24 de set. de 2025

FIM DO MUNDO HOJE??? - A PROFECIA DE 2036

 

Nos últimos dias viralizou uma "profecia" de um pastor sul africano “prevendo” que o fim do mundo e o arrebatamento dos fiéis aconteceria entre ontem (dia 23) e hoje, com base em uma suposta visão que o pastor teria tido de Jesus anunciando que a sua vinda estaria próxima e que aconteceria no ano novo judaico (Rosh Hashaná). 

Alguns grupos neopentecostais acreditam que o arrebatamento dos fiéis estaria associado ao ano novo judaico com base em um trecho do primeiro livro de Tessalonicenses 4:16-17 (autoria de Paulo de Tarso) que diz: "porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Como durante o ano novo judaico é tocado o shofar (uma espécie de trombeta), alguns grupos entendem (erroneamente) que a volta de Jesus e o arrebatamento aconteceria no ano novo judaico. 

Antes de trazer o longo estudo sobre 2036 (que explica em conjunto todas as chaves proféticas do Apocalipse, Sermão Profético e capítulo 9 de Daniel citado por Jesus no Sermão Profético no conjunto de três livros que apontam para o mesmo evento, ou seja, o fim dos tempos) é importante ressaltar que a associação do "toque da trombeta" descrita por Paulo com "ano novo judaico" como marcador profético é fraquíssima, especialmente se levarmos em conta todo o contexto profético que envolve Sermão Profético, Daniel capítulo 9 e os sinais do Apocalipse: o ano novo judaico (e não o de 2025) é apenas um dos sinais no contexto profético da grande tribulação e não por causa do toque das trombetas (o toque do shofar durante o ano novo judaico), mas sim porque é exatamente o ano novo judaico de outubro de 2035 que dá início aos 5 meses proféticos (Apocalipse capítulo 9)  que está no contexto dos últimos "ais" antes da grande tribulação, pois no Rosh Hashná de outubro de 2035 a Lua estará sob os pés da constelação de Virgem e algumas semanas depois uma lua de sangue e um eclipse solar completarão os três sinais proféticos. É um conjunto específicos de sinais que não acontece em 2025, 2027 ou qualquer outra data que não seja 2036. 

Vale ainda citar que a profecia do Apocalipse escrita por João na ilha de Patmos entre os anos 93 e 95 foi escrita quase 40 anos depois da carta de Paulo à Tessalônica e ao lermos a profecia de João (Apocalipse) ele associa as trombetas (7 trombetas) ao episódio da entrada de Josué em Jericó (Josué capítulo 6) ao derrubar a muralha, com os 7 sacerdotes levando 7 trombetas pra derrubar a muralha. Ou seja, a associação profética das trombetas é com uma grande luta envolvendo o povo de Israel semelhante à batalha de Jericó (contexto profético do Armagedon) e não com a trombeta (shofar) do ano novo judaico. 

É como eu sempre digo: querer estudar profecias com base em versículos isolados sem considerar todo o contexto normalmente dá errado, da mesma forma que acreditar em supostas visões (acreditar que viu Jesus ou acessou o Akasha) sem ter uma porcentagem razoável de acertos detalhados sobre o futuro bem acima dos naturais erros de percepção (animismos), também costuma resultar em equívoco, pois nesse caso o medianeiro não tem a experiência necessária para separar minimamente percepções legítimas de fantasias. 

Feitas essas considerações iniciais, vamos ao estudo sobre abril de 2036 e assim compreender, dentro de todo o contexto profético que une Sermão Profético, Apocalipse e Daniel capítulo 9 (citado por Jesus no Sermão Profético) porque abril de 2036 é a única data que encontra base hermenêutica dentro dos três livros proféticos em conjunto. 

O enorme estudo a seguir está na íntegra na obra "Protocolos do Fim do Mundo" (é aprofundado ainda mais nas obras "Armagedoom 2036" e "A Bíblia no 3º Milênio"). Para facilitar o estudo dos interessados (mesmo que o material abaixo esteja bem resumido) dividirei em cinco tópicos, totalizando 30 páginas do estudo completo sobre a profecia de 2036:    

1) OS TRÊS LIVROS PROFÉTICOS CITADOS POR JESUS APONTANDO PARA A GRANDE TRIBULAÇÃO 

A base mínima para começar a entender as profecias bíblicas (em especial sobre o final dos tempos) é estudar em conjunto o Apocalipse, Sermão Profético e pelo menos o capítulo 09 do livro de Daniel (ainda que o ideal seja o estudo de todo o livro Daniel). Qualquer interpretação ou conclusão sobre um versículo dentro de um desses três livros deve estar embasada nos três e dentro do mesmo contexto. 

O motivo é simples para estudar esses três livros em conjunto: Jesus trouxe as profecias sobre o final dos tempos exatamente no Sermão Profético associando o marcador profético dos tempos finais ao capítulo 09 de Daniel e por fim complementando essas informações todas no livro da Revelação no qual inspira do início ao fim João Evangelista na ilha de Patmos trazendo as visões do futuro da humanidade até a grande tribulação e o estabelecimento do reino de Deus na Terra. Portanto, ponto fundamental para começar a estudar o assunto (profecia bíblica do fim dos tempos) é estudar os três livros em conjunto e em especial correlacionando as "chaves proféticas" entre si. 

Por exemplo: O livro de Daniel no final do capítulo 09 fala sobre o "devastador vindo nas asas da abominação" para descrever o ápice da tribulação. 

O mesmo período temporal referido no Apocalipse descreve o último dos cavaleiros associado a "abadom" e "apoliom" (devastador, assolador) como um dragão vermelho, uma primitiva serpente que é precipitada ao solo (ou seja, voando, voadora, nas asas da abominação como descrito por Daniel), ambos os relatos da grande tribulação correlacionados com aquilo que Jesus falou no Sermão Profético: “vi satanás cair do céu como um raio” (Lucas 10:18) e principalmente: "Porque, como o relâmpago parte do Oriente e ilumina até o Ocidente, assim será a volta do Filho do Homem. Logo após esses dias de tribulação, o Sol escurecerá, a Lua não terá claridade, cairão do céu as estrelas e as potências dos céus serão abaladas. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem." (Mateus 24:27-30) 

Temos, portanto um cenário claro nas três narrativas de forma intercalada: no ápice da Tribulação algo virá do céu, nas asas da abominação, um devastador, um assolador, com brilho, semelhante a um raio que cai, iluminando do oriente ao ocidente e sendo visto por toda a humanidade, algo que o Apocalipse associa a uma primitiva serpente, um dragão vermelho sendo precipitado ao solo (voando nas asas da abominação e caindo como um raio). Não há outra interpretação possível, os três livros contextualizam o mesmo cenário de forma cristalina. 

A imagem descrita ou personagem (primitiva serpente/ dragão vermelho que cai, assolador, devastador, apoliom, abadon) é referência/sinônimo ao termo bíblico que aparece no Apocalipse descrito como “theryon” que literalmente significa animal feroz, as manifestações da Fera/Besta através de ações destruidoras presentes através da narrativa na Revelação. Porém, esse personagem ou imagem é mais claramente associado no próprio Apocalipse a uma primitiva serpente, o destruidor, apoliom ou abadon do submundo ou reino dos mortos, das profundezas. Na cultura hebraica e egípcia daquela época essa lenda era conhecida como a lenda de Apep, a serpente do abismo que todas as noites tentava engolir o Sol, representado mitologicamente por Rá. 

Apep significa exatamente destruidor, assolador, avassalador, a força que rege e lidera as profundezas e o mundo dos mortos segundo a mitologia egípcia que era conhecida por todo hebreu daquela época. A Fera/Besta (theryon) associada à Apep é relacionada ao marco profético deixado tanto por Jesus no Sermão Profético como no Apocalipse e, obviamente, ambos os relatos proféticos apontam para o mesmo período. 

2) A PROFECIA DOS 70 PERÍODOS E OS ERROS DE TRADUÇÃO E HERMENÊUTICA 

O primeiro ponto que precisamos considerar é que no hebraico a idéia de períodos de tempo está bastante associada ao ciclo do número sete em virtude dos meses, no calendário judaico, estarem associados aos ciclos lunares, de aproximadamente sete dias. Podemos constatar essa premissa ao observarmos que a maioria das palavras no hebraico que associam “períodos” de tempo estão associadas ao número sete: 

SHANAH: um ano. 

SHEVA: sete, o número sete. 

SHABAT: sétimo dia do ciclo de shabat, o sábado ou shabat propriamente dito. 

SHABATON: sétimo ano do ciclo de shemitah, o sábado anual ou shemitah propriamente dito. 

SHANYM: uma semana de 7 anos, ciclo de sete anos, o ciclo da shemitah. 

SHEVA-SHANYM: sinônimo de SHABATON, o sétimo ano do ciclo da shemitah, a shemitah propriamente dita (Deuteronômio 15:1), fim de sete anos. 

SHABETOT: sete semanas de anos 7 vezes SHANYM, 7 vezes 7 anos, os 49 anos que formam um jubileu. 

SHAVUYM: plural de semanas (Daniel 10:2). 

SHEVUA: semana (singular) Gn 29:27-28. 

SHAVUA: semana (singular) Lucas 18:12. 

SHIVEAT: sete dias (Atos 20:6). 

SHIVEYM: número 70. 

– Repare José: a raiz semântica de todas essas palavras (Shiv, Shav e Shev), elas transmitem uma ideia de unidade temporal setenária. Quando lemos o texto em hebraico de Daniel, especificamente o capítulo nono, nós observamos que as palavras transcritas foram shiveym shavuym, literalmente “setenta semanas”. Ocorre que essa versão “final” do livro de Daniel na verdade é aquela que emergiu do texto massorético (uma compilação, feita no século quinto, com análises e correções de antigos manuscritos hebreus). Além disso, alguns manuscritos e trechos de manuscritos, como o próprio livro de Daniel, apresentam partes significativas escritas em aramaico, um idioma que apesar de parecido com o hebraico também precisou ser devidamente traduzido. 

Antes que o Gabaon prosseguisse com aqueles apontamentos eu recordei mentalmente de alguns estudos sobre pequenas variações do hebraico para o aramaico como, por exemplo, no hebraico a palavra “filho” se escrevia “ben”, enquanto no aramaico se escrevia “bar”, como por exemplo Yeshua Bar’abbas ou Barrabás (Jesus, filho do pai, em aramaico) enquanto que entre os hebreus era conhecido como Yeshua Bem Youssef (Jesus, filho de José). 

