Dando continuidade aos assuntos abordados no texto
sobre as manifestações de 16 de agosto de 2015 no Brasil e sobre as
considerações sobre "esquerda", "direita",
"liberalismo" e "estatismo", inclusive com um teste bem interessante. O texto está aqui: Agostode 2015 - O 3º Ato da Revolução Brasileira na Aurora do Terceiro Milênio
Eis o trecho do livro "Brasil o Lírio das
Américas" entre as páginas 237 e 247, abordando os pontos positivos e
negativos do sistema capitalista e socialista e porque nenhum deles será o
sistema da Era de Regeneração:
Capitalismo, Socialismo e uma Nova Visão
O capitalismo possui como elementos característicos: a
maioria dos meios de produção pertencentes à propriedade privada com o objetivo
de criar produtos ou serviços que alcancem lucro monetário dentro de um mercado
consumidor.
O mercado consumidor é composto por pessoas com
capacidade monetária de compra, seja por trabalharem em empresas privadas,
estatais ou por serem donas de uma empresa (propriedade privada). Atualmente a
face mais moderna do capitalismo que surgiu no final dos anos 80 nos Estados
Unidos e na Inglaterra é o monetarismo, que possui como premissa básica o
controle por parte do Estado do volume de moeda e outros meios de pagamento
como forma de manter a “estabilidade” da economia.
O socialismo possui como elementos característicos: a
defesa da administração pública ou coletiva das propriedades e dos meios de
produção, distribuição de bens, busca por igualdade de oportunidades e métodos
de compensação para os grupos ou classes sociais em situação menos favorecida.
Sua face mais moderna é o Estado de Bem Estar Social,
que é definido pelas políticas de bem estar social implementadas pelos
organismos políticos e econômicos que compõe a organização do Estado
regulamentando a vida social, política e econômica de uma nação através de
parcerias com sindicatos e empresas privadas para garantir serviços públicos à
população.
Os principais exemplos de sociedades de Estado de Bem
Estar Social são a Noruega e a Suécia e tal face moderna do socialismo surgiu
em resposta aos governos totalitários de Hitler e Mussolini na Segunda Grande
Guerra, como forma de implantar ideais socialistas dentro de uma sociedade
majoritariamente capitalista a nível global e ao mesmo tempo garantisse
benefícios à população que assegurassem o estado democrático, no qual o
proletariado representado pelos sindicatos atuaria junto à iniciativa privada e
mesmo sem ter o controle dos meios de produção ou a administração coletiva
destes teriam em contrapartida benefícios sociais públicos.
Dentre os diversos ramos ideológicos dentro do
socialismo, todos defendem de alguma forma certo grau de controle estatal, seja
no próprio capital circulante (dinheiro), seja racionalizando a produção de
bens e serviços de uma sociedade de forma a adequar tal produção as
necessidades da sociedade, evitando desperdício e escassez e assim,
teoricamente, evitando inflação e recessão.
A defesa desse controle estatal, em maior ou menor
grau dentro dos diversos ramos ideológicos do socialismo visa, em essência,
diminuir a concentração de riqueza e poder em um pequeno segmento da sociedade,
permitindo assim maior compartilhamento da riqueza, caracterizando a busca por
maior justiça social, exatamente o que o Estado de Bem Estar Social busca
realizar ao implantar ideais socialistas dentro de uma economia de mercado, de
capital, ou seja, capitalista.
Ocorre que existe uma grande diferença entre o
socialismo teoricamente “justo” a nível social e o modelo que existiu na
realidade.
No socialismo utópico não haveria ociosos, ou seja,
todos trabalhariam e produziriam bens e serviços, pois em essência todos são
bons, mas são corrompidos pelas injustiças sociais e instituições sociais ineficientes
e toda a sociedade deveria ser reorganizada em grandes
fazendas industriais para a produção de bens agrários e industriais.
Já no socialismo católico, a Igreja se colocava como o
instrumento de justiça social, defendendo uma jornada de trabalho menor para os
trabalhadores (na época nos anos de 1900, superior a 12 horas diárias, sem
descanso nos finais de semana, direitos trabalhistas ou um salário mínimo, o
que nos dias de hoje seria considerado escravidão).
Em contrapartida a todas as questões doutrinárias
visando justiça social e menor distribuição de renda, a aplicação do socialismo
ou das teorias ligadas ao socialismo através de um Estado sobre uma sociedade
foi um desastre, ocorrido no governo de Stálin na antiga União Soviética,
somente comparado a Grande Depressão, igualmente um fracasso ideológico, só que
do capitalismo.
O Estado socialista de 1921 comandado por Stálin e que
perdurou até 1953 aboliu qualquer princípio democrático, proibindo oposição
política ao partido comunista, colocando todos os sindicatos sob o comando do partido
comunista, prendendo e perseguindo quem se opusesse ao regime, número que pode
ter superado 10 milhões de pessoas nas gélidas prisões da Sibéria, ocasionando
mais de 2 milhões de mortes.
Ao revisitarmos a história recente temos como mostrado
a pouco, dois exemplos bem distintos da aplicação dos ideais socialistas: no
modelo soviético de Stálin um comportamento totalitário (poder político total sem
oposição) e autoritário (poder concentrado nas mãos de uma única autoridade na
imagem do ditador) no qual a aplicação das teorias socialistas gerou fome e
concentração de poder ao invés de justiça social e divisão do poder.
Entretanto, se observarmos o atual modelo da Noruega e
Suécia de Estado de Bem Estar Social, veremos duas democracias
pluripartidárias que conseguiram de forma eficiente, mesmo dentro de uma
economia capitalista, desenvolver valores socialistas como maior justiça
social, menor concentração de renda e uma integração mais equilibrada entre a
produção das propriedades privadas produtivas e o planejamento econômico do
governo estatal, diminuindo desperdícios de uma economia de mercado
descontrolada ou totalmente liberal e aplicando de forma mais eficiente os recursos
disponíveis, no caso da Noruega o uso da riqueza obtida com a exploração do
petróleo e no caso da Suécia a utilização de altos impostos para bancar o custo
dos serviços públicos sociais eficientes
Se observarmos bem, existem duas semelhanças entre o
capitalismo e o socialismo: pessoas e dinheiro.
Tanto nas visões clássicas da doutrina socialista e da
doutrina capitalista, o ser humano é compreendido sob dois extremos: no
socialismo a figura do indivíduo praticamente desaparece dentro da coletividade,
a livre iniciativa é desvalorizada em prol de uma maior padronização coletiva
de comportamento controlada pelo Estado em benefício da sociedade.
Tal cenário enfraquece a eficiência e a meritocracia,
além de causar um aumento demasiado no tamanho do Estado que precisava bancar
uma quantidade acima do necessário de funcionários públicos para gerar mercado
consumidor
Já no capitalismo o individualismo é exaltado acima do
coletivo, a livre iniciativa é valorizada e as diferenças sociais existem
devido a menor interferência do Estado no comportamento do cidadão dentro da
economia.
Tal cenário apesar de incentivar a eficiência e a
meritocracia gera normalmente grande concentração de recursos no mercado
especulativo, em virtude do objetivo da economia ser o lucro individual e não o
bem
estar coletivo.
Em ambos os extremos ideológicos, o sucesso ou o
fracasso dos dois entendimentos depende do nível moral da sociedade e do Estado
que exerce um grau maior ou menor de controle sobre a política e a
economia.
Em um grupo de pessoas de nível moral mais elevado o
senso de coletividade e fraternidade será naturalmente maior, enquanto que em
um grupo composto por pessoas com baixa moral, mais propensas a ganância, busca
por mais poder e mais corruptas, o senso de coletividade e bem estar coletivo
será menor.
Um exemplo realista desse entendimento é a porcentagem
de imposto sobre a renda da população cobrada na Suécia e no Brasil, ambas as
nações cobram praticamente a mesma porcentagem, mas devido ao nível bem menor de
corrupção e concentração de poder político estatal que ocorre na Suécia em
relação ao Brasil, os recursos obtidos com os impostos são aplicados de forma
muito mais eficiente.
Mesmo em uma sociedade mais próxima do ideal, composta
por pessoas com maior moral, ética e desejo pelo bem e justiça coletiva e
assim, naturalmente, com um governo estatal também mais evoluído moralmente, o
indivíduo precisa ser considerado como uma “peça” única e individual, com seus
anseios e vontades pessoais, ainda que inserido numa coletividade e desejoso
por contribuir com o bem estar coletivo e justamente por isso a diversidade de
oportunidades sociais deve existir, cabendo ao Estado nesse modelo moralmente
avançado buscar alocar os indivíduos nas funções necessárias ao bem estar da
sociedade segundo as inclinações pessoais e capacidades individuais do
indivíduo e não apenas levando em consideração a necessidade do Estado para
determinado serviço necessário.
Essa visão que prioriza o valor individual e único do
indivíduo e ao mesmo tempo valoriza o esforço coletivo pelo bem da sociedade é
o meio termo entre as filosofias capitalista e socialista que pautará as
sociedades da Era de Regeneração, pois devemos considerar que cada vez mais a
tecnologia estará presente, fazendo com que a jornada de trabalho seja cada vez
menor e à medida que as diferentes funções laborativas sejam pagas de forma
semelhante sem grandes diferenças, naturalmente todo o serviço e produção serão
melhores e maiores, pois os funcionários trabalharão com o que gostam, onde
gostam e com menos tempo de serviço ao dia (pois existirão mais funcionários
para uma mesma função devido ao maior uso de máquinas) poderão estudar e
conseguir maior aprimoramento.
A segunda semelhança entre o socialismo e o
capitalismo é o dinheiro.
Em ambas as ideologias existem reflexões sobre como
trabalhar a dinâmica entre Estado, sociedade e produção de riquezas através do
dinheiro, o meio de valor utilizado para troca de bens. A diferença é que na
Era de Regeneração, o dinheiro não será definido como “o meio de valor
utilizado para a troca de bens”, mas sim como o valor que define o mérito
por um trabalho ou atividade realizada em prol do bem da coletividade.
Essa nova visão coletiva sobre o significado do
dinheiro colocará limites claros, a nível máximo e mínimo, sobre quanto uma
pessoa pode ter de valores em sua possa ou quanto pode receber por determinado
serviço, pois se analisarmos de forma racional não existe nenhuma atividade ou
trabalho que valha cem vezes ou mil vezes o valor de um outro trabalho,
considerando os recursos disponíveis e a necessidade de um equilíbrio coletivo
a nível da distribuição de renda.
E ao invés de ser “medida” como uma moeda (dólar) com
um valor imaginário definido e que cria valores materiais a partir do nada
(injeção de dinheiro no mercado bancário com o aumento sucessivo do teto da
dívida interna do país, no caso dos Estados Unidos na casa dos trilhões de
dólares), uma “evolução” diante do “antigo” sistema que representava o valor do
dinheiro pelo quanto supostamente valia um punhado de metal (ouro), ao invés
disso o valor do dinheiro será definido por valores palpáveis e necessários ao
bem estar da coletividade: capacidade de produzir alimentos, capacidade de
trabalho, capacidade de produzir energia. Ou seja, a riqueza de um país não
estará mais baseada em quantas armas atômicas uma nação pode produzir e assim
atrelar a força do seu exército ao valor da sua moeda, mas a riqueza será
medida na capacidade de produzir alimentos, produzir bens e serviços e na
capacidade de produzir energia.
A grande diferença nessa nova forma de analisar e
definir o que é e o quanto vale o dinheiro é gerar uma sociedade global, na
qual cada país será uma célula interligada ao grande corpo, focada em expandir
sua capacidade produtiva, não para alimentar um mercado especulativo baseado em
dinheiro de papel ou dinheiro digital com valores especulados, mas voltado para
aproveitar de forma sustentável os recursos disponíveis em cada recanto do
planeta, buscando a cooperação e troca equilibrada entre os povos e não o medo
da invasão ou perda de mercado consumidor.
Devemos lembrar que após os grandes eventos da década
de 30 no terceiro milênio, o mundo e seus bilhões de sobreviventes buscarão,
instintivamente, uma ajuda mútua para resolver problemas que serão pertinentes
a todos.
As pessoas que estiverem na Terra nessa época futura
terão vislumbrado anos de guerra e confrontos baseados na antifraternidade que
atingirão um clímax com o exílio planetário em 2036. Esses sobreviventes
entenderão, pela experiência própria, que o modelo social e econômico atual
faliu e que algo novo deve ser tentado, baseado na cooperação, fraternidade,
mas acima de tudo na lógica: dinheiro de papel e ouro no meio de zonas
devastadas não alimenta ninguém, água e alimentos sim, por isso esse novo
entendimento a respeito de uma nova forma econômica e social, além do que se
entende hoje como capitalismo e socialismo irá florescer, inclusive antes da
Era de Regeneração e é exatamente isso que os guardiões e o Grande Conselho
desejam que ocorra com o Brasil: o nascimento de uma nova sociedade, um
processo que não será do dia para a noite e nem será algo fácil, pois rompe com
interesses estabelecidos e isso sempre gera insatisfação e reação naqueles que
de alguma forma conseguem vantagens com o sistema já estabelecido, não
desejando perder o seu poder conquistado.
Retornando do transe mediúnico, Jeremias prosseguiu:
– Homens poderosos buscaram manter o poder de atuação
que detinham no astral, quando precisaram reencarnar na Terra. Civilizações
como a do Antigo Egito, Roma e recentemente os Estados Unidos tiveram entre
seus líderes espíritos que apenas ostentaram uma roupagem carnal diferente, mas
a base de poder e dominação era a mesma. Lincoln, espírito que
pessoalmente após seu desencarne inspirou a construção da sua própria face
esculpida no Monte Rushmore, foi em encarnação pregressa um faraó egípcio e
posteriormente um dos césares de Roma. Empenhou-se no fim da escravidão por
apenas três motivos: a principal fonte de renda dos EUA na época era o imposto
de importação, sendo que quase 80% deste valor vinham dos Estados ao Sul que
desejavam separação da federação.
O segundo motivo é que ao colocar fim a escravidão,
haveria a criação de um novo sistema econômico, o capitalismo de consumo como
o conhecemos atualmente, onde é necessário cada vez mais pessoas trabalharem
para produzir, consumir e assim manter o crescimento (insustentável) da
economia, na qual apenas uma pequena parcela detém o controle dos meios de
produção (empresas) e agentes (bancos) do sistema financeiro. Com o fim da
escravidão o mercado consumidor e a força de trabalho seriam criados. O
terceiro motivo era a chance de esse espírito resgatar um karma milenar, pois
foi responsável em encarnações pregressas pela escravização de milhares de
pessoas e com o fim da escravatura resgataria esse débito, ainda que à
custa de quase um milhão de mortos durante a guerra civil americana. (*) – Brasil,
o Lírio das Américas, página 237 à 247
(*) Vários estudiosos e livros, baseados em estudos
sobre os discursos de Lincoln e todos os documentos a respeito do processo
histórico sobre o fim da escravidão comprovam o entendimento apresentado por
Jeremias, entre esses trabalhos destaca-se o livro “Lincoln Unmasked” publicado
em 2006 por Thomas DiLorenzo, professor de economia da Loyola University de
Maryland. Maiores informações sobre o tema podem ser acessadas em um texto de
Walter Williams, professor honorário de economia da George Mason University
traduzido aqui:
Deixo como
complemento ao tema abordado aqui e no texto anterior sobre as manifestações de
16 de agosto (link no início deste post) dois links para enriquecer a reflexão
sobre os vários espectros da filosofia econômica e política: O primeiro deles
é sobre um exemplo bem sucedido de direita centro liberal (Alemanha): AQUI
O segundo link é
um vídeo com uma análise do sociólogo de esquerda Demétrio Magnoli, analisando
as diferenças entre a esquerda da América Latina e na Europa, traçando um
panorama das esquerdas no Brasil e explicando porque a saída da crise não é
extinguir o PT (entre os minutos 12:40 e 24:00): VÍDEO AQUI
Espero
que todo esse material seja útil para ajudar algumas pessoas a terem uma visão
mais realista sobre filosofia, sociedade e economia ao invés de acreditar que
uma filosofia, um partido ou um político são soluções mágicas para os problemas
do país , quando na verdade a questão é muito mais profunda, não é o "nós
contra eles", mas sim o cada um pelo bem coletivo, mais fraterno e voltado
para o desenvolvimento de todos como sociedade, coisas que nem o capitalismo,
socialismo ou comunismo em suas filosofias puras, sob qualquer aspecto, pode
fornecer a humanidade. Dando continuidade ao tema, deixo também um texto que analise a política nos tempos de Jesus e como o seu código moral e ético pode ser aplicado nos dias de hoje, o texto está AQUI
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