A primeira parte desse texto está aqui: AQUI
Moisés já havia demonstrado todo o seu conhecimento iniciático na extinta Atlântida quando liderou a vitória do povo “vermelho” sobre Gaderius e na personalidade do próprio Moisés realizando diversos fenômenos considerados “paranormais” como as pragas contra o faraó do Egito. Mais sobre a saga de Atlas AQUI
Na noite anterior a luta, a mulher de Espártaco que foi separada dele quando o prenderam e tornaram-no escravo, aparece para ele e Crixo em sonho, na verdade um autêntico desdobramento consciente, e explica como ele precisaria agir para aprisionar o “fantasma” na arena.
Valina, a mulher de Espártaco (na série ela aparece com o nome de Sura) era uma mulher do campo e grande profetiza, como menciona em seus escritos históricos o filósofo grego Plutarco (45-120 D.C). Ela foi uma das grandes responsáveis por trazer a tona algumas lembranças, de conhecimentos iniciáticos à Espártaco, necessárias para que ele derrotasse a “sombra da morte”.
Naquela encarnação, Espártaco não possuía o acesso irrestrito a esse conhecimento iniciático que possuiu nas encarnações como Atlas e Moisés. A ação da sua esposa foi muito útil para ajudá-lo, sobretudo a despertar as lembranças de como usar o magnetismo do seu espírito através do olhar e do som da voz, um conhecimento que seria fundamental para cativar e manter unidos no propósito de luta pela liberdade um exército que chegou a contar com mais de 100 mil escravos rebelados.
Valina conhecia como poucas pessoas o uso das ervas e plantas, para cura e “magia”.
Ela intuiu naquela noite Crixo a conseguir uma planta específica que deveria passar por toda a sua espada, o que não foi muito difícil já que na época o gladiador gaulês era não apenas o campeão da pequena Cápua como também um dos amantes prediletos da mulher do lanista (proprietário dos gladiadores).
Aquela planta quando entrasse em contato com o corpo materializado do agênere permitiria que ele ficasse temporariamente incapaz de se desmaterializar, enfraquecendo a ligação do corpo mental do agênere ao duplo etérico utilizado por ele na materialização, não permitindo assim que ele “fugisse” se desmaterializando perante a uma iminente derrota. Essa possibilidade inclusive é relatada no próprio livro dos médiuns:
“Podendo ser vistos, não se sabe de onde vieram, nem para onde vão. Não podem ser presos, agredidos, visto que não possuem um corpo carnal. Desapareceriam, tão logo percebessem a intenção diferente ou que os quisessem tocar, caso não o queiram permitir.” (O Livro dos Médiuns, parte 2, capítulo 7)
A planta que Crixo deveria conseguir segundo Valina era um tipo de flor de lis chamado de Iris tectorum maxim, muito comum na Germânia e na Gália (atual França, terra natal de Crixo). Por essas propriedades “mágicas”, a flor de lis se tornou um símbolo francês, era usada no passado para marcar os criminosos com um sinal, pois era o símbolo do exército e da monarquia francesa desde o século V, bem como o símbolo de algumas sociedades secretas que conheciam essa aplicação mágica da Iris tectorum maxim. Não é a toa que a flor de lis é símbolo de poder e pureza de corpo e alma
O maior desejo de Crixo era tornar-se o único a vencer o lendário Theokoles, então Valina deixou a lembrança daquele desdobramento consciente em Crixo, que se ele usasse aquela flor e cravasse fundo na barriga de Theokoles a espada cheia daquela substância, ele então derrotaria o “sombra da morte”, pois seria um ferimento “mágico” que nem os “deuses” poderiam curar. Do mesmo modo, Valina deixou viva na lembrança de Espártaco que após Crixo cravar a espada em Theokoles, seria o momento de atacar com todas as forças e assim derrotar o agênere gigante.
Após Crixo cravar a espada no agênere ele foi realmente atingido tombando no chão, mas o efeito foi imediato, o agênere sentiu suas forças diminuírem e ao tentar se desmaterializar não conseguiu, tendo então a cabeça decepada por Espártaco. A planta permitiria que o espírito do agênere ficasse preso aquele duplo, que continuava a ser alimentado pelo ectoplasma da multidão que assistia a carnificina na arena, dessa forma nem ele conseguia se libertar e desmaterializar o corpo (juntamente com a cabeça separada) e nem o corpo se desmaterializava. O resultado foi que horas depois o fim do “espetáculo” de sangue, o corpo foi jogado ao fogo, expulsando automaticamente o espírito do agênere daquele duplo etérico, que foi então “diluído” e desapareceu, pois o fogo e a ação da planta anularam por completo o veneno utilizado pelos cientistas do astral que mantinha aquele duplo, de um espírito já desencarnado, ainda coeso.
Theokoles nunca mais voltaria a ficar de pé. O antigo mago da escuridão atlante, que havia sido o líder da população branca, Gaderius, novamente perdia para Atlas. Sua sede de vingança, porém, faria com que em breves anos ele retornasse a matéria, encarnado, a caça de João Batista.
Espártaco e Crixo sobreviveram, a rebelião de escravos tempos depois pôde ocorrer sob a liderança de Espártaco e serviu de inspiração para as futuras gerações a lutarem contra a escravidão e contra os desmandos de Roma, assim como muitos dos cristãos primitivos que demonstraram grande bravura nas arenas romanas, inspirados naquele que foi o símbolo da luta pela liberdade.