No geral espíritas e espiritualistas compreendem a noção do karma e da reencarnação que são dois pilares fundamentais para a compreensão da imortalidade da alma e o seu ciclo de aprendizado e evolução através da eternidade, exatamente através dessas duas ferramentas: a reencarnação, permitindo sucessivas oportunidades de aprendizado e ao mesmo tempo o karma, como ferramenta na qual o ser humano aprende pela lei de ação e reação a retificar erros cometidos no passado (nessa ou encarnação pretérita) ao mesmo tempo que colhe o plantio e o aprendizado das boas ações e lições já compreendidas.
O karma, como detalho no post linkado ao fim deste parágrafo (e nos demais links dentro desse post linkado) não é uma ferramenta tão somente punitiva, mas sim corretiva, ou seja, seu objetivo principal não é castigar cada delito praticado, mas sim motivar que a pessoa não pratique aquele delito novamente, não tenha mais o impulso emocional e intelectual de realizar determinado ato delituoso que por vezes tem praticado ao longo de várias encarnações. Deus na sua misericórdia permite infinitas reencarnações, tantas quantas necessárias forem, para o ser humano retificar seus erros e ao mesmo tempo age de forma justa e sábia, permitindo que o ser humano aprenda com os próprios equívocos praticados e dessa forma cada individualidade humana, pelo próprio livre arbítrio motivado pelo karma, vibre cada vez mais em harmonia com a essência divina fusionada a cada espírito e que conecta todos os espíritos do Universo.
A questão do karma (post com
outros links também linkados):
https://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2015/10/o-karma-planetario.html
Dessa forma a principal função do karma é proporcionar as ferramentas (situações) evolutivas necessárias para o crescimento emocional e intelectual da alma rumo a uma harmonia cada vez maior com a sua essência divina. No estágio humano a alma já possui o intelecto desperto e, portanto, uma noção de livre arbítrio, porém antes de chegar a esse estágio a alma humana já esteve no estágio animal quando o intelecto ainda está latente, despertando. Ou seja, tanto um cavalo, um gato, um cachorro ou um australopitecus de milhares de anos atrás um dia se tornaram ou se tornarão uma alma na condição evolutiva humana.
Considerando essa diferença, especialmente no campo intelectual que separa por exemplo um gato, um cachorro de um ser humano, o karma age de forma diferente nesses dois estágios evolutivos. No ser humano a dor produzida por um karma (negativo) resultado de uma ação delituosa praticada no passado (seja nessa ou encarnação pregressa) age como um motivador intelectual, ou seja, a alma compreende que ao persistir na prática daquele mesmo delito ela terá que sentir a mesma dor que infringiu, até que chega a um ponto após várias e várias encarnações de aprender a não repetir aquele comportamento.
É dessa forma que o karma funciona, como ferramenta retificadora, na qual a dor tem um papel necessário sobretudo nos estágios provacionais e expiatório de despertar a vontade, dentro da pessoa, de modificar suas atitudes, seus impulsos, ao ponto que não seja mais necessário passar por experiências kármicas provacionais ou expiatórias, quando o espírito entra em um estágio mais consciente de regeneração, o que acontece por exemplos com almas missionárias (como por exemplo um Jesus ou outro avatar de avançado nível moral e evolutivo) que aceitam passar por provações e dores mesmo sem ter karmas a resgatar, mas que aceitam tais vicissitudes por conta das condições inerentes a um mundo provatório e expiatório, onde normalmente são perseguidos por ferrenhos opositores.
Em outros casos também acontece de almas elevadas pedirem para encarnar com alguma limitação, condição mais humilde ou doença, pois compreendem que mesmo tais desafios permitem que essas almas desde cedo busquem mais facilmente uma conexão com a vida espiritual e mais dificilmente sucumbam às ilusões da matéria.
Ao analisarmos essas questões compreendemos que tanto o karma como a dor possuem um papel muitas vezes importante no processo evolutivo, especialmente nos mundos de maioria de espíritos em estágio provacional ou em estágio expiatório. Sem a compreensão do karma e da reencarnação como pilares do eterno processo evolutivo não há uma base racional para compreender um Deus justo, misericordioso e sábio, afinal qual seria o sentido de permitir doenças em crianças de tenra idade ou o sofrimento de animais, pois se existisse apenas uma única encarnação então nesse caso ou não teríamos um Deus (o Universo seria regido pelo acaso e pelo caos). Essa simples análise lógica permite concluir que na verdade a maioria dos ateus na verdade não acreditam na existência de Deus exatamente por não compreenderem ou não comprovarem a realidade do karma e da reencarnação, pois sem ambos os dois pilares não há explicação lógica para a existência de Deus.
