Nas últimas 24 horas tivemos 3 abalos na região da
placa de Cocos: 5.3 no sul do Panamá, 5.0 na Nicarágua e 5.7 ao sul do México
bem próximo da região de fronteira da placa.
Ainda que a visita do papa nas Américas seja apenas em setembro e essa
seja a provável data de um grande evento na região como nos relata as profecias
de Parravicini vamos acompanhando nos próximos dias, pois há mais de 500 dias o
planeta não apresenta um grande sismo (igual ou superior a 8 na escala Richter)
.
Nas últimas horas também aconteceu um sismo de 6.6 na
Rússia e um alerta de tsunami foi emitido e logo em seguida retirado. Vamos então compreender nesse texto como
detectar se um terremoto pode gerar um tsunami. O conhecimento que passarei nas
próximas linhas vai ajudar a entender se um terremoto pode originar uma tsunami
ou não.
Primeiro de tudo: a chance de um sismo no mar gerar um
tsunami ocorre predominantemente em áreas de subducção, ou seja, encontro de
placas que ao se movimentaram se chocam uma com a outra. As outras duas maneiras de tsunamis serem
geradas a partir do mar são apenas duas: queda de asteróides ou queda de
intenso volume de pedra e detritos por conta de desmoronamento de montanhas ou
cadeias vulcânicas (como no evento do Krakatoa ou do tsunami na ilha de
Santorini).
Três são os itens avaliados para considerar se um
sismo pode gerar um tsunami (além de obviamente ter ocorrido em uma zona de
subducção): intensidade na escala Richter, profundidade e distância que ocorreu
da costa continental.
Um sismo de 9,0 graus na Escala Richter, por exemplo,
se ocorrer a 100 km ou mais de profundidade e a 100 km da costa de um país será
muito menos letal, por exemplo, do que um sismo de 7.5 graus na Escala Richter
que ocorra a 15 km de profundidade e apenas 10 km da costa, pois a liberação de
energia nesse segundo caso mesmo sendo bem inferior ao primeiro caso ocorrerá
muito mais próxima da superfície podendo gerar, inclusive ondas maiores e por
estar mais perto da costa a chance dessas ondas chegaram ainda altas na entrada
do continente são mais altas.
Quando temos a combinação letal de muita potência
(acima de 8 graus na Escala Richter), baixa profundidade (menos de 20 km) e
proximidade da costa (menos de 20 km) temos um sismo capaz de produzir ondas
que adentram o continente com 40 a 30 metros de altura indo de 20 a 30 km por
terra no interior do continente como aconteceu no sismo de Lisboa de 1755 (que
inclusive gerou uma pequena onda que adentrou a costa do Nordeste) e no recente
sismo de Sumatra a pouco mais de uma década.
Pelos eventos que vem sendo acompanhados nos últimos
anos, sobretudo nos últimos 100 anos nos quais o estudo da sismologia tem avançado
bastante com uma quantidade de informações cada vez maior já é possível
estipular certos parâmetros para analisar se um terremoto pode produzir um
tsunami ou não.
Terremotos para gerar tsunami precisam ter pelo menos
7 graus na escala Richter de potência (ou ainda algo muito próximo disso, como
6.8, 6.9), profundidade igual ou menor a 20 km e distância da costa igual ou
inferior a 20 km. Esse seria um evento que poderia formar ondas de um metro no
máximo e que adentrariam alguns metros a costa.
Ou seja, quando um centro de sismologia emite um
alerta de possível tsunami, como aconteceu há menos de um dia na Rússia por
conta de um sismo de 6.6 na escala Richter,
23 km de profundidade mas com
epicentro praticamente na zona costeira (ver link abaixo) ele está querendo
dizer que há um pequena chance de uma tsunami com ondas com menos de um metro,
pois dois dos parâmetros ficaram muito próximos do mínimo (6.6 de potencia
perto de 7.0 e 23km de profundidade perto dos 20 km de mínimo) e um ficou
dentro do parâmetro estipulado (menos de 20 km de distância da costa, dentro
das imediações da região costeira)
E com base nesses parâmetros (baseado na observação de
centenas de eventos nas últimas décadas) que é possível prever se poderá ser
produzida uma tsunami e qual será o seu poder de destruição.
