4 de jan. de 2011

A Profecia no Codex de Dresden em 2036 e "a volta de Jesus" em 2052


Em 2012 não teremos mega tempestades solares que pudessem fritar a Terra, nem inversão dos pólos magnéticos, nem raro alinhamento (pois isso ocorre todos os anos) da Terra com o Sol e o centro da galáxia, essas afirmativas já foram confirmadas pela NASA e por uma penca de cientistas, astrofísicos e gente que trabalha dentro da NASA. Vou citar apenas alguns nomes: Don Yeomans (cientista da NASA), David Morrison (astrobiólogo da NASA), Neil de Grasse Tyson (astrofísico PHD pela Universidade de Columbia).

Aí vão alguns links pra quem desejar se aprofundar no assunto:

Raro alinhamento em 2012? AQUI

Inversão dos pólos magnéticos em 2012? AQUI

Tempestade solar que frite a Terra em 2012?  AQUI

Da mesma forma não entraremos em era de luz, era de regeneração, era do mentalismo ou nada do gênero em 2012, a não ser que espíritas e espiritualistas queiram rasgar tudo o que o Chico Xavier e o Divaldo Franco disseram até hoje em seus livros. Estamos em plena época de transição planetária, período que não se encerrará antes de 2050. Segundo Chico Xavier no livro “Plantão de Respostas”, segundo volume, a Terra será um mundo regenerado em 2057, já Divaldo Franco, em recente palestra sobre crianças índigo e disponível em DVD, coloca a data de 2052 como o início da era de regeneração. Da qual seleciono esses pequenos trechos:

Estamos em plena época de transição planetária, onde os preparativos para o surgimento da era de regeneração estão sendo acelerados, mas ainda permaneceremos por algumas décadas na era de expiação, mais precisamente no final da era de expiação.

É como uma casa suja que começa a ser faxinada. Não podemos dizer que em plena faxina a casa está limpa e organizada, muito pelo contrário, durante a faxina ela parece mais suja e desorganizada, pois antigas sujeiras aparecem e os móveis ficam fora do lugar. A poeira sobe, fica mais visível a sujeira.

Por essa razão estamos no denominado período de transição planetária e não no início de uma era de luz ou regeneração.

A faxina (transição) já começou e seu auge será em 2036, quando veremos a casa totalmente revirada, móveis espalhados, mas os "produtos de limpeza" já estarão realizando uma grande e visível limpeza, para que próximo de 2050 como nos esclarece Chico e Divaldo, a "casa" já esteja limpa e os “móveis” todos arrumados, o que demarca o início da era de regeneração.

Não existe sequer profecia maia pra 2012, a profecia maia é pro baktun 20 que equivale ao nosso calendário ao ano de 4771.

Não existe qualquer profecia de Nostradamus ou outro profeta com pelo menos uma profecia cumprida que aponte qualquer evento especial para 2012. O tal “livro perdido de Nostradamus” encontrado na biblioteca nacional de Roma foi atestado como de 1800 pelo próprio diretor da biblioteca nacional de Roma Oswaldo Avallone, após teste de carbono 14, o que torna impossível que o livro seja de Nostradamus ou de seu filho, pois viveram quase 200 anos antes do livro ser feito.

Programas como Web Boot que prevê algo pra 2012,  já previu que teríamos uma guerra atômica entre 2008 e 2009, ou seja, é furada. Inclusive esse programa é baseado no rastreamento dos assuntos mais comentados na internet, ou seja, se todo mundo falar que o mundo vai acabar em 2012, o Web Boot vai dizer a mesma coisa.

Portanto está mais do que claro que esse negócio de profecia de 2012 não tem sustentação alguma, não existe sequer uma única profecia bíblica que mencione ou aponte pra essa data, nem no Apocalipse, nem no livro de Daniel, não existe absolutamente nada falando sobre algo em 2012, seja como ápice do Apocalipse, seja como inicio de uma nova era.

A famosa profecia dos 70 períodos de Daniel (Dn 9:25) citada por Jesus no evangelho de Mateus , capítulo 24, claramente um marco profético que Jesus cita para o ápice da tribulação não tem qualquer ligação com 2012, nenhum entusiasta da teoria de 2012 trouxe qualquer análise teológica que ligue essa profecia bíbilica ao ano de 2012.

