19 de mai. de 2014

A Espiritualidade e a Questão da Homossexualidade



Recebi essa questão de um leitor que leu o texto "A Arte da Magia: Umbanda eKimbanda" disponível aqui 

Pergunta: "Queria tirar umas dúvidas se você puder, estava lendo sobre umbanda, quimbanda, bom saber a diferença e tudo que incorre disso. Já ouvi de médium que o espírito da pomba gira o fez entrar no homossexualismo, se é que isso é possível, será que não era o espírito de um kiumba? Já que a pomba gira é uma guardiã. E por que a guarda do plano astral que fica nos locais de umbanda não impede os kiumbas de usarem os médiuns como se fossem um exu ou bomba gira? E mais uma dúvida, como é tratado o homossexualismo no plano astral, é uma abominação mesmo, as pessoas nascem homossexuais ou é algo na educação, na criação que influencia?"

Resposta: Para o mundo espiritual o que conta é a manifestação do amor verdadeiro em seus diversos graus e matizes, seja pelo gênero humano a nível social mais amplo, seja familiar, seja sexual, independente se homoafetivo ou heterosexual, importando para a Espiritualidade muito mais valores como respeito e cumplicidade do que a opção sexual dos envolvidos.

O espírito não possui sexo, na verdade todo o espírito possui as duas polaridades, masculino e feminina e devido ao atual estágio evolutivo dos espíritos que encarnam na Terra, o espírito manifesta no decorrer das reencarnações ambas as polaridades, através do gênero masculino e do gênero feminino, que se manifesta com órgãos próprios no corpo astral e também no corpo físico.

Acontece em muitos casos que o espírito reencarnante desenvolve demasiadamente uma das polaridades ou, ainda, simplesmente tem grande preferência por determinada polaridade que, nesse caso, não aceita ou não se sente plenamente confortável quando precisa encarnar em um corpo físico com o gênero sexual diferente daquele que desenvolveu mais ou que tem uma preferência ou um apego demasiado.

Devido a isso, dependendo do grau de inadequação, o espírito pode encarnar, por exemplo, em um corpo masculino, mas o seu perispírito ainda tem a forma feminina devido a tamanho apego aquela forma (cultivada em encarnações anteriores) causando um intenso fenômeno de ideoplastia durante o processo de gestação, nesses casos a pessoa nasce sentindo que nasceu "no corpo errado", pois apesar de nesse caso estar em um corpo físico masculino, seu corpo astral ainda é feminino, causando na maioria dos casos o chamado transtorno de identidade de gênero. 

Em outros casos, na grande maioria, esse apego é mais brando, não tanto a nível astral na forma do perispírito, mas em relação a determinada polaridade, fazendo com que o espírito reencarnado não rejeite o seu corpo físico ou o seu gênero sexual, mas tão somente sinta maior atração por pessoas do mesmo gênero sexual que o seu, justamente por ainda sentir algum apego ou identificar-se mais com um gênero sexual diferente daquele que encarnou, causando assim a manifestação da sexualidade através do bissexualidade e da homossexualidade. 

Como todo o espírito precisa encarnar em ambos os gêneros, normalmente o espírito vai realizando a transição de forma gradual, para que possa vivenciar certas experiências próprias de determinado gênero (como a maternidade, por exemplo) sem maiores traumas e possa, após as experiências nos dois gêneros, seguir uma linha evolutiva mais ligada à determinada polaridade, até que consiga equilibrar essas duas polaridades e não fique mais apegado a nenhuma delas, o que normalmente ocorre quando o espírito atinge o estágio evolutivo que não precisa mais reencarnar, ou seja, não precisa mais vivenciar experiências na carne, pois em muitos mundos com certo grau de evolução e que a vida existe no plano astral, a forma astral utilizada pelos espíritos não possui predominância masculina ou feminina, pois nessas civilizações existe o amor ágape e não mais o amor sexual como conhecemos atualmente no atual estágio evolutivo da maioria da humanidade, sendo que as trocas energéticas mais profundas e íntimas entre espíritos com maior afinidade nessas civilizações ocorrem de forma diferente: mais ampla e profunda, envolvendo os demais chacras e não apenas com a predominância do chacra ligado a região sexual.

Tudo faz parte de um processo evolutivo, que permite ao espírito libertar-se de apegos e limitações em relação a todo o seu potencial energético, para que ele possa aprender e trabalhar dentro de si essas duas polaridades que se complementam. Mais sobre isso foi falado nos dois textos sobre o significado deLilith aqui 



O que acontece em muitos casos é que essa transição de gênero, entre uma encarnação e outra, em mundos expiatórios como a Terra, pode acontecer pela via kármica (provação ou expiação dependendo do caso), devido ao mau uso que a pessoa fez da sua sexualidade em encarnações anteriores.

Nesses casos o espírito encarna compulsoriamente em um corpo físico de gênero oposto ao qual ele estava acostumado a encarnar para vivenciar uma provação ou expiação através de algum grau de inadequação sexual, justamente com o intuito de aprender a respeitar e a valorizar a manifestação sexual como forma de amor. Por exemplo: um espírito que há diversas encarnações encarnava em um corpo físico masculino e tinha profunda identificação com a polaridade masculina, manifestando essa polaridade através do seu perispírito no gênero masculino, mas que em muitas encarnações abusou dessa energia, causando dor e desilusão e vários abusos sobre mulheres encarnadas. Nesse caso específico, pela via kármica, esse espírito encarna compulsoriamente em um corpo físico feminino, mas como seu perispirito ainda está muito ligado ao gênero masculino, ele mesmo encarnado em um corpo feminino sentirá atração sexual pelo mesmo sexo físico, mas que em verdade é o seu oposto a nível astral, visto que uma polaridade sempre busca se complementar através da outra a nível energético.   

Nesses casos kármicos, caso o espírito encarnante que esteja nessa situação seja médium, ele pode sofrer o assédio de obsessores realizando vinganças pessoais ou a serviço de um grupo de espíritos realizando uma vingança coletiva sobre aquele médium especificamente e nesses casos, de uma transição compulsória e kármica, pode acontecer de obsessores se passarem por espíritos de luz, kiumbas se passando por exus, mas não vai ser o kiumba que vai "transformar" o médium em homossexual, essa condição já está no espírito encarnado desde o nascimento, podendo estar no máximo ainda latente, sem ter aflorado e nesses casos o processo obsessivo apenas acelera o afloramento desse resgate kármico.

