5 de abr. de 2017

Apocalipse em Setembro de 2017??? – Mais uma Profecia de “Fim de Mundo” Errada – A Essência do Estudo sobre 2036 (Estudo Transição Planetária 2036-2057 Parte I de II)

Dilúvio biblico

Como acontece todo o início de ano a internet é inundada por teorias sobre fim de mundo ou auge do Apocalipse para o ano que se inicia. Foi assim em 2012, 2015, 2016 e 2017 e assim será em cada novo ano que começar, normalmente seguindo o mesmo erro padrão: suposta vinda de Nibiru (isso desde os anos 90), quadras falsas ou fora de contexto de Nostradamus, profecias de profetas que nunca ninguém ouviu falar (e normalmente não possuem alto grau de  acerto em seus vaticínios) e claro, versículos do Apocalipse "interpretados" não respeitando as regras mais elementares de interpretação de texto. Querem um exemplo?

Se eu cito esses dois versículos do Apocalipse:

"Uma mulher revestida do Sol, a Lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de 12 estrelas" (Apocalipse 12:1)

"Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã." (Apocalipse 22: 16)

Você leitor entenderá que o Sol é uma estrela e por isso representa Jesus (a resplandecente estrela da manhã) que está passando pela constelação de Virgem com o satélite lunar (Lua) sob os pés da constelação (representada nas cartas astronômicas com uma mulher segurando uma espiga de trigo) e tendo as doze estrelas que compõe a constelação de Leão maior e menor (as constelações dos reis) compondo a coroa de 12 estrelas ou....

Vai interpretar que o nascimento através da mulher (constelação de Virgem) trata-se do planeta Júpiter (que não é uma estrela) representando Jesus (que foi claro ao associar sua imagem a de uma estrela) sendo "parido" pela constelação?

Veja bem leitor, o versículo fala em "mulher revestida de Sol" então como podemos dizer que um dos sinais do Apocalipse se refere a Júpiter sendo "parido" pela constelação de Virgem? Pois bem, essa é a mais nova "teoria" para tentar "encaixar" o auge do Apocalipse em 2017.


No inicio do ano expliquei o método de estudo das profecias (comparar todas as profecias dos profetas com alto grau de acerto em prever o futuro e a partir daí encontrar um resultado comum, o que anula o estudo de profecias isoladas) e também quais os 3 sinais que são mostrados no Apocalipse e Sermão Profético (profecias trazidas por Jesus):

Nesse outro post de 2014 expliquei mais especificamente a questão do sinal do Sol na constelação de Virgem (no livro "Armagedoom 2036" essa explicação ainda é acrescida da ligação desse sinal com o calendário hebraico de festas) e sobre o nascimento de Jesus (no link a seguir dentro dele há outro link com o estudo do mapa de Jesus explicando seu nascimento quando o Sol adentrava a constelação de Virgem em conjunção com a estrela Spica (espiga de trigo) e exatamente por isso o Apocalipse aponta o sinal da volta de Jesus a partir do Sol na constelação de Virgem:

É importante expor esse longo preâmbulo antes de analisarmos a "profecia" sobre 2017 para que o leitor compreenda bem o fundamento do estudo sólido e embasado sobre o auge dos eventos em 2036 e aprenda, por si mesmo, a rechaçar estudos que não apresentem uma base sólida e lógica de argumentos, como é o caso desse estudo sobre "apocalipse em setembro de 2017". Por isso leitor, antes de ler o texto a seguir leia o conteúdo dos dois links para compreender os elementos básicos que desmontam a teoria de "apocalipse em 2017".

APOCALIPSE: O CONFRONTO ENTRE AS TREVAS E A LUZ

Interpretei todo o livro do Apocalipse versículo por versículo em um estudo do livro mais famoso da Bíblia em conjunto com as demais profecias bíblicas e de profetas com algo grau de acerto como Cayce, Parravicini e Nostradamus, tudo isso no livro "A Bíblia no 3º Milênio". Dois anos depois realizei o mesmo estudo meticuloso sobre a profecia dos 70 períodos de Daniel, os sinais proféticos do Apocalipse em consonância com o calendário de festas hebraico além de realizar um estudo completo de cada versículo do Sermão Profético. São profecias interligadas que não podem ser estudadas de forma isolada (ou pior ainda, isolando um único capítulo ou pegando versículos soltos) e que falam sobre a mesma questão: uma grande transformação na Terra simbolizada por um grande acontecimento (o dia do Senhor, o dia do juízo, o advento) que demarcará os últimos dias de sofrimento da Terra (esse estudo em todas as religiões abraamicas é conhecido como escatologia), quando a luz (bem) vencerá as trevas (mal) simbolizando não o fim do mundo físico, mas o fim do mundo moralmente atrasado e que está distante da prática do bem.