A única coisa de especial que ocorrerá no final de 2012 é a abertura de um portal em Alcyone que será ligado a Terra através do asteróide Apophis, que passará visível aos astrônomos em janeiro de 2013, mesmo ano que está previsto o aumento da atividade solar, não tem nada haver com pseudo interpretações de profecia maia, que repito, não existe pra 2012. A questão sobre o portal em Alcyone está toda explicada no link a seguir: AQUI
 
O portal será aberto em dezembro de 2012, o asteróide Apophis passará próximo à Terra visível aos astrônomos em janeiro de 2013 e pouco depois, em maio de 2013 segundo a NASA teremos o pico da atividade solar, está tudo perfeitamente organizado e ligado à atividade do Apophis no processo de exílio planetário em 2013, 2029, 2036 e cujo ápice será em 24 de abril de 2036.

O processo de transição e exílio planetário está ligado intimamente ao asteróide Apophis, e seu auge será no período de 2029 até 2036, sendo que nesse ano sua contrapartida astral se materializará quando passar visível na Terra, como um gigantesco planeta.
 
Não tem nada de Nibiru, Hercóbulus ou outro planeta imenso que vá invadir o nosso sistema solar, o tal “gigante” descrito nas profecias dos índios Hopi como o “Red Kachina” ou na Bíblia como o “Dragão Vermelho”, o “Devastador” (Abadon, Apolion), “Avassalador” é uma referência clara ao deus egípcio Apep, que em grego foi traduzido como Apophis ou “Destruidor”, o nome do asteróide que virá em 2036 e  era representado por uma serpente gigantesca e primitiva que vivia no fundo do abismo, em suma, o Dragão, a primitiva serpente, o réptil alado que aparece na última página do Codex de Dresden e que os “especialistas” em cultura maia já quiseram associar a 2012.

A própria cultura maia se refere a uma de suas cidades na península de Yucatán no México, como Chichen Itzá que significa “sou a ave serpente” ou “sou o pássaro serpente” (definição clara de Dragão) e os maias veneravam uma divindade que denominavam de Quetzalcóatl que significa “pássaro serpente”

Para conhecer mais a ligação entre essa divindade venerada pelos maias e o códice ou codex de Dresden, vale a pena ler a seguinte fonte: AQUI


“No Códice de Dresden, a manifestação de Quetzalcóatl se dá por meio da representação iconográfica de serpentes emplumadas. O motivo ofidiano está relacionado a uma crença de natureza divina da serpente e sua presença recorrente indicaria certamente a elaboração de um culto direcionado àquilo que ela representa”.

As serpentes e serpentes emplumadas, representando a divindade Quetzalcóatl, que aparecem na iconografia do Códice de Dresden, parecem evidenciar que a tradição artística que ela apresenta tem suas raízes na imagética de serpentes de outros sítios arqueológicos maias, podendo-se, até mesmo afirmar, que tal tradição é compartilhada por outras cidades da Meso-América onde tal iconografia também se destaca”.

“Por exemplo, as serpentes que aparecem no Códice de Dresden, cujas cabeças estão levantadas, simulando um bote, mostrando suas línguas bífidas também aparecem na iconografia de um edifício da cidade de Chichén Itzá: o Tzompantli”.

Tal estrutura esteve associada a uma imagética que mostra indivíduos sendo sacrificados. O sacrifício, portanto, é uma temática comum que aparece tanto no Códice de Dresden como em alguns edifícios de Chichén Itzá associados à representação da divindade Quetzalcóatl”.

“Outro exemplo: as serpentes emplumadas com patas, lembrando a forma de um dragão, que aparecem no Códice de Dresden, também se encontram em outros códices do Pós-Clássico da região da Mixteca Alta, México, associados a sítios arqueológicos como Tilantongo. Além disso, as serpentes que aparecem no Códice de Dresden são semelhantes, também, àquelas que aparecem na iconografia de alguns sítios do Epiclássico (700-900 d.C.) na região da costa do Golfo e altiplano mexicano, como El Tajín, Xochicalco e Cacaxtla”.

“Parece evidente, portanto, que o Códice de Dresden também veicula a importante mensagem que relaciona as serpentes emplumadas com um culto à guerra que já era comum no Período Clássico maia” (Navarro, 2001).