Da mesma forma os sismologistas analisam o acúmulo e
liberação de energias das placas e pelo seu histórico podem estipular quando
acontecerá a vinda de um grande sismo ou "big one" (na casa dos 9
graus). Filmes como "San Andreas" ou o norueguês
"A onda" explicam essas questões. Assim como os japoneses e
americanos esperam para os próximos anos o "seu" "big one",
vários sismologistas de Portugal já alertam que é possível nos próximos anos um
"big one" em especial na região de Algarve, Lisboa e Vale do Tejo em decorrência
da forte liberação de energia a cada 200-250 anos que a região produz (sismos
de 1521 e 1755) a semelhança do que aconteceu recentemente na região do Nepal
(que a cada 90-100 anos produz um grande sismo, tempo semelhante ao que demora
para a placa de cocos produzir um grande sismo, sendo que o último na sua
região de fronteira aconteceu em 1906 com um sismo de 8.8 na fronteira do
Equador com a Colômbia). Uma interessante entrevista sobre o tema pode ajudar
aos amigos de Portugal compreender melhor essa questão:
E o Brasil?
O Brasil só pode ser atingido por um tsunami em três
situações. Queda de asteróide no Atlântico é a primeira delas. A segunda opção
é um desabamento do Cumbre Vieja e por fim a terceira opção seria um intenso abalo
na costa litorânea de Portugal ou de Cuba, as duas únicas áreas de subducção
que poderiam gerar um tsunami. No primeiro caso (evento em Portugal) teríamos pequenos
impactos (ondas de um a dois metros no máximo avançando até 1 km continente
adentro) em Fortaleza e nas regiões litorâneas do Maranhão e do Rio Grande do
Norte, no segundo caso (Cuba) as regiões mais afetadas seriam os litorais do
Pará, Maranhão, cidade de Fortaleza e Rio Grande do Norte. No primeiro caso
(Portugal) haveria entorno de 4 a 5 horas para uma evacuação a partir da onda
inicial, no caso de Cuba esse tempo cairia para 1 hora, 1 hora e meia, devido a
maior proximidade do ponto de origem da onda.
Para conhecer as profecias cumpridas que foram feitas
aqui no blog/ fanpage e também para saber como adquirir os livros (tanto
impressos como no formato digital):
5 comentários:
josé com a queda do meteoro no atlântico as autoridades vão alertar as nações de um tsunami global ou podem omitir as informações?como fica a ética nestes casos,pois pergunto isso porque a nasa já esconde muitas coisas da população.
olá,infelizmente aki em Macapá não tem para onde correr!
olá,eu moro em Macapá e não tenho para onde correr!
Há um estudo de um geólogo brasileiro, esse tsunami que ocorreu em 1755 atingiu o Brasil e foi relatado por cartas, estas que foram enviadas a Portugal na época, a um relato em Pernambuco, onde a onda adentrou 5 quilômetros em uma praia chamada Tamandaré, provavelmente, segundo o geólogo, ela teria uma altura de 3 a 6 metros.
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/10/documentos-mostram-que-tsunami-atingiu-costa-brasileira-seculo-xviii.html
José, boa noite. Algumas entidades dizem que em alguns anos a costa litorânea deixará de existir por conta de tsunami. Citam inclusive que, se passar em algum momento nos noticiários sobre algum fenômeno que atinja as Ilhas Canárias, a coisa fica séria e dentro de poucas horas o mar adentra. Mencionam inclusive que se puder deixar a área litorânea já seria bom, pois quando acontecer, haverá pouquíssimo tempo para fuga. O que acha destes comentários ?
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