Alguns manuscritos que foram utilizados para compilar o novo testamento inclusive citam, na passagem de Mateus 27-16,17 não o termo “Bar’Abbas” mas sim “Yeshua Bar’Abbas”, ou seja, Jesus e Barrabás eram a mesma pessoa e não faria sentido algum ser condenado pela população que dias antes havia aclamado a entrada do Messias em Jerusalém. Há uma vasta explicação sobre o tema no livro “A Bíblia no 3º Milênio, capítulo 12). 

Problemas com tradução e encaixe de teorias sem fundamento baseadas em interpretações erradas também aconteceram na tradução para o latim da Bíblia hebraica e grega, idiomas mais comuns no Novo Testamento (tradução conhecida como a Vulgata Latina de São Jerônimo) que utilizou o termo latim “lucis” (luz) “ferre” (portador) para traduzir o termo do grego koiné “eósforo” (portador da aurora) que por sua vez era uma tradução do hebraico “hilel ben shahar” (brilhante/ estrela filha da manhã). 

Essa tradução, conhecida no português como Lúcifer aparece apenas três vezes na Bíblia e sempre é utilizada para representar reis (uma delas definindo Nabucodonosor, a outra o rei Itobaal e a terceira no Apocalipse se referindo à Jesus), pois associava os reis às estrelas brilhando, o Sol, luz que emergia no céu durante o amanhecer e obviamente não embasam qualquer teoria sobre diabo, anjo caído ou coisas do gênero, invenções criadas sem qualquer base hermenêutica e até hoje utilizadas inclusive por muitos espiritualistas para criar histórias mirabolantes, supostamente baseadas em “acessos ao Akasha” mas que não passam de pura fantasia e viagem na mariola astral, assunto que também foi abordado amplamente no livro “A Bíblia no 3º Milênio”, primeiro capítulo daquela obra. 

Os dois exemplos citados hão pouco mostram exatamente como simples traduções ou compilações de textos para um novo idioma podem criar uma série de confusões ou ainda adições textuais que não condizem com o sentido original do texto. 

A própria compilação feita pelos massoretas precisou de algumas adaptações em relação ao hebraico antigo, inclusive criando regras gramaticais que adaptassem o hebraico original antiquíssimo para o hebraico moderno (nascido naquele século V) e utilizado até os dias de hoje. Exatamente por todas essas questões aconteceu aquilo que o Gabaon explicou em seguida: 

– O termo utilizado por Daniel para se referir a 70 períodos de um ano não foi “shavuym”, mas sim “shovavym” que literalmente significa “crianças travessas”, uma referência ao versículo catorze do terceiro livro de Jeremias que exorta: “crianças travessas, retornem a Deus”. Shovavym é o nome de um ritual judaico anual que abrange um período de seis semanas, acontecendo todos os anos no calendário judaico e serve para demarcar um período em que cada judeu busca retificar as suas transgressões através de jejuns e de uma busca espiritual que acontece de forma mais intensa ao longo dessas semanas em toda Israel. 

Literalmente “70 shovavym” significam 70 anos e o contexto dessa conexão

anual ao longo de seis semanas está exatamente dentro do relato da profecia dos 70 períodos, na qual Daniel relembra as profecias de Jeremias (livro de onde deriva a origem do ritual de shovavym) e representa exatamente o período que seria necessário para Israel cessar a transgressão e dar fim aos pecados, exatamente o principal objetivo de shovavym. 

Por tudo isso, a profecia de Daniel literalmente aponta que Israel precisaria passar por 70 ciclos de shovavym a partir da restauração do território da cidade velha de Jerusalém até que todas as transgressões e pecados fossem extirpados, 70 ciclos de um ano. – Concluiu de forma didática e resumida.  

Com aquelas novas informações eu compreendi de forma mais clara e profunda a associação dos setenta períodos com o número de anos da profecia de Daniel e o número de anos de uma geração, quando Jesus associou o período de uma geração à essa profecia. 

De forma geral aquele novo conhecimento não alterava a interpretação profética dos 70 períodos de anos da profecia de Daniel iniciados a partir da restauração de Jerusalém (a cidade velha) ao domínio dos hebreus, ocorrida em 1967, mas explicava de forma profunda o seu verdadeiro significado e porque a conversão da profecia deveria ser feita em anos (um ano para cada um dos setenta períodos) em acordo com aquilo que o próprio Jesus havia esclarecido no Sermão Profético, quando associou essa profecia ao tempo de uma geração (que segundo as Escrituras é de exatamente 70 anos) assim

como está associado ao tempo da profecia de Jeremias citada por Daniel no capítulo nono, que também é de 70 anos, tornando cristalino o entendimento que a restauração da cidade velha de Jerusalém ao domínio dos hebreus, ocorrida em 1967 demarcou o início dos 70 períodos de um ano, que se encerram exatamente em 2036 (primeiro ano em 1967, 70º ano da profecia em 2036) cumprindo de forma exata o calendário profético de Jesus, amplamente explicado no prefácio da presente obra. 