A figura da serpente aparece varias vezes no códice, mas numa delas é vista de forma nítida, colorida e impressionante e é justamente por causa dessa imagem que muitos entusiastas falam de uma grande inundação em 2012 por causa de uma suposta profecia no códice:


“Nota-se um guerreiro portando um átlatl na mão direita e uma lança na esquerda. Na parte superior da cena, uma serpente de grandes proporções, de cujas fauces jorra água. Flutuando na cena está a imagem de Ix Chel, a deusa da Lua, que leva uma serpente em sua cabeça. Ela verte um vaso de água.”

Ora, está claro que essa serpente que vem dos céus e vai trazer uma torrente de águas pra toda a Terra (como nos tempos de Noé) é o asteróide Apophis, o “Apep” dos egípcios, a primitiva serpente, dragão que sobe do abismo, o devastador, avassalador que vem nas asas da abominação , o dragão vermelho do Apocalipse capítulo 12, o “red kachina” das profecias Hopi. A figura é clara e mostra a ação do Apophis simbolizado na divindade Quetzalcóatl agindo sobre a Terra (homem vestido como guerreiro) e sobre a Lua (deusa Ix Chel)

Mas vejamos o mais interessante: o guerreiro está com a lança inclinada exatamente como o eixo da Terra. Mas não é só isso, basicamente o códice de Dresden traz informações surpreendentes sobre a órbita de Vênus, 6 páginas do códice de Dresden são dedicadas ao cálculo preciso da localização de Vênus. Pois bem, na Astrologia calculamos o chamado “Regente de Ciclo”, um período de 36 anos em cada planeta, que engloba 7 astros e planetas durante 252 anos. São nessa ordem: Sol, Vênus, Mercúrio, Lua, Saturno, Júpiter e Marte. O desenho é esquematizado numa estrela de sete pontas abaixo:


Reparem a posição da lança na mão do guerreiro e a posição do planeta Vênus. A lança aponta no céu para Vênus e na terra para Saturno. Exatamente em 2017 começará o regente de ciclo de Saturno, que irá até 2052 (que por “coincidência” é o ano informado pelo Divaldo Franco quando a Terra será um mundo regenerado).

Vemos uma deusa representando a Lua e a lança apontando para Vênus, exatamente durante os 36 anos de Saturno como “Regente de Ciclo”, teremos o ano de 2035 com Vênus como o regente do ano e 2037 com a Lua como o regente do ano. No meio de ambos, exatamente o ano de 2036.


2036 será um ano que terá como regente do ano o planeta Mercúrio, que na mitologia é simbolizado por Prometeu, que rouba o fogo do céu e traz aos homens. Na astrologia chinesa, 2036 é o ano do dragão de fogo. Mercúrio é também o domicilio do signo de gêmeos, que tem por símbolo o capacete alado do deus mitológico Hermes. Ora, o que vemos na figura do Códice de Dresden entre o guerreiro segurando uma lança e a deusa representando a Lua segurando um vaso é exatamente um pássaro sobre a cabeça do guerreiro, simbolizando exatamente o capacete alado.

É interessante notar que em outro livro sagrado dos maias, o Popol Vuh (compilação de diversas lendas culturais e religiosas, uma espécie de Bíblia daquele povo) os gêmeos Hunahpú e Ixbalanqué sao personagens centrais desse texto. A simbologia mais precisa para esse pássaro, portanto, seria o planeta Mercúrio, que representa o signo de gêmeos e é o regente do ano 2036. Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, o que possui a órbita mais rápida ao redor do Sol, o que explica a simbologia do pássaro exatamente no local da estrela de 7 pontas onde está o Sol, pois na época dos maias nao existia nada que se movesse no céu mais rápido do que um pássaro.

Ainda vale relembrar que Vênus é o planeta regente do signo de Touro na astrologia e o dia 24 de abril de 2036 está exatamente no signo de Touro, regido por Vênus, planeta que tem a atenção especial dos maias no códex de Dresden.

Se considerarmos que os maias conheciam profundamente a astrologia e deixaram essa pista para que no futuro associássemos a figura do códice com a estrela de 7 pontas que mostra os 7 planetas regentes de ciclo, fica evidente que se existir alguma profecia nesse códice não é pra 2012, mas para o espaço de tempo entre 2035, 2036 e 2037. Nada no códice de Dresden pode ser associado a 2012.


