4 de jan. de 2025

OS ORIXÁS REGENTES DE 2025: OMULU E XANGÔ – PREVISÕES 2025

 

Vamos entender no textão a seguir porque os orixás regentes de 2025 serão Omulu e Xangô (exatamente nessa ordem) e porque não teremos Xangô e Iansã como regentes do ano. Vamos também descobrir as previsões ligadas a esses dois orixás. Uma análise interessante que venho trazendo desde o final de 2019 (inclusive no final daquele ano sendo o único astrólogo que previu em detalhes os efeitos do que vimos em 2020). No textão a seguir: 

Todo final de ano e início de novo ano acontece um fenômeno curioso no meio espiritualista: diversos orixás são mencionados como o regente do novo ano. Lembro que em alguns anos anteriores foram mais de 7 orixás indicados, por fontes diferentes, que aquele seria o suposto regente do ano ou em outros casos um par de orixás que regeriam o ano. Mas porque essa confusão acontece todos os anos? Porque não há um senso comum? No textão a seguir vamos entender porque Omulu e Xangô (nessa ordem) serão os regentes (as linhas regentes) do ano de 2025 e porque não será um ano regido por Xangô-Iansã (ou qualquer outro orixá adicional como Oxum ou outros).    

Pra tentar começar a responder essa questão eu escrevi um amplo texto, ao final de 2019, explicando porque não era correto associar a tabela dos dias da semana como base para identificar o regente do ano. Tradicionalmente, com algumas pequenas variações, as religiões de matriz africana dividem a semana da seguinte forma para os orixás: 

Domingo: dia de Exú e Ibeji

Segunda: dia de Exú e Omulu (Obaluaye ou Xapanã)

Terça: dia de Ogum e Oxumaré

Quarta: dia de Xangô e Iansã (Oya)

Quinta: dia de Oxóssi e Logunedé

Sexta: dia de Oxalá

Sábado: dia de Oxum, Iansã e Iemanjá 

Por esse motivo muitos espiritualistas pertencentes às religiões de matriz africana estão divulgando que o ano de 2025 será regido por Xangô e a Iansã, pois o ano de 2025 começa exatamente em uma quarta feira. Ocorre que, como explicado no início desse texto, essa tabela mais popular (ainda que existam algumas variações) diz respeito à representação dos orixás em cada dia da semana e não a cada ano. 

Percebendo esse ponto relevante, alguns grandes mestres da Umbanda, o mais relevante deles notadamente W.W. Matta e Silva, perceberam que existia uma clara associação/representação do arquétipo de cada uma das 7 linhas da Umbanda com os 7 astros da Astrologia tradicional. 

Por exemplo: a linha das mães ou linha das águas é claramente identificada com o arquétipo astrológico da Lua, arquétipo amplamente conhecido na Astrologia e no Esoterismo, inclusive a linha das águas ou linha de Yemanjá é formada normalmente por 4 orixás mulheres, representando cada uma, uma das fases da Lua. 

Esses 7 astros estudados profundamente nos seus arquétipos, tanto na Astrologia Tradicional, como no Esoterismo e também na Umbanda Esotérica (os membros da Umbanda que se aprofundaram nesse estudo) estão representados na estrela de 7 pontas, também conhecida como o relógio dos magos. 

Esse relógio ou estrela de 7 pontas apresenta três ciclos: um ciclo semanal, um ciclo anual e um grande ciclo de 36 anos. 

Ocorre que tanto esse relógio, como a própria divisão dos dias da semana (em sete) é totalmente inspirada na mitologia greco romana. 

Se consideramos que a mitologia greco-romana remonta a pelo menos 800 anos A.C. e que essa mitologia foi inspirada pela Astrologia Tradicional (que surgiu por volta de 2.000 AC na Babilônia e na Caldéia e ainda existem algumas fontes históricas que apontam esboços dos 12 signos já há 5.000 AC na Suméria, apontando que séculos de estudos dos sumérios e mesopotâmios foram compilados e aperfeiçoados pelos babilônicos e caldeus) e que essa Astrologia estudava os 7 astros visíveis (na época) e associou cada um deles a um conjunto de arquétipos (criando a mitologia primordial), o que temos na verdade é que a estrutura setenária está primordialmente baseada no estudo dos arquétipos e da mitologia associada a esses 7 astros (a Astrologia em si), sendo que já na Caldéia existia a representação dos ciclos anuais e dos ciclos de 36 anos (deixarei esse estudo linkado ao final desse texto.

Ou seja: de forma resumida, a mitologia para os 7 dias da semana se baseia na mitologia greco/romana que por sua vez tem origem na mitologia dos arquétipos astrológicos que surgiu na Babilônia/Caldéia. 