3) CALCULANDO O 666 - A CHAVE PRINCIPAL DO APOCALIPSE 

Porém para que esse raciocínio seja válido ele precisa ser comprovado dentro do Apocalipse, afinal os três livros ou relatos (Sermão Profético, Daniel e Revelação) estão falando da mesmíssima coisa (grande tribulação, fim dos tempos). Se a profecia de Daniel dos 70 anos (1967-2036) se encerra com a vinda do assolador nas asas da abominação obviamente precisamos procurar no Apocalipse alguma informação sobre algo luminoso caindo do céu voando do Oriente ao Ocidente e que ainda seja parecido com uma serpente voadora vermelha e flamejante caindo do céu, afinal essa era a lenda de Apep citada no Apocalipse. Obviamente temos também no Apocalipse um marcador profético: 

"e que ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da Fera, ou o número do seu nome. Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da Fera, porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis." (Apocalipse 13: 17-18) 

A narrativa do Apocalipse descreve a luta da luz, do Sol, dos filhos da luz (pois associa a imagem de Jesus a um Sol bem no início e no final da narrativa da Revelação) contra as trevas, os impérios que espalharam destruição e guerra, em suma as grandes representações da ferocidade humana na busca por poder, que em essência simboliza o materialismo e antifraternidade. Entendendo essas duas premissas, fica fácil desvelar as chaves simbólicas do número 666. 

Os primeiros seis números romanos (na época de Jesus o maior império existente) somam 666 e usualmente são utilizados na maioria do mundo como notas simbolizando dinheiro: 1,5, 10, 50,100, 500 (os EUA já teve nota de 500, A zona do Euro ainda tem). E realmente, até a invenção dos cartões, você não comprava ou vendia sem esses símbolos. 

A segunda parte do versículo é ainda mais interessante, pois muitos estudiosos não observam o fato de que o 666 é o número de um homem ou de homem e que a partir desse número é que devemos calcular o número da Fera/Besta. Ou seja: 

666 - número de um homem 

? - número da Fera que deve ser calculado a partir do 666 

“Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da Fera, porque é número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis” 

Para os cabalistas (e na época de Jesus todo rabi era um cabalista) esse enigma é fácil: 666 é o número obtido através da kamea solar, representação que os rabis faziam de cada um dos 7 astros na Árvore da Vida, no caso da kamea solar um quadrado de 6 lados e 6 colunas formado por 36 números de 1 a 36 que somados entre si totalizam 666 (1+2+3+4...+34+35+36 = 666). Ora, tanto no início como ao final da narrativa do Apocalipse, Jesus é associado ao Sol: 

"Voltei-me para saber que voz falava comigo, vi alguém semelhante ao Filho do Homem. O seu rosto se assemelhava ao sol, quando brilha com toda a força." (Apocalipse capítulo 01) 

"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos atestar estas coisas a respeito das igrejas. Eu sou a raiz e o descendente de Davi, a estrela radiosa da manhã" (Apocalipse capítulo 22) 

Ora, se Jesus é o cara, aquele que simboliza a luz, o Sol, a kamea solar então o cálculo a partir do 666 é fácil: 

o cálculo representa a soma dos 36 números da kamea, pois esses números totalizam exatamente 666. E se o número 36, calculado a partir do 666 como pediu a profecia, representa a Fera, a Besta, o ser que luta contra o Sol e contra a luz o que isso significa? Bem, a narrativa apocalíptica e profética de Jesus também explica: 

"Têm eles por rei o anjo do abismo; chama-se em hebraico Abadon e, em grego, Apolion" (Apocalipse 9:11) 

"Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos" (Apocalipse 12: 09) 

"Por isso, haverá no dia do juízo menos rigor para Tiro e Sidônia do que para vós. E tu, Cafarnaum, que te elevas até o céu, serás precipitada até aos infernos. Jesus disse-lhes: “Vi Satanás cair do céu como um raio" (Lucas 10: 14,15 18) 

Por ter vivido muito tempo junto com o povo egípcio antes da libertação, os hebreus conheciam todas as lendas egípcias então nada mais natural que em uma profecia se utilizassem de uma lenda egípcia para descrever o inimigo de Jesus, afinal foi o povo egípcio que escravizou os hebreus. Segundo uma famosa lenda egípcia todas as noites uma serpente primitiva gigantesca que vivia no fundo do abismo saia das profundezas e engolia o Sol, sendo que todas as manhãs o Sol derrotava essa serpente e voltava a triunfar com o esplendor do seu brilho. Na lenda o Sol era representado por Rá e a serpente por Apep. 

Apep é o nome egípcio para Abadon e Apolion, significa destruidor, avassalador. Essa é a serpente primitiva descrita na profecia do Apocalipse que tenta derrotar o Sol, um simbolismo para a luta entre Jesus (simbolizado pelo Sol) e seus opositores (representados nas trevas da primitiva serpente) durante os séculos do mundo de expiação e provas antes do ápice da Transição Planetária. 

Mas o que isso tem de ligação com o número 36, calculado a partir do 666 e representando a Fera? Exatamente no ano de 2036 virá um asteróide com o nome de Apophis (o nome grego para Apep) trazendo um rastro vermelho ao cair do céu, a semelhança de uma serpente voadora quando é precipitada ao solo, caindo como um raio na Terra.  