O que ocorre de forma muito comum em outros casos, que não são kármicos ou compulsórios é que durante o processo de transição de gênero entre uma encarnação e outra, o espírito encarnante com algum grau de apego a determinada polaridade e gênero, sentindo-se de alguma forma inadequado ao gênero do seu corpo físico (divergência entre a prevalência de polaridade no perispírito e o gênero sexual no corpo físico) e por isso inadequado a opção heterossexual e sendo, por exemplo, um médium ostensivo, possa sentir maior afinidade em trabalhar com espíritos que se manifestam na polaridade feminina, no caso do médium masculino, mas com a opção homoafetiva, isso pode acontecer pela preferência em trabalhar com mentoras ou guardiãs (pomba-gira), o que não significa que foi a mentora ou a pomba gira que motivou a opção sexual do médium, da mesma forma que existem médiuns heterossexuais que sentirão maior afinidade em trabalhar com espíritos que se manifestam na polaridade masculina e o interessante disso é que muitas vezes o espírito do mentor ou do guardião que se manifesta pode adquirir uma roupagem fluídica diferente da usual para trabalhar com determinado médium, não apenas nos casos de um mentor que assume a forma de um preto-velho, mas de um mentor que pode assumir a forma de uma mentora ou vice e versa, dependendo do grau de consciência do médium.

Para a Espiritualidade Superior o importante é que o espírito consiga desenvolver positivamente os potenciais energéticos de ambas as polaridades e em ambos os gêneros, livrando-se gradativamente de um apego a determinada polaridade ou forma perispiritual ligada seja ao gênero feminino, seja ao gênero masculino. Tantos nas encarnações kármicas/compulsórias como nas transições gradativas entre uma encarnação e outra que não são de natureza kármica, devido a necessidade evolutiva da maioria dos espíritos encarnantes na Terra ainda necessitar manifestar um órgão sexual masculino ou feminino, o que a Espiritualidade Superior deseja é utilizar a grande força que a sexualidade exerce sobre a natureza humana terrestre para motivar comportamentos melhores, não apenas no uso da própria sexualidade como na utilização deste como manifestação do amor. Dessa forma, não há por parte dos espíritos superiores condenação quanto ao amor homoafetivo, mas tão somente ao uso promíscuo da sexualidade, o sexo sem ligações afetivas e emocionais tão somente para satisfazer os instintos primordiais, seja pela via homossexual ou heterossexual, visto que a Espiritualidade deseja que a humanidade utilize a razão justamente para canalizar esse impulso instintivo para o crescimento emocional e dos sentimentos.


Quanto a questão da guarda de centros espíritas, de umbanda ou outros locais que haja a manifestação mediúnica, os guardiões (exu) sempre estão prontos a realizar a proteção desses locais, desde que voltado para a pratica da caridade fraternal ao semelhante. Ocorre infelizmente que muitas vezes, muitos dos médiuns envolvidos na egrégora energética do templo ou casa não estão sintonizados com esses valores morais elevados e quando esse desequilíbrio interno na egrégora atinge determinado patamar, a equipe de guardiões já não tem mais como impedir a entrada de entidades inferiores, pois a energia desequilibrada e de baixa vibração produzida pelos próprios médiuns torna-se tão grande que por vezes torna-se equivalente a de alguns grupos de kiumbas do baixo astral e a partir desse ponto não faz mais sentido para os guardiões defenderem o local, ainda que continuem defendendo os médiuns que ainda estejam sintonizados na caridade fraterna, os inspirando e protegendo, normalmente criando pequenas células em alguns trabalhos ou salas, fazendo nesses casos que não mais o centro ou templo seja todo protegido, mas apenas as salas ou locais que contam com médiuns em equilíbrio, ou nos dias específicos em que o local conta apenas com médiuns sintonizados e buscando sinceramente a prática do bem. Abraço   


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7 de mai. de 2014

O Significado Oculto da Pirâmide Inacabada


Muitos textos explicam ou tentam explicar os símbolos presentes  no Grande Selo dos Estados Unidos (e também na nota de um dólar), como o "olho da providência" entre tantos outros, mas um especial não recebe maiores explicações: a pirâmide inacabada.

As referências ao número 13 amplamente presentes no Grande Selo são uma clara referência a independência das 13 colônias, entre essas referências temos os 13 degraus da pirâmide, as 13 estrelas sobre a cabeça da águia, o escudo com 13 listras, um ramo de oliveira com 13 folhas em uma das garras e 13 flechas na outra garra.




Na base da pirâmide inacabada o ano da independência em números romanos (1776) e os dizeres "Annuit coeptis" (Ele aprova o empreendimento) "Novus Ordum Seclorum" (Nova ordem dos séculos). Mas afinal o que significaria "Ele aprova o empreendimento, nova ordem dos séculos" envolta de uma pirâmide inacabada? 

Pra responder essa pergunta e entender o significado oculto da pirâmide inacabada teremos que saber um pouco da história da independência, da expansão para o Oeste, da criação do Capitólio e entender o verdadeiro significado oculto desse símbolo: a pirâmide inacabada.   

Os dizeres em latim contidos no Grande Selo e também na nota de um dólar tem origem em uma oração do poeta romano Virgílio, em Eneida, livro 9, linha 869 que diz o seguinte: "Poderoso Júpiter, favoreça meus ousados empreendimentos"

Realmente, um empreendimento que deveria tornar-se a nova ordem dos séculos era um desejo bem ousado. Mas os "pais fundadores" sabiam o que estavam fazendo...

Na fundação de Washington e do Capitólio, além dos demais prédios públicos naquela época, cada pedra fundamental foi colocada em um horário específico, calculado para acontecer no posicionamento mais adequado a nível astrológico para o tipo de trabalho e serviço que seria desempenhado para o Estado em cada prédio. Na pedra angular do capítólio, por exemplo, colocada em 18 de setembro de 1793 não apenas o mapa astral apresenta excelentes posicionamentos como a cerimônia aconteceu perto do meio dia (auge do Sol no céu) e Júpiter estava muito próximo do Ascendente, ou seja, ascendendo no horizonte. 

Maiores informações sobre esse mapa podem ser vistas aqui 

Ou seja, os "pais fundadores" conheciam de Astrologia, sabiam o que estavam fazendo e como trabalhar com certas energias para que o "ousado empreendimento" tivesse êxito. Mas o que seria esse ousado empreendimento e o qual sua relação com a pirâmide inacabada? A explicação é simples: após a fundação de Washington, do Capitólio e da consolidação da União das 13 ex colônias, o presidente George Washington começou a incentivar uma agressiva política de expansão territorial conhecida como "Marcha para o Oeste". As 13 colônias ficavam ao leste do atual território americano e foi a partir da fundação de Washington que o ousado empreendimento de expandir o território americano teve início.

