
Nos
últimos dias viralizou uma "profecia" de um pastor sul africano “prevendo”
que o fim do mundo e o arrebatamento dos fiéis aconteceria entre ontem (dia 23)
e hoje, com base em uma suposta visão que o pastor teria tido de Jesus
anunciando que a sua vinda estaria próxima e que aconteceria no ano novo
judaico (Rosh Hashaná).
Alguns
grupos neopentecostais acreditam que o arrebatamento dos fiéis estaria
associado ao ano novo judaico com base em um trecho do primeiro livro de
Tessalonicenses 4:16-17 (autoria de Paulo de Tarso) que diz: "porque o
mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta
de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Como durante
o ano novo judaico é tocado o shofar (uma espécie de trombeta), alguns grupos
entendem (erroneamente) que a volta de Jesus e o arrebatamento aconteceria no
ano novo judaico.
Antes
de trazer o longo estudo sobre 2036 (que explica em conjunto todas as chaves
proféticas do Apocalipse, Sermão Profético e capítulo 9 de Daniel citado por
Jesus no Sermão Profético no conjunto de três livros que apontam para o mesmo
evento, ou seja, o fim dos tempos) é importante ressaltar que a associação do
"toque da trombeta" descrita por Paulo com "ano novo
judaico" como marcador profético é fraquíssima, especialmente se levarmos
em conta todo o contexto profético que envolve Sermão Profético, Daniel
capítulo 9 e os sinais do Apocalipse: o ano novo judaico (e não o de 2025) é
apenas um dos sinais no contexto profético da grande tribulação e não por causa
do toque das trombetas (o toque do shofar durante o ano novo judaico), mas sim
porque é exatamente o ano novo judaico de outubro de 2035 que dá início aos 5
meses proféticos (Apocalipse capítulo 9)
que está no contexto dos últimos "ais" antes da grande
tribulação, pois no Rosh Hashná de outubro de 2035 a Lua estará sob os pés da
constelação de Virgem e algumas semanas depois uma lua de sangue e um eclipse
solar completarão os três sinais proféticos. É um conjunto específicos de
sinais que não acontece em 2025, 2027 ou qualquer outra data que não seja 2036.
Vale
ainda citar que a profecia do Apocalipse escrita por João na ilha de Patmos
entre os anos 93 e 95 foi escrita quase 40 anos depois da carta de Paulo à
Tessalônica e ao lermos a profecia de João (Apocalipse) ele associa as
trombetas (7 trombetas) ao episódio da entrada de Josué em Jericó (Josué
capítulo 6) ao derrubar a muralha, com os 7 sacerdotes levando 7 trombetas pra
derrubar a muralha. Ou seja, a associação profética das trombetas é com uma
grande luta envolvendo o povo de Israel semelhante à batalha de Jericó (contexto
profético do Armagedon) e não com a trombeta (shofar) do ano novo judaico.
É
como eu sempre digo: querer estudar profecias com base em versículos isolados
sem considerar todo o contexto normalmente dá errado, da mesma forma que
acreditar em supostas visões (acreditar que viu Jesus ou acessou o Akasha) sem
ter uma porcentagem razoável de acertos detalhados sobre o futuro bem acima dos
naturais erros de percepção (animismos), também costuma resultar em equívoco,
pois nesse caso o medianeiro não tem a experiência necessária para separar
minimamente percepções legítimas de fantasias.
Feitas
essas considerações iniciais, vamos ao estudo sobre abril de 2036 e assim
compreender, dentro de todo o contexto profético que une Sermão Profético,
Apocalipse e Daniel capítulo 9 (citado por Jesus no Sermão Profético) porque
abril de 2036 é a única data que encontra base hermenêutica dentro dos três
livros proféticos em conjunto.
O
enorme estudo a seguir está na íntegra na obra "Protocolos do Fim do
Mundo" (é aprofundado ainda mais nas obras "Armagedoom 2036" e
"A Bíblia no 3º Milênio"). Para facilitar o estudo dos interessados
(mesmo que o material abaixo esteja bem resumido) dividirei em cinco tópicos,
totalizando 30 páginas do estudo completo sobre a profecia de 2036:
1)
OS TRÊS LIVROS PROFÉTICOS CITADOS POR JESUS APONTANDO PARA A GRANDE TRIBULAÇÃO
A
base mínima para começar a entender as profecias bíblicas (em especial sobre o
final dos tempos) é estudar em conjunto o Apocalipse, Sermão Profético e pelo menos
o capítulo 09 do livro de Daniel (ainda que o ideal seja o estudo de todo o
livro Daniel). Qualquer interpretação ou conclusão sobre um versículo dentro de
um desses três livros deve estar embasada nos três e dentro
do mesmo contexto.
O
motivo é simples para estudar esses três livros em conjunto: Jesus trouxe as
profecias sobre o final dos tempos exatamente no Sermão Profético associando o marcador
profético dos tempos finais ao capítulo 09 de Daniel e por fim complementando
essas informações todas no livro da Revelação no qual inspira do início ao fim
João Evangelista na ilha de Patmos trazendo as visões do futuro da humanidade
até a grande tribulação e o estabelecimento do reino de Deus na Terra. Portanto,
ponto fundamental para começar a estudar o assunto
(profecia bíblica do fim dos tempos) é estudar os três livros em conjunto e em
especial correlacionando as "chaves proféticas" entre si.
Por
exemplo: O livro de Daniel no final do capítulo 09 fala sobre o
"devastador vindo nas asas da abominação" para descrever o ápice da tribulação.
O
mesmo período temporal referido no Apocalipse descreve o último dos cavaleiros
associado a "abadom" e "apoliom" (devastador, assolador)
como um dragão vermelho, uma primitiva serpente que é precipitada ao solo (ou
seja, voando, voadora, nas asas da abominação como descrito por Daniel), ambos
os relatos da grande tribulação correlacionados com aquilo que Jesus falou no
Sermão Profético: “vi satanás cair do céu como um raio” (Lucas 10:18) e
principalmente: "Porque, como o relâmpago parte do Oriente e ilumina até o
Ocidente, assim será a volta do Filho do Homem. Logo após esses dias de
tribulação, o Sol escurecerá, a Lua não terá claridade, cairão do céu as
estrelas e as potências dos céus serão abaladas. Então, aparecerá no céu o
sinal do Filho do Homem." (Mateus 24:27-30)
Temos,
portanto um cenário claro nas três narrativas de forma intercalada: no ápice da
Tribulação algo virá do céu, nas asas da abominação, um devastador, um
assolador, com brilho, semelhante a um raio que cai, iluminando do oriente ao
ocidente e sendo visto por toda a humanidade, algo que o Apocalipse associa a
uma primitiva serpente, um dragão vermelho sendo precipitado ao solo (voando
nas asas da abominação e caindo como um raio). Não há outra interpretação
possível, os três livros contextualizam o mesmo cenário de forma cristalina.
A
imagem descrita ou personagem (primitiva serpente/ dragão vermelho que cai,
assolador, devastador, apoliom, abadon) é referência/sinônimo ao termo bíblico que
aparece no Apocalipse descrito como “theryon” que literalmente significa animal
feroz, as manifestações da Fera/Besta através de ações destruidoras presentes
através da narrativa na Revelação. Porém, esse personagem ou imagem é mais
claramente associado no próprio Apocalipse a uma primitiva serpente, o destruidor,
apoliom ou abadon do submundo ou reino dos mortos, das profundezas. Na cultura
hebraica e egípcia daquela época essa lenda era conhecida como a lenda de Apep,
a serpente do abismo que todas as noites tentava engolir o Sol, representado
mitologicamente por
Rá.
Apep
significa exatamente destruidor, assolador, avassalador, a força que rege e
lidera as profundezas e o mundo dos mortos segundo a mitologia egípcia que era conhecida
por todo hebreu daquela época. A Fera/Besta (theryon) associada à Apep é
relacionada ao marco profético deixado tanto por Jesus no Sermão Profético como
no Apocalipse e, obviamente, ambos os relatos proféticos apontam para o mesmo
período.
2)
A PROFECIA DOS 70 PERÍODOS E OS ERROS DE TRADUÇÃO E HERMENÊUTICA
O
primeiro ponto que precisamos considerar é que no hebraico a idéia de períodos
de tempo está bastante associada ao ciclo do número sete em virtude dos meses, no
calendário judaico, estarem associados aos ciclos lunares, de aproximadamente
sete dias. Podemos constatar essa premissa ao observarmos que a maioria das palavras
no hebraico que associam “períodos” de tempo estão
associadas ao número sete:
SHANAH:
um ano.
SHEVA:
sete, o número sete.
SHABAT:
sétimo dia do ciclo de shabat, o sábado ou shabat
propriamente dito.
SHABATON:
sétimo ano do ciclo de shemitah, o sábado anual
ou shemitah propriamente dito.
SHANYM:
uma semana de 7 anos, ciclo de sete anos, o
ciclo da shemitah.
SHEVA-SHANYM:
sinônimo de SHABATON, o sétimo ano
do ciclo da shemitah, a shemitah propriamente dita
(Deuteronômio 15:1), fim de sete anos.
SHABETOT:
sete semanas de anos 7 vezes SHANYM, 7
vezes 7 anos, os 49 anos que formam um jubileu.
SHAVUYM:
plural de semanas (Daniel 10:2).
SHEVUA:
semana (singular) Gn 29:27-28.
SHAVUA:
semana (singular) Lucas 18:12.
SHIVEAT:
sete dias (Atos 20:6).
SHIVEYM:
número 70.
–
Repare José: a raiz semântica de todas essas palavras (Shiv, Shav e Shev), elas
transmitem uma ideia de unidade temporal setenária. Quando lemos o texto em
hebraico de Daniel, especificamente o capítulo nono, nós observamos que as
palavras transcritas foram shiveym shavuym, literalmente “setenta
semanas”. Ocorre que essa versão “final” do livro de Daniel na verdade é aquela
que emergiu do texto massorético (uma compilação, feita no século quinto, com
análises e correções de antigos manuscritos hebreus). Além disso, alguns manuscritos
e trechos de manuscritos, como o próprio livro de Daniel, apresentam partes
significativas escritas em aramaico, um idioma que apesar de parecido com o
hebraico também precisou ser devidamente traduzido.
Antes
que o Gabaon prosseguisse com aqueles apontamentos eu recordei mentalmente de
alguns estudos sobre pequenas variações do hebraico para o aramaico como, por
exemplo, no hebraico a palavra “filho” se escrevia “ben”, enquanto no aramaico
se escrevia “bar”, como por exemplo Yeshua Bar’abbas ou Barrabás (Jesus,
filho do pai, em aramaico) enquanto que entre os hebreus era conhecido
como Yeshua Bem Youssef (Jesus, filho de José).
Alguns
manuscritos que foram utilizados para compilar o novo testamento inclusive citam,
na passagem de Mateus 27-16,17 não o termo “Bar’Abbas” mas sim “Yeshua
Bar’Abbas”, ou seja, Jesus e Barrabás eram a mesma pessoa e não faria sentido
algum ser condenado pela população que dias antes havia aclamado a entrada do
Messias em Jerusalém. Há uma vasta explicação sobre o tema no livro “A Bíblia
no 3º Milênio, capítulo 12).
Problemas
com tradução e encaixe de teorias sem fundamento baseadas em interpretações
erradas também aconteceram na tradução para o latim da Bíblia hebraica e grega,
idiomas mais comuns no Novo Testamento (tradução conhecida como a Vulgata
Latina de São Jerônimo) que utilizou o termo latim “lucis” (luz) “ferre”
(portador) para traduzir o termo do grego koiné “eósforo” (portador da aurora)
que por sua vez era uma tradução do hebraico “hilel ben shahar” (brilhante/ estrela
filha da manhã).
Essa
tradução, conhecida no português como Lúcifer aparece apenas três
vezes na Bíblia e sempre é utilizada para representar reis (uma
delas definindo Nabucodonosor, a outra o rei Itobaal e a terceira no Apocalipse
se referindo à Jesus), pois associava os reis às estrelas brilhando, o Sol, luz
que emergia no céu durante o amanhecer e obviamente não embasam qualquer teoria
sobre diabo, anjo caído ou coisas do gênero, invenções criadas sem qualquer
base hermenêutica e até hoje utilizadas inclusive por muitos espiritualistas
para criar histórias mirabolantes, supostamente baseadas em “acessos ao Akasha”
mas que não passam de pura fantasia e viagem na mariola astral, assunto que
também foi abordado amplamente no livro “A Bíblia no 3º Milênio”, primeiro
capítulo daquela obra.
Os
dois exemplos citados hão pouco mostram exatamente como simples traduções ou
compilações de textos para um novo idioma podem criar uma série de confusões ou
ainda adições textuais que não condizem com o sentido original do texto.
A
própria compilação feita pelos massoretas precisou de algumas adaptações em
relação ao hebraico antigo, inclusive criando regras gramaticais que adaptassem
o hebraico original antiquíssimo para o hebraico moderno (nascido naquele
século V) e utilizado até os dias de hoje. Exatamente por todas essas questões
aconteceu aquilo que o Gabaon explicou em seguida:
–
O termo utilizado por Daniel para se referir a 70 períodos de um ano não foi “shavuym”,
mas sim “shovavym” que literalmente significa “crianças
travessas”, uma referência ao versículo catorze do terceiro livro de Jeremias
que exorta: “crianças travessas, retornem a Deus”. Shovavym é o nome de
um ritual judaico anual que abrange um período de seis semanas, acontecendo todos
os anos no calendário judaico e serve para demarcar um período em que cada
judeu busca retificar as suas transgressões através de jejuns e de uma
busca espiritual que acontece de forma mais intensa ao longo dessas semanas em
toda Israel.
Literalmente
“70 shovavym” significam 70 anos e o contexto dessa conexão
anual
ao longo de seis semanas está exatamente dentro do relato da profecia dos 70
períodos, na qual Daniel relembra as profecias de Jeremias (livro de onde
deriva a origem do ritual de shovavym) e representa exatamente o período que
seria necessário para Israel cessar a transgressão e dar fim aos pecados,
exatamente o principal objetivo de shovavym.
Por
tudo isso, a profecia de Daniel literalmente aponta que Israel precisaria passar
por 70 ciclos de shovavym a partir da restauração do território da cidade velha
de Jerusalém até que todas as transgressões e pecados fossem extirpados, 70 ciclos
de um ano. – Concluiu de forma didática e resumida.
Com
aquelas novas informações eu compreendi de forma mais clara e profunda a
associação dos setenta períodos com o número de anos da profecia de Daniel e o
número de anos de uma geração, quando Jesus associou o período de uma geração à
essa profecia.
De
forma geral aquele novo conhecimento não alterava a interpretação profética dos
70 períodos de anos da profecia de Daniel iniciados a partir da restauração de
Jerusalém (a cidade velha) ao domínio dos hebreus, ocorrida em
1967, mas explicava de forma profunda o seu verdadeiro significado e porque a
conversão da profecia deveria ser feita em anos (um ano para cada um dos setenta
períodos) em acordo com aquilo que o próprio Jesus havia esclarecido no Sermão
Profético, quando associou essa profecia ao tempo de uma geração (que segundo
as Escrituras é de exatamente 70 anos) assim
como
está associado ao tempo da profecia de Jeremias citada por Daniel no capítulo
nono, que também é de 70 anos, tornando cristalino o entendimento que a
restauração da cidade velha de Jerusalém ao domínio dos hebreus, ocorrida em
1967 demarcou o início dos 70 períodos de um ano, que se encerram exatamente em
2036 (primeiro ano em 1967, 70º ano da profecia em 2036)
cumprindo de forma exata o calendário profético de Jesus, amplamente explicado
no prefácio da presente obra.