Ok Zé, mas se existe karma, reencarnação, um Deus justo, misericordioso e sábio agindo de forma perfeita na evolução dos seres e do Universo, então porque esse mesmo Deus ou energia suprema vital e inteligente permite que os animais sofram? A resposta é que assim como uma determinada etapa evolutiva do desenvolvimento humano a dor e o karma possuem uma função relevante de despertar, também existem uma função de despertar para os animais que é realizada através do mecanismo da dor.
Se olharmos na selva, que também é obra da Criação Divina inclusive mesmo antes dos homens ou homens pré históricos habitarem a Terra, veremos que animais predadores caçam suas presas que por vezes caçam outras presas, um ambiente brutal e muitas vezes violento. Mesmo os animais domesticados muitas vezes padecem de graves doenças ou passam por situações extremas como aquelas que temos visto nas tragédias climáticas, desde tsunamis, terremotos como também grandes inundações.
O que acontece é que os animais (como cachorros, gatos, cavalos, peixes entre outros) estão em um estágio evolutivo no qual apesar de possuírem espíritos individualizados encarnando em corpos físicos individualizados, ao mesmo tempo a consciência desses seres está conectada àquilo que os espiritualistas denominam como “alma grupo”, ou seja, no grupo dos cachorros e mais especificamente no grupo de cada raça vemos um certo comportamento padrão, grupal, coletivo e também observamos que cada poodle, rotwailer, pastor alemão apresenta certos comportamentos únicos, demonstrando lampejos de inteligência, pois o seu intelecto está ainda latente, despertando. O grande salto que permite o animal um dia sair desse estágio e depois de muitas e muitas reencarnações iniciar sua jornada no reino hominal (em grupos mais primitivos de humanóides) é exatamente se reconhecer, intelectualmente, como uma individualidade, ou seja, saber que pertence a um grupo ou uma espécie, mas se reconhecer como uma individualidade.
É exatamente nesse ponto que entra a questão das experiências que presenciamos na selva ou no dia a dia de eventos extremos: muitas vezes aquela determinada experiência de grande impacto no sentido de sobrevivência do animal será mais um passo importante para que ele sinta de forma tão profunda que começa a perceber um pouco mais claramente que é uma individualidade temporariamente conectada mentalmente a um grupo de almas e que precisa, no seu processo evolutivo, caminhar para a compreensão da sua natureza individualizada. Nos seres humanos esse sentido de motivação ao despertar, muitas vezes acontece em um sentido diferente: em um momento de profunda dor ou de profundo impacto emocional a pessoa revê suas ações, se arrepende e muitas vezes dá um importante passo para uma sincera mudança.
Para nós que estamos imersos na realidade do mundo físico e da existência atual muitas vezes é difícil olhar determinadas situações sob essa perspectiva, de múltiplas vidas e de desafios que apesar de dolorosos tem a sua função no longo prazo da eternidade. Muitas vezes uma doença profundamente enraizada precisa de uma dolorosa cirurgia para trazer a cura e de forma semelhante isso acontece com o processo evolutivo da alma. Os espíritos superiores que cuidam do processo evolutivo da Terra sabem exatamente o que está na ficha kármica de cada um de nós, daquilo que necessitamos, daquilo que pode ser atenuado ou aprendido de uma forma mais gradual e ao mesmo tempo também sabem quais as almas são mais atrasadas e servem como agentes da destruição e da violência, almas que apesar de servirem em muitos casos como catalizadores de resgates coletivos ao mesmo tempo também responderão karmicamente pela violência que realizaram.
Os espíritos superiores, diferentemente das almas violentas, líderes de milicias ou magos das sombras, não são movidos pela raiva, ódio ou violência, mas tão somente cumprem as diretrizes da Justiça Divina e exatamente por isso não colhem karma negativa ao organizarem, por exemplo, desastres ou desencarnes coletivos, que são planejados com antecedência. A diferença para a justiça dos homens é que a justiça conduzida pelos espíritos superiores trabalha de forma eficaz e sempre buscando o melhor cenário ou o cenário menos pior, de acordo com o merecimento e necessidades evolutivas de cada um, mesmo que muitas vezes ao olharmos apenas para a vida atual não consigamos compreender ou simplesmente aceitar passar por determinadas provações ou desafios.
Aconselho quem deseja a se aprofundar no tema que leia o texto linkado sobre o karma, dentro dele há outros links que levam a textos sobre a mesma temática. Também nas obras “A Bíblia no 3º Milênio”, “Brasil o Lírio das Américas”, “Armagedoom 2036” e “Protocolos do Fim do Mundo” essa estrutura que age na execução da lei do karma é bastante aprofundada com informações bem interessantes.
No próximo post explicarei a
questão dos karmas coletivos e dos karmas que envolvem a população do Brasil.