18 de nov. de 2014

Astrologia e a Jornada do Herói nos Filmes "De Volta para o Futuro" e "O Senhor dos Anéis"


Nesse texto vou falar um pouco sobre o significado da “jornada do herói”, uma representação ou metáfora que será amplamente mostrada no meu próximo trabalho, que será uma série de livros sobre a Atlântida.

A jornada do herói é a representação do caminho que todos nós trilhamos, reencarnação após reencarnação, na busca do autoconhecimento e desenvolvimento dos potenciais intelectuais e emocionais que todos possuímos.

O caminho em si é a constante evolução. A jornada são as encarnações.

O herói é a manifestação do iniciado, aquele que despertou (vontade, racional e emocional) para iniciar o trabalho sobre si mesmo.

Já representação da jornada é o conjunto de situações que visam mostrar e ativar os potenciais que o herói precisa desenvolver, assim como as limitações que precisa superar.

A representação desse conjunto de situações é mostrada através de diversos arquétipos, presentes na Astrologia, nos Arcanos Maiores e na Árvore das Vidas, que une através das suas 11 esferas e dos seus 22 caminhos os arquétipos da Astrologia e dos Arcanos Maiores. 

Utilizando a simbologia desses arquétipos é que diversas obras (livros, filmes, desenhos) ao longo dos milênios até os dias de hoje têm representado a jornada.

Nessas obras o personagem principal compreende através das aventuras que vivencia e espelham todo o potencial de si mesmo (defeitos e qualidades) , aventuras que trazem em seu significado exatamente os arquétipos, seja simbolizado nas características (positivas e negativas) dos 12 signos, dos 22 arcanos maiores ou nas 11 esferas da Arvore das Vidas.

O livro do Apocalipse, por exemplo, representa em cada um dos seus 22 capítulos um dos arcanos maiores.



A JORNADA ASTROLÓGICA PELAS 12 CASAS

Muitos livros e filmes constroem toda a jornada ao longo do zodíaco e suas 12 casas: o herói inicia sua trajetória (casa 01) apenas conhecendo a parte superficial de si mesmo, mas sente que precisa conhecer mais sobre si mesmo além daquilo que está apenas aparente (casa 01). Busca desenvolver e encontrar seus talentos (casa 02), normalmente através de um aprendizado (casa 03) que permita que ele se comunique melhor consigo mesmo e com o mundo (casa 03), então ele começa a buscar dentro de si, com as ferramentas obtidas nesse aprendizado, formas de se comunicar com as suas raízes psicológicas nas suas experiências do passado (casa 04) e nesse caminho encontra dentro de si um Eu mais confiante, alegre, renovado, o que alguns chamam de “criança interior”, a alegria de viver (casa 05) que começa a cultivar com grande disciplina, mesclando o aspecto mais emocional dessa alegria com o aspecto mais metódico e racional da disciplina (casa 06), permitindo que aos encontrar esse equilíbrio dentro de si ele inicie então a jornada pela parte superior do circulo zodiacal: a associação com outras pessoas, mas ainda sem um nível emocional profundo (casa 07), de onde surgem os arquétipos da oitava casa: o medo, a insegurança, o desejo de controle, pois o herói descobriu que possui controle sobre si mas não pode ter esse controle sobre outra pessoa, tem equilíbrio sobre si mas as diferenças com outras pessoas nunca trarão um equilíbrio exato como pode ter consigo mesmo, mas mesmo assim ele sente que precisa se doar ao outro, compartilhar, dividir, passar verdadeiramente pela morte do “eu” para que ocorra o nascimento do “nós”, um enlace emocional profundo (casa 08) e nessa jornada percebe que precisa cultivar conhecimentos e sentimentos em um aprendizado coletivo, um estudo superior, conhecer novas e distantes culturas, cultivar um sentido espiritual e de ética para aplicação a nível social (casa 09) para que finalmente descubra como vai realizar o seu trabalho, seu objetivo, seu ofício diante da sociedade (casa 10), permitindo que os valores éticos e espirituais que cultivou a nível coletivo possam ser canalizados, junto a um grupo por um ideal humanitário maior, coletivo, acima do eu (casa 11) permitindo a renovação de si mesmo através da reflexão dentro de si, de tudo aquilo que morreu e de tudo aquilo que sobreviveu dentro de si a nível espiritual, o que tornou-se verdade e o que descobriu-se ilusão (casa 12) para que novamente ele perceba que toda essa jornada mostrou que dentro de si ainda existe muita verdade e muita ilusão que precisam de uma nova jornada (voltando a casa 01)

Um bom filme que exemplifica bem essa jornada é o primeiro filme da trilogia “De Volta para o Futuro”.

Na casa 05, representada por Leão e Sol, a jornada do herói começa, pois simboliza o despertar, o iniciado que após iniciar a jornada de autoconhecimento, descobriu a alegria, a confiança, a autoridade sobre si mesmo.

O grande desafio surge na casa 08, representada por Escorpião e Plutão, quando simbolicamente o herói precisa matar o seu eu mais superficial, não apenas pelo enlace emocional com outra pessoa mas pelo encontro com sua essência espiritual mais profunda, representada exatamente por Plutão, no zodíaco aquele que está mais distante da Terra. Superar esse grande desafio é como superar o abismo das ilusões do eu mais superficial e trazer a força necessária para superar as barreiras da casa 10.

A casa 10, regida por Capricórnio e Saturno representa as barreiras e o conhecimento, a aridez emocional e o desejo pelo reconhecimento  profissional (do ofício, do caminho pessoal). É quando a razão tende a limitar as emoções, quando o desejo de reconhecimento do eu torna-se maior do que a utilização do conhecimento para algo maior a nível coletivo, quando o egoísmo mais racional e ligado a Saturno tenta se sobrepujar ao desejo de doação e fraternidade, simbolizado pela morte do ego em Escorpião/Plutão.

Um bom exemplo disso é o último filme da trilogia “Senhor dos Anéis”( que falarei mais ao final desse texto) quando o personagem principal sucumbe ao desejo de poder pessoal ao invés do bem coletivo, se recusando a se desfazer do anel no abismo. Alias, vale ressaltar que na Astrologia, o senhor dos anéis, literalmente, é Saturno.

Temos portanto, a nível astrológico um caminho simplificado em 3 itens, lembrando que é nesse caminho (propósito) que a vontade e a determinação são cada vez mais fortalecidos e alimentados cada vez mais por um autoconhecimento maior : o herói desperta a confiança em si mesmo e a alegria para prosseguir na sua jornada de autoconhecimento com prazer, encontra portanto a virtude, quando o sacrifício inicial da busca torna-se verdadeiramente sagrado ofício (Sol) .

Após conhecer a virtude ele precisa compreendê-la e o faz em Plutão/Escorpião, pois para conhecer seu eu mais profundo ele precisa doar-se verdadeiramente, conhecer o amor, o enlace emocional, a morte do “eu” para o nascimento do “nós”, descobre que não basta o controle de si e a autoridade solar, é preciso compartilhar emocionalmente, criar as ferramentas para a coexistência harmônica com o outro, pois é dessa forma que o herói aprende a coexistir e unificar suas diversas experiências reencarnatórias em si mesmo, pondo fim a ilusão de que são personalidades separadas, mas que todas são em verdades faces da mesma moeda, da mesma e única personalidade imortal fora do passado e do futuro, mas coexistindo no presente, eternamente. Ao superar Plutão, simbolizado pelo mitológico Hades, aquele que rege os demônios mais profundos do inconsciente pessoal, o herói compreende o abismo das ilusões e tem a prova decisiva a ser superada: a prova do poder.

Após conhecer e compreender a virtude, ele precisa aplicá-la a um ideal maior, além de si mesmo, o verdadeiro altruísmo e sabedoria, quando o conhecimento e perseverança egoísta de Saturno que traz como sua principal barreira a aridez emocional é superado pela coragem da transformação desperta em Plutão, lidando com as emoções e impulsos mais profundos e primordiais do ser, impedindo que o desejo pessoal supere a consciência do dever a nível coletivo, permitindo assim que a luz (Sol) domine a escuridão profunda (Plutão) utilizando a ceifa (simbolicamente Saturno).

Adentrarei nas explicações sobre os arcanos maiores na jornada do herói dentro do Apocalipse em um texto futuro, pois é muita informação e deixaria esse texto aqui enorme. Vamos então analisar algumas curiosidades da jornada do herói no clássico “De volta para o Futuro”.

A JORNADA

Como todo herói solar, existe uma referência a luz estelar e a luz vinda do céu. Basta comparar alguns exemplos com outros heróis solares da literatura moderna: Luke Skywalker além de ter como nome o “caminhante da estrela” possui uma espada (sabre) que emite luz.

He-man apenas surge quando ergue sua espada e recebe um trovão de luz, quando deixa de ser um homem normal e transforma-se em um herói bronzeado (pelo Sol). A simbologia da espada erguida recebendo luz é um símbolo solar clássico, pois representa o falo ereto. O princípio masculino (yang, pingala) é uma energia reta, direta, em movimento de subida, por esse motivo normalmente os heróis são apresentados com armas como espadas, martelos ou flechas.


A mesma simbologia acontece com o herói do filme “De volta para o futuro”: na parte final do filme o herói “morre” e “renasce” (escorpião) em cima do palco (nada mais leonino) como o homem de frente da banda “Starlighters” (algo como estrelas iluminadas) e para voltar à sua época (no futuro) ele precisa erguer uma antena (símbolo fálico) em seu carro- máquina do tempo para receber o raio do trovão e viajar no tempo.

Mas as “coincidências” não param por aí. As constelações ou conjunto de estrelas iluminadas (starlighters) no céu são 88 e pra viajar no tempo o carro precisa chegar a exatos 88 milhas por hora!! 

Toda a trama se desenrola no dia 25 de outubro de 1985 e entre os dias 5 e 12 de novembro de 1955, datas que o Sol está em Escorpião (regido por Plutão). “Coincidentemente” o veículo pra viajar no tempo precisa de Plutônio (elemento químico nomeado em homenagem a....Plutão!!!)


Para completar a jornada astrológica do herói solar por Plutão e Saturno falta compreender o significado amplo de Saturno: a própria viagem em si ao passado, “por acaso”, ao ficar preso (provação, barreira)  em uma situação que não haveria como escapar senão em uma única chance que exigiria total precisão e muitos problemas a serem resolvidos em um curto espaço de tempo e ao mesmo tempo com acesso a conhecimento e experiência (conhecia o futuro) já seria uma clara identificação com Saturno e sua ação astrológica, mas para deixar claro que os autores utilizaram massivamente diversas referências astrológicas na jornada do herói nesse filme, é simples: a viagem no tempo e o retorno ao futuro duram 29 anos e alguns meses (menos de 30 anos) similar ao período relativo ao retorno de Saturno, que é de 29 anos e meio)  

OS DRAGÕES: SUCUMBINDO AO ABISMO

Os ditadores do abismo ou dragões que atuam na Terra nos dias de hoje são espíritos que se utilizam dos chamados corpos artificiais, ou seja, mesmo com o corpo astral destruído e o corpo mental em estágio de ovóide petrificado, conseguem manifestar sua consciência através de um outro veículo, exatamente um corpo artificial, uma espécie de “cascão” mais bem elaborado. Não devemos esquecer que esses espíritos detêm um poder mental muito desenvolvido, não são apenas almas que dominam construções e leis no astral, mas também no mental, já “integraram” suas personalidades de milhares de encarnações anteriores, tendo plena consciência além do tempo e espaço de toda a linha temporal que percorreram e por isso mesmo, por esse controle da própria egrégora pessoal e todos os aprendizados que tiveram é que detém tanto poder, mas um poder voltado para a baixa moral, justamente porque ao realizarem a “jornada do herói” ou o “caminho do guerreiro” sucumbiram várias e várias vezes a fera, a besta, aos instintos, ao dragão interior.

É mais ou menos como no filme O Senhor dos Anéis: quando Gandalf cai da ponte com o demônio Balrog: ele derrota o demônio e retorna a vida com uma vestimenta diferente, não mais cinza, mas sim branca, até que metaforicamente tenha que passar por uma nova batalha, pois o “passar pelo abismo” é abandonar parte daquilo de si mesmo que não serve mais, assim como nós humanos que não temos lembrança do que fizemos quando encarnados no mundo animal a milhões de anos atrás e da mesma forma que um dia faremos, assim como Jesus fará um dia, quando alcançar o nível de um Cristo Planetário e tiver que abandonar o seu corpo mental inferior.


No caso de Gandalf, ele passou positivamente pela prova decisiva do abismo, prova essa que o iniciado só passa após milhares de encarnações e que no final da trilogia é mostrada na forma de fracasso, quando Frodo e seu ego inferior simbolizado na criatura Gollum brigam pelo poder do anel na beira do abismo: o ego inferior não querendo se livrar de tudo aquilo que apesar de aparentemente belo (o anel e seu poder de invisibilidade), mas que causava destruição e desequilíbrio, enquanto o ego superior cansado da jornada tinha na beira do abismo a prova decisiva, fatigado por inúmeras provações tinha a chance decisiva de abandonar aquilo que não servia mais e recomeçar uma nova vida.

Os dragões são exatamente como o Gollum ou o Balrog do filme, só que dominando por completo a natureza superior, emocional-racional simbolizadas em Frodo (o lado mais emocional) e Gandalf (o lado mais racional), após inúmeras falhas na prova decisiva de passar pelo abismo, a décima primeira sala da Esfinge (a fera), quando a décima primeira esfera simbolizada por daat na Arvore das Vidas é vencida e se descobre na décima segunda sala o espelho dourado que reflete as 11 salas anteriores, todo o caminho percorrido e nesse ponto a grande decisão precisa ser tomada, quando finalmente o iniciado conhece a si mesmo.

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12 comentários:

Azava disse...

José, independente do Ego ser inferior ou superior, de uma forma ou de outra temos que abandonar qualquer tipo de ego para podermos evoluir, certo? Ou por acaso existe um Ego que seja virtuoso?

José Alencastro disse...

Olá Lucas

Depende. Se você considerar o ego como definido em algumas doutrinas espiritualistas, como o Budismo, na qual o ‘ego’ é apenas a noção intelectual, limitada e ilusória que o ser humano tem de si mesmo e do mundo que o cerca: apenas um aspecto temporário do nosso verdadeiro Eu, que poderíamos chamar de ‘ser integral’. Segundo essa visão, o ego se confunde com o aspecto egoísta de nossa personalidade, que é insaciável e vive eternamente na busca pela realização de desejos e vaidades inúteis, então certamente o ego deve ser abandonado.

Mas em um conceito da psicanálise, especificamente o de Jung (que eu prefiro e inclusive é utilizado por Sasportas na Astrologia psicológica), o sentido de ego é outro.

Existe um famoso diagrama que mostra o ego e o self segundo Jung. Existe uma relação de coexistência entre ambos.

Inicialmente o Ego está fundido com o Self, mas deve se diferenciar dele. Jung descreve uma interdependência dos dois: o Self, que possui uma visão mais holista, é supremo. A função do Ego, porém, é confrontar ou satisfazer, conforme o caso, às exigências dessa supremacia. O confronto entre o Ego e o Self foi identificado por Jung como característico da segunda metade da vida.

Dessa forma podemos colocar o ego inferior como a parte mais distante do self e o ego superior como a parte mais próxima de encontrar em si mesmo o próprio self.

"Ego é ‘alguém’ que começa a dar início a sua jornada heróica em busca da totalidade do Self, em busca da meta do Processo de Individuação. Isto é tornar-se Indivíduo."

Falarei mais sobre essa questão do ego e do self em um texto futuro aqui do blog, mas deixo aqui um texto interessante que vai ajudar a compreender melhor essa questão: http://artedartes.blogspot.com.br/2009/12/o-ego-sengundo-jung.html

sol e lua disse...

Caro Alencastro, acompanho você a muito tempo e te acho muito louco demais dentro da nossa realidade (qual realidade?). Sempre questiono tudo e comprei seus livros (são demais mesmo, o do Brasil é o maximo.) Nunca tinha linkado com "de volta para o futuro" por plena falta de informação. Talvez Matrix seja assim também. Faz muito tempo que gostaria de elogia-lo. Cara, parabéns mesmo, sou seu fã e dissemino seu conhecimento.

José Alencastro disse...

A análise de Matrix virá em breve :)

Agradeço pela audiência e interesse, abraço

Pictus disse...

Lucas Okazava talvez vc goste, http://goo.gl/IEeoh4

Walter Rodrigues disse...

José, no início deste artigo você fala que está escrevendo um livro sobre a Atlântida. Acho bem oportuno, porque no meio espiritualista há uma enorme confusão quando o assunto é sobre datas, exílios, formação do homem, etc. Tudo é muito obscuro e acho que está na hora de alguém botar uma ordem em todas as informações existentes e acrescentar algo que dê um fecho lógico em tudo isto. Uma coisa que li em um de seus posts é o seguinte: você disse que o continente Hiperbóreo era constituído por colônias espirituais que se materializavam de tempos em tempos em algumas regiões do planeta. Minha pergunta é esta:por que este fenômeno de materialização de uma colônia espiritual só aconteceu naquela época, e não acontece mais hoje em dia? Será que a atmosfera psíquica produzida pelo homem moderno é de tal forma contaminada com pensamentos materialistas que impede o fenômeno?

Thiago Raphael disse...

Realmente muito interessante a interpretação desses filmes, confesso que quando terminei de ver matrix fiquei viajando nas pontecialidades da mente humana ainda tão distante do nosso dia a dia enquanto encarnados, pelo menos para a grande maioria que é o meu caso.
O filme "Tron o Legado" que passará domingo na globo segue essa mesma linha, mas Matrix foi fantástico!

José Alencastro disse...

OLá Walter, falei sobre o tema nesse texto aqui:

http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2014/03/atlantida-dragoes-capela-e-evolucao.html

Na época que precedeu o ultimo afundamento da Atlantida não havia entre os encarnados uma civilização humana como existe hoje, a espécie humana ainda era muito atrasada e os encarnados viviam de forma bem primitiva, por isso o recurso da Espiritualidade Superior em permitir que existissem civilizaçoes,em colonias temporariamente materializadas , pois se fazia necessário fornecer uma experiencia evolutiva para os exilados menos rebeldes e para aqueles que precisavam de uma adaptação antes que tivessem, se fosse o caso, reencarnar na civilização mais primitiva.

Da mesma maneira, com essas colonias materializadas avanços geneticos eram mais facilmente realizados em diversas partes do mundo, permitindo que o tipo humano ainda primitivo avançasse ainda mais rapidamente.

Hoje em dia não se faz necessario tal recurso, pois existe uma civilização de encarnados mais elaborada que já fornece as experiencias karmicas necessárias e próprias de um mundo de expiação e provas, algo que não existia nas épocas mais remotas e só foi possível pela materialização, de tempos em tempos, de colonias astrais.

Unknown disse...

Sobre a materialização em tempos remotos, cabe ressaltar ainda que não somente ocorriam pelas colônias espirituais altamente evoluídas, como também por espíritos de baixíssima vibração. Quem leu "Há 10.000 Anos" (médium Nelson Moraes/Espírito Zílio - ou mais precisamente Raul Seixas) notará algumas dessas experiências.

Independente desses livros eu mesmo (que tenho uma memória minimamente viva para alguns acontecimentos do passado) tenho a vaga sensação que isso realmente ocorria.

Quando assisto qualquer filme do Conan vem-me uma sensação pungente que já vaguei por locais vastos, próximos aqueles cenários, há muito, muito tempo.

Walter Rodrigues disse...

Obrigado José,vou ler o post.

Antom disse...

Olá José, voce sabe algo sobre esse clarão nos céus da Rússia? http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/clarao-misterioso-no-ceu-da-russia-intriga-cientistas

Nessundorma disse...

Apesar de Tolkien ser cristão, pode-se perceber vários traços de comparação entre "O Senhor dos Anéis" e histórias da mitologia nórdica, principalmente "O Anel dos Nibelungos". A figura de Gandalf o Cinzento é quase idêntica a figura de Odin, com seu chapéu pontudo de mago, faltando apenas o olho vazado. Inclusive o nome Gandalf é muito semelhante a Gandr-Alf ou "amigo dos elfos" em língua anglo-saxã antiga, um dos apelidos de Odin. Aliás, o anglo-saxão era uma das paixões de Tolkien como linguista.

Como em "O Senhor dos Anéis", na obra "O Anel dos Nibelungos" toda a maldição do herói Sigfried começa depois que ele se apropria do anel reminiscente do tesouro dos Nibelungos, um povo sábio e antigo. Os elfos e os anões são encontrados nas sagas nórdicas, bem como o Balrog, uma espécie de demônio do reino do fogo Musphelheim. Há também em "O Anel dos Nibulengos" a espada do herói Sigfried que precisa ser refeita, como a espada de Isuldur.

Mesmo assim, o prórpio Tolkien afirma que a base de sua obra é cristã. Mesmo em "O Silmarillion", que apresenta uma visão a priori politeísta, o deus criador Eru foi feito, segundo Tolkien, como uma referência ao Deus cristão. A Wikipedia diz que "Tolkien disse que os mitos não-cristãos guardavam em si elementos do Grande Mito, o Evangelho, que adentraram o Mundo Primário, isto é, o mundo real, fato este que não vai contra a Igreja Católica."

Outra grande chave para o entendimento da obra de Tolkien é a aversão do autor à tecnologia. O "um anel" para Tolkien seria o poder da tecnologia que, nas mãos dos homens, poderia gerar resultados ruins para a natureza. No filme fica até bem claro a depredação das árvores como uma consequência direta do trabalho dos orcs. Como é sua a obra, Tolkien pôde ensaiar uma revanche da própria natureza contra a indústria feita pelos orcs como a marcha dos ents contra a torre de Saruman.