O Apocalipse, portanto, narra de forma figurativa, metafórica, o confronto entre a luz e as trevas. Entender isso é compreender porque João nas suas visões do futuro da humanidade associou a imagem de Jesus ao astro rei (Sol) como aquele que vence as trevas.  E como João simbolizou as trevas? Veremos....

João associa Jesus, logo no início da narrativa do Apocalipse com a imagem do Sol:

"Voltei-me para saber que voz falava comigo. Alguém semelhante ao Filho do Homem, Seus olhos eram como chamas de fogo. O seu rosto se assemelhava ao sol, quando brilha com toda a força” (Apocalipse 1: 12-16)

Essa associação, em conjunto com as já expostas anteriormente (Apocalipse 12:1 e 22:16) já demonstram hermeneuticamente de forma incontestável  que Jesus é associado ao Sol e não a Júpiter

Ao mesmo tempo, João associa a imagem das trevas à uma antiga lenda que os hebreus herdaram dos egípcios quando estiveram escravizados. Essa lenda dizia que as trevas, simbolizada na imagem de uma gigantesca serpente que vivia na escuridão do abismo todas as noites tentava derrotar a luz, engolindo o Sol que a cada manhã ressuscitava triunfante derrotando a serpente denominada pelos egípcios como Apep (destruidor, assolador, devastador). João denomina o "rei do abismo" como apoliom e abadom (Apocalipse 9:11) que significam exatamente destruidor, devastador. Esse rei ou anjo do abismo que comanda a região dos mortos (sheol, lugar profundo no sentido hermenêutico de lugar profundo, trevas) segundo a descrição de João (Apocalipse 6:8 e 9:11) é o mesmo dragão que junto com seus anjos (angelos, mensageiro) combateu Miguel no céu (Apocalipse 12:7), dragão esse que é definido por João em Apocalipse 12:9 como a primitiva serpente, opositor (demônio, satanás), dragão vermelho (serpente voadora).

Ora, se Apep é definido como uma gigantesca serpente que vive no abismo e combate a luz, significando devastadora, destruidora, avassaladora (raiz semântica do termo apep) e João associa uma primitiva serpente que pode voar (dragão) até os céus (exatamente como na lenda para tentar engolir o Sol) a associando como o rei do abismo e a denominando de destruidor, devastador (apoliom, abadom) não há dúvida que a manifestação das trevas pelo dragão vermelho é uma clara referência à Apep da lenda egípcia assimilada pelos hebreus.

Ao mesmo tempo Jesus cita no Sermão Profético a profecia dos 70 períodos de Daniel que se encerra com a vinda de um assolador (devastador) nas asas (voando) da abominação, ou seja, o mesmo dragão vermelho sendo precipitado ao chão, sendo derrotado pela luz (Sol, Jesus)

Se identificamos a luz como o Sol e como Jesus, aquele que "nasce" da Virgem (constelação) para que morra e ressuscite (durante a Páscoa ou Pessach em abril), também identificamos as trevas como Apep, a serpente primitiva, o dragão do abismo (o mesmo dragão que em algum momento vai perseguir o Sol no céu quando ele sair da constelação de Virgem). E como identificaremos a vinda de Apep (pois essa vinda identifica o dia do Senhor, o dia do juízo, o dia da vitória da luz sobre as trevas)? A resposta está na passagem mais famosa do Apocalipse:

"Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência calcule o número da Besta (Fera) porque é número de um homem e esse número é 666" (Apocalipse 13:18)

O versículo nos diz que 666 é o número de um homem e que a partir desse número devemos calcular o número da Besta (therion, animal feroz).

E como vamos calcular esse número? A resposta é simples: com o mesmo método que qualquer rabi hebreu calcularia. Na Cabala, conhecimento que todo o rabi conhecia na época de João e conhece atualmente, 666 representa a kamea solar ou seja, representa o Sol

Mais sobre o estudo das kameas na Cabala:

Ao mesmo tempo a Bíblia sempre associa a descrição dos reis à estrelas. São Jerônimo quando fez a tradução da Bíblia para o latim (Vulgata Latina) cunhou, inclusive, a expressão em latim "lucis ferre" ou simplesmente "lúcifer" (o portador da aurora, a estrela da manhã) para traduzir algumas passagens que associam os reis Nabucodonor, Itobaal e Jesus (no Apocalipse capitulo 22) exatamente ao astro rei solar.

No versículo 13:18 o homem que é definido é o rei do abismo (denominado por João como Apoliom/Abadom) sendo que o número desse homem é 666 e partir do cálculo sobre esse número chegaremos ao número da Besta (therion, Apep, serpente primitiva, dragão vermelho). Calcularemos o número a partir do 666 como qualquer rabi calcularia, afinal se Jesus era um rabi (inclusive pregava dentro das sinagogas como mostrado em Lucas 4:15-16) e João o seu mais fiel seguidor ele não deixaria um número associado claramente ao estudo das kameas para que fosse calculado de outra forma.

Na Kamea solar temos um quadrado perfeito com seis linhas e seis colunas, sendo que cada linha e cada coluna somam exatamente 111 (pela disposição adequada dos 36 números que compõe os 36 quadrados da kamea 6 X6). E como chegamos ao 666 através do estudo da kamea solar? Somando todos os 36 números do quadrado mágico, soma (1+2+3+...34+35+36) que resulta exatamente no número 36.

Se o número da Besta é 36 (calculado a partir do 666 como indicou o versículo 13:18 do Apocalipse) e esse número está associado ao Sol (kamea solar) o que o 36 representa? A resposta também é simples: o ano (solar, pois calculamos os anos pelo movimento de translação da Terra em relação ao Sol) da vinda da Besta para que seja derrotada pelo Messias: 2036.

Jesus no Sermão Profético fala de um raio percorrendo o oriente até o ocidente visto por todo olho humano, Daniel fala de um assolador vindo nas asas da abominação, João fala em um dragão vermelho caindo dos céus o associando a serpente primitiva Apep. Então o que vai acontecer em 2036??

A resposta também é simples: a vinda do asteróide Apophis, nome grego de Apep, que significa exatamente destruidor, devastador, assolador, rasgando os céus com um rastro vermelho a semelhança de uma serpente voadora (dragão vermelho) sendo precipitada ao chão, asteróide que virá exatamente na época da Páscoa quando Jesus morre e ressuscita (a época da sua volta), logo após dois eclipses (solar e lua de sangue) em fevereiro e do inicio do ano novo judaico em outubro de 2035 quando o Sol estará saindo da Virgem com a Lua aos seus pés, cumprindo assim toda a profecia do Cristo sobre os tempos do fim!!!

Ano novo judaico 04 outubro 2035 constelação Virgem


Toda essa explicação já colocaria por terra qualquer possibilidade de 2017 como data do auge do Apocalipse, mas vamos conhecer o suposto "estudo" sobre "apocalipse em setembro de 2017" para mostrar os outros equívocos desse estudo além da clara falta de embasamento nas profecias bíblicas e em interpretações de texto elementares (como confundir Sol com Júpiter).

