Textos
sobre as duas manifestações anteriores no Brasil:
15
de março: AQUI
12 de abril: AQUI
O
tempo do "nós contra eles" ou "luta de classes", "luta
do proletariado contra azelite" acabou. Estamos vivendo o início da
revolução brasileira na aurora do terceiro milênio, englobando todos os cantos
do país, todas as cores, todas as classes sociais, todos os credos, uma
demonstração inequívoca da maturidade cívica do povo brasileiro,
manifestando-se pacificamente e democraticamente na luta contra a corrupção e
em defesa da democracia.
Na
democracia pluripartidária todas as manifestações pacíficas e que cobrem suas
demandas dentro dos dispositivos legais (presentes na Constituição) são
manifestações dentro da lei. Da mesma maneira que é assegurada à parcela da
população expressar sua insatisfação com o atual governo, com base nas
acusações e indícios levantados na operação lava jato é assegurada a parcela,
atualmente minoritária da população, expressar sua defesa ao atual governo, da
mesma forma que está sendo assegurado ao próprio governo ampla defesa e direito
ao contraditório. Isso é democracia, esse é o rito legal e legítimo para que
então se decida, através da análise das instituições competentes e da Justiça
se é o caso de ocorrer um processo de impeachment, dispositivo legal e previsto
na Constituição
Não
há, portanto, golpe ou golpismo algum: todo o direito de defesa está sendo
assegurado ao governo e ao mesmo tempo manifestações pacíficas e ordeiras
pedirem um processo previsto na Constituição (impeachment e que já ocorreu
antes) é algo totalmente legal, dentro da lei.
Se
vai ocorrer ou não impeachment ou cassação de mandato (dispositivos legais
previstos na Constituição) isso vai depender do julgamento das autoridades
competentes, observando como deve ser em uma democracia, o amplo direito de
defesa ao governo e a manifestação de parte da população que o apóia, da mesma
forma permitindo amplo direito de manifestação favorável ao impeachment ou
cassação à parcela da população que vê nas informações trazidas nos últimos
meses pela operação Lava Jato material suficiente para um impeachment.
Isso
é democracia, quem quiser defender a manutenção do governo que traga argumento
comprovando que as promessas de campanha foram cumpridas e que não houve
descumprimento no relatório das contas públicas com o uso de recursos de bancos
federais para maquiar o orçamento federal (algo que nem o próprio governo negou
em sua defesa). A simples eleição pelo voto não garante o cumprimento do
mandato, mas tão somente a "presunção de legitimidade do voto",
legitimidade que pode ser destruída por uma ação de investigação eleitoral ou
impugnação (ação como a que está ocorrendo no TCU e TSE), pois mandato não é
cheque em branco ou garantia de impunidade caso algum delito tenha sido
cometido. Quem concorda ou discorda sobre a questão do impeachment que o faça
com argumentos e observando o que prevê as leis da Constituição, isso é debate,
isso é democracia.
Sejamos
coerentes com os dispositivos legais da democracia e não coloquemos
preferências partidárias ou por determinado político acima dos fatos e do
processo democrático de direito.
Estamos
observando, após essa terceira manifestação o alvorecer de um novo Brasil. Um
Brasil que não tolera mais a corrupção, que não tolera mais falsas promessas de
campanha convertidas em mentiras no decorrer de um mandato. Um país que
conseguiu se unir a um objetivo comum: cobrar da Justiça e dos políticos uma
solução para a corrupção, que não poupe quem quer que seja, que investigue a
todos independente de partido ou envergadura política e condene quem for
culpado, seja de que partido ou ideologia for. Não há mais um partido salvador
ou um salvador da pátria intocável; o povo finalmente descobriu que as demandas
da maioria estão acima de qualquer partido ou de qualquer político, que o bem
do Brasil, as melhorias e soluções para diversos problemas estão acima de lutas
partidárias, conchavos políticos ou interesses pessoais de alguns políticos.
O
povo finalmente começa a descobrir, após três manifestações gigantes que
tomaram o país em seis meses, que ele precisa assumir o protagonismo da
política, não a política partidária simplesmente, mas a política em seu sentido
mais puro: a organização do povo no debate e cobrança das demandas que julgam
importantes, junto aos partidos que representam o povo, já que vivemos em uma
democracia representativa (na qual os partidos representam o povo).
Creio
pessoalmente que ainda teremos ainda muitas manifestações como essas e creio
que iremos ainda mais além, sobretudo no debate de idéias e soluções para
alguns problemas do país, como por exemplo, presidencialismo ou parlamentarismo?
voto distrital ou o modelo atual? urnas atuais ou urnas com voto impresso? Como
fazer um reforma tributária que reduza impostos? Como diminuir o tamanho do
estado (seus ministérios e cargos de confiança, não apenas a nível federal como
estadual)? Como criar um modelo sustentável para a previdência? O debate
político precisa ser muito maior do que "socialismo" versus
"capitalismo" ou de "coxinhas" contra "petralhas".
Combater de forma infatigável a corrupção é o mais importante, fortalecer ainda
mais a independência das instituições também, condenar os políticos que tenham
sucumbido a corrupção e renovar os nomes da política também é fundamental. É um
exercício longo e constante, um novo hábito que eu acredito estarmos começando
a desenvolver como nação, a verdadeira revolução que vai tornar o Brasil o
Coração do Mundo. Para
colaborar com esse processo de reflexão quero trazer dois textos bem
interessantes. O primeiro deles é um teste pessoal, com várias perguntas, para
que cada um possa conhecer que tipo de ideologia ou filosofia, social e
econômica mais tem afinidade. O resultado é um diagrama no qual a pessoa pode
ficar mais a "esquerda" ou mais a "direita" e ao mesmo
tempo mais a posição "liberal" ou mais a posição "estatal"
e ainda mais ao centro. Esse teste que tem perguntas bem interessantes para
reflexão pode ser feito aqui (façam com calma, tem muitas perguntas): TESTE CLIQUE AQUI
Seguindo
essa linha de reflexão filosófica sobre modelos sociais e econômicas e
mostrando que a questão está muito além de capitalismo x socialismo, trago um trecho
do livro Brasil o Lírio das Américas, com quase 10 páginas, explicando porque
no mundo de Regeneração não teremos nem capitalismo e nem socialismo e porque
atualmente no Brasil NENHUM partido representa a filosofia de fraternidade social,
democrática e desenvolvimento econômico, baseado na livre iniciativa e bem
estar coletivo, que existirá na Era de Regeneração.
Para
aqueles que não leram o livro ainda, vale a leitura e para os que já leram,
vale a releitura (lembrando que o livro está em promoção até o dia 22 de
agosto) no link abaixo:
Fanpage Profecias o Ápice em 2036 no Facebook:
Fórum Profecias 2036:
3 comentários:
Oi, Zé! Achei o teste bem interessante, ainda que não tenha certeza se concordo com o resultado. E qual foi? (hehehe):
Compasso político
Econômico - 3.25
Social - 4,21
Este resultado me torna, teoricamente, um libertário de esquerda (faltando dois quadradinhos para ser um libertário de direita, vejam só)
Considerações:
Definitivamente não sou, nunca fui e nunca serei um cara autoritário.
Quanto a ser de esquerda, buenas, tchê, já fui e já me considerei de esquerda. Hoje, não mais. Aliás, há um bom tempo me considero um liberal ao centro, tendendo à direita.
Por isso, o resultado do teste surpreendeu e não sei concordo plenamente.
Tenho livros do Friedman e aprecio muito. Mas fã mesmo fiquei do grande inglês Tony Judt, nascido em família socialista que encontrou seu lugar no mundo no liberalismo, em tese de direita, mas que é claramente ao centro.
Agora vou ler com calma os demais textos. Volto para comentar. Abs!
Pelo resultado dá pra considerar um liberal de centro (com viés um pouco mais a esquerda ou a direita dependendo do tema), pois o questionário é dividido em 6 grandes itens (e um deles é a economia). Talvez esteja aí a surpresa :)
O vídeo do Magnoli no outro texto é interessante também por abordar algumas questões típicas da esquerda no Brasil, como por exemplo o "capitalismo de Estado", um desastre aqui (só funcionou enquanto os comodities estavam supervalorizados, mas mesmo assim não vingaria devido ao alto grau de corrupção e ineficiência do Estado em incentivar a economia devido a altos impostos, juros altos e insegurança juridica em questões como por exemplo a ambiental) mas que é o mesmo modelo, em essência, ao que existe na China.
Vale a reflexão, pois temos modelos de sucesso tanto na centro esquerda liberal ou social democratas (Suécia) e centro direita liberal (Alemanha), que apresentam algumas características semelhantes: baixo índice de corrupção e baixas taxas de juro, além de um salário médio da população muito próximo do "salário mínimo", demonstrando real distribuição de renda.
Liberal de esquerda. Nenhuma surpresa aqui :]
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