Na animação abaixo é possível compreender esse processo de expansão:


Mas então qual o significado da pirâmide inacabada Zé? Bem, vimos que os "pais fundadores" conheciam de Astrologia e queriam canalizar certas energias para o seu ousado empreendimento. Não apenas conheciam Astrologia como conheciam poetas romanos como Virgílio e por certo conheciam também Pitágoras, que estudou e trouxe algumas teorias sobre um assunto muito comum no Oriente: as linhas ley. Platão também fala no assunto em Timeu. Essas linhas energéticas que percorrem todo o planeta eram chamadas pelos antigos que estudavam o assunto de "Esfera Celestial". Mais sobre o tema pode ser visto aqui 

Como esse será um dos temas do meu próximo livro, encontrei algo curioso em um mapa das linhas ley:



Vejamos agora a imagem sobre o território americano para quem ainda não percebeu:



E agora com o desenho sobre o território americano completo sublinhado em vermelho:



Reparem que essa "pirâmide inacabada" sobre o território americano e uma área de fronteira com o México está exatamente sobre boa parte dos territórios do Oeste conquistados no "ousado empreendimento" dos "pais fundadores", mostrando que ele conheciam não apenas de Astrologia, mas também de linhas energéticas e colocaram no símbolo principal dos Estados Unidos, de forma velada, que conheciam do riscado 


Esse é o significado oculto da pirâmide inacabada e uma palhinha do estudo fascinante das linhas ley que será abordado no meu próximo livro, sobre a Transição Planetária no Brasil, que falará não apenas de mudanças e questões a nível físico, mas a revolução espiritual  e energética que acontecerá no solo tupiniquim. 


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2 de mai. de 2014

O Significado de Lilith (Parte II de II)





Lilith em um significado mais amplo representa a harmonização entre as polaridades masculina-feminina na energia kundalini e chi que circula por todo o corpo (yin e yang, ida e pingala)

O problema é que como a humanidade em sua maioria, desde tempos imemoriais, utiliza o livre arbítrio mais para obedecer aos próprios instintos do que para desenvolver um senso de fraternidade e reforma moral, o mesmo ocorre com a utilização dessa energia sexual, mais usada para impulsos instintivos do que para a manifestação do amor, explicando assim toda a metáfora sobre a primitiva serpente, ou seja, o intelecto refém dos instintos e por conseqüência a energia vital/sexual refém dos impulsos primitivos, associando dessa forma Lilith a uma "primitiva serpente" ou uma "sucubus" que "ataca" homens e mulheres em desequilíbrio sexual.

O texto de Ben Sirach fala exatamente sobre isso, associando o poder de Lilith sobre o masculino e o feminino por 28 dias, exatamente o período médio de uma lunação e de um ciclo feminino para uma nova menstruação. Foi exatamente em virtude da utilização negativa da energia sexual, por parte de algumas sacerdotisas no passado, que foram criadas as lendas a respeito de Lilith, tanto que o próprio texto cita os "filhos de Lilith" em alusão aos abortos realizados por aquelas que não desejavam ter filhos e usavam em excesso da sexualidade  como manifestação instintiva.

Em essência Lilith não possui um aspecto negativo sendo apenas uma representação da energia vital através da união de um homem e uma mulher, representada no caduceu e representada também na simbologia da Árvore das Vidas.

A união entre “aquela que dá a vida” (Eva, polaridade feminina) e a manifestação do intelecto, livre arbítrio sobre a energia vital, sexual, criativa que percorre toda a coluna (serpente, Lilith, o equilíbrio das duas polaridades e de todas as sephirot da Árvore das Vidas através de Daat, separar a realidade da ilusão, conhecer as próprias sombras e despertar a própria luz) e “o filho da terra” (Adam, polaridade masculina) é mostrada no terceiro capítulo da Gênesis:

"A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente." (Gn 3:6)

Esse “separar da ilusão” exatamente em Daat está exatamente na intercessão dos planos atziluth e beriyah que representam respectivamente a “emanação” e “o mundo da criação”, da mesma forma que correspondem a intercessão da raiz (espírito) e do tronco (manifestação mental) equivalente nos chacras da coluna ao laríngeo que demonstra claramente pelo ato de falar a emanação criativa do espírito através do físico verbalizando seu pensamento (agora podemos compreender um pouco melhor o que significa “Verbo de Deus” através de Daat e como é possível dar poder as palavras).

E um nível ainda mais profundo Daat simboliza a conexão entre o plano mental e o plano espiritual pela intercessão dos planos atziluth e beriyah, pois  Daat está exatamente dentro desse “olho” formado pela intercessão desses dois planos. A outra intercessão equivalente que acontece na Arvore das Vidas e forma outro “olho” está em Tiferet que engloba os planos Asiyah, Yezirah e Beriyah unindo físico, etérico e astral e muitas vezes simbolizando a manifestação mediúnica, semelhante ao desenho de um “peixe” formado pela intercessão dos círculos/planos criando um símbolo conhecido no Cristianismo, que representa a mediunidade sendo conhecido como Vésica Pisces



A diferença é que em Tiferet ela está mais atrelada ao astral e em Daat está atrelada ao plano mental. O “olho que tudo vê” é, portanto, um símbolo com significados bem profundos e antigos.

Podemos ainda associar Adam, Lilith e Chava aos 3 pilares da Árvore das Vidas, por onde fluem energias interligadas ao corpo humano. No pilar esquerdo está o lado direito do corpo humano e no pilar direito está o lado esquerdo, sendo o pilar central equivalente a coluna que modula o intercâmbio dessas energias.

Essas energias fluem como um grande círculo envolta do corpo, sendo que as mais sutis adentram por cima (topo da cabeça) e as mais telúricas adentram por baixo (planta dos pés) e formam um movimento contínuo de subida e descida, dos pés a cabeça, da cabeça aos pés, da sola dos pés até a pineal (fluxo yang) da hipófise ou pituitária até a sola dos pés (fluxo yin).



Sabemos que o hemisfério cerebral direito está mais ligado ao pensamento criativo, simbólico, enquanto que o hemisfério cerebral esquerdo está mais ligado ao pensamento racional e lógico.  Da mesma maneira, existem dois tipos de energias com tais características: a yin ou ida, mais feminina, lunar, introspectiva, criativa, ligada ao pólo negativo, com maiores capacidade de absorção, recolhimento, movimento de descida (cima pra baixo), pulsação mais suave, passiva enquanto que a yang ou pingala é mais masculina, solar, extropectiva, racional, ligada ao pólo positivo, com maior capacidade de expansão, movimento de subida( baixo pra cima), pulsação mais intensa, ativa.

