E lá vamos nós mais uma vez. Muitas perguntas
chegaram sobre o que seria a tal "profecia" para 24 de setembro:
alguns falando em dias de escuridão, outros em início de uma guerra atômica,
outros falando em "restart mundial"/evento, outros em uma reação de
Putin contra os "globalistas" e sempre com o mesmo roteiro: pessoas
"tendo visões", algum texto inventado ou fora de contexto de
Nostradamus ou de algum versículo bíblico isolado e pronto: está feita mais uma
profecia esquisotérica-nibiruta.
O dia 24 de setembro é tão somente mais uma das
incontáveis datas que os conspiracionistas nibiróticos criaram nos últimos anos
e que tem um único propósito: movimentar uma rede de pessoas que foi cooptada
por grupos ligados ao qanon (Steve Bannon), grupos evangélicos olavistas e boçalnaristas
que utilizam dessa agenda esquisotérica para incutir teorias políticas que
exaltam Putin, Trump e Bolsonaro como "líderes da luz" lutando contra
um "deep state malvadão", malvados a serviço do globalismo que
supostamente deseja escravizar o mundo. Nessa salada temos terra plana,
gesara/nesara, grupos antivacina, igreja do bitcoin e vários outros grupos que
no geral acabam adotando a mesma agenda política (que é o objetivo final dos
organizadores desses grupos). Inclusive no meio espírita e espiritualista tem
muitos nibirutas que aderem a parte dessa agenda tão somente para
"surfar" na capilaridade que foi criada nesse grande balaio
esquisotérico que se alastrou de forma ordenada com o objetivo de, repito,
exaltar políticos e ações da extrema direita e autocratas a nível mundial.
Deixarei alguns links ao final para que o leitor mais interessado em se
aprofundar no tema compreenda de forma mais ampla o que foi resumido nesse
parágrafo.
O que está por trás da mais nova data
"profética" criada pelos nibirutas? Um importante parlamentar alemão
Friedrich Merz em discurso proferido no parlamento alemão disse que "24 de
setembro será um dia que ficará nas nossas memórias como um dia que diremos,
lembro-me exatamente onde estava".
O problema é que a nova marmotagem dos nibirutas
esqueceu de mencionar que a fala do parlamentar alemão aconteceu no dia 27 de
fevereiro, 3 dias após a invasão russa sobre a Ucrânia (em 24 de fevereiro), ou
seja, ele claramente estava falando sobre 24 de fevereiro e a invasão russa
como um acontecimento para ficar na memórias das pessoas, tanto que a fala
completa do discurso é: " O dia 24 de setembro de 2022 ficará na nossa
memória como um dia sobre o qual diremos mais tarde: lembro-me exatamente onde
estava quando ouvi as primeiras notícias da guerra na Ucrânia e vi as primeiras
fotos dela." Inclusive na própria ata daquele dia o discurso foi corrigido
para 24 de fevereiro, tanto que de forma marota as redes do qanon e dos
conspiracionistas propositalmente corta o trecho do vídeo que cita claramente a
fala relacionada a invasão russa sobre a Ucrânia. O vídeo original (sem o corte
maroto) pode ser visto aqui:
Os nibirutas estão requentando desde 1970 a teoria
amalucada de Nibiru que se baseia em uma ficção criada por Zecharia Sitchin
baseada em traduções erradas das tábuas sumérias nas quais ele afirmou que
"neberu" seria um astro extra solar que a cada 3300 anos visitaria o
sistema solar nas imediações da órbita de Marte, o que foi categoricamente
desmentido pela maioria dos especialistas em línguas semíticas apontando que na
verdade o termo "neberu" diz respeito ao astro Júpiter e que toda a
história criada por Sitchin é tão somente uma enorme ficção que infelizmente
muitos espiritualistas tentam vender como algo verdadeiro, quando na verdade o
Nibiru criado por Sitchin nunca existiu. Qualquer médium ou canalizador que
citar Nibiru como algo verdadeiro com certeza está viajando na mariola astral,
pois não existe embasamento nem astronômico e nem nas tábuas sumérias para a
fantasia nibiruana criada por Sitchin.
Ocorre que dentro dessa fantasia, Nibiru seria o
mensageiro do apocalipse que viria cumprir a profecia dos sinais do apocalipse
(o terceiro link que deixo ao final explica a profecia dos sinais em detalhes)
o que aconteceria quando o Sol estivesse passando pela constelação de Virgem e
a Lua aos pés da constelação, passagem do Sol pela constelação de Virgem que
ocorre todos os anos por volta do final de setembro e inicio de outubro e
apenas em alguns anos (como em 2035) coincide com o inicio do ano novo judaico
e com a Lua "aos pés" da constelação. Por isso que em alguns anos,
como 2017, os nibirutas falam que Nibiru vai chegar ao final de setembro
trazendo o apocalipse, o problema é que eles não têm um estudo comparativo das
profecias bíblicas, usam versículos isolados e nunca acertaram previsão algum,
o combo perfeito para o fracasso completo da análise das profecias bíblicas.
Querer falar de datas proféticas (como vinda de
Nibiru em 2017 ou "ápice da transição em 2019") sem um estudo amplo e
comparativo das profecias do Apocalipse, Sermão Profético e Daniel capitulo 09
é o caminho para o fracasso, sobretudo quando nesse balaio entram médiuns e
canalizadores que nunca previram nada ou possuem baixíssima porcentagem de
acertos na previsão do futuro e depois querem dizer que estão prevendo o futuro
em nome de famosos profetas que assinam suas mensagens. Obviamente que não
fazem a menor idéia do que vai acontecer, basta observar o que
"previram" nos últimos 5 anos (normalmente “previsões” bem genéricas,
sem detalhes ou datas, depois querem dizer o ano e mês do ápice da transição
planetária)
Esclarecida a farsa profética nibiruta de 24 de
setembro deixo três textos para entender a fundo o que está por trás da salada
esquisotérica dos grupos conspiracionistas que exaltam os líderes
autocráticos/antidemocracia:
Qanon, olavetes e nibirutas: as teorias
esquisotéricas conspiracionistas criadas para exaltar os líderes
antidemocráticos do mundo (dentro desse textão tem a análise completa e
embasada da profecia de 2036):
A verdadeira profecia bíblica da Virgem com a Lua
nos pés e porque isso nao acontecerá em setembro de 2022 (assim como não
aconteceu em 2017 e outros anos "chutados" pelos nibirutas):
Após analisar as falácias trazidas pelo rei do gado na primeira parte dessa série de dois textos na qual analiso as entrevistas concedidas na plim plim pelos três principais candidatos nas pesquisas, decidi fazer um
único post para compilar as falácias populistas do molusco e do cangaciro pois
ambos focam em um ponto em comum pra tentar ganhar votos: a questão econômica.
Justamente por isso temos uma excelente oportunidade pra entender as falácias e
fantasias do plano econômico de governo construído pelo Ciro (que
inevitavelmente dos três populistas ao menos possui um plano de governo) assim
como a grande fantasia construída por Lula de que com ele os tempos de cerveja
e picanha voltariam (na tentativa de fazer o povão esquecer as picardias
antirepublicanas dele e da quadrilha vermelha desbaratadas pela LavaJato)
OS PRINCÍPIOS DA
ECONOMIA
O grande sonho
de Ciro era ser o sucessor de Lula como líder da esquerda, porém tudo começou a
azedar quando nas eleições de 2018 o então presidiário decidiu apoiar o poste
Andrade como o candidato petista ao Planalto. Naquela época Ciro bradava contra
a Lava Jato e inclusive sugeriu fugir com Lula para uma embaixada antes que ele
fosse preso por conta das investigações. Magoado e rompido com Lula, Ciro
decidiu ir para Paris no segundo turno daquelas eleições e não declarou apoio a
nenhum dos candidatos. Agora nas eleições de 2022 Ciro tenta se vender como
bastião da nova política, aquele que possui a solução política para pacificar o
Brasil e a solução econômica para resolver os péssimos indicadores do país,
sobretudo nos últimos 10 anos (tudo amplamente analisado na primeira parte
desses dois posts).
O problema é que
apesar de apresentar um programa de governo, as soluções políticas e econômicas
trazidas por Ciro (explicadas por alto na entrevista no JN e em maiores
detalhes em recente entrevista no Flow) além de populistas são inviáveis.
Politicamente são inviáveis, pois necessitam, como ele mesmo deixou claro, da
construção de uma maioria no Congresso, algo que necessitaria de uma grande
mobilização nacional, ainda maior que a ocorrida entre 2016 e 2018 pois como eu
mesmo já expliquei aqui várias vezes não basta ter uma votação expressiva ou
eleger vários deputados e governadores alinhados com o novo presidente, é fundamental
uma mobilização constante contra a corrupção que fiscalize o Congresso, caso
contrário não existe governabilidade, pois mesmo com novos nomes eleitos a base
do Centrão, sobretudo seus caciques ainda permanece lá. O país está dividido e
não surgiu um novo nome claramente sintonizado com o combate a corrupção e
claramente antagônico ao bolsopetismo (aliás, até surgiu, mas obviamente que
por ser odiado por petistas, boçalnaristas e boa parte da suprema corte além de
praticamente todo o Centrão sua candidatura foi combatida e anulada).
Portanto
construir maioria no Congresso, unir amplo apoio popular no combate a corrupção
ter um histórico claro contra a corrupção e em favor da LavaJato são premissas
que nenhum dos três candidatos possuem. Sem isso, a maioria das reformas
(tributária e política especialmente) fica inviável de serem realizadas.
Acreditar que basta oferecer o fim da reeleição para passar isso nos primeiros
seis meses é uma completa ilusão.
Da mesma forma
sem amplo apoio e engajamento popular não há como passar reformas fundamentais
no sistema financeiro, especialmente para retirar o quase monopólio que o grupo
pequeno de bancos tem na economia. Estimular maior concorrência no crédito,
diminuir drasticamente os juros draconianos desproporcionais às taxas de juro
(que já são altíssimas), diminuir o spread dos bancos, tudo isso depende de
muito engajamento popular, pois a maioria dos políticos e grandes empresários
ligados ao núcleo de poder lucram com esse sistema. Também é ingenuidade achar
que taxar grandes fortunas pra dar mil reais de bolsa pras famílias vai
resolver algo, alias essa é uma proposta bem populista que o Ciro sabe que não
vai ajudar em nada a economia, alias vai apenas pressionar ainda mais a
inflação.
A economia real
depende de geração de empregos, pois são eles que geram os bens e serviços que
serão consumidos proporcionais ao dinheiro injetado na economia para o consumo
e consequentemente a retirada de impostos das riquezas produzidas. A partir do
momento que se estimula cada vez mais bolsa daquilo e bolsa daquilo outro você
está apenas jogando dinheiro para o consumo, mas não está produzindo riqueza,
ou seja, há uma massa humana que não produz mas pode consumir, o que encarece o
preço dos bens e serviços (maior procura sem aumento da oferta) ao mesmo tempo
que a injeção de dinheiro sem valor agregado à produtividade gera
desvalorização do papel moeda o que também pressiona a inflação. Essa política
desenvolvimentista foi tentada nos últimos dois anos do governo Lula e depois
no governo Dilma, foi tentada na Argentina, foi tentada no governo Chavez e o
resultado é sempre o mesmo: o desastre keynesiano que também foi utilizado no
governo Bolsonaro especialmente ao longo de 2022.
Estimular a
construção de obras e desenvolvimento da indústria é certamente algo
fundamental, mas não sem teto de gastos, senão caímos na mesma armadilha do
milagre econômico: impressora produzindo dinheiro a rodo, uma rápida explosão
de empregos e aparente riqueza da população, porém com um surto inflacionário
incontrolável nos anos seguintes, especialmente se boa parte da economia
mundial está atrelada ao dólar. Fortalecer a indústria passa essencialmente por
manter a moeda forte e gerar um ambiente econômico menos burocrático e mais
seguro (menos corrupção) para atrair investimentos e nenhum dos candidatos tem
um plano claro sobre esse sentido, todos os três desejam seguir o mesmo caminho
do “milagre econômico”: furar o teto de gastos, imprimir dinheiro a rodo e dar
mais um voo de galinha.
É inegável que
precisamos de um plano de médio e longo prazo (próximos 10 e 30 anos), só que
não estamos numa China que apesar de ser uma das economias de mercado mais
capitalistas do mundo é politicamente um regime socialista nacionalista ultra fechado.
Talvez pelo fato do partido chinês apoiar o seu partido há anos, Ciro acha que
dá pra fazer algo parecido com aquilo que a China fez aqui no Brasil, mas isso
é também um erro, pois sem apoio amplo popular não há como pressionar o
Congresso por mudanças, inclusive através de plebiscitos que também dependem de
aprovação do Congresso.
