caminho até os 100 mil pontos pode ser ainda mais rápido (pois confirmou a perda no canal de fibo no gráfico semanal como mostrado na imagem), podendo entre 13 de março e 20 de março tocar ou perder os 100 mil pontos. 

Curioso observar que no gráfico diário a bolsa brasileira completou de forma exata a evening star (candle) que surgiu entre 25 e 27 de janeiro, um doji (estrela) poderoso que por exemplo demarcou (antecipou) o começo do megatombo no gráfico semanal entre 13 e 27 de janeiro de 2020 (crise do coronga) quando a bolsa perdeu 40% (espelhando na forma de queda/LTB a alta/LTA que vinha desde setembro de 2018). Para o azar da bolsa há ainda um OCO no gráfico semanal que começou no dia 18 de julho prenunciando que o mais provável até 20 de março é perder os 100 mil e buscar os 96 mil pontos. Esses são os dois principais suportes a serem testados: 102.200 e 96 mil pontos, por tudo isso enquanto não chegar próximo de 108 mil pontos não há menor sinal de reversão de tendência. 

Caso todo esse cenário de baixa se confirme e caso a recessão EUA-Europa venha mesmo entre maio e junho (com perdas de pelo menos 25%) então estamos falando em uma repercussão na bolsa brasileira que pode levar até os 80 mil pontos que seria no pior e mais pessimista cenário o maior fundo que a bolsa poderia pegar em 2023. De toda forma acredito que em 2023 e 2024 estaremos em um forte movimento corretivo da bolsa, não apenas brasileira mas também americana e européia, antes de iniciar um ciclo de alta.

 

PREVISÕES FEITAS PARA DOW JONES, BITCOIN E MGLU 

As previsões trazidas em 27 de maio de 2022 sobre o longo prazo de Dow Jones, Bitcoin e MGLU se concretizaram quase que de forma exata. Vejamos o que foi publicado naquele texto: 

"Está "sambando" há dias em um suporte enorme e já conhecido dos 29/28 mil dólares sem tendência no gráfico diário e mantendo tendência no semanal, portanto dependendo de uma definição mais clara de direção: se embicar pra baixo vai buscar 19 mil dólares rapidamente, se virar pra cima vai aos 42 mil. No momento está com muito mais cara que vai buscar 19 mil. Ainda complemento: se na próxima segunda fechar abaixo dos 30 mil e pior ainda, se na quarta se mantiver nos 28 mil e especialmente abaixo disso por dois dias seguidos é altíssima a chance de ir buscar os 19 mil de alvo e dependendo da intensidade do movimento das próximas semanas (especialmente se fechar o mês de junho mais próximo de 19 mil do que 27 mil) pode buscar 12 mil dólares." 

Comentário: Realmente após perder os 29/28 mil o bitcoin buscou rapidamente os 19 mil ainda em junho, exatamente como o previsto, apenas não chegou ao alvo final de 12 mil, ja que o fundo foi em 15.500 (meados de novembro). 

"O movimento gráfico das últimas semanas, inclusive observando um inédito cruzamento pra baixo da media de 29 períodos que NUNCA aconteceu no gráfico mensal do bitcoin é muito semelhante ao desenho da queda de quase 80% da MGLU (Magazine Luiza) que inclusive eu comentei em um vídeo do Tiago Nigro há seis meses, que a ação ia pra 4 reias (na época estava 6 reais e ja vinha de uma queda de 75% ao longo de 2021) pois o gráfico semanal não mostrava  qualquer sinal de mudança de tendência, o que alias vem desde julho de 2021, ou seja, nenhum indicativo para um investimento de longo prazo)." 

Comentário: Ao longo de todo o ano de 2022 e até agora em 2023 nada de sequer voltar aos 6 reais, cumprindo exatamente o que disse o gráfico. 

"De toda forma tanto o gráfico do bitcoin a longo prazo como do Dow Jones apontam daqui 8-12 meses o cenário não estará bom, pois ambos apontam para queda nesse período o que é um indicativo de que alguma quebradeira grande está se desenhando no horizonte de médio prazo." 

Comentário: Se compararmos o valor atual tanto do Dow Jones como do Bitcoin em relação ao final de maio quando a previsão foi feita veremos que realmente o cenário não está bom: ao final de maio de 2022 o DJ estava a 33.200 pontos praticamente o mesmo valor atual quase 9 meses depois e nesse período amargou uma queda de quase 20% (em setembro perdeu os 29 mil pontos). O bitcoin por sua vez ainda está longe de pelo menos recuperar os 30 mil dólares que valia 9 meses atrás ao final de maio de 2022, isso depois de ter chegado a um fundo de 15.500 dólares. Considerando a alta inflação global o desempenho tanto do Dow Jones como do Bitcoin nos últimos 9 meses definitivamente não é bom.


12 de jan. de 2023

Brasil e o Caminho até 2026

 


Desde 2014 tanto o livro "Brasil o Lírio das Américas" como vários textos aqui da página previram com exatidão e com vários meses de antecedência acontecimentos que se concretizaram tempos depois e que, na época das previsões, pareciam impossíveis, como por exemplo, a previsão em 2014 que até 2018 teríamos os militares no poder através de um governo eleito, que Dilma seria impichada e que Lula seria preso. 

Previsões mais recentes, como a trazida em julho de 2022 apontavam que entre setembro de 2022 e janeiro de 2023 teríamos um cenário de confronto e conflagração civil por conta da derrota de Bolsonaro nas eleições, já que apesar de ter previsto que conseguiríamos construir uma terceira via deixei claro já em janeiro de 2022 que Bolsonaro não tinha chance alguma de se reeleger (isso dito lá em janeiro). Sem terceira via e no embate do bolsopetismo aconteceu o que previ: Bolsonaro perdeu. Esse material pode ser conferido aqui (clique no link a seguir):

https://www.facebook.com/photo?fbid=783739156442721&set=pb.100044199317841.-2207520000. 

Como também apontei em previsões recentes sobre o futuro (deixarei o link desse texto também a seguir) Lula passará todo o mandato com um trânsito bem tenso sobre o seu mapa natal que pega também ponto importante do mapa do Brasil e corre sim risco de não terminar o mandato. Essa ampla análise astrológica está detalhada aqui (clique no link a seguir):

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=732387494911221&set=pb.100044199317841.-2207520000.&type=3


BASTIDORES DE UMA MISSÃO 

Mas e o futuro Zé? Qual o caminho para 2026? Pra entendermos isso precisamos voltar um pouco no tempo, lá pelos idos de 2012 quando eu estava na fase final de elaboração do livro "A Bíblia no 3º Milênio" e já recebendo as primeiras informações (textos e experiências projetivas) do material que seria compilado no livro "Brasil o Lírio das Américas" (lançado em 2014). O projeto do livro "Brasil o Lírio das Américas" segundo o guardião Jeremias foi definido pelos amigos espirituais lá pelos idos de 2010, quando em palestra pública aqui em Porto Alegre dentro de um grupo espiritualista apontei que a Espiritualidade trabalhava para colocar fim ao período petista no poder e que uma enorme corrupção viria a tona. Falar isso, em 2010, quando Lula tinha quase 90% de aprovação e a maioria dos espíritas e espiritualistas se identificavam com o petismo (inclusive muitos dos que hoje se vestem de "patriotas" bolsonaristas) e se acreditava ser um absurdo falar qualquer coisa da Espiritualidade em relação à política causou um misto de espanto e irritação em muitas pessoas que estavam ali. 

O grande ponto é que desde um pouco antes de 2010 a Espiritualidade Superior tentava transmitir algumas informações sobre o futuro do Brasil do ponto de vista geopolítico, mas não encontrava medianeiros para fazer isso. Primeiro pelos motivos óbvios: se a maioria se identificava com o petismo é óbvio que truncariam qualquer manifestação mediúnica apontando que um desastre enorme de corrupção estar instalado no governo, enquanto que os poucos que estavam abertos para receber tal informação simplesmente não tinham coragem. 

Entre 2013 e 2014 quando começaram as primeiras manifestações de vulto nas ruas contra o governo petista e contra a corrupção as pessoas que já me acompanhavam desde 2010 atestaram que aquilo que eu havia trazido 3, 4 anos antes era verdade. Mesmo quando o livro foi lançado em 2014 e com muitas coisas vindo a tona ainda assim as manifestações da maioria dos médiuns eram bastante tímidas, pra não dizer praticamente nulas sobre o tema. Por isso o livro "Brasil o Lírio das Américas" foi pioneiro, todas as tentativas de outras obras espiritualistas de falarem sobre política e espiritualidade vieram somente quando a queda (impeachment Dilma e condenação de Lula) já estava sacramentada, aí é moleza querer dizer que tem contato com "espíritos que comandam o destino do país" mas nunca trazer informações realmente em primeira mão. 

O grande ponto é que desde antes da eleição do candidato dos militares (e é bom lembrar que não apenas no livro em 2014 como mais de um ano antes da eleição, antes de qualquer astrólogo ou astróloga, previ que Bolsonaro ganharia) os amigos espirituais já haviam informado (e isso consta no livro) de um grande trabalho da Espiritualidade Superior para fazer uma grande higienização na América do Sul e Central, mostrando os graves casos de corrupção (especialmente e notoriamente no Brasil) ligados a governos de esquerda e ao mesmo tempo impedindo que um projeto de radicalização (aos moldes de Cuba e Venezuela) se instalasse nas Américas do Sul e Central.  Apesar de muitos países nos últimos anos terem retornado à governos de esquerda após a "onda azul" (prevista no livro) o que vemos hoje é um cenário no qual governos aos moldes do que Chavez-Maduro ou Fidel implantaram não tem mais espaço na América do Sul e Central, ou seja, mesmo com a volta do petismo ao poder e do kirchnerismo na Argentina, o sonho de uma América bolivariana-marxista foi ralo a baixo e nisso o projeto dos guardiões superiores (aqueles que realmente trazem informações sobre o futuro em primeira mão) foi um sucesso. 

Dentro desse grande trabalho os amigos espirituais identificaram, segundo esclareceu o guardião Jeremias, de que os militares no Brasil estavam muito preocupados com o avanço do petismo e de um projeto marxista não apenas no Brasil, mas em toda América do Sul e por isso decidiram planejar uma candidatura que realmente se posicionasse contra o petismo (já que é bom lembrar que nas eleições anteriores, tanto contra Lula como Dilma não existia uma real oposição ao petismo, mesmo Aécio na campanha de 2014 tinha medo da popularidade de Lula e não se colocava como um candidato antipetismo). Quando veio a LavaJato e as manifestações de rua a janela de oportunidade estava aberta e os militares decidiram que o nome seria alguém que já estava no Congresso, ou seja, Bolsonaro. 

O projeto original, tanto dos militares como da Espiritualidade Superior era exatamente o cumprimento do que foi prometido em campanha (e levou o capitão a ser eleito): fortalecer a LavaJato e intensificar o apoio da população por reformas que combatessem os privilégios e a corrupção dentro do núcleo político de Brasília (Centrão) o que levaria a um profundo processo de renovação e higienização nos três poderes. Porém havia um perigo e isso foi alertado meses antes da eleição de Bolsonaro aqui nesse espaço: o olavismo. As idéias de tentar transformar o capitão em um novo Hugo Chavez (só que da "direita") provinham de alguém que ensinava em seus cursos que, segundo ele, o período mais maravilhoso da historia do mundo foi na Idade Média quando reis e a Igreja com seus exércitos dominavam toda a população e tudo funcionava bem, ou seja, acreditava que deveríamos criar uma monarquia absolutista com uma santa inquisição política. Eu avisei que isso não daria certo, que os métodos do olavismo eram tão ou mais piores do que o marxismo, cujo objetivo sempre foi acabar com o pluripartidarismo e centralizar o poder em um único líder e partido (como está amplamente descrito no Manifesto Comunista de Engels e Marx como o real objetivo do marxismo e não a falácia de justiça social para o proletariado) o que levou a criação por mim do termo "petistas de direita" (para definir os olavistas), isso meses antes da eleição de Bolsonaro, termo que depois foi adotado pela mídia como "bolsopetistas". 

Os amigos espirituais sabiam desse risco, ou seja, de Bolsonaro seguir a linha olavista de tentar pavimentar o caminho para ser um novo Chavez no Brasil e dentro desse contexto trabalharam com aquilo que era possível para retirar o petismo do ciclo de poder. Se Bolsonaro não fosse eleito em 2018 ele voltaria muito mais forte em 2022 e nós teríamos perdido mais 4 anos (2022-2026), pois tudo aquilo que ele tentou fazer entre 2018 e 2022 para se perpetuar no poder seria feito com 4 anos de atraso após mais 4 anos de governo petista (Hadad), ao mesmo tempo, ainda que a eleição de Bolsonaro tivesse esse perigo se seguir a linha olavista ao invés das pautas de campanha lavajatistas, existia a esperança dos amigos espirituais de que o mesmo engajamento mostrado entre 2013 e 2018 pela cobrança de políticos permaneceria, ou seja, as pessoas iria cobrar Bolsonaro pelas suas promessas de campanha e isso, infelizmente, não aconteceu. E foi exatamente por isso que Lula foi solto e Bolsonaro não foi impichado: pelas mãos de um dos ministros colocados na Corte (Nunes Marques) é que Lula se tornou elegível, inclusive a sua soltura foi comemorada pelo filho de Bolsonaro, pois o clã acreditava que a soltura de Lula uniria a "direita" entorno do combate a volta do expresidiario ao poder. E ao invés de combater o Centrão, Bolsonaro se aliou ao Centrão para evitar seu impeachment. 

Porém, mesmo nesse caminho tortuoso aconteceu o menos pior (dentro daquilo que era possível): o projeto olavista-chavista de Bolsonaro ruiu, a coesão dos militares contra o petismo se fortaleceu, o próprio antipetismo se fortaleceu na maioria do país (a exceção do nordeste quase todas as regiões do país se posicionaram contra o petismo) o que vai unir as pessoas na cobrança do atual governo, trazendo novamente as pautas anticorrupção a tona. Ao mesmo tempo, como já previ meses atrás, Bolsonaro perderá seus direitos políticos e muito provavelmente será preso, ou seja, não estará elegível para 2026. Lula por sua vez não tem sucessor (ainda que tenha a esperança de emplacar Hadad como seu sucessor na corrida presidencial de 2026) e sabe que o Centrão se movimenta há meses para emplacar o semipresidencialismo, que na prática daria ainda mais poderes ao Centrão. Essa matéria fala mais sobre a questão (clique no link a seguir):

https://www.gazetadopovo.com.br/republica/camara-aguarda-o-segundo-turno-para-avancar-com-a-proposta-do-semipresidencialismo/

Para Lula e o PT, que não possuem um sucessor político a idéia de criar a figura de um primeiro ministro a partir de 2030 em um Congresso majoritariamente dominado pelo Centrão não é de todo ruim, pois ainda permitiria que partidos fortes na Câmara (como o próprio PT) garantam uma boa fatia de poder e ao mesmo tempo facilitaria a aprovação de medidas/leis que perpetuassem o enfraquecimento do combate à corrupção e a manutenção dos privilégios e gastos astronômicos da classe política brasileira. 

Em um Congresso dominado pelo Centrão, com o petismo e um ex presidiário na cadeira presidencial e com uma Corte que vem anulando as sentenças da LavaJato é altamente improvável que um plebiscito para o semipresidencialismo passe no voto popular. Ao mesmo tempo, apesar de todo o radicalismo do bolsonarismo ele serviu pra expor a existência de um grupo numeroso, tanto na classe política como na população que não aceita mais a doutrinação ideológica da esquerda de que a esquerda representaria o monopólio da virtude, contra as opressões e em favor da democracia e especialmente não aceitando o discurso muito disseminado na esquerda de que o conservadorismo quer apenas conservar as desigualdades. Muita gente que votou em Bolsonaro em 2018 e não votou em 2022 não aceitam a idéia que boa parte da esquerda tenta defender de que seriam os defensores dos direitos sociais e ao mesmo tempo não reconhece em Bolsonaro as verdadeiras pautas de combate a corrupção e por uma economia mais liberal. 

É exatamente esse grupo que vai se tornar cada vez mais numeroso (sobretudo depois da condenação de Bolsonaro nos próximos meses) e que vai tomar pra si novamente a bandeira do combate a corrupção, do fim dos privilégios e do enfraquecimento do Centrão. E nesse cenário, segundo as informações mais recentes que eu recebi durante a elaboração do meu próximo livro, novamente os militares observam e aguardam uma nova janela de oportunidade: um novo escândalo se desenhando no horizonte ou a própria saída de Lula do poder (por impeachment ou falecimento) para que novamente as ruas se mobilizem por um caminho fora do bolsopetismo com ambos, Lula e Bolsonaro impedidos de concorrer em 2026, um caminho que resgate os ideais de combate à corrupção, combate aos privilégios, combate ao Centrao e fortalecimento de uma economia liberal e responsável do ponto de vista fiscal (pois é dessa forma que se gera riqueza, impostos e dinheiro para investir nas áreas sociais e, sobretudo geração de emprego, que é o que realmente tira as pessoas da pobreza e enriquece um país) na figura de dois políticos que os militares enxergam como representantes dessas políticas, os senadores Moro e Mourão, que naturalmente atraem o eleitorado antipetista mais moderado e uma parcela expressiva do eleitorado bolsonarista órfão do seu "mito" 

O projeto da Espiritualidade Superior para 2026 passa primeiramente por impedir a continuação do bolsopetismo e ao mesmo tempo construir um caminho que resgate as pautas de 2013 a 2018 que foram clamadas nas ruas. Se conseguiremos construir esse caminho, já é uma outra história mas o que veremos, nos próximos meses e anos até 2026 é a construção de um cenário que possa levar a esse caminho, pois ele depende essencialmente da escolha da maioria da população. 

Para os corajosos que leram o textão até aqui, inclusive todo o material linkado até aqui aconselho fortemente a releitura do texto "o que é a democracia", que vai muito além de tentativas de golpe ou de três poderes funcionando (clique no link a seguir):

https://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2022/10/democracia.html