Deixo aqui um link com uma ampla explicação sobre a questão do calendário maia:  AQUI


Por fim, para confirmarmos a informação trazida pelo Divaldo sobre o início da era de regeneração em 2052, voltamos a olhar a tabela astrológica do planeta regente de ciclo por 36 anos. Após o ciclo de 36 anos em Saturno (2017-2052) se iniciará um novo ciclo de 36 anos, em VÊNUS (2052-2088). Temos aqui mais uma confirmação de uma informação velada nos textos bíblicos, pois Jesus nos diz no Apocalipse 22:16 que é a “estrela radiosa da manhã”, definição comum do planeta Vênus. Jesus nos diz também, de forma metafórica, que voltaria com a “Nova Jerusalém” descendo dos céus, cheia de luz.

Ora, se Jesus se define como Vênus (“a estrela radiosa da manhã”), fica claro que a sua volta, que marca o início da era de regeneração, é claramente o início de 36 anos do ciclo regente de Vênus, que começa exatamente na data estipulada pelo Divaldo Franco e pela astrologia: 2052.

Ou seja, a volta de Vênus como o planeta que regerá o novo ciclo de 36 anos, é que representa de forma figurativa a “volta de Jesus”, o início da era de regeneração.

Mais informações sobre os ciclos de 36 anos: AQUI


Comunidade Profecias 2036 no Orkut: http://www.orkut.com.br/Community?cmm=98634186


http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/

26 de dez. de 2010

Maria Madalena, Apóstola de Jesus: João Batista e a Última Ceia (parte II)


Ver a primeira parte AQUI


Para saber mais sobre profecias e estudos bíblicos, conheça meu primeiro livro "A Bíblia no 3º Milênio" que interpreta todos os versículos do Apocalipse e boa parte das principais profecias bíblicas como Daniel, Sermão Profético e Ezequiel: 

http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2013/07/a-biblia-no-3-milenio.html


Vejamos a questão de Maria Madalena ou Maria de Magdala. Antes de mais nada, devemos recordar os evangelhos apócrifos descobertos em Nag Hamadi, que relatam uma historia um pouco diferente da narrada pelos primeiros cristãos: ao invés de mulheres submissas, vemos mulheres guerreiras ajudando com grande força os apóstolos nos primeiros e difíceis anos do cristianismo.

Segundo o Frei Jacir de Freitas:

“Quem não "aprendeu" que Maria Madalena era prostituta? E como seria bom "desaprender" isso. Tente! E você verá como é bonito descobrir o novo. É isso que está acontecendo com as comunidades e pessoas que já estudaram o Evangelho de Maria Madalena. Elas estão descobrindo a Maria Madalena mulher, discípula de Jesus, líder entre os primeiros cristãos. E porque não "apóstola" e mulher que Jesus tanto amou? É verdade que muitos também se escandalizam com testemunho dado pelo Evangelho de Filipe o sobre o relacionamento entre Jesus e Maria Madalena:

"A companheira de Cristo é Maria Madalena. O Senhor amava Maria mais do que todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca. Os discípulos viram-no amando Maria e lhe disseram: Por que a amas mais que a todos nós? O Salvador respondeu dizendo: Como é possível que eu não vos ame tanto quanto a ela? (Filipe 63, 34-64,5). E em outra parte diz: "Eram três que acompanhavam o Senhor: sua mãe Maria, a irmã dela, e Madalena, que é chamada de sua companheira. Com efeito, era 'Maria' sua irmã, sua mãe e a sua esposa" (Filipe 63:32)

Jesus inclusive mostrou claramente aos judeus que era contra a carta de divórcio permitida por Moisés e falou nos seguintes termos no evangelho de Marcos, cap 10:

“E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher” (Marcos 10:4-7)

Ora, Jesus exemplificou tudo aquilo que ensinou, não faria sentido ensinar que o homem deveria deixar seu pai e sua mãe para se unir a uma mulher, se ele próprio não exercesse esse ensinamento.

Outra passagem importante que atesta o matrimônio de Jesus é o episódio na casa do fariseu em Cafarnaum:

Em Lucas 7:37-50 Jesus vai a casa de um fariseu em Cafarnaum. Cafarnaum ficava a apenas 7km da cidade de Magdala. A Galiléia era composta das cidades e vilarejos de Cafarnaum, Magdala, Caná, Nazaré, Tiberíade (com o mesmo nome do lago Tiberíades, próximo ao mar da Galiléia).