Conquistar
independência no refino do petróleo, aumentar a produtividade no campo,
fortalecer o real, respeitar o teto de gastos, ter um plano focado no controle
da inflação e combate a desemprego, fortalecer a legislação de combate a
corrupção e simplificar as leis (especialmente para negócios e transações que
envolvam empresas e geração de empregos), simplificar e diminuir impostos,
aumentar a concorrência entre os bancos limitando o spread e as taxas de juros,
tudo isso é fundamental e passa essencialmente por várias reformas que são
difíceis de passar, especialmente enxugar altos salários no funcionalismo
público (quem ganha acima de 20 mil reais), enxugar gastos com privilégios e
penduricalhos e sobretudo estabelecer metas claras dos programas sociais para
entrada e saída, pois definitivamente criar bolsa de mil reais para mais e mais
famílias ad eternum vai afundar a economia e não resolver o problema principal
que é gerar empregos e um ambiente econômico mais pujante e competitivo com o
resto do mundo. Nenhum dos três candidatos tem propostas quanto a esses pontos
e ainda que o Ciro tenha exposto algumas dessas questões há ainda muito
populismo barato no programa econômico dele e ao mesmo tempo não há um caminho político
claro e viável para fazer essas mudanças, especialmente no combate à corrupção.
Aconselho
fortemente que o leitor conheça um resumo das propostas e do histórico do Ciro
nesse vídeo colocado pelo Nando Moura, definitivamente Ciro assim como Lula e
Bolsonaro não são a solução política e econômica para os graves problemas que o
Brasil vem enfrentando na última década.
Visualize o vídeo a seguir a partir do minuto 10:15
LULA E O MILAGRE
ECONÔMICO
No JN Lula
contou as bravatas de sempre: que sofreu uma perseguição política da Lava Jato
e que no seu governo o povo comia três vezes ao dia e que com ele voltando os
tempos de bonança vão voltar. Esses dois pontos precisam ficar bem
esclarecidos. O primeiro deles, a prisão por corrupção, aconteceu por
sucessivas condenações em primeira e segunda instância confirmadas nas instâncias
superiores (ou seja, não foi uma perseguição de Moro ou dos procuradores de
Curitiba) que resultaram na prisão por quase dois anos não apenas de Lula, mas
de vários políticos ligados ao governo petista e ao Centrão (mesmo núcleo que
governa hoje com Bolsonaro) além do fato de que somente com um grande
malabarismo na segunda turma do STF é que os processos de Lula acabaram
prescrevendo, ou seja, ele não foi inocentado. Da mesma forma boa parte dos
condenados pela Lava Jato estão, hoje, de mãos dadas com o governo Bolsonaro,
como é o caso de Ciro Nogueira (ministro do primeiro escalão do boçal) e
Valdemar Costa Neto condenado e presidente do partido de Bolsonaro.
Já do ponto de vista econômico tem muita gente,
inclusive no mercado, achando que o Lula vai adotar as mesmas medidas dos
primeiros 6 anos de mandato quando ele seguiu em boa medida o tripé macroeconômico
do plano real deixado pelo FHC (cambio flutuante sem disparar, meta de inflação
e respeito ao teto fiscal) muito desses primeiros anos de mandato favorecidos
pelo boom das comodities (China crescendo a 12% ao ano comprando tudo do
Brasil) e ao mesmo tempo o dólar barato no mundo (estratégia americana para
combater o crescimento chinês, pois o dólar barato favorecia as exportações
americanas) ou seja, um cenário de paraíso pro Brasil no qual qualquer
presidente teria colhido excelentes frutos de crescimento, ou seja, não foi
qualquer plano do Lula ou do PT, mas sim um cenário exterior altamente
favorável ao Brasil e ao mesmo tempo a manutenção de uma política macroeconômica
do governo anterior (FHC) que controlava a inflação e gastos excessivos.