A SUPOSTA PROFECIA PARA SETEMBRO DE 2017

A base da interpretação do estudo que coloca setembro de 2017 como o auge do Apocalipse se baseia, como dito no início desse post, na associação de Jesus com o planeta Júpiter. A teoria considera que durante o nascimento de Jesus o planeta Júpiter estava em conjunção com Regulus (estrela alpha leonis) e com o Sol (nesse caso Jesus teria nascido leonino) em outras versões da mesma “profecia” para 2017 Júpiter estaria em conjunção com Regulus (obviamente na constelação de Leão) enquanto o Sol estaria na constelação de Virgem e essa constelação estaria “atrás” da constelação de Leão fazendo com que Jesus fosse um virginiano-libriano e por conta desse fenômeno Júpiter, Regulus e o Sol “atrás” dos dois fazendo uma brilhante conjunção que seria interpretada como a Estrela de Belém. O problema dessa teoria é que a constelação de Virgem não fica atrás da constelação de Leão, na verdade a constelação de Leão fica acima da constelação de Virgem, por isso que as doze estrelas que compõe Leo minor e Leo são interpretadas como a coroa de 12 estrelas sob a cabeça da Virgem. Como demonstrei no estudo sobre o mapa natal de Jesus (deixarei o link a seguir) Jesus não poderia ter nascido entre julho e agosto por conta do nascimento de João Batista (veja o estudo completo embasado nos relatos bíblicos):

Certamente Jesus nasceu entre o ano 3 AC e 2 AC quando Júpiter estava em conjunção com Regulus e por isso era conhecido como o “leão” da tribo de Judá. Ocorre que Jesus também cumpriu outras profecias sobre a sua vinda: nasceria de uma Virgem (quando do seu nascimento o Sol estava na constelação de Virgem) ao mesmo tempo em que o Sol entrava no signo de Libra (por isso ele era o Mestre da Justiça esperado pelos essênios) e exatamente por conta do seu nascimento acontecer quando o Sol fazia conjunção com a estrela Spica (espiga de trigo) ele cumpriu a profecia que narrava que ele nasceria em Belém (beit laheim significa a casa do pão).

Portanto, a associação de que Jesus seria representado por Júpiter por conta do nascimento durante a conjunção Júpiter e Regulus como a suposta Estrela de Belém é errada, pois a Estrela de Belém ou de Beit Laheim é a estrela Spica que estava em conjunção com o Sol durante o seu nascimento. Ainda considerando Júpiter como um importante marcador no nascimento de Jesus, mesmo assim esse marcador estaria no mesmo nível da representação solar, associação (com o Sol) que é feita de modo claro e inequívoco durante todo o Apocalipse. Portanto, a idéia de associar Jesus com Júpiter não possui qualquer base teológica minimamente sustentável. Mesmo assim vamos prosseguir a análise da “profecia para 2017”

OS ERROS CRASSOS DA SUPOSTA PROFECIA DE SETEMBRO DE 2017

Constelação de Virgem


Segundo essa “profecia” a partir de 20 de novembro de 2016 teria se iniciado um raro fenômeno: Júpiter entrando no “ventre” da Virgem (na constelação) e permanecendo lá durante 9 meses e meio até que em 23 de setembro de 2017 seria “parido” (sairia da constelação de Virgem) ao mesmo tempo que a Lua estaria aos pés da constelação de Virgem.

Bem, temos aqui uma série de problemas e erros. O primeiro deles é que o referido período é de mais de 10 meses o que está muito além de uma gravidez convencional. Vejamos a imagem do céu no dia 20 de novembro de 2016 através do Solar System Scope:

20 de novembro constelação


Em 20 de novembro de 2016 Júpiter (no centro da imagem) não está dentro do “corpo” da Virgem e pior, se considerarmos todo o conjunto de estrelas que compõe a constelação, Júpiter entrou bem antes de 20 de novembro de 2016 na constelação de Virgem. Vejamos a imagem do céu no dia 23 de setembro de 2017:

23 de setembro 2017 constelação


Podemos observar pela imagem que Júpiter continua dentro da constelação (bem dentro por sinal) e que após 10 meses (uma longa “gravidez”) ele continua dentro da constelação. Ou seja, mesmo com “boa vontade” (aceitando a idéia de que o sinal descrito no Apocalipse é Mulher/Virgem vestida de Júpiter ao invés do correto Mulher/Virgem vestida de Sol) não há como considerar a idéia de Júpiter sendo “gerado” e “parido” pela constelação. Há ainda outro equívoco interpretativo ao associar os três planetas (Mercúrio, Vênus e Marte) logo acima da constelação de Virgem como se esses compusessem a coroa de 12 estrelas juntamente com a constelação de Leão, quando na verdade o sinal profético fala em “coroa de 12 estrelas” e os três planetas não são estrelas (ainda que exista base teológica para associar o planeta Vênus ao ponto brilhante ou radiosa “estrela” matutina, mas isso apenas se aplica a esse astro pela sua ascensão brilhante durante o nascer do Sol), sendo esse sinal  de 12 estrelas formando uma coroa uma referência (como comentado anteriormente) as 12 estrelas que compõe a constelação de Leo e Leo Minor (9 estrelas em uma, 3 estrelas em outra como é possível observar na imagem acima)