3)
CALCULANDO O 666 - A CHAVE PRINCIPAL DO APOCALIPSE
Porém
para que esse raciocínio seja válido ele precisa ser comprovado dentro do
Apocalipse, afinal os três livros ou relatos (Sermão Profético, Daniel e
Revelação) estão falando da mesmíssima coisa (grande tribulação, fim dos
tempos). Se a profecia de Daniel dos 70 anos (1967-2036) se encerra com a vinda
do assolador nas asas da abominação obviamente precisamos procurar no
Apocalipse alguma informação sobre algo luminoso caindo do céu voando do
Oriente ao Ocidente e que ainda seja parecido com uma serpente voadora vermelha
e flamejante caindo do céu, afinal essa era a lenda de Apep citada no
Apocalipse. Obviamente temos também no Apocalipse um marcador profético:
"e
que ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da Fera,
ou o número do seu nome. Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule
o número da Fera, porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e
sessenta e seis." (Apocalipse 13: 17-18)
A
narrativa do Apocalipse descreve a luta da luz, do Sol, dos filhos da luz (pois
associa a imagem de Jesus a um Sol bem no início e no final da narrativa da
Revelação) contra as trevas, os impérios que espalharam destruição e guerra, em
suma as grandes representações da ferocidade humana na busca por poder, que em
essência simboliza o materialismo e antifraternidade. Entendendo essas duas
premissas, fica fácil desvelar as chaves simbólicas do número 666.
Os
primeiros seis números romanos (na época de Jesus o maior império existente)
somam 666 e usualmente são utilizados na maioria do mundo como notas
simbolizando dinheiro: 1,5, 10, 50,100, 500 (os EUA já teve nota de 500, A zona
do Euro ainda tem). E realmente, até a invenção dos cartões, você não comprava ou
vendia sem esses símbolos.
A
segunda parte do versículo é ainda mais interessante, pois muitos estudiosos
não observam o fato de que o 666 é o número de um homem ou de homem e que a partir
desse número é que devemos calcular o número da Fera/Besta. Ou seja:
666
- número de um homem
?
- número da Fera que deve ser calculado a partir do 666
“Eis
aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da Fera,
porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis”
Para
os cabalistas (e na época de Jesus todo rabi era um cabalista) esse enigma é
fácil: 666 é o número obtido através da kamea solar, representação que os rabis
faziam de cada um dos 7 astros na Árvore da Vida, no caso da kamea solar um
quadrado de 6 lados e 6 colunas formado por 36 números de 1 a 36 que somados entre
si totalizam 666 (1+2+3+4...+34+35+36 = 666). Ora, tanto no início como ao
final da narrativa do Apocalipse, Jesus é associado ao Sol:
"Voltei-me
para saber que voz falava comigo, vi alguém semelhante ao Filho do Homem.
O seu rosto se assemelhava ao sol, quando brilha com toda a
força." (Apocalipse capítulo 01)
"Eu,
Jesus, enviei o meu anjo para vos atestar estas coisas a respeito das igrejas. Eu
sou a raiz e o descendente de Davi, a estrela radiosa da manhã"
(Apocalipse capítulo 22)
Ora,
se Jesus é o cara, aquele que simboliza a luz, o Sol, a kamea solar então o
cálculo a partir do 666 é fácil:
o
cálculo representa a soma dos 36 números da kamea, pois esses números totalizam
exatamente 666. E se o número 36, calculado a partir do 666 como pediu a
profecia, representa a Fera, a Besta, o ser que luta contra o Sol e contra a
luz o que isso significa? Bem, a narrativa apocalíptica e profética de Jesus
também explica:
"Têm
eles por rei o anjo do abismo; chama-se em hebraico Abadon
e, em grego, Apolion" (Apocalipse 9:11)
"Foi
então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado
Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com
ele os seus anjos" (Apocalipse 12: 09)
"Por
isso, haverá no dia do juízo menos rigor para Tiro e Sidônia do que para vós. E
tu, Cafarnaum, que te elevas até o céu, serás precipitada até aos infernos.
Jesus disse-lhes: “Vi Satanás cair do céu como um raio"
(Lucas 10:
14,15 18)
Por
ter vivido muito tempo junto com o povo egípcio antes da libertação, os hebreus
conheciam todas as lendas egípcias então nada mais natural que em uma profecia se
utilizassem de uma lenda egípcia para descrever o inimigo de Jesus, afinal foi
o povo egípcio que escravizou os hebreus. Segundo uma famosa lenda egípcia todas
as noites uma serpente primitiva gigantesca que vivia no fundo do abismo saia
das profundezas e engolia o Sol, sendo que todas as manhãs o Sol derrotava essa
serpente e voltava a triunfar com o esplendor do seu brilho. Na lenda o Sol era
representado por Rá e a serpente por Apep.
Apep
é o nome egípcio para Abadon e Apolion, significa destruidor, avassalador. Essa
é a serpente primitiva descrita na profecia do Apocalipse que tenta derrotar o Sol,
um simbolismo para a luta entre Jesus (simbolizado pelo Sol) e seus opositores
(representados nas trevas da primitiva serpente) durante os séculos do mundo de
expiação e provas antes do ápice da Transição Planetária.
Mas
o que isso tem de ligação com o número 36, calculado a partir do 666 e
representando a Fera? Exatamente no ano de 2036 virá um asteróide com o nome de
Apophis (o nome grego para Apep) trazendo um rastro vermelho ao cair do céu, a
semelhança de uma serpente voadora quando é precipitada ao solo, caindo como um
raio na Terra.
Ou
seja, toda a narrativa do Apocalipse descreve um embate, por longos séculos,
entre as trevas e a luz e demarca exatamente como e quando esse confronto vai terminar
exatamente através do enigma do 666, pois o simbolismo aponta para a vitória do
Sol (Jesus) sobre a Besta (humanidade bélica, provacional) quando
definitivamente o asteróide cair e se desintegrar com o choque, simbolizando a
derradeira derrota das trevas, a destruição definitiva da "primitiva
serpente" e o triunfo da luz, o triunfo do Cristo, o início do Reino,
cumprindo exatamente a profecia dos 70 anos de Daniel
citada
por Jesus no Sermão Profético que se iniciou em 1967 e termina em 2036,
cumprindo assim a profecia dos 70 períodos e ao mesmo tempo o enigma do 666. Eis
a sabedoria cristalina que levanta o véu do mistério profético.