Dinheiro entrando a rodo no país, suficiente pra
quadrilha vermelha financiar vários programas populistas e aumentar a margem
das propinas com empreiteiras e campeãs nacionais em negociatas sem fim. O
povão tem essa lembrança afetiva desses anos de crescimento econômico do
governo do molusco, mas a verdade é que isso só aconteceu pela situação
internacional (China crescendo muito e dólar barato) ao mesmo tempo que ele
seguiu o plano econômico (equilíbrio fiscal) deixado pelo governo do Real, mas
isso tudo começou a degringolar nos últimos dois anos do governo do molusco,
começou a faltar o dinheiro da China que importava menos, o dólar voltou a
subir e a pressão de setores políticos acostumados com esquemas bilionários de
corrupção que não podiam continuar se pagando vieram a tona ao mesmo tempo que
a ala tradicional do petismo insistia por uma guinada mais desenvolvimentista
(e desastrosa da economia) o que se somou a impossibilidade do petismo seguir
com o projeto original de endurecimento ideológico depois da condenação do
Dirceu (que seria o substituto de Lula) o que acabou levando Lula a botar uma
pessoa sem traquejo político (Dilma) como sucessora.
Aqueles últimos dois anos de governo Lula (que foram
repetidos no mandato dilmistico) aconteceram em um ambiente muito melhor do
ponto de vista fiscal e econômico do que agora, então tem muita gente do
mercado e do povão sonhando com um novo governo Lula dos primeiros seis anos de
mandato, mas levarão na verdade um governo ainda pior do que foram os últimos
dois anos do governo Lula seguidos pelos anos apocalípticos do governo Dilma. A
situação fiscal do país está um caos (furo de 200 bilhões no teto que ambos os
candidatos populistas pretendem repetir caso eleitos), a situação econômica
idem (alto desemprego, inflação alta, pib muito baixo e abaixo da media mundial
há anos, ausência de reformas, excessiva burocracia, altos impostos e muita corrupção,
tudo que afasta investidores do país e gera ainda mais pressão na economia,
tudo isso resumido no primeiro texto sobre as entrevistas) e a situação política
ainda pior (centrão corrupto dominando a aprovação de leis e em conluio com os
dois candidatos populistas, STF contra a lava jato e nenhum interesse em uma
reforma política).
As promessas de Lula são, assim como as promessas de
Bolsonaro uma grande ilusão: ambos (e também Ciro) prometem bolsas de 600, mil
reais, prometem zerar a dívida dos pobres, prometem reduzir o imposto de renda,
prometem um Brasil dos sonhos mas que na prática, economicamente e
politicamente falando é inviável, pois os três querem furar o teto de gastos o
que somente vai gerar mais inflação ao mesmo tempo que a política dominada
pelas negociatas e propinas em conluio com o centrão vai tão somente afastar
investidores, potencializar os gastos com privilégios (orçamento secreto
bilionário, fundão eleitoral bilionário, cartão corporativo sem limites)
criando ainda mais caos econômico onde as medidas populistas para conseguir
votos (incentivos artificiais para favorecer determinados setores
temporariamente e estourando o teto econômico) vão deixar o pais no mesmo cenário
dos últimos 10 anos: baixo crescimento comparado ao resto do mundo e alto
desemprego e com maior pressão inflacionária.
A solução dos
grandes problemas políticos e econômicos que afligem o Brasil passa necessariamente pela
união da população contra a corrupção e contra os privilégios, pois sem essa
cobrança firme (que aconteceu entre 2013 e 2018) a maioria corrupta de Brasília
se sentirá a vontade para afanar cada vez mais o dinheiro do pagador de
impostos.
Somente com
engajamento popular amplo, como ocorrido entre 2013 e 2018, pela mudança de
leis que fortaleçam o combate a corrupção e fortaleçam a diminuição de
privilégios assim como uma economia comprometida com o teto de gastos, geração
de empregos, combate a inflação, diminuição da carga tributária, diminuição da
burocracia, diminuição do custo do crédito, somente com tudo isso poderemos
avançar em importantes reformas econômicas e políticas rompendo com a
polarização ideológica de mentirinha onde nenhum dos lados está preocupado com
ideologia, mas sim se vai ter acesso a dinheiro e cargos no governo que vier,
seja do lado da situação ou da oposição. As pessoas precisam compreender isso,
que não existe salvador da pátria, não existem seres de luz que farão o
trabalho por nós, nós é que precisamos trabalhar em parceria com eles, pois de
nada adianta eles ajudarem a criar situações que impulsionem mudança (como
aconteceu entre 2013 e 2018) e depois as pessoas voltarem, em grande número, à
idolatria política esquecendo-se da verdadeira luta contra a corrupção e os
privilégios.
A primeira parte
dessa série de dois textos sobre as entrevistas dos três candidatos populistas
pode ser acessada no link a seguir: