A Astrologia possui agora 13 signos? Seria a
constelação do Serpentário ou Ofiuco o 13º signo? Será??? Vamos colocar um fim
a celeuma que vem desde 2011 e foi criada dentro da Astronomia por alguns
astrônomos americanos que, ao que parece, não entendem muito de Astrologia
(bons tempos em um passado remoto que astrólogos e astrônomos compartilhavam
conhecimento, mas enfim...). Eis a matéria sobre o “novo signo”:
Essa
historia da constelação do Serpentário como “13º signo” é antiga, volta e meia algum astrônomo
tenta reavivá-la.
A questão é que a Astrologia estuda 12 áreas fixas do céu,
cada uma com 30 graus, relativamente próximas as constelações que nomeiam os
signos nessas áreas e é isso que o pessoal que não estuda Astrologia não
entende, pois obviamente se fossemos depender de associar os arquétipos dos
signos apenas ao movimento referido pelos astrônomos (Sol pelas constelações),
teríamos que desconsiderar, por exemplo, o papel relevante que Plutão tem na
Astrologia e na Cabala (representado como Daat) por não ser mais considerado
pelos astrônomos como um planeta ou ainda desconsiderar o significado histórico
da estrela Regulus (alpha Draconis) que na época de Jesus estava no signo de Leão
(e por isso sempre foi associada aos reis, pois quando a Astrologia começou a
ser estudada essa estrela estava na constelação de Leão) sendo que atualmente
esta estrela encontra-se no signo de Virgem (apesar de permanecer na constelação de
Leão).
Quem
já utilizou o programa Stelarium observou que existe um módulo que mostra os
símbolos de cada constelação ( por exemplo, uma mulher segurando uma espiga de trigo para a
constelação de Virgem, um caranguejo para a constelação de Câncer e por aí em
diante) na forma de um globo imaginário que envolve toda a Terra, como se a
Terra fosse o centro do Sistema Solar. Esse globo imaginário é chamado de
abóbada celeste.
Temos 88 constelações, sendo que o Sol no seu movimento
aparente (como é visto por quem está na Terra observando o céu) de 365 dias em relação a Terra (a translação da Terra ao redor do Sol,
mas lembre-se a Astrologia estuda a posição dos astros em relação a Terra)
cruza significativamente por 12 dessas constelações, formando aquilo que se
conhece como círculo zodiacal, pois os planetas orbitam o Sol na faixa da
eclíptica (um plano onde praticamente todos os astros ficam alinhados no
horizonte com o Sol, com uma diferença de variação de 8 graus) como é possível observar na imagem abaixo.
O
que os astrólogos fizeram desde a Antiguidade foi, primeiramente, nomear essas
constelações as associando com homens, heróis, mulheres e, sobretudo animais,
associação que vale lembrar permanece até os dias de hoje e continua sendo
utilizada pelos astrônomos, lembrando em parte uma época em que astrônomos e astrólogos
eram praticamente uma única ciência.
Ao
perceberem esse movimento aparente do Sol de forma constante no céu (devido ao
plano da eclíptica e ao movimento de translação, alinhado ao globo de 360 graus
com as constelações envolta da Terra) perceberam exatamente que o Sol passava
por 12 constelações e a partir daí dividiram o céu em 12 áreas fixas, com 30
graus cada, formando os 360 graus do círculo ou disco, o que dá origem ao
estudo do mapa natal, pois a palavra Zodíaco significa exatamente isso: círculo
de animais. Um bom programa para se ter uma idéia clara e tridimensional sobre
a eclíptica é o Solar System Scope:
E
aqui começa o ponto que os astrônomos não entendem: a Astrologia denominou
essas 12 áreas fixas como signos, ou seja, os signos não são as constelações, os
signos são as representações, nas 12 áreas fixas de 30º, dessas 12 constelações.
Sendo
assim, temos 12 regiões fixas ou geométricas na abóbada celeste, cada uma delas
representada por um signo, sendo que os arquétipos milenares da Astrologia
estão baseados no movimento do Sol e dos astros dentro dessas áreas fixas,
nomeadas e inspiradas nos seus arquétipos relativos às doze constelações.
Por
essa razão que os astrônomos não entendem que alguém seja do signo de Câncer
por ter nascido em 25 de junho se o Sol estava passando nessa época pela
constelação de Gemini (Gêmeos), ou ainda porque alguém nascido em 21 de
setembro seja do signo de Virgem enquanto o Sol passava pela constelação de
Virgem, isso porque os signos (repetindo) dizem respeito a 12 áreas fixas de 30
graus no céu, o zodíaco (circulo zodiacal) e não necessariamente a pessoa terá
um signo igual a passagem do Sol pela constelação que deu origem ao arquétipo
daquele signo (embora isso possa acontecer, sobretudo se a pessoa nascer sob o signo de Virgem).
Se
a Astrologia estudasse os arquétipos e significados da passagem do Sol e demais
astros pelas constelações no plano da eclíptica, aí sim teríamos que adotar a
tabela fornecida pelos astrônomos
Mas
como a Astrologia estuda os arquétipos e significados da passagem do Sol e
demais astros pelas 12 áreas fixas do céu, a tabela utilizada é essa aqui:
Por
isso que alguém nascido entre 20-21 de junho poderá ser do signo de Gêmeos ou
Câncer, não porque o Sol esteja passando pela constelação de Gêmeos ou de
Câncer, mas porque é verificado se naquele dia, em determinada hora e local o
Sol estava dentro da zona de 30 graus no céu (eclíptica) correspondente ao
signo de Gêmeos ou dentro da zona correspondente a Câncer.
Por
esses motivos é que não existe signo do Serpentário ou signo de Ofiuco. Para os
astrônomos existem 13 constelações que estão dentro do círculo zodiacal (a área
da ecliptica pela qual o Sol percorre a abóbada celeste ao longo de um ano), já
para os astrólogos a constelação do Serpentário está profundamente associada,
dentro da mitologia, a Escorpião e exatamente por essa razão não dividiram o
céu em 13 áreas fixas, mas sim 12 áreas fixas, representando o signo de
Escorpião com os arquétipos e mitos que envolvem a constelação de Escorpião e
do Serpentário.
Há também um outro motivo, curiosamente com base na astronomia,
para que os astrólogos utilizem a divisão em 12 signos e 12 áreas fixas do céu desde tempos remotos na Antiguidade,
mas isso é tema para o próximo texto, que vai explicar a ligação da Astrologia
com a Cabala e mostrar como os cabalistas de um passado remoto já sabiam da existência de Plutão séculos antes que ele fosse descoberto (ou redescoberto) pela Astronomia moderna.
O
que podemos então concluir sobre o assunto?
Primeiro:
existe o movimento solar (ao longo do plano da eclíptica) por 13 constelações
(e não signos).
Segundo:
com base nesse movimento é que os astrólogos da Antiguidade (que eram também
astrônomos) criaram não apenas as 12 áreas fixas do céu associadas à 12 dessas
constelações como também criaram toda a mitologia e os arquétipos para
representar cada uma dessas constelações com a aparência de homens, heróis e
animais.
Terceiro:
Mesmo que esses arquétipos não sejam estudados nos dias de hoje na Astronomia,
a representação mitológica das constelações permanece, ou seja, as estrelas que
formam a constelação de Leão continuam sendo representadas como um Leão.
Quarto:
as constelações não são signos, os signos são representações com base nas
constelações e com base no movimento do Sol por essas constelações, inclusive
na criação dos arquétipos. Isso inclusive está explicado ao final do livro
“Armagedoom 2036” explicando porque a constelação de Virgem recebeu essa
simbologia (de uma mulher segurando uma espiga de trigo).
Houve
um tempo que astrólogos e astrônomos estudavam juntos, tempo no qual os
astrólogos sabiam da necessidade de conhecer os conhecimentos astronômicos para
que pudessem desenvolver os arquétipos de Astrologia e os astrônomos sabiam da
necessidade de conhecer os conhecimentos astrológicos para que entendessem como
a posição dos astros no céu poderia identificar de forma tão exata
características do comportamento humano.
Duas
ciências que trabalhavam juntas e que muito colaboraram com outra fonte de
estudos iniciáticos, a Cabala. Todos esses estudos, que veremos no próximo
post, explicam porque a Astrologia decidiu dividir o céu em 12 áreas fixas (os
12 signos) e porque cada esfera da Arvore das Vidas da Cabala está intimamente
ligada ao movimento dos astros no céu, um tempo que Astronomia e Astrologia
eram ciências irmãs...
O
livro Armagedoom 2036 está em promoção até amanhã (17 de janeiro) no
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