Lá, na casa desse fariseu, Jesus é um convidado. Aí, eis que do nada entra uma mulher que a Bíblia chama de “pecadora” com um vaso cheio de perfume para ungir os pés do Rabi. Na narrativa que se segue, o fariseu chama a mulher de pecadora, dentro da própria casa. Ora, como uma mulher pecadora entraria do nada na casa de um fariseu, para ungir os pés de um ilustre convidado? Isso tudo seria somente possível se essa mulher fosse alguém muito próxima de Jesus, exatamente sua esposa. Além disso, na época de Jesus os cabelos de uma mulher eram considerados objeto erótico, sendo assim cobertos e escondidos pelos véus e amostra somente aos parentes dentro de casa e ao seu marido. Sendo assim, Maria ao enxugar os pés de Jesus com seus cabelos, nos dá mais um indício de que ela seria sua esposa.

Maria, nascida em Betânia, irmã de Lázaro, que casou com Jesus em Caná (as bodas onde a mãe de Jesus dava ordens aos serviçais), mas que ficou conhecida como Maria de Magdala pelos convidados do casamento e depois por toda Jerusalém, visto que Caná era um mero vilarejo próximo a Magdala, que era cidade muito mais conhecida dentro da Galiléia.

Aliás existe uma grande confusão nesse ponto, pois as bodas que muitos chamam “de Canaã” são na verdade as bodas de Caná, nome desse pequeno vilarejo que muitos chamam de Canaã, pois Canaã designa usualmente a Terra prometida de Abraão que hoje é a Palestina. Ou seja, apesar de muitas vezes aparecer nos textos “bodas de Canaã” , o nome correto desse pequeno vilarejo é Caná (nome que inclusive é o que esta no evangelho de João, bodas de Caná)

Vemos um dado interessante que corrobora a profunda união entre Jesus e Maria de Magdala:

"Depois os levou para BETÂNIA e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, separou -se deles e foi arrebatado ao céu."(Lucas 24:50)

Jesus ascendeu aos céus exatamente na cidade de BETÂNIA!!! Por “coincidência” a cidade natal de Maria de Betânia. E a primeira pessoa que Jesus apareceu após ressuscitar foi para Maria Madalena (João 20:11-18).... coincidências?

Maria era vista como uma pecadora pelos fariseus e pela narrativa bíblica, pois ela era uma das apóstolas, não somente a esposa do Rabi, ou seja, ela se comportava como uma Rabi, ensinando a população assim como os demais apóstolos, é por isso que a narrativa bíblica e o fariseu na casa onde Jesus estava em Cafarnaum, a considerava como pecadora. Somente o fato de Maria Madalena ser casada com Jesus explicaria uma mulher “pecadora” entrar na casa de um fariseu (conhecidos como os doutores da lei) para ungir os pés de Jesus. Aliás, Maria Magdala era considerada pecadora pelos fariseus justamente por se portar como uma rabi, função na época (rabinato) exclusiva aos homens.

Maria, a esposa de Jesus, entra justamente pra dar uma lição de humildade , a lição que a maioria dos fariseus mais precisava aprender, esse foi o motivo de toda a exortação na casa do fariseu envolvendo Jesus e sua esposa, uma apóstola.

Algumas pinturas de famosos artistas também atestam que Maria Madalena era esposa e apóstola de Jesus:


Na pintura de Juan de Juanes (1500-1579) acima, fica evidente que temos uma mulher presente na última ceia. Esse pintor inclusive fez um outro quadro da última ceia onde só aparecem os apóstolos homens.

Outra pintura famosa onde Maria Madalena também aparece é na Última Ceia de Leonardo Da Vinci:


Na pintura de Da Vinci vemos algumas coisas interessantes: Pedro, com uma faca na mão, sussurra no ouvido de Maria (que muitos juram de pé junto que é João Evangelista nessa pintura). Interessante que se colocarmos Maria do lado direito de Jesus nessa pintura o encaixe é perfeito.

A ordem dos apóstolos na pintura da última ceia está assim: Bartolomeu, Tiago Menor, André, Pedro, Judas Iscariotes e Maria de Magdala, depois vem Tomé (com o dedo apontando pra cima), Tiago Maior, Felipe (que na verdade é João Evangelista na pintura), Mateus, Judas Tadeu e Simão o Zelote (que na verdade não é Simão na pintura, mas sim João Batista).

O posicionamento dos apóstolos nessa pintura é muito interessante: Mateus e Judas Tadeu se reportam a João Batista (ele estava materializado na última ceia, já que nessa época ele já tinha sido decapitado por Herodes). Somente 3 pessoas aparecem sendo consultadas na mesa: João Batista, Jesus e Maria de Magdala.