Para essas energias fluírem adequadamente elas precisam encontrar seu oposto, para ocorrer atração e um fluir equilibrado ao invés de repulsão. O mesmo ocorre com os impulsos nervosos no corpo humano: o hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo, enquanto o hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo (tudo passando pela coluna vertebral)
De maneira bem genérica podemos então considerar a seguinte representação:



Adam, “o filho da terra” representa o pilar do julgamento está a esquerda na Árvore, sobre o lado direito do corpo humano ( lado controlado pelo hemisfério cerebral esquerdo) e contém Binah, Gevurah e Hod, esse pilar representa a polaridade masculina, yang, pólo energético positivo, ligado ao hemisfério cerebral esquerdo. No corpo humano essa energia que flui de baixo pra cima (subida), da direita para a esquerda (sentido horário), sobe pelo corpo pela planta dos pés para atingir o seu grau máximo de expansão na glândula pineal, que está no meio dos dois hemisférios cerebrais.

Chava, “aquela que dá a vida” representa o pilar da misericórdia que está à direita na Árvore, sobre o lado esquerdo do corpo humano (controlado pelo hemisfério cerebral direito) e contém Chokmah, Chesed e Nezah, esse pilar representa a polaridade feminina, yin, pólo energético negativo, ligada ao hemisfério cerebral direito. No corpo humano essa energia que flui de cima para baixo (descida), da esquerda para a direita (sentido antihorário), desce pela glândula hipósife (conexão com o chacra coroa) que está entre os dois hemisférios cerebrais até atingir a planta dos pés.

Por essa razão se utiliza a mão esquerda erguida ao Alto para captar energias sutis e superiores, pois a mão esquerda é controlada pelo hemisfério cerebral direito, de onde flui a energia yin/ida de cima pra baixo, do chacra coroa até o chão, sendo aconselhável em qualquer ritual de movimento circular sempre o movimento antihorário, pelos motivos descritos há poucas linhas, potencializando o próprio campo de força. Da mesma forma nos trabalhos de expansão da consciência (pulsos magnéticos para projeção astral, abertura ou fechamento de chacras devemos utilizar a mão direita, em movimento horário, pois é uma energia que responde melhor as construções mentais da vontade, pois trabalha mais o aspecto ativo e racional sobre a espiritualidade e as energias mais telúricas para firmar as formas pensamento realizadas em uma atividade, favorecendo a lucidez e lógica na vivência das experiências espirituais, que essencialmente são yin mas precisam do equilíbrio yang. (*)

(*)Vale ressaltar que nos tradicionais estudos da Yoga, o fluxo masculino pingala está associado ao hemisfério cerebral direito e o fluxo feminino ida ao hemisfério cerebral esquerdo, então porque eu coloquei de forma contrária há poucas linhas? Simplesmente porque tal entendimento tradicional diz respeito ao cérebro perispiritual e não ao cérebro físico.

No físico o lado cerebral esquerdo está profundamente responsável pelas manifestações ligadas a lógica, ao raciocínio e justamente por isso, no canal existente no hemisfério esquerdo do cérebro astral é que está o canal que flui a energia ida (yin), pois da mesma forma que um lado do cérebro físico controla o outro lado do corpo, o lado direito do cérebro perispiritual controla o lado esquerdo do cérebro físico. Sendo assim, no cérebro perispiritual temos o sistema tradicional das escolas orientalistas, visto através da clarividência:

Pingala/Yang: canal no hemisfério direito do cérebro perispiritual

Ida/Yin: canal no hemisfério esquerdo do cérebro perispiritual

E dessa forma agem no cérebro físico da seguinte forma (como mostrado no estudo antes do asterisco):

Pingala/Yang: atua a partir do hemisfério esquerdo do cérebro físico

Ida/Yin: atua no hemisfério direito do cérebro físico



É através desses dois fluxos energéticos que a coluna energiza todo o corpo, sendo que a coluna representa o pilar da compaixão, localizado no meio da Árvore e que realiza o encontro das duas polaridades através da glândula pineal e da hipófise e a nível espiritual do chacra coroa e do ajna, novamente simbolizando as duas asas no topo do caduceu.

Lilith, a energia vital que percorre a coluna como uma serpente, o pilar central da compaixão, o caminho do meio pelo qual flui a energia masculina e feminina tem todas essas representações
Tal simbologia de Lilith é analisada na Astrologia também.

Na Astrologia Lilith representa a Lua Negra, pois é no mapa astral o ponto astronômico correspondente ao grau do apogeu (ponto orbital mais afastado em relação à Terra) da órbita lunar projetado na eclíptica zodiacal. Como a Lua representa a sustentação, a nutrição emocional, tal ponto representa as amarras emocionais, os traumas do passado de situações que foram vividas em excesso e que precisam ser transformadas, colocando dessa forma Lilith como um exercício de desapego a amarras e vícios emocionais de encarnações passadas, possibilitando um renascimento emocional para a pessoa, algo semelhante ao trajeto de mudança que é mostrado no mapa astral no caminho entre a cauda do dragão e o caput (cabeça) draconis, onde é preciso controlar ou transformar para vencer a insatisfação, o apego ao passado e realizar um novo caminho.


Da mesma forma que muitos ainda criam confusão com a palavra Lúcifer, o mesmo acontece com a história de Lilith, quando as lendas e contos populares acabaram por adulterar o significado original. Sobre a questão de Lúcifer tem esse post aqui na fanpage: A lenda de Lúcifer 


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O Significado de Lilith (Parte I de II)



Recebi uma pergunta sobre esse interessante tema:

Pergunta: “José, você sabe alguma coisa sobre Lilith? O que achei, muito por cima, é que ela foi a primeira mulher antes de Eva, mas que não aceitou ser submissa a Adão e, imagino que por isso, foi considerada como algo ruim, um demônio ou uma Deusa de coisas ruins. Você tem algum conhecimento sobre esse assunto?” (Carla)

Lilith está presente na mitologia hebraica, sendo por vezes interpretada como a serpente que tentou Eva a comer o fruto proibido e por outras vezes compreendida como a primeira mulher que foi criada junto com Adão e o abandonou por não sujeitar-se a seus caprichos. Sua citação mais antiga está no livro "O Alfabeto de Ben Sirach" ou "Alfabeto Siracida", do mesmo autor do livro bíblico de Eclesiástico, Ben Sirach (filho de Sirach) ou em grego Sirácida, que aparece no livro como um homem que contou ao rei Nabucodonosor 22 histórias, associadas a 22 conhecidos provérbios hebraicos.

Dentre essas histórias, Ben Sirach fala sobre Lilith:

“Logo após o jovem filho do rei ficar doente, falou Nabucodonosor, "Cure meu filho. Se você não fizer, eu o matarei." Ben Sirach imediatamente sentou-se escreveu um amuleto com o Nome Sagrado, e nele inscreveu os anjos encarregados da medicina por seus nomes, formas e imagens, e por seus flancos, mãos, e pés. Nabucodonosor olhou para o amuleto (e perguntou) "O que é isto?" (Ben Sirach respondeu:)   "Os anjos que são encarregados da medicina: Snvi, Snsvi, e Smnglof [Pronuncia-se Sanvi, Sansavi e Semengalef ]. Depois que Deus criou Adão, que estava só, Ele disse, 'não é bom para o homem estar só' (Gen. 2:18). Então Ele criou a mulher para Adão, da terra, assim como Ele havia criado o próprio Adão, e chamou-a Lilith. Adão e Lilith começaram a brigar. Ela disse, 'Eu não vou deitar por baixo,' e ele disse, 'Eu não vou deitar por baixo de você, mas apenas acima. Para você é adequado apenas estar na posição inferior, portanto apenas eu estarei na superior.' Lilith respondeu, 'Nós somos reciprocamente iguais tanto que ambos fomos criados da terra.' Mas eles não ouviam um ao outro. Quando Lilith disse isso, pronunciou o Nome Inefável (YHWH) e voou para longe no ar. Adão ficou em prantos depois (falou a) seu Criador: 'Soberano do universo!' disse ele, 'a mulher que você deu-me foi embora.' De uma vez, o Santo Senhor, bendito seja Ele, enviou estes três anjos para traze-la de volta. "Disse o Santo Senhor para Adão, 'Se ela concordar voltar, (está tudo) bem. Se não ela deve permitir que uma centena de suas crianças morram todos os dias.” Os anjos deixam Deus e seguiram Lilith, a quem eles pegaram no meio do mar, nas poderosas águas nas quais os Egípcios estavam destinados a afogarem-se. Eles falaram-na as palavras de Deus, mas ela não queria retornar. Os anjos disseram, 'Nós iremos afogar você no mar.' "Deixem-me!!' ela disse. 'Eu fui criada apenas para causar doenças às crianças. Se a criança é macho, eu tenho domínio sobre ele por oito dias depois de seu nascimento, e se fêmea, por vinte dias.' "Quando os anjos ouviram as palavras de Lilith eles insistiram que ela voltasse. Mas ela jurou à eles pelo nome do Deus vivo e eterno: 'Sempre que eu ver vocês ou seus nomes ou suas formas em um amuleto, eu não terei poder sobre esta criança.' Ela também concordou ter uma centena de suas crianças mortas todo dia. De acordo (com isto), todo dia uma centena de demônios pereciam, e pela mesma razão, nós escrevemos os nomes dos anjos nos amuletos de jovens crianças. Quando Lilith vê seus nomes, ela lembra-se de seu juramento, e a criança estabelece-se." (Alfabeto de Ben Sirach Questão 5 (23a-b)



Vamos tentar compreender então os simbolismos contidos nesse relato e também sobre o que diz a Gênese, fugindo do lugar comum de tratar Lilith como um demônio ou algo do gênero, compreendendo o significado de Adão, Eva e a serpente:

"E chamou Adam sua mulher Chava, porque foi mãe de todos os seres viventes" (Gn 3:20)

A criação do homem e da mulher (obviamente simbolismos) é descrita no primeiro capítulo da Gênesis:

"E criou Elohim o Adam a sua imagem. Criou-se a imagem de Elohim, macho e fêmeas os criou " (Gn 1:27)

Adam vem de Adamá que quer dizer em hebraico "filho da terra"

Chava quer dizer em hebraico "aquela que dá vida"

Sendo Deus espírito (Deus é espírito e seus adoradores devem adorá-lo em espírito e em verdade - João 4:24) e sendo o espírito o princípio vital inteligente, podemos compreender Adão (Adam) e Eva (Chava) como as polaridades, masculina e feminina, existentes em cada espírito criado por Deus.

Adão e Eva simbolizam, portanto, as duas polaridades do espírito, a inteligência vital. Essa inteligência vital no seu processo evolutivo desenvolve o intelecto, isso é que permite o espírito sair do estágio de animal racional e evoluir para humano racional, ao despertar a razão, a capacidade de exercer o livre arbítrio através do raciocínio. Essa capacidade (intelecto) presente nas duas polaridades do espírito é representada  figurativamente na Gênesis como a serpente. 

No recente post do blog sobre a iniciação de Jesus eu expliquei o significado da serpente, inclusive da passagem na qual Jesus diz que devemos ser simples como as pombas e atentos (astutos) como as serpentes. Esse texto pode ser visto aqui: A iniciação 

Portanto, quando o espírito vivencia sua primeira encarnação no seio da humanidade e começa a utilizar seu livre arbítrio, ele passa a "ouvir" o seu intelecto, questionando sua essência divina e exercendo escolhas, que no início, devido a sua inexperiência, são normalmente contrárias à sua essência divina, fazendo com que ele necessite de inúmeras reencarnações (nascer, morrer, nascer de novo) até que alinhe seu livre arbítrio com a essência divina, o sopro da vida que o sustenta e o impulsiona para a evolução moral e intelectual, sem, entretanto se sobrepor ao livre arbítrio, por isso a jornada evolutiva tão longa e gradual. A Gênesis mostra essa jornada de forma alegórica:

"E Elohim trouxe sono sobre Adam (o filho da terra) que adormeceu. Pegou uma das costelas e no lugar dela encheu de carne, da costela que tirou de Adam criou a mulher (aquela que dá a vida) e trouxe para Adam" (Gn 2:21-22)

Essa passagem é uma alegoria sobre o nascimento físico do espírito na humanidade. Se em Gn 1:27 temos simbolizado o nascimento espiritual, em Gn 2:21-22 temos o nascimento físico. A analogia é simples, ainda que de certa forma perturbadora no sentido de entendermos como que o povo da época sabia de tais conhecimentos:

O corpo humano possui 24 costelas. Se tirarmos uma delas, ficamos com 23. O genoma humano é a sequência completa de DNA de um conjunto de cromossomos, sendo que tanto o pai quanto a mãe transmitem exatamente cada um 23 cromossomos ao filho. Dos 23 pares de cromossomos que cada ser humano possui, apenas um par (alossomo) define o sexo do bebê, sendo que os demais 22 pares não correspondem ao sexo, fazendo parte do patrimônio genético humano. Ou seja, o que a Gênesis está dizendo, de forma figurativa, é que Deus criou o ser humano a partir de 23 costelas, que na realidade representam os 23 pares de cromossomos presentes em cada ser humano.



Tal representação na cultura hebraica e em outras culturas ainda mais antigas, associando o espírito à manifestação física, existe em diversos símbolos cheios de significados, mas que também mostravam um conhecimento superior, literalmente da genética humana, como por exemplo, o símbolo do caduceu semelhante a uma cadeia de DNA ou ainda a Árvore das Vidas (alguém aí lembrou que no começo Adam e Chava estavam no meio de várias árvores?), pois se considerarmos que a identidade da espécie humana contém 22 pares de cromossomos (os pares seriam as duas serpentes se elevando no caduceu?) sendo um 23º par responsável pela característica sexual (as duas asas no topo representando a polaridade dupla do espírito e seu poder de escolha de manifestação dessa polaridade, a manifestação do Ain Soph), podemos associar claramente esses 22 pares aos 22 caminhos da Árvore das Vidas, que somados as 11 esferas da Árvore equivalem as 33 vértebras da coluna vertebral, colocando assim a Árvore das Vidas em uma representação microcósmica como uma "coluna humana" por onde "fluem" em seus 22 caminhos a identidade humana (22 cromossomos) que se manifestam em sua totalidade quando percorrem toda a Árvore para renascer como homem e mulher, manifestando plenamente as duas polaridades do espírito, as duas serpentes do caduceu (interligadas como os pares de cromossomos) que se encontram no topo da Árvore e em Ain Soph, acima da Árvore, manifestam de forma completa o potencial divino no ser humano. 

Da mesma maneira, em uma representação macrocósmica, a Árvore das Vidas representa através de suas 11 esferas as dimensões do Universo, como tem sido estudado recentemente pelos cientistas através da Teoria M.

A manifestação simbólica desse 23º par de cromossomos (que representa as duas asas do caduceu, essas duas asas sobre Ain Soph) acontece dentro da Árvore exatamente através de Daat, a esfera (sephirot) oculta (ou seria o fruto oferecido pela serpente a Adam e Chava que “desapareceu” da Árvore?). Tal esfera representa exatamente o saber, o conhecimento (ah por isso que se chama Árvore do conhecimento do bem e do mal) que está na intercessão de dois dos quatros planos (atziluth e beriyah)

Lilith representa, portanto esse fluxo vital que alguns denominam como kundalini, a energia sexual/vital que permite a manifestação do nascimento humano através da união das manifestações das suas duas polaridades, masculina (Adam) e feminina (Chava), a energia que percorre toda a coluna na forma de uma serpente e que deve estar sob o controle do intelecto e não dos instintos, para que sirva de plena manifestação positiva dos sentimentos.  






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25 de abr. de 2014

Asteróide Apophis: Queda em 22 Anos?


Interessante pergunta que recebi de um leitor do blog:

Pergunta: “Em 2029 o Apophis passará próximo à Terra, onde inclusive você cita que será o ano da 2ª leva dos futuros exilados. O que eu não consigo entender é como as autoridades do mundo inteiro não se juntarão para, a partir de 2029, unir esforços no sentido de alcançar uma solução com o intuito de desviar o asteróide da Terra, haja vista que em 2029 já se saberá com 100% de certeza se o mesmo vai ou não colidir com a Terra em 2036?”

Resposta: De certa forma diversos centros astronômicos já estão unidos, existe a idéia por parte dos centros europeus de criar um escudo anti asteróides que eles reconhecem justamente pela ameaça do Apophis, existe um projeto dos chineses de pesquisar nos próximos anos a rota do asteróide, além dos já conhecidos estudos da NASA, o que acontece e isso já foi reconhecido, existem inclusive fundações americanas e ex astronautas americanos cientes do risco de colisão mesmo que o discurso “aberto” seja de uma chance em 250 mil. 

A fundação B612 e o ex astronauta Gene Cernam já mostraram publicamente a sua preocupação, inclusive questionando a NASA, sendo que mais recentemente o chefe do programa da NASA que monitora os asteróides (neos), Lindley Johnson disse claramente que não existe tecnologia para desviar ou destruir o Apophis, por uma simples questão: para realizar uma missão de acompanhamento e traçar uma rota 100% exata do asteróide com transponders e outras tecnologias, a NASA precisaria de 11 anos (isso mesmo, 11 anos de estudo) para então finalmente liberar um “ataque” ao asteróide, que mesmo assim estaria limitado a tentar jogar bombas nele ainda no espaço e mesmo assim pedaços menores cairiam na Terra, pois sem essa certeza qualquer tentativa de desviar o asteróide poderia mudar a sua rota e talvez colocá-lo em rota de colisão com a Terra. Tal estratégia foi inclusive comentada recentemente:


O problema é que entre 2029 e 2036 temos apenas 7 anos, tempo insuficiente para trabalhar uma missão com alguma chance de sucesso e segundo os mais pessimistas (talvez realistas) a passagem do Apophis tão próximo da Terra em 2029 já garantiria, pelo menos, 20% de chances de entrar em ressonância e cair em 2036, o que já validaria o estudo de 11 anos a partir de agora. Inclusive no próprio site da NASA eles dizem, claramente:

“a energia solar pode alterar nos próximos anos (até 2029) entre 20 e 740 quilômetros a posição do encontro em 2029 (do Apophis), mas apenas 7 anos depois (2036) a posição prevista pode ser alterada entre 520 mil à 30 milhões de Km na órbita do asteróide, essa alteração torna difícil prever se um choque acontecerá quando os caminhos orbitais (da Terra e do Apophis) se encontrarem”

Está lá pra quem quiser ler:


Ou seja, literalmente tudo pode acontecer (e provavelmente para aumentar as chances de queda) após 2029, sendo impossível antes de 2029 dizer que o asteróide não vai cair.   

Ah, outro “detalhe” que o pessoal da NASA conta no mesmo link é que o Apophis, em 2029, não passará a 36 mil km de altura (já abaixo dos satélites geostacionários lançados pelo homem) como dito anteriormente, mas sim a 29 mil km!!!! Sabe em qual distância o asteróide que caiu em 2013 na Rússia passou (e era bem menor, 15 metros ou 20 vezes menor que o Apophis)? 28 mil km. E ainda tem gente dizendo que “precisa entrar no keyhole” para entrar em ressonância gravitacional com a Terra.. será mesmo?

Os links e textos da fundação B612 que tem alertado a NASA sobre os perigos do Apophis desde 2005 estão aqui nesse link, sendo que para baixar alguns pdfs é preciso ter registro no site:


Se não bastasse tais dificuldades, ainda existe a questão do cenário mundial em 2036: Eua, Europa e Russia lutando contra uma aliança de radicais islâmicos e chineses e em pleno confronto ambos os lados descobrem que um asteróide vai cair, provavelmente muito próximo dos Eua no oceano Atlântico... será mesmo que eles deixariam a NASA jogar uma bomba atômica no espaço pra destruir o asteróide?



Eis alguns textos aqui do blog que falam sobre 2036: 



Por tudo isso eu acredito que as profecias que apontam para um grande evento em 2036 envolvendo a “precipitação da primitiva serpente, o dragão vermelho”, representando o asteróide Apophis são inevitáveis.


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15 de abr. de 2014

A Iniciação de Jesus


O trecho a seguir está no capítulo 12 do livro A Bíblia no 3º Milênio e explica como foi a iniciação de Jesus, marcando o início da sua jornada messiânica na Terra Prometida. Observem o significado espiritual de muitos símbolos que são mostrados e explicados ao longo da narrativa:  

"Do templo essênio nas imediações do lago Mareotis, Jesus e um grande grupo de sacerdotes e iniciados de diversas partes do mundo, incluindo o pai de Jesus, partiram em direção a Gizé, para que fosse realizada a iniciação de Jesus na Grande Pirâmide, que na época era o maior catalizador de energias do plano espiritual de todo mundo. So­mente naquele local e após vários anos encarnado preparando todo o seu cérebro físico, seu sistema nervoso e seus chacras para tornar-se a voz do Cristo Planetário é que Jesus poderia receber através da Grande Pirâmide os ajustes finais em seu corpo espiritual mediante um grande fluxo energético que seria trabalhado no corpo astral do Messias, através dos maiores cientistas do sistema solar que vinham acompanhando Jesus, diretamente do astral, desde o início da sua descida angélica.

A cerimônia de iniciação do Messias, que ocorreu semanas antes que ele fosse batizado pelo seu primo João Batista, contou também com a presença dele, que receberia importantes instruções de como proceder durante o batismo nas águas, quando então definitivamente a consciência de Jesus estaria plenamente ajustada ao centro consciente do Cristo Planetário, fazendo com que o Messias se transformasse em Jesus Cristo.

No ano de 25, em uma noite daquele ano longínquo, Jesus, seu pai, seu primo, os 3 reis magos e alguns terapeutas e sacerdotes de diver­sas partes do mundo, montaram diversas tendas nas imediações da Grande Pirâmide de Gizé, chamada pelos gregos de Kéops. Cientistas no astral e os mentores daquelas nobres almas que ali dormiam, cuida­ram para que todos eles fossem desdobrados de forma plenamente consciente no astral, exatamente como ocorreria muitos anos depois com João Evangelistas durante a narrativa do Apocalipse. Outras pessoas, como a mãe de Jesus e sua esposa, além daqueles que futu­ramente seriam seus discípulos e apóstolos, foram também projetados conscientemente no astral e todos juntos tiveram a visão belíssima da Grande Pirâmide no plano espiritual.

Esses eventos ocorriam no astral próximo ao horário das 21 horas no plano material. A Grande Pirâmide de Gizé não possuía naquela época uma contrapartida astral, mas em verdade três pirâmides as­trais, muito maiores, com intensas luzes que se erguiam ao redor de onde estava localizada a pirâmide física. Essas três pirâmides resplan­deciam luz em todas as direções, uma tinha coloração predominante­mente branca, a outra uma coloração muito próxima dos tons mais claros do rosa, enquanto que a outra pirâmide astral era de um verde cristalino, semelhante à esmeralda.

Jesus e os espíritos ali projetados no plano espiritual de forma ple­namente consciente, foram levados até um local que ficava um pouco acima das 3 pirâmides e começaram então a vê-las de uma posição privilegiada, de cima. As três pirâmides começaram então a se sobre­por: as 3 bases quadradas ficaram sobrepostas e dispostas de tal forma, que formaram o símbolo da Estrela de Davi. A estrutura em forma de estrela começou a girar em sentido horário, gerando um gigantesco campo de força que se espalhou durante poucos minutos pelo mundo inteiro, para que em seguida descesse dos céus, como uma coluna de fogo brilhante, o pensamento projetado do Cristo Pla­netário exatamente sobre o centro da Estrela, que estava interligado ao ápice da pirâmide física.

Algumas pessoas que viviam nas cidades próximas e que sequer possuíam a vidência mediúnica muito desenvolvida enxergaram cla­ramente o fenômeno. Muitos pensaram que era o próprio Deus se manifestando, mas era importante que assim ocorresse, pois serviria como um sinal para a vinda do Messias ao Jordão, algo que foi refor­çado propositalmente por João Batista ao se referir a Jesus como o Messias que viria para batizar no fogo e no Espírito (Lucas 3:16)    

Alguns espíritos amigos de Jesus que estavam desencarnados na­quela época, entre eles Hillel e Miguel, também estavam presentes naquele grande evento na pirâmide de Gizé. Jesus, projetado no plano espiritual, seguiu até o cume da pirâmide e ficou dentro daquele fluxo de energias, projetadas diretamente pelo Cristo Planetário e que se fusionavam a cada átomo do corpo físico e espiritual do Messias. Todos os amigos de Jesus estavam ao seu redor, no plano espiritual, formando um grande círculo que envolvia o Messias no ápice da pi­râmide, enquanto ele recebia aquela coluna luminosa de energia no seu ser. O círculo também envolvia a estrutura da Estrela de Davi que havia sido formada pela junção das 3 pirâmides astrais, formando a imagem de uma estrela dentro de um círculo para quem observasse de cima. Colunas de energia eram enviadas pelos Cristos dos seis mundos que Jesus havia permanecido durante sua descida angélica, os Cristos de Betelgeuse, Alcyone, Júpiter, Saturno e Vênus, juntamente com o Cristo Solar, enviaram fluxos energéticos que se estabeleceram indi­vidualmente nos seis triângulos que envolviam o hexágono e forma­vam o símbolo da Estrela de Davi, visto de cima pela junção das 3 pirâmides astrais.

Em cada um dos seis pontos que formava o hexágono, dentro da Estrela de Davi, se estabeleceram fluxos de energia enviados pelas 6 estrelas que compõe o Hexágono de Inverno: Capella, Aldebaran, Sírius, Rigel, Procyon e Pollux. Cada um dos futuros 12 apóstolos, que estavam presentes naquele evento, desdobrados no plano espiri­tual, receberam uma daquelas 12 energias, pois eles formariam a nível físico a Estrela de Davi que havia se formado com aquelas energias no plano espiritual e que envolveria Jesus até o final da sua missão mes­siânica, quando ele apareceu para João Evangelista e mostrou as ima­gens do Apocalipse.

Somente com tamanha carga de energia canalizada ao mesmo tempo foi possível estabelecer uma ligação tão ampla e consciente entre a consciência de Jesus e a vibração planetária mental do Cristo Terrestre. Após o final daquela cerimônia, todos retornaram aos seus corpos físicos, com a lembrança plena daqueles fantásticos eventos que tinham vivenciado.


Semanas depois, Jesus foi batizado nas águas do Jordão pelo seu primo João Batista (Mateus 3:11-17), que seria preso um ano e meio depois. Jesus, com então 28 anos, era apresen­tado como o Messias pelo mais respeitado sacerdote essênio daquela região de Qumran. A cerimônia foi rápida, durou apenas alguns mi­nutos, mas causou grande impressão nos judeus que presenciaram o fenômeno, em sua maioria ebionitas e zelotes, além de alguns tera­peutas e sacerdotes essênios.

Jesus durante o seu ministério ensinou que o homem deveria ser simples como as pombas e esperto (vigilante) como as serpentes (Ma­teus 10:16), Moisés durante o Êxodo colocou uma serpente de bronze em uma haste para que curasse todo o hebreu picado por co­bras no deserto (Números 21:8-9), essa que aliás é a primeira repre­sentação do bastão de Asclépio na Bíblia e até hoje é símbolo da me­dicina.

A serpente figurativamente representa o intelecto, associada ao livre arbítrio, ao poder de escolha e naturalmente devido ao atraso evolu­tivo da humanidade, muito longe de agir o tempo todo em consonân­cia com os desígnios do seu Espírito interior, naturalmente acaba por utilizar o intelecto muito mais pra contrariar os mandamentos divinos do que para cumpri-los, é justamente dessa natureza ainda imperfeita do intelecto que a Gênesis se refere ao representar o intelecto e o seu livre arbítrio como uma serpente. A serpente se elevando aos céus através da haste representa a cura, pois representa o intelecto se ele­vando a níveis superiores, mais próximos do Espírito, essa é a esper­teza e vigilância a qual Jesus se refere, utilizar bem o intelecto, o asso­ciando a vontade do Espírito. No corpo espiritual de cada pessoa a serpente ou o intelecto, a ener­gia que existe fluindo no campo mental energético de cada ser hu­mano, flui na forma de um fluxo energético que se eleva de forma sinuosa através da coluna e suas 33 vértebras renovando constante­mente as energias existentes nos 7 principais centros de força ou cha­cras do corpo humano. Por esse motivo o número 40 (33+7) é associ­ado na Bíblia a depuração, a purificação, como no caso dos 40 dias que Jesus jejuou, Moisés permaneceu no monte 40 dias para receber os mandamentos, as águas do dilúvio na época de Noé caíram por 40 dias, além de inúmeros outros exemplos nas Escrituras.  

Esse fluxo é muito semelhante à figura de uma serpente se elevando através de uma haste, ou seja, quando as energias vitais do ser humano se elevam mais aos centros de força ligados ao coração e a cabeça ao invés de estacionarem nos chacras mais inferiores, característica essa das pessoas que canalizam muito mais sua energia para a sexualidade desregrada do que pra criações e ações mais elevadas. Quando isso acontece, a serpente se assemelha a uma serpente primitiva, que vive nos planos mais baixos do astral tal qual a lenda da mitológica Apep/Apophis, aprisionada sem conseguir se elevar. É dessa primitiva serpente que João Evangelista fala no Apocalipse. Portanto, a serpente não representa nada negativo na Bíblia, segundo nos ensina Jesus, Moisés e a Gênesis. Só existe manifestação negativa quando associada ao primitivismo, ou seja, quando descrita como primitiva serpente, o intelecto refém dos instintos mais inferiores, exatamente como des­crito no Apocalipse.

Durante o batismo no Jordão, João Batista viu claramente um fluxo energético percorrendo o corpo espiritual de Jesus, brilhante e com a cor dourada ao mesmo tempo em que na forma se assemelhava a uma serpente de fogo. João então levantou sua mão esquerda até o céu e com a mão direita, imergiu Jesus, com o polegar sobre a testa de Je­sus. Nesse momento, João Batista viu no plano espiritual uma serpente brilhante descendo do céu, com o brilho de um azul cintilante e a forma da energia que a envolvia semelhante à água líquida. Essa ser­pente azul se uniu a serpente de fogo dourado que estava envolta da coluna de Jesus e suas cabeças se encontraram alguns metros acima da cabeça de Jesus. Quando o Messias emergiu, aquele encontro energé­tico das cabeças das duas serpentes, que selava em definitivo a cone­xão espiritual de Jesus com o Cristo Planetário, materializou momen­taneamente sobre a cabeça de Jesus uma pomba branca, com asas brilhantes, causando espanto aos espectadores daquele acontecimento.


Aquele era o símbolo da iniciação, de um mensageiro das mais altas esferas celestes, era o símbolo do caduceu, duas serpentes elevando-se sobre uma haste até o topo, com duas asas de pássaro, não foi à toa que Jesus falou da simplicidade dos pombos e da esperteza das ser­pentes.

Depois de terminada a cerimônia, Jesus seguiu com André e João Evangelista de barco até o vilarejo de Caná, na Galiléia, aonde realiza­ria a oficialização de seu enlace com Maria de Magdala, seguindo as tradições judaicas, mediante uma grande festa que após o seu batizado por João Batista serviria para apresentá-lo ao povo da Galiléia como o Messias. Foi nesta festa grandiosa que Jesus realizou o seu primeiro milagre em público, quando transformou água em vinho (João 2:1-11). Uma pintura do artista Paolo Veronese, que atualmente está ex­posta no museu do Louvre, da uma idéia da grandiosidade da festa, na própria passagem bíblica é dito que Jesus transformou em vinho algo entorno de 500 litros de água. "

E assim aconteceu, não em todos os detalhes, a iniciação de Jesus.... 


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