4)
ANO NOVO JUDAICO E O SINAL NO CÉU - PÁSCOA, LIBERTAÇÃO E RESSURREIÇÃO
Por
fim há ainda mais uma informação que corrobora com o entendimento de que a
profecia diz respeito a vinda do asteróide Apophis em 2036. O asteróide está previsto
para chegar (e se chocar com a Terra) exatamente em abril de 2036 e mais
especificamente nos dias da Pessach judaica que para os cristãos representa a
Páscoa.
A
Pessach a festa que representa a LIBERTAÇÃO do povo judeu do jugo egípcio:
"Os
homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a
terra. As próprias forças dos céus serão abaladas. Então, verão o Filho do
Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. Quando começarem a
acontecer essas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se
aproxima a vossa LIBERTAÇÃO." (Lucas 21:26-28)
Sabemos
que o período decisivo da profecia dos setenta anos é a metade do período
final, ou seja, os últimos seis meses da profecia (metade do período de um ano),
o que equivale aos meses de outubro de 2035 a abril de 2036, visto que a
profecia de Daniel se encerra com a vinda do asteróide Apophis.
Essa
parte final da profecia entre outubro de 2035 e abril de 2036 (o meio período
final dos 70 períodos da profecia) é ainda mais fantástica, pois está
perfeitamente encaixada em outra profecia citada no Apocalipse que é o SINAL do
Filho do Homem: exatamente no início de outubro de 2035 se inicia o ano novo
judaico (04 de outubro de 2035) e nesse dia a Lua estará exatamente
sobre os pés da constelação de Virgem enquanto o Sol transita pelo interior da
Virgem como se estivesse nascendo e sobre a cabeça da constelação de Virgem as
12 estrelas que compõe as constelações do Leão maior e menor, a constelação dos
reis, do Leão da Tribo de Judá:
“Apareceu
em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do Sol, a Lua
debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.”
(Apocalipse 12:1)
Todo
o relato do Sermão Profético confirma esse entendimento, pois Jesus aponta o
auge dos eventos do grande dia do juízo para o período da libertação, a famosa festa
da Pessach (conhecida exatamente como a festa da libertação) que acontece em
abril de 2036. O Messias também fala que o evento acontecerá na primavera, durante
o período da geração das flores e frutos, sendo que a primavera em Israel
começa na Pessach, exatamente em abril.
Há
também ainda o relato de Jesus sobre os tempos do fim quando compara esse
período à colheita dos grãos, quando o joio é separado dos grãos. O período da
colheita começa exatamente no terceiro dia da Pessach, com a colheita da cevada
e vai até o final da primavera, com a colheita do trigo, durante o período
bíblico que engloba a ressurreição de Jesus por 40 dias, ou em outras palavras,
o período da sua volta após a morte na cruz. Portanto, o ápice dos eventos
proféticos acontecerá exatamente durante a volta de Jesus (Páscoa) que é
celebrada todos os anos pelos cristãos durante a Páscoa quando é celebrada a
ressurreição pascal.
A
profecia deixada por Jesus é de uma clareza cristalina bastando apenas que o
estudioso utilize o mínimo de lógica para estudar os três textos em conjunto
(Sermão Profético, Daniel capítulo 09 e Apocalipse) para encontrar os pontos em
comum e o desfecho lógico que responde o enigma profético, pois claramente não
cabe outra data para o fechamento dos 70 períodos e do cálculo do 666 que não
seja 2036 e mais precisamente abril de 2036 com todos os sinais relacionados a
Pessach e Páscoa de 2036 também contidos nos três textos proféticos.
5)
O NASCIMENTO DE JESUS E A PROFECIA NO CALENDÁRIO JUDAICO
Neste
texto será analisada minuciosamente a data e o local de nascimento do Messias,
informação confirmada de forma poética ao longo do capítulo 12 do Apocalipse e
completando ao mesmo tempo o estudo realizado sobre o Sermão Profético.
Jesus
nasceu em 21 de setembro do ano 3 antes do ano zero, às 17 horas e 55 minutos
em Belém da Galiléia, quando aconteceu uma conjunção de Júpiter com Régulus,
deixando o céu naquele dia intensamente luminoso, como se uma nova estrela
muito mais brilhante tivesse surgido.
A
primeira informação a ser considerada, segundo os relatos contidos nos
Evangelhos é que Jesus viveu sua infância em Nazaré, uma modesta cidade
semelhante a um vilarejo que estava localizado na tetrarquia da Galiléia, que
abarcava também as cidades de Cafarnaum, Caná e Magdala. Além de viver sua
infância em Nazaré, Jesus também era conhecido, durante a sua vida adulta, como
"O Galileu".
Belém
da Judéia ficava 100 quilômetros distante de Nazaré, enquanto que Belém da
Galiléia ficava apenas 7 quilômetros distante. A vida de Jesus na infância era na
Galiléia, não faria o menor sentido Maria, grávida de nove meses, viajar para
um local tão distante em cima de um burro.
Outro
ponto a ser considerado é que a conjunção Régulus/Júpiter deveria ser enxergada
a oeste no pôr do sol, sendo assim ela não poderia ter guiado os reis magos
para uma região ao sul de Jerusalém (no caso Belém da Judéia), tal constelação
somente poderia servir de guia se os reis magos estivessem indo na direção oposta,
ao norte de Jerusalém, exatamente a direção da Galiléia.
Devemos
considerar também o contexto histórico da época. Os judeus aguardavam um
Messias libertador, que enfrentasse a opressão dos romanos. No primeiro capítulo
do Evangelho de Lucas é relatada a gravidez de Isabel, mãe de João Batista e
esposa do sacerdote Zacarias, que recebeu a visita de um anjo no templo anunciando
que seu filho seria Elias reencarnado e que prepararia
o caminho do Messias. No sexto mês da gravidez de Isabel, Maria que viria a ser
a mãe de Jesus, recebeu a visita do anjo Gabriel anunciando que ela
estava grávida do Messias.
Obviamente
que essas duas notícias, ainda mais por envolverem dois acontecimentos
miraculosos e um sacerdote renomado do Templo rapidamente se espalhariam por
Canaã, como também pelos povoados próximos que sofriam a ação de Roma,
inclusive chegando aos reis magos que também aguardavam a vinda do Messias,
como todos os iniciados daquelas regiões.
Logo
no primeiro capítulo do Evangelho de Lucas é relatado que Zacarias, pai de João
Batista, pertencia à ordem sacerdotal de Abias e tanto no livro de Crônicas como
no capítulo 16 de Deuteronômio são informados alguns dos serviços que esses
sacerdotes cumpriam em virtude das festas judaicas.
Com
base em tais relatos é possível concluir que Zacarias permaneceu a serviço da ordem
até a 10º semana do ano judaico. O primeiro capítulo do Evangelho de Lucas
relata que Zacarias retornou para sua casa logo após a conclusão dos serviços na
ordem e que em seguida João Batista foi concebido, em
junho segundo essa cronologia.
Ou
seja, João Batista nasceu no final de março, exatamente no mês de Nisan durante
os festejos da Páscoa, quando os judeus esperam o retorno de Elias, inclusive deixando
uma cadeira vazia destinada ao profeta, durante as comemorações em suas casas. "Coincidentemente"
João Batista, o Elias reencarnado, nasceu exatamente durante os festejos nos
quais o profeta é bastante lembrado.
O
livro de Mateus, capítulo 17, confirma essa informação, ao dizer que João
Batista realmente nasceu na Páscoa, pois segundo consta durante a sua
concepção, o anjo Gabriel informou que ele, João Batista, viria com a força e o
espírito de Elias.
Ao
observarmos uma diferença de seis meses entre o nascimento de João Batista e
Jesus e considerando que João Batista nasceu em 14 de Nissan do ano 3 antes do ano
zero (um 28 de março naquele ano) concluímos que o nascimento de Jesus
praticamente 6 meses depois, em 21 de setembro seria aguardado com ampla antecedência
pelos reis magos, que poderiam calcular com
segurança a época do nascimento do Messias.
O
nascimento de João, profetizado pelo anjo que se manifestou a Zacarias
apontando que o seu filho seria o reencarne de Elias, exatamente durante os
festejos da Páscoa na qual o profeta Elias é muito lembrado foi um sinal muito
claro do cumprimento das palavras do anjo. O outro sinal, que testificava a
profecia sobre o nascimento do Messias seis meses depois é de que Maria recebeu
o espírito de Jesus no seu útero enquanto ainda era virgem, ou seja, não havia
tido relações sexuais com o seu esposo José até então, algo que somente
aconteceria depois e assim geraria o corpo físico que o espírito de Jesus, já
no útero de Maria, iria se encarnar.
Por
simples cálculos astronômicos os reis magos calcularam que o Messias nasceria
exatamente quando o Sol estivesse saindo da constelação de Virgem, confirmando que
o rei, o Messias realmente nasceria de uma virgem, um sinal muito claro que foi
confirmado quando na época do nascimento de Jesus ocorreu a conjunção entre o
planeta Júpiter, conhecido na antiguidade como o planeta da coroação dos reis
com a estrela Régulus (alpha Leonis) conhecida como a estrela dos reis. Tudo
isso aconteceu exatamente após os festejos do ano novo judaico e em plena festa
da colheita/ Tabernáculos (Sucot) na qual os judeus celebram a Providência
Divina, lembram a busca pela Terra Prometida durante o Êxodo e celebram a
colheita dos alimentos, um período totalmente apropriado para o nascimento de
um Messias.
Curiosamente,
segundo a escatologia judaica (o estudo sobre os últimos dias e a vinda do
Messias) o tempo da vinda do Messias (O Ungido) será exatamente durante
a festa dos Tabernáculos/Sucot, pois para o povo judeu o Messias ainda não
veio.
O
fato de Jesus ter nascido exatamente na festa dos Tabernáculos/Sucot,
comprovado nos parágrafos anteriores, testifica que ele é o Messias aguardado
pelos judeus. Sendo assim é um equívoco supor que o auge dos eventos do dia do
julgamento acontecerá na época dos Tabernáculos, pois este é o entendimento
daqueles que acreditam que o Messias ainda não veio, tanto que no
Apocalipse e no Sermão Profético a "vinda do Messias" é tratada como
o retorno do Messias e segundo os relatos históricos, Jesus ressuscitou
(retornou) na Pessach, a primavera, época da colheita, da ceifa, exatamente a
época profética do seu retorno, que aponta o dia do julgamento para a época da
Pessach e não para a época da festa dos Tabernáculos.