Tomé aparece apontando o dedo pra cima, o que lembra a pintura de Rafael chamada de “A escola de Atenas” onde aparecem Platão e Aristóteles no centro da pintura, onde Platão também aparece apontando o dedo pra cima e pintado por Rafael com o rosto de Da Vinci.

Tomé tornou-se missionário na Índia após a morte de Jesus. Era apurador de fatos, humanista, perfeccionista , prudente, meticuloso e observador. Seria Tomé o mesmo espírito de Platão e Da Vinci?

Uma outra questão interessante é que Tomé não é um nome, mas sim uma palavra derivada do aramaico “tauma” que significa gêmeo. No livro de Tomé encontrado em Nag Hammadi é dito que Tomé seria um irmão gêmeo de Jesus: “Agora, haja vista que foi dito ser tu meu gêmeo e verdadeiro companheiro, examina-te a ti mesmo” Isso explica porque muitos acreditam que Jesus não morreu na cruz e ao sobreviver tivesse ido para a Índia.

Na verdade, após a morte de Jesus na cruz, quem foi pra Índia foi seu irmão gêmeo ou alguém que Jesus assim considerava, pois em algumas passagens bíblicas vemos a palavra “gêmeo”(didymo em grego) junto do nome Judas, inclusive no próprio Evangelho de Tomé em Nag Hamadi, o que poderia indicar também que Tomé seria gêmeo de Judas Tadeu, ambos irmãos de Tiago Menor e Jesus.

Na pintura de Da Vinci, o apóstolo Tiago Maior aparece com a mão em direção ao ombro de Jesus denotando como mensagem a liderança do movimento cristão primitivo que ele exerceria após a morte do mestre, e seguiria até o ano de 44, data em que morre.

Já Tiago Menor aparece fazendo gesto semelhante, só que contendo Pedro, que na figura de Da Vinci aparece com uma faca , demonstrando querer atacar Maria de Magdala.


A mensagem também é emblemática: Pedro ficaria conhecido pela Igreja Romana como o líder do cristianismo enquanto que a faca simboliza a tentativa da Igreja Romana de apagar a existência de Maria de Magdala dos relatos bíblicos.

A mão de Tiago Menor contendo Pedro nessa representação denota o poder de Tiago Menor como o verdadeiro líder da eklesia, fato que realmente aconteceu após a morte de Tiago Maior, quando então do ano 44 ao ano 62 Tiago Menor comandou o Cristianismo Primitivo, bem como liderou o primeiro concílio da Igreja descrito em Atos dos Apóstolos.

Outra simbologia interessante é que a faca é posta exatamente atrás de Judas Iscariotes, que aparece junto com Maria de Magdala e ficam separados pela cabeça de Pedro entre os dois, mostrando que a Igreja Romana também atacaria Judas Iscariotes, que foi um dos que se juntou aos apóstolos nos primeiros dias (Mt 4:18-22) e era o tesoureiro do grupo, o que demonstra que era certamente alguém de muita confiança tanto de Jesus como dos apóstolos, e junto com Maria Madalena um dos que mais compreendia a real natureza da missão de Jesus.

No quadro da última ceia temos 3 pessoas ali que canalizam os olhares dos demais apóstolos . Vários olham pra Maria Madalena, outros olham pra Jesus e dois deles olham pra João Batista, justamente por serem as figuras mais importantes do movimento cristão. João Batista era tido por muitos como o messias, foi ele que apresentou Jesus como o “Crestus”. Maria nem preciso dizer, esposa e companheira frequente de Jesus nas pregações e o próprio Jesus.

Aliás, João Batista aparece na transfiguração do Tabor como Elias e Moisés, nada mais natural que aparecesse na última ceia.


Outro dado interessante é comparar esse homem pintado no quadro de Da Vinci (que dizem ser Simão Zelote, mas na verdade é João Batista) com o João Batista pintado  por Francesco Ubertini Bacchiacca II (1494-1557), pintura abaixo que esta no museu de Finas Artes em Budapeste, Romênia, onde João aparece ruivo e com uma pequena entrada na testa, exatamente como o homem pintado na tela de Da Vinci. Pouco se sabe sobre Simão Zelote. Afinal, se ele tinha essa importância reduzida ao ponto de mal ser citado nos textos bíblicos, porque justamente ele, junto com Jesus e Maria Madalena, canalizaria a atenção de todos os outros apóstolos no quadro de Da Vinci?



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