Há ainda a citação de que 2017 seria uma data importante a nível profético por conta dos 100 anos da aparição de Fátima e do jubileu (50 anos) da retomada de Jerusalém pelos hebreus como forma de dar algum “peso” ao estudo. A nível profético, ao compararmos as profecias dos profetas com alto grau de acerto, poderemos ter um evento significativo no início de setembro de 2017, mas que não tem qualquer ligação com o ápice do Apocalipse ou com a profecia do sinal da Virgem: trata-se da viagem do papa as Américas (Colômbia) evento demarcado por Parravicini e Nostradamus como um sinal para um grande acontecimento de impacto mundial mas não o auge do Apocalipse (é bom já avisar pois antevejo gente falando em fim de mundo em setembro 2017 com base nesse estudo):

AINDA SOBRE 2017- A PROFECIA DOS JUBILEUS

Algumas informações amplas (em inglês) sobre o profeta Judah Ben Samuel:

Além dos "estudiosos" que pregam a teoria de Júpiter como representação de Jesus no sinal da Mulher com a luas aos seus pés (e vestida de Sol, não de Júpiter) temos ainda uma outra teoria para o Apocalipse em 2017: a profecia dos 10 jubileus de Judah Ben Samuel, um judeu alemão que estudava astrologia, geomancia e cabala e que antes da sua morte em 1217 escreveu alguns livros e entre seus escritos a famosa profecia, baseada em cálculo da astrologia e gematria e dos escritos da Tora. Considerando que cada jubileu possui 50 anos, a profecia diz o seguinte:

"O império turco otomano conquistará Jerusalém por 8 jubileus"

Realmente isso aconteceu: de 1517 até 1917, quando a Inglaterra reconquistou Jerusalém, a cidade esteve sob domínio turco otomano

"Durante o 9º jubileu Israel (Jerusalém em algumas versões) será terra de ninguém"

No período que engloba o nono jubileu (1917-1967) Jerusalém oriental (cidade velha) esteve sob controle internacional até 1950, pois após a criação do Estado de Israel em 1948 a Jordânia anexou a região e milhares de jordanianos ficaram morando na região até 1967, quando Israel ocupou a cidade (ocupação que permanece até os dias de hoje)

"Ao longo do 10º jubileu Israel terá o controle de Jerusalém significando o início da Era Messiânica"

Período de 1967 à 2017. Ou seja, a profecia fala que em 2017 se iniciaria a Era Messiânica que simboliza a vinda do Messias (para os judeus) e seu retorno (para cristãos em especial adventistas). Estamos no final desse prazo e levando em conta todas as demais profecias (Sermão Profético, Apocalipse, Cayce, Parravicini, Nostradamus com quantidade de acertos superior ao estudioso Ben Samuel) podemos concluir facilmente que não teremos nem vinda do Messias e nem inicio do auge do Apocalipse em 2017.

Com muito boa vontade, considerando que Judah Ben Samuel também estudava Astrologia, podemos considerar que ele associou a "Era Messiânica" ao grande ciclo de 36 anos de Saturno (entre 2017 e 2052) período no qual teremos o auge dos eventos (2036) e a vitória da luz sobre as trevas para que por volta de 2057 se estabeleça definitivamente a Era Nova na Terra. A nível profético não há qualquer outro "encaixe" que permita colocar 2017 como auge do Apocalipse ou "vinda de Jesus", pois tal entendimento, como exposto no texto, contrariaria as profecias do próprio Jesus no Sermão Profético e no Apocalipse sobre o auge dos eventos do chamado "dia do juízo". 


O CONTEXTO PROFÉTICO

Mas a pergunta que precisa ser feita é: qual o contexto profético de 2017 (ou qualquer outra data) dentro do Sermão Profético e do Apocalipse?