Segundo
a tradição judaica, as principais festas hebraicas são divididas em dois
grupos: os dias Santíssimos do mês de Tishrei (exatamente durante a festa de Sucot/
Tabernáculos) e os três moadim, que contém a Pessach (Libertação), Shavuot
(Dádiva da Torá) e Sucot (Júbilo). A festa dos Tabernáculos/Sucot une
exatamente esses dois grupos de festas, por isso é considerada a época do
grande júbilo, a época da paz profetizada na escatologia judaica.
No
calendário das festas do povo hebreu, a Pessach é a primeira das grandes
festas, por simbolizar a libertação do jugo dos egípcios, enquanto que a festa
de Sucot/ Tabernáculos é a última, simbolizando a união definitiva entre o povo
hebreu e Deus após o episódio do Bezerro de Ouro.
As
duas festas demarcam o começo e o fim do calendário festivo das principais
festas de Israel, exatamente as datas do nascimento e ressurreição de Jesus, o que
explica os dizeres velados do Messias ao afirmar que ele é o alfa e o ômega, o
princípio e o fim, pois o seu nascimento e sua morte/ressurreição demarcam exatamente
o início e o fim das festas judaicas.
Segundo
os sinais mostrados ao longo do 12º capítulo do Apocalipse, mencionando
estrelas, o Sol e a Lua e confirmando os sinais que Jesus menciona no Sermão
Profético para a época do dia do juízo, sinais amplamente estudados nesta obra,
Jesus é representado como o Astro Solar através desses sinais e teria nascido,
segundo a profecia, na época da Festa da Colheita/Tabernáculos (Sucot), que no
ano 3 antes do ano zero aconteceu exatamente entre os dias 20 e 21 de setembro
daquele ano (14 e 15 de Tishrei), quando
o Sol havia acabado de passar pela constelação de Virgem.
Dessa
forma, a representação poética contida no 12º capítulo do Apocalipse ao
comparar Jesus ao Sol e sua mãe Maria à Virgem (constelação) assim como o seu nascimento
ao Sol passando e saindo da Virgem no período orbital da festa de
Sucot/Tabernáculos, confirma com exatidão a data de nascimento do Messias.
Além
das informações históricas e bíblicas que atestam seu nascimento ao final de
setembro e também a "coincidência" de que seu nascimento equivale a
um período festivo claramente identificado na profecia do 12º capítulo do
Apocalipse, encontramos ainda mais uma informação curiosa: na Festa da Colheita
era comum que fosse feita a oferenda da água, quando o povo pedia a vinda da
estação das chuvas para que fosse possível sobreviver ao clima árido. E
curiosamente Jesus afirma em dois momentos distintos da narrativa bíblica que
ele é a água da vida:
“Se
alguém tem sede, venha a mim, e beba.” (João 7:37)
"Eu
sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça
lhe darei da fonte da água da vida.” (Apocalipse 21:6)
Dentro
do contexto profético que alinha o nascimento de Jesus ao fim do calendário das
festas judaicas e sua morte/ressurreição ao princípio deste calendário (testificando
que ele é o princípio e o fim), temos nas três principais festas, alinhadas com
as fases da colheita, o processo de transformação da Terra em 2036, a partir do
final da profecia dos 70 anos de Daniel:
Pessach – Início da
colheita dos grãos (cevada) – O dia do juízo, desencarne coletivo de grande
contingente da humanidade, o ápice do exílio planetário.
Shavuot – Fim da colheita
da cevada e início da colheita do trigo – A separação, no mundo espiritual,
entre aqueles que serão exilados para outros orbes e aqueles que poderão
continuar reencarnando na Terra, a separação do
joio (rebeldes) e o trigo (fraternos).
Sucot/Tabernáculos – Início da
colheita das frutas – O início da reconstrução de Jerusalém, simbolicamente representada
pela Nova Jerusalém. O final do livro do Apocalipse, com Jesus e a Nova
Jerusalém sobre a Terra demonstram claramente a época da festa dos
Tabernáculos:
"Eu
sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim. Felizes
aqueles que lavam as suas vestes para ter direito à árvore da vida e poder
entrar na cidade pelas portas. O Espírito e a Esposa dizem: Vem! Possa aquele
que ouve dizer também: Vem! Aquele que tem sede, venha! E que o homem de
boa vontade receba, gratuitamente, da água da vida!"(Apocalipse
22:13-17)
A
Mitologia sobre o nascimento através da Virgem
Todas
as principais culturas do passado reverenciavam reis, divindades ou grandes líderes
espirituais os comparando ao Sol, a Lua ou as estrelas, visto que os astros não
apenas demonstram a grandeza da Criação Divina como possuem características que
poderiam ser associadas a grandes personalidades: o Sol com o seu brilho e
calor traz a vida, as estrelas e a Lua iluminam a escuridão da noite, apontam a
direção a seguir.
Desde
a Antiguidade a humanidade procura estudar e compreender o movimento dos astros
no céu. Exatamente a partir da identificação de alguns fenômenos celestes e a
identificação de um padrão presente nos movimentos orbitais identificados no
céu após anos de observação é que a humanidade começou a criar lendas e
histórias, baseadas nas características do movimento e
ação do Sol, da Lua e as estrelas sobre a Terra, histórias que representassem e
identificasse os mensageiros de Deus, como sinais divinos identificados a
partir da observação da abóbada celeste.