Ou seja, toda a narrativa do Apocalipse descreve um embate, por longos séculos, entre as trevas e a luz e demarca exatamente como e quando esse confronto vai terminar exatamente através do enigma do 666, pois o simbolismo aponta para a vitória do Sol (Jesus) sobre a Besta (humanidade bélica, provacional) quando definitivamente o asteróide cair e se desintegrar com o choque, simbolizando a derradeira derrota das trevas, a destruição definitiva da "primitiva serpente" e o triunfo da luz, o triunfo do Cristo, o início do Reino, cumprindo exatamente a profecia dos 70 anos de Daniel

citada por Jesus no Sermão Profético que se iniciou em 1967 e termina em 2036, cumprindo assim a profecia dos 70 períodos e ao mesmo tempo o enigma do 666. Eis a sabedoria cristalina que levanta o véu do mistério profético. 

4) ANO NOVO JUDAICO E O SINAL NO CÉU - PÁSCOA, LIBERTAÇÃO E RESSURREIÇÃO 

Por fim há ainda mais uma informação que corrobora com o entendimento de que a profecia diz respeito a vinda do asteróide Apophis em 2036. O asteróide está previsto para chegar (e se chocar com a Terra) exatamente em abril de 2036 e mais especificamente nos dias da Pessach judaica que para os cristãos representa a Páscoa. 

A Pessach a festa que representa a LIBERTAÇÃO do povo judeu do jugo egípcio: 

"Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. Quando começarem a acontecer essas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa LIBERTAÇÃO." (Lucas 21:26-28)  

Sabemos que o período decisivo da profecia dos setenta anos é a metade do período final, ou seja, os últimos seis meses da profecia (metade do período de um ano), o que equivale aos meses de outubro de 2035 a abril de 2036, visto que a profecia de Daniel se encerra com a vinda do asteróide Apophis. 

Essa parte final da profecia entre outubro de 2035 e abril de 2036 (o meio período final dos 70 períodos da profecia) é ainda mais fantástica, pois está perfeitamente encaixada em outra profecia citada no Apocalipse que é o SINAL do Filho do Homem: exatamente no início de outubro de 2035 se inicia o ano novo judaico (04 de outubro de 2035) e nesse dia a Lua estará exatamente sobre os pés da constelação de Virgem enquanto o Sol transita pelo interior da Virgem como se estivesse nascendo e sobre a cabeça da constelação de Virgem as 12 estrelas que compõe as constelações do Leão maior e menor, a constelação dos reis, do Leão da Tribo de Judá:  

“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do Sol, a Lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” (Apocalipse 12:1)  

Todo o relato do Sermão Profético confirma esse entendimento, pois Jesus aponta o auge dos eventos do grande dia do juízo para o período da libertação, a famosa festa da Pessach (conhecida exatamente como a festa da libertação) que acontece em abril de 2036. O Messias também fala que o evento acontecerá na primavera, durante o período da geração das flores e frutos, sendo que a primavera em Israel começa na Pessach, exatamente em abril.  

Há também ainda o relato de Jesus sobre os tempos do fim quando compara esse período à colheita dos grãos, quando o joio é separado dos grãos. O período da colheita começa exatamente no terceiro dia da Pessach, com a colheita da cevada e vai até o final da primavera, com a colheita do trigo, durante o período bíblico que engloba a ressurreição de Jesus por 40 dias, ou em outras palavras, o período da sua volta após a morte na cruz. Portanto, o ápice dos eventos proféticos acontecerá exatamente durante a volta de Jesus (Páscoa) que é celebrada todos os anos pelos cristãos durante a Páscoa quando é celebrada a ressurreição pascal.  

A profecia deixada por Jesus é de uma clareza cristalina bastando apenas que o estudioso utilize o mínimo de lógica para estudar os três textos em conjunto (Sermão Profético, Daniel capítulo 09 e Apocalipse) para encontrar os pontos em comum e o desfecho lógico que responde o enigma profético, pois claramente não cabe outra data para o fechamento dos 70 períodos e do cálculo do 666 que não seja 2036 e mais precisamente abril de 2036 com todos os sinais relacionados a Pessach e Páscoa de 2036 também contidos nos três textos proféticos. 

5) O NASCIMENTO DE JESUS E A PROFECIA NO CALENDÁRIO JUDAICO 

Neste texto será analisada minuciosamente a data e o local de nascimento do Messias, informação confirmada de forma poética ao longo do capítulo 12 do Apocalipse e completando ao mesmo tempo o estudo realizado sobre o Sermão Profético.  

Jesus nasceu em 21 de setembro do ano 3 antes do ano zero, às 17 horas e 55 minutos em Belém da Galiléia, quando aconteceu uma conjunção de Júpiter com Régulus, deixando o céu naquele dia intensamente luminoso, como se uma nova estrela muito mais brilhante tivesse surgido.  

A primeira informação a ser considerada, segundo os relatos contidos nos Evangelhos é que Jesus viveu sua infância em Nazaré, uma modesta cidade semelhante a um vilarejo que estava localizado na tetrarquia da Galiléia, que abarcava também as cidades de Cafarnaum, Caná e Magdala. Além de viver sua infância em Nazaré, Jesus também era conhecido, durante a sua vida adulta, como "O Galileu".  

Belém da Judéia ficava 100 quilômetros distante de Nazaré, enquanto que Belém da Galiléia ficava apenas 7 quilômetros distante. A vida de Jesus na infância era na Galiléia, não faria o menor sentido Maria, grávida de nove meses, viajar para um local tão distante em cima de um burro.  

Outro ponto a ser considerado é que a conjunção Régulus/Júpiter deveria ser enxergada a oeste no pôr do sol, sendo assim ela não poderia ter guiado os reis magos para uma região ao sul de Jerusalém (no caso Belém da Judéia), tal constelação somente poderia servir de guia se os reis magos estivessem indo na direção oposta, ao norte de Jerusalém, exatamente a direção da Galiléia.  

Devemos considerar também o contexto histórico da época. Os judeus aguardavam um Messias libertador, que enfrentasse a opressão dos romanos. No primeiro capítulo do Evangelho de Lucas é relatada a gravidez de Isabel, mãe de João Batista e esposa do sacerdote Zacarias, que recebeu a visita de um anjo no templo anunciando que seu filho seria Elias reencarnado e que prepararia o caminho do Messias. No sexto mês da gravidez de Isabel, Maria que viria a ser a mãe de Jesus, recebeu a visita do anjo Gabriel anunciando que ela estava grávida do Messias.  

Obviamente que essas duas notícias, ainda mais por envolverem dois acontecimentos miraculosos e um sacerdote renomado do Templo rapidamente se espalhariam por Canaã, como também pelos povoados próximos que sofriam a ação de Roma, inclusive chegando aos reis magos que também aguardavam a vinda do Messias, como todos os iniciados daquelas regiões.

Logo no primeiro capítulo do Evangelho de Lucas é relatado que Zacarias, pai de João Batista, pertencia à ordem sacerdotal de Abias e tanto no livro de Crônicas como no capítulo 16 de Deuteronômio são informados alguns dos serviços que esses sacerdotes cumpriam em virtude das festas judaicas.   

Com base em tais relatos é possível concluir que Zacarias permaneceu a serviço da ordem até a 10º semana do ano judaico. O primeiro capítulo do Evangelho de Lucas relata que Zacarias retornou para sua casa logo após a conclusão dos serviços na ordem e que em seguida João Batista foi concebido, em junho segundo essa cronologia.  

Ou seja, João Batista nasceu no final de março, exatamente no mês de Nisan durante os festejos da Páscoa, quando os judeus esperam o retorno de Elias, inclusive deixando uma cadeira vazia destinada ao profeta, durante as comemorações em suas casas. "Coincidentemente" João Batista, o Elias reencarnado, nasceu exatamente durante os festejos nos quais o profeta é bastante lembrado.  

O livro de Mateus, capítulo 17, confirma essa informação, ao dizer que João Batista realmente nasceu na Páscoa, pois segundo consta durante a sua concepção, o anjo Gabriel informou que ele, João Batista, viria com a força e o espírito de Elias.  

Ao observarmos uma diferença de seis meses entre o nascimento de João Batista e Jesus e considerando que João Batista nasceu em 14 de Nissan do ano 3 antes do ano zero (um 28 de março naquele ano) concluímos que o nascimento de Jesus praticamente 6 meses depois, em 21 de setembro seria aguardado com ampla antecedência pelos reis magos, que poderiam calcular com segurança a época do nascimento do Messias.  

O nascimento de João, profetizado pelo anjo que se manifestou a Zacarias apontando que o seu filho seria o reencarne de Elias, exatamente durante os festejos da Páscoa na qual o profeta Elias é muito lembrado foi um sinal muito claro do cumprimento das palavras do anjo. O outro sinal, que testificava a profecia sobre o nascimento do Messias seis meses depois é de que Maria recebeu o espírito de Jesus no seu útero enquanto ainda era virgem, ou seja, não havia tido relações sexuais com o seu esposo José até então, algo que somente aconteceria depois e assim geraria o corpo físico que o espírito de Jesus, já no útero de Maria, iria se encarnar. 

Por simples cálculos astronômicos os reis magos calcularam que o Messias nasceria exatamente quando o Sol estivesse saindo da constelação de Virgem, confirmando que o rei, o Messias realmente nasceria de uma virgem, um sinal muito claro que foi confirmado quando na época do nascimento de Jesus ocorreu a conjunção entre o planeta Júpiter, conhecido na antiguidade como o planeta da coroação dos reis com a estrela Régulus (alpha Leonis) conhecida como a estrela dos reis. Tudo isso aconteceu exatamente após os festejos do ano novo judaico e em plena festa da colheita/ Tabernáculos (Sucot) na qual os judeus celebram a Providência Divina, lembram a busca pela Terra Prometida durante o Êxodo e celebram a colheita dos alimentos, um período totalmente apropriado para o nascimento de um Messias. 

Curiosamente, segundo a escatologia judaica (o estudo sobre os últimos dias e a vinda do Messias) o tempo da vinda do Messias (O Ungido) será exatamente durante a festa dos Tabernáculos/Sucot, pois para o povo judeu o Messias ainda não veio. 

O fato de Jesus ter nascido exatamente na festa dos Tabernáculos/Sucot, comprovado nos parágrafos anteriores, testifica que ele é o Messias aguardado pelos judeus. Sendo assim é um equívoco supor que o auge dos eventos do dia do julgamento acontecerá na época dos Tabernáculos, pois este é o entendimento daqueles que acreditam que o Messias ainda não veio, tanto que no Apocalipse e no Sermão Profético a "vinda do Messias" é tratada como o retorno do Messias e segundo os relatos históricos, Jesus ressuscitou (retornou) na Pessach, a primavera, época da colheita, da ceifa, exatamente a época profética do seu retorno, que aponta o dia do julgamento para a época da Pessach e não para a época da festa dos Tabernáculos. 

Segundo a tradição judaica, as principais festas hebraicas são divididas em dois grupos: os dias Santíssimos do mês de Tishrei (exatamente durante a festa de Sucot/ Tabernáculos) e os três moadim, que contém a Pessach (Libertação), Shavuot (Dádiva da Torá) e Sucot (Júbilo). A festa dos Tabernáculos/Sucot une exatamente esses dois grupos de festas, por isso é considerada a época do grande júbilo, a época da paz profetizada na escatologia judaica. 

No calendário das festas do povo hebreu, a Pessach é a primeira das grandes festas, por simbolizar a libertação do jugo dos egípcios, enquanto que a festa de Sucot/ Tabernáculos é a última, simbolizando a união definitiva entre o povo hebreu e Deus após o episódio do Bezerro de Ouro. 

As duas festas demarcam o começo e o fim do calendário festivo das principais festas de Israel, exatamente as datas do nascimento e ressurreição de Jesus, o que explica os dizeres velados do Messias ao afirmar que ele é o alfa e o ômega, o princípio e o fim, pois o seu nascimento e sua morte/ressurreição demarcam exatamente o início e o fim das festas judaicas.

Segundo os sinais mostrados ao longo do 12º capítulo do Apocalipse, mencionando estrelas, o Sol e a Lua e confirmando os sinais que Jesus menciona no Sermão Profético para a época do dia do juízo, sinais amplamente estudados nesta obra, Jesus é representado como o Astro Solar através desses sinais e teria nascido, segundo a profecia, na época da Festa da Colheita/Tabernáculos (Sucot), que no ano 3 antes do ano zero aconteceu exatamente entre os dias 20 e 21 de setembro daquele ano (14 e 15 de Tishrei), quando o Sol havia acabado de passar pela constelação de Virgem. 

Dessa forma, a representação poética contida no 12º capítulo do Apocalipse ao comparar Jesus ao Sol e sua mãe Maria à Virgem (constelação) assim como o seu nascimento ao Sol passando e saindo da Virgem no período orbital da festa de Sucot/Tabernáculos, confirma com exatidão a data de nascimento do Messias. 

Além das informações históricas e bíblicas que atestam seu nascimento ao final de setembro e também a "coincidência" de que seu nascimento equivale a um período festivo claramente identificado na profecia do 12º capítulo do Apocalipse, encontramos ainda mais uma informação curiosa: na Festa da Colheita era comum que fosse feita a oferenda da água, quando o povo pedia a vinda da estação das chuvas para que fosse possível sobreviver ao clima árido. E curiosamente Jesus afirma em dois momentos distintos da narrativa bíblica que ele é a água da vida: 

“Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.” (João 7:37) 

"Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.” (Apocalipse 21:6) 

Dentro do contexto profético que alinha o nascimento de Jesus ao fim do calendário das festas judaicas e sua morte/ressurreição ao princípio deste calendário (testificando que ele é o princípio e o fim), temos nas três principais festas, alinhadas com as fases da colheita, o processo de transformação da Terra em 2036, a partir do final da profecia dos 70 anos de Daniel: 

Pessach – Início da colheita dos grãos (cevada) – O dia do juízo, desencarne coletivo de grande contingente da humanidade, o ápice do exílio planetário. 

Shavuot – Fim da colheita da cevada e início da colheita do trigo – A separação, no mundo espiritual, entre aqueles que serão exilados para outros orbes e aqueles que poderão continuar reencarnando na Terra, a separação do joio (rebeldes) e o trigo (fraternos). 

Sucot/Tabernáculos – Início da colheita das frutas – O início da reconstrução de Jerusalém, simbolicamente representada pela Nova Jerusalém. O final do livro do Apocalipse, com Jesus e a Nova Jerusalém sobre a Terra demonstram claramente a época da festa dos Tabernáculos: 

"Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim. Felizes aqueles que lavam as suas vestes para ter direito à árvore da vida e poder entrar na cidade pelas portas. O Espírito e a Esposa dizem: Vem! Possa aquele que ouve dizer também: Vem! Aquele que tem sede, venha! E que o homem de boa vontade receba, gratuitamente, da água da vida!"(Apocalipse 22:13-17) 

A Mitologia sobre o nascimento através da Virgem 

Todas as principais culturas do passado reverenciavam reis, divindades ou grandes líderes espirituais os comparando ao Sol, a Lua ou as estrelas, visto que os astros não apenas demonstram a grandeza da Criação Divina como possuem características que poderiam ser associadas a grandes personalidades: o Sol com o seu brilho e calor traz a vida, as estrelas e a Lua iluminam a escuridão da noite, apontam a direção a seguir. 

Desde a Antiguidade a humanidade procura estudar e compreender o movimento dos astros no céu. Exatamente a partir da identificação de alguns fenômenos celestes e a identificação de um padrão presente nos movimentos orbitais identificados no céu após anos de observação é que a humanidade começou a criar lendas e histórias, baseadas nas características do movimento e ação do Sol, da Lua e as estrelas sobre a Terra, histórias que representassem e identificasse os mensageiros de Deus, como sinais divinos identificados a partir da observação da abóbada celeste. 