As profecias de Jesus tanto no Sermão Profético como no Apocalipse narram uma série de sinais (eclipse solar e lunar próximos em poucos dias, cumprimento dos 70 anos a partir da restauração de Jerusalém ao domínio hebreu, Sol passando pela constelação de Virgem com a Lua aos seus pés enquanto um dragão estivesse em trajetória próxima “perseguindo” o movimento do Sol no céu através das constelações)

As profecias de Jesus tanto no Sermão Profético como no Apocalipse falam de um raio percorrendo o céu, um dragão, claramente identificado com a lenda de Apep e facilmente identificado como o asteróide Apophis nessa trajetória no céu entre final de 2035 e abril de 2036. Ao mesmo tempo associa essa Besta ou Dragão ao número 666

Então como que alguém vai querer “soltar” uma data para o Apocalipse sem considerar todos esses sinais? Falar em 2017 com todos os erros mostrados aqui nesse texto e ainda sem explicar nada sobre o que seria o dragão, qual sua ligação com o 666, qual a base na profecia dos 70 anos, enfim, sem qualquer base sólida que englobe todos os pontos principais da profecia é uma total falta de método, chutômetro puro.

Quem quiser falar em alguma data para Apocalipse precisa apresentar um estudo explicando todas essas questões das profecias de Jesus no Sermão Profético e no Apocalipse além de mostrar uma data que responda de forma lógica á essas questões além de que terá de ser uma data citada por outros profetas com algo grau de acerto em prever o futuro.

Cayce falou em auge do Apocalipse para 2017, 2019, 2080? Não, falou claramente em 2036 (está por escrito na fundação cuidada pelos seus familiares)

Cayce sobre 2036 (links direto para o site da sua fundação):

Os links com as profecias do Cayce parecem estar fora do ar. A fundação A.R.E. cobra o valor de 39 dólares pelo acesso anual e irrestrito a toda biblioteca com as profecias "readings". Há outros sites que compilaram em parte todo esse material, por isso deixo a seguir os dois links que abordam sobre as mudanças do ano 36 (use a busca com o control f pelo termo 36 para encontrar as referencias na pagina) que foram abordadas e traduzidas no link acima (pois os textos estão em inglês):


Parravicini falou em auge do Apocalipse para 2017, 2019 ou 2080? Não, falou em 2036 (até no filme que fizeram sobre ele mostraram a mesma data que eu trouxe nos estudos)

Filme (em espanhol, fala sobre 2036 a partir de 1 hora e 36 minutos)  

Em consonância com a profecia do relógio profético citada por Parravicini em vários dos seus desenhos:

Isso sem falar em Nostradamus, João XXIII e tantos outros profetas com grande quantidade e grande porcentagem de profecias cumpridas, todos em uníssono apontando para 2036 como o auge dos eventos, a única data que explica todas as questões levantadas aqui nesse texto sobre as profecias de Jesus no Sermão Profético e no Apocalipse.

Eis a diferença do estudo sobre 2036 para qualquer outra data. É o estudo que explica de forma lógica, racional e, sobretudo inquestionável todo o cronograma de eventos proféticos trazidos por Jesus no Sermão Profético e depois no Apocalipse, sendo que devemos lembrar a importância que Jesus deu ao tema, pois ao final da sua ressurreição prometeu que retornaria enquanto João estivesse ainda vivo, o que fez durante a narrativa do Apocalipse na ilha de Patmos. Ora, se o próprio Cristo deu tamanha importância ao tema (trazer todo o roteiro do futuro da humanidade) é porque ele gostaria que nós compreendêssemos como tudo isso aconteceria.

Não há outra data para o auge dos eventos da Transição Planetária, não há outro cronograma por parte dos guardiões e do Governador da Terra, Jesus. Quem quiser contrariar esse cronograma e esse estudo que traga um estudo respondendo a todas essas questões (o que já se mostrou nesse pequeno texto ser impossível, a não ser que alguém queira desacreditar o que Cayce deixou em sua fundação ainda em vida ou queira mudar a historia anulando o fato que somente em 1967 a cidade de Jerusalém voltou ao domínio hebreu cumprindo assim o marco inicial da profecia de Daniel)

E além de trazer um outro estudo completo contrariando o auge dos eventos da Transição para 2036 (o que já se mostrou impossível) que comprove ter acesso ao cronograma de missões programadas pelos guardiões para os próximos meses e anos a nível mundial (o que venho fazendo desde 2014) trazendo com antecedência informações relevantes sobre fatos que se concretizarão nos próximos meses e anos com alto grau de acerto.