Primeiramente
forma associadas características humanas e de animais às constelações, como por
exemplo, a constelação do Leão, a constelação do Touro, a constelação de Virgem
entre tantas outras. No hemisfério norte foi identificado um dia, que se repetia
todos os anos, que demarcava a vinda do inverno: o dia do ano com a menor
duração e que possuía a noite mais longa, o dia 21 de dezembro. Todo o ciclo de
plantio era organizado para prevenir
a
chegada dessa época, em Israel, por exemplo, o início do outono por volta de 21
de setembro era demarcado pela festa de Sucot/ Tabernáculos com o final da
colheita do trigo, a colheita das frutas e, sobretudo a colheita das azeitonas,
que acontecia exatamente pelo mês de novembro e a azeitona fosse prensada para
gerar o óleo que serviria para produzir a luz exatamente a partir do início do
inverno.
Partindo
dessas observações as pessoas começaram a perceber que todo o ano, na época do
início do outono no hemisfério norte por volta do final de setembro, o Sol, que
era visto como símbolo da realeza e divindade passava por um conjunto de
estrelas. Como a época coincidia com o final da colheita do trigo, nomearam
esse conjunto de estrelas ou constelação como Virgem, desenhando sobre essas
estrelas uma mulher que segura uma espiga de trigo, representação artística
feita exatamente sobre a estrela mais brilhante da constelação de Virgem, a
estrela Spica ou simplesmente "a espiga"
Mas
por qual razão nomeariam essa constelação como "Virgem"?
A
resposta é simples: também por observação do céu as pessoas na Antiguidade
notaram que por volta de 21 de dezembro no hemisfério norte, ou seja, 9 meses
antes do Sol passar pela constelação de Virgem e sair (através do seu movimento
orbital) aconteciam alguns fenômenos curiosos: a constelação de Virgem se
elevava no Oriente na linha do horizonte junto com o nascer do
Sol, ou seja, assim que o dia amanhecia era a constelação que primeiro surgia
no horizonte.
Ocorre
que também nessa época, por volta de 21 de dezembro, acontecia o ápice de um
fenômeno interessante no hemisfério norte: após o solstício de verão em 21 de
junho, os dias ficavam cada vez mais curtos e as noites cada vez mais longas, o
Sol se elevava cada vez menos acima da linha do horizonte e cada vez mais ao Sul.
Em 22 de dezembro o Sol atingia seu ponto mais baixo após a noite mais longa do
ano, que demarcava a chegada do inverno e o fim das colheitas.
Por
três dias o Sol ficava aparentemente estagnado até que então voltasse a se
mover na direção do norte, simbolizando o gradativo aumento das horas do dia e por
consequência o declínio do número de horas da noite.
Ao
longo de três dias, entre os dias 22 e 24 de dezembro, logo após a noite mais
longa do ano (solstício de inverno) o Sol ficava praticamente estagnado no horizonte
como se tivesse descido a Terra. Simbolicamente esse período não simbolizava o
nascer de um avatar, mas sim a sua concepção, quando o avatar
ou herói solar, simbolicamente, seria deixado na Terra no período que o Sol
ficava mais próximo do horizonte. Ao ser concebido em final de dezembro
nasceria em final de setembro, exatamente quando o Sol dentro da constelação de
Virgem em seu movimento orbital sai da constelação. Eis o motivo para que os
povos da Antiguidade tenham nomeado esse conjunto de estrelas como constelação
de Virgem.
Da
mesma forma outro fenômeno interessante acontecia ao final de dezembro: a
estrela mais brilhante no céu noturno, Sirius, fica perfeitamente alinhada com
as três marias ou três reis, três das estrelas que formam o cinturão de Órion
formando nesse dia no céu, ao final de dezembro, uma imagem semelhante a uma
seta que aponta na direção do solo ou simbolicamente um sinal divino como os
povos antigos compreendiam para a descida do Sol que deixaria na Terra um
avatar, não através do nascimento, mas através da concepção, pois nessa época
do inverno era comum que devido ao maior tempo
dentro das casas muitos bebês fossem concebidos e ao mesmo tempo havia um
planejamento para evitar que crianças nascessem nessa época.
Exatamente
em virtude desse sinal dos céus, a estrela mais brilhante do céu noturno
alinhada perfeitamente com três estrelas na noite mais longa e fria do ano,
apontando na direção do solo é que muitos grupos iniciáticos adotaram a idéia
da trindade sagrada. O próprio Jesus designou três dos apóstolos para que o
acompanhassem com mais freqüência, dentro dos essênios, grupo ao qual Jesus
pertenceu, havia a definição que três sacerdotes deveriam acompanhar o Mestre da
Justiça.
BIBLIOGRAFIA
1)
Os três livros proféticos citados por Jesus apontando para a Grande Tribulação-
páginas 18 a 20 da obra "Protocolos do Fim do Mundo, dezembro de 2023
2)
Profecia dos 70 períodos e erros de tradução e hermenêutica (cono exemplo
Barrabás e Lúcifer) - páginas 303 a 308 da obra "Protocolos do Fim do
Mundo, dezembro de 2023
3)
Calculando o 666 - A chave principal do Apocalipse- páginas 27 a 31 da obra
"Protocolos do Fim do Mundo, dezembro de 2023
4)
Ano novo judaico e o sinal no céu - Páscoa, Libertação e Ressurreição - páginas
32-a 34 da obra "Protocolos do Fim do Mundo, dezembro de 2023
5)
O Nascimento de Jesus e a profecia no calendário judaico - páginas 230 a 235 e
237 a 244 da obra "Armagedoom 2036" lançada em 2015
LIVROS
O
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