Primeiramente forma associadas características humanas e de animais às constelações, como por exemplo, a constelação do Leão, a constelação do Touro, a constelação de Virgem entre tantas outras. No hemisfério norte foi identificado um dia, que se repetia todos os anos, que demarcava a vinda do inverno: o dia do ano com a menor duração e que possuía a noite mais longa, o dia 21 de dezembro. Todo o ciclo de plantio era organizado para prevenir

a chegada dessa época, em Israel, por exemplo, o início do outono por volta de 21 de setembro era demarcado pela festa de Sucot/ Tabernáculos com o final da colheita do trigo, a colheita das frutas e, sobretudo a colheita das azeitonas, que acontecia exatamente pelo mês de novembro e a azeitona fosse prensada para gerar o óleo que serviria para produzir a luz exatamente a partir do início do inverno. 

Partindo dessas observações as pessoas começaram a perceber que todo o ano, na época do início do outono no hemisfério norte por volta do final de setembro, o Sol, que era visto como símbolo da realeza e divindade passava por um conjunto de estrelas. Como a época coincidia com o final da colheita do trigo, nomearam esse conjunto de estrelas ou constelação como Virgem, desenhando sobre essas estrelas uma mulher que segura uma espiga de trigo, representação artística feita exatamente sobre a estrela mais brilhante da constelação de Virgem, a estrela Spica ou simplesmente "a espiga" 

Mas por qual razão nomeariam essa constelação como "Virgem"? 

A resposta é simples: também por observação do céu as pessoas na Antiguidade notaram que por volta de 21 de dezembro no hemisfério norte, ou seja, 9 meses antes do Sol passar pela constelação de Virgem e sair (através do seu movimento orbital) aconteciam alguns fenômenos curiosos: a constelação de Virgem se elevava no Oriente na linha do horizonte junto com o nascer do Sol, ou seja, assim que o dia amanhecia era a constelação que primeiro surgia no horizonte. 

Ocorre que também nessa época, por volta de 21 de dezembro, acontecia o ápice de um fenômeno interessante no hemisfério norte: após o solstício de verão em 21 de junho, os dias ficavam cada vez mais curtos e as noites cada vez mais longas, o Sol se elevava cada vez menos acima da linha do horizonte e cada vez mais ao Sul. Em 22 de dezembro o Sol atingia seu ponto mais baixo após a noite mais longa do ano, que demarcava a chegada do inverno e o fim das colheitas. 

Por três dias o Sol ficava aparentemente estagnado até que então voltasse a se mover na direção do norte, simbolizando o gradativo aumento das horas do dia e por consequência o declínio do número de horas da noite. 

Ao longo de três dias, entre os dias 22 e 24 de dezembro, logo após a noite mais longa do ano (solstício de inverno) o Sol ficava praticamente estagnado no horizonte como se tivesse descido a Terra. Simbolicamente esse período não simbolizava o nascer de um avatar, mas sim a sua concepção, quando o avatar ou herói solar, simbolicamente, seria deixado na Terra no período que o Sol ficava mais próximo do horizonte. Ao ser concebido em final de dezembro nasceria em final de setembro, exatamente quando o Sol dentro da constelação de Virgem em seu movimento orbital sai da constelação. Eis o motivo para que os povos da Antiguidade tenham nomeado esse conjunto de estrelas como constelação de Virgem. 

Da mesma forma outro fenômeno interessante acontecia ao final de dezembro: a estrela mais brilhante no céu noturno, Sirius, fica perfeitamente alinhada com as três marias ou três reis, três das estrelas que formam o cinturão de Órion formando nesse dia no céu, ao final de dezembro, uma imagem semelhante a uma seta que aponta na direção do solo ou simbolicamente um sinal divino como os povos antigos compreendiam para a descida do Sol que deixaria na Terra um avatar, não através do nascimento, mas através da concepção, pois nessa época do inverno era comum que devido ao maior tempo dentro das casas muitos bebês fossem concebidos e ao mesmo tempo havia um planejamento para evitar que crianças nascessem nessa época. 

Exatamente em virtude desse sinal dos céus, a estrela mais brilhante do céu noturno alinhada perfeitamente com três estrelas na noite mais longa e fria do ano, apontando na direção do solo é que muitos grupos iniciáticos adotaram a idéia da trindade sagrada. O próprio Jesus designou três dos apóstolos para que o acompanhassem com mais freqüência, dentro dos essênios, grupo ao qual Jesus pertenceu, havia a definição que três sacerdotes deveriam acompanhar o Mestre da Justiça.  

BIBLIOGRAFIA 

1) Os três livros proféticos citados por Jesus apontando para a Grande Tribulação- páginas 18 a 20 da obra "Protocolos do Fim do Mundo, dezembro de 2023

2) Profecia dos 70 períodos e erros de tradução e hermenêutica (cono exemplo Barrabás e Lúcifer) - páginas 303 a 308 da obra "Protocolos do Fim do Mundo, dezembro de 2023

3) Calculando o 666 - A chave principal do Apocalipse- páginas 27 a 31 da obra "Protocolos do Fim do Mundo, dezembro de 2023

4) Ano novo judaico e o sinal no céu - Páscoa, Libertação e Ressurreição - páginas 32-a 34 da obra "Protocolos do Fim do Mundo, dezembro de 2023

5) O Nascimento de Jesus e a profecia no calendário judaico - páginas 230 a 235 e 237 a 244 da obra "Armagedoom 2036" lançada em 2015  

LIVROS 

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