É somente assim que o estudioso/médium comprovará estar ciente do único cronograma mundial da Transição Planetária comprovando que realmente tem acesso às informações privilegiadas sobre o futuro próximo e missões de amplo espectro na Terra que somente aqueles que trabalham junto às equipes superiores de guardiões a nível mundial têm acesso.  

Tanto as profecias cumpridas já trazidas aqui no blog e nos livros lançados sob a supervisão das equipes dos guardiões Anik e Jeremias através deste canal mediúnico comprovando verdadeiro acesso à informações sobre eventos futuros organizados pelas Esferas Superiores bem como a indicação sobre como adquirir essas obras podem ser vistos nos seguintes links:

Profecias cumpridas e saber como adquirir os livros impressos ou em formato digital:



Recentes atentados na França:

Só há um cronograma mundial. Só há uma data para o auge dos eventos da Transição Planetária: 2036.

No próximo texto trarei a explicação completa apontando porque adentraremos em uma Era Nova somente em 2057 segundo as informações trazidas na Codificação através de Kardec e pela mediunidade de Chico Xavier. Com esses dois textos teremos o entendimento completo e embasado sobre o auge dos eventos da Transição Planetária em 2036 e a entrada da Era Nova em 2057, desmontando assim qualquer teoria “profética” que aponte um mundo Regenerado ou Era Nova antes de 2036 ou que aponte, igualmente de forma errônea, uma Terra que ainda não esteja Regenerada após 2057.

Antes de 2036 não há nem auge dos eventos do Apocalipse e nem entrada em Era Nova

Depois de 2057 não existe Terra em guerra ou na expiação

É assim que as profecias apontam em uníssono....sem “futuro alternativo” 

Parte II (A Era Nova em 2057):

http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2017/04/porque-nao-2019-e-porque-nao-2069-2080.html   



29 de mar. de 2017

Como Detectar a Formação de um Possível Tsunami - O "Big One" de Portugal


Tsunami zona subducção


Nas últimas 24 horas tivemos 3 abalos na região da placa de Cocos: 5.3 no sul do Panamá, 5.0 na Nicarágua e 5.7 ao sul do México bem próximo da região de fronteira da placa.  Ainda que a visita do papa nas Américas seja apenas em setembro e essa seja a provável data de um grande evento na região como nos relata as profecias de Parravicini vamos acompanhando nos próximos dias, pois há mais de 500 dias o planeta não apresenta um grande sismo (igual ou superior a 8 na escala Richter) .

Nas últimas horas também aconteceu um sismo de 6.6 na Rússia e um alerta de tsunami foi emitido e logo em seguida retirado.  Vamos então compreender nesse texto como detectar se um terremoto pode gerar um tsunami. O conhecimento que passarei nas próximas linhas vai ajudar a entender se um terremoto pode originar uma tsunami ou não.

Primeiro de tudo: a chance de um sismo no mar gerar um tsunami ocorre predominantemente em áreas de subducção, ou seja, encontro de placas que ao se movimentaram se chocam uma com a outra.  As outras duas maneiras de tsunamis serem geradas a partir do mar são apenas duas: queda de asteróides ou queda de intenso volume de pedra e detritos por conta de desmoronamento de montanhas ou cadeias vulcânicas (como no evento do Krakatoa ou do tsunami na ilha de Santorini).

Três são os itens avaliados para considerar se um sismo pode gerar um tsunami (além de obviamente ter ocorrido em uma zona de subducção): intensidade na escala Richter, profundidade e distância que ocorreu da costa continental.

Um sismo de 9,0 graus na Escala Richter, por exemplo, se ocorrer a 100 km ou mais de profundidade e a 100 km da costa de um país será muito menos letal, por exemplo, do que um sismo de 7.5 graus na Escala Richter que ocorra a 15 km de profundidade e apenas 10 km da costa, pois a liberação de energia nesse segundo caso mesmo sendo bem inferior ao primeiro caso ocorrerá muito mais próxima da superfície podendo gerar, inclusive ondas maiores e por estar mais perto da costa a chance dessas ondas chegaram ainda altas na entrada do continente são mais altas.  

Quando temos a combinação letal de muita potência (acima de 8 graus na Escala Richter), baixa profundidade (menos de 20 km) e proximidade da costa (menos de 20 km) temos um sismo capaz de produzir ondas que adentram o continente com 40 a 30 metros de altura indo de 20 a 30 km por terra no interior do continente como aconteceu no sismo de Lisboa de 1755 (que inclusive gerou uma pequena onda que adentrou a costa do Nordeste) e no recente sismo de Sumatra a pouco mais de uma década.

Pelos eventos que vem sendo acompanhados nos últimos anos, sobretudo nos últimos 100 anos nos quais o estudo da sismologia tem avançado bastante com uma quantidade de informações cada vez maior já é possível estipular certos parâmetros para analisar se um terremoto pode produzir um tsunami ou não.

Tsunami e vulcanismo

Terremotos para gerar tsunami precisam ter pelo menos 7 graus na escala Richter de potência (ou ainda algo muito próximo disso, como 6.8, 6.9), profundidade igual ou menor a 20 km e distância da costa igual ou inferior a 20 km. Esse seria um evento que poderia formar ondas de um metro no máximo e que adentrariam alguns metros a costa.


Ou seja, quando um centro de sismologia emite um alerta de possível tsunami, como aconteceu há menos de um dia na Rússia por conta de um sismo de 6.6 na escala Richter,  23 km de profundidade   mas com epicentro praticamente na zona costeira (ver link abaixo) ele está querendo dizer que há um pequena chance de uma tsunami com ondas com menos de um metro, pois dois dos parâmetros ficaram muito próximos do mínimo (6.6 de potencia perto de 7.0 e 23km de profundidade perto dos 20 km de mínimo) e um ficou dentro do parâmetro estipulado (menos de 20 km de distância da costa, dentro das imediações da região costeira)


E com base nesses parâmetros (baseado na observação de centenas de eventos nas últimas décadas) que é possível prever se poderá ser produzida uma tsunami e qual será o seu poder de destruição.

Da mesma forma os sismologistas analisam o acúmulo e liberação de energias das placas e pelo seu histórico podem estipular quando acontecerá a vinda de um grande sismo ou "big one" (na casa dos 9 graus). Filmes como "San Andreas" ou o norueguês "A onda" explicam essas questões. Assim como os japoneses e americanos esperam para os próximos anos o "seu" "big one", vários sismologistas de Portugal já alertam que é possível nos próximos anos um "big one" em especial na região de Algarve, Lisboa e Vale do Tejo em decorrência da forte liberação de energia a cada 200-250 anos que a região produz (sismos de 1521 e 1755) a semelhança do que aconteceu recentemente na região do Nepal (que a cada 90-100 anos produz um grande sismo, tempo semelhante ao que demora para a placa de cocos produzir um grande sismo, sendo que o último na sua região de fronteira aconteceu em 1906 com um sismo de 8.8 na fronteira do Equador com a Colômbia). Uma interessante entrevista sobre o tema pode ajudar aos amigos de Portugal compreender melhor essa questão:


E o Brasil?

O Brasil só pode ser atingido por um tsunami em três situações. Queda de asteróide no Atlântico é a primeira delas. A segunda opção é um desabamento do Cumbre Vieja e por fim a terceira opção seria um intenso abalo na costa litorânea de Portugal ou de Cuba, as duas únicas áreas de subducção que poderiam gerar um tsunami. No primeiro caso (evento em Portugal) teríamos pequenos impactos (ondas de um a dois metros no máximo avançando até 1 km continente adentro) em Fortaleza e nas regiões litorâneas do Maranhão e do Rio Grande do Norte, no segundo caso (Cuba) as regiões mais afetadas seriam os litorais do Pará, Maranhão, cidade de Fortaleza e Rio Grande do Norte. No primeiro caso (Portugal) haveria entorno de 4 a 5 horas para uma evacuação a partir da onda inicial, no caso de Cuba esse tempo cairia para 1 hora, 1 hora e meia, devido a maior proximidade do ponto de origem da onda.      

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