Portanto, pela simples lógica (que os pais da Umbanda Esotérica entenderam) não fazia sentido associar os orixás ao setenário do relógio dos magos (e obviamente aos 7 dias da semana) sem que essa associação respeitasse cada uma das 7 linhas da Umbanda com cada um dos 7 astros e exatamente por ser necessária essa associação é que cada uma das 7 linhas da Umbanda não apenas está relacionada a um dos 7 astros, mas também ao ciclo anual e ciclo de 36 anos que já estava esquematizado desde a Caldéia e que serviu de inspiração para a mitologia greco-romana e a divisão dos dias da semana em 7. 

Ou seja, todo o arquétipo que envolve as 7 linhas da Umbanda (e seus respectivos orixás) é claramente inspirado no arquétipo (conjuntos de mitos e significados) da mitologia greco-romana, que por sua vez foi totalmente inspirada pelo arquétipo ou mito primordial que surgiu com a Astrologia, na Babilônia e Caldéia, que criou um conjunto de significados, mitos (o arquétipo em si) para cada um dos 7 astros. 

Ora, se cada dia da semana está associado a um dos astros (e obviamente seus respectivos significados) não faria sentido associar os orixás aos dias da semana sem observar esses significados, por isso que não apenas é incorreto usar uma tabela de regência semanal pra regência do ano ou de ciclo de 36 anos (pois já existe historicamente uma tabela específica para a semana, o ano e o ciclo de 36 anos) como a própria associação clássica mais utilizada para associar os orixás aos dias da semana (mostrada no início desse texto) também está incorreta. Vamos exemplificar: 

Domingo é o dia do Sol (inclusive chamado de Sunday) e como explica Matta e Silva de forma brilhante, todo o arquétipo astrológico do Sol é exatamente o arquétipo da linha de Oxalá e dessa forma não faz sentido criar uma tabela de orixás representando os dias da semana que associe Oxalá com a sexta, pois como explicado repetidamente nesse texto cada um dos dias da semana representa um astro, um mito primordial, um arquétipo que veio desde a Astrologia babilônica, passou pela mitologia greco-romana e serviu de base para toda a mitologia dos orixás, exatamente o que alguns mestres da Umbanda que conhecem mais a fundo o Esoterismo como Matta e Silva perceberam. Ou seja, é um astro para cada dia da semana, com uma linha (das 7 linhas) de orixás para cada dia da semana equivalente a um dos 7 astros. Essa é associação correta. 

Dentro dessa mitologia primordial de arquétipos temos, portanto, os 3 ciclos (semanal, anual e de 36 anos) e dentro dessa mitologia o próprio estudo do arquétipo dos orixás está inserido: cada uma das 7 linhas dos orixás com cada um dos 7 astros. Esses 3 ciclos são explicados no link que deixarei ao final desse texto. 

Como segundo esse estudo o regente de 36 anos é Saturno (de 2017 até 2052) e o regente de 2025 é Júpiter, a regência de 2025 é da linha de Yorimá (a linha de Omulu/ Obaluaye) pois o seu arquétipo é o mesmo de Saturno (regente do ciclo de 36 anos) e também terá a regência da linha de Xangô, pois o arquétipo desse orixá representa o arquétipo de Júpiter. Portanto, os regentes de 2025 não são Xangô e Iansã, mas sim Omulu (ciclo maior de 36 anos) e Xangô (ciclo anual). 

Por tudo isso explicado ao longo desse texto não faz sentido querer associar um orixá regente do dia da semana como regente do ano e muito menos apontar "par de orixás" como regente do ano, pois o que a Astrologia e a Umbanda Esotérica estudam são os dois regentes, do ano e do ciclo de 36 anos, associados cada um a uma das 7 linhas dos orixás, o que aponta que em alguns anos não teremos dois orixás regendo o ano, como aconteceu em 2024, quando o regente do ciclo de 36 anos e o regente do ano eram o mesmo orixá (Omulu, linha de Yorimá). Da mesma forma a própria tabela comumente usada para associar os orixás aos dias da semana (mostrada no início desse texto) também está incorreta, pois não está de acordo com o arquétipo primordial de cada um dos dias da semana, que por sua vez está associado ao arquétipo de cada um dos 7 astros e que por sua vez está associado a uma das 7 linhas da umbanda. 

Na semana o dia do Sol é o dia da linha de Oxalá, o dia da Lua é o dia da linha de Iemanjá (linha das mães ou águas ou yabás), o dia de Saturno é o dia da linha de Obaluaye (linha de Omulu, linha das almas, linha de Yorimá) e por ai vai, não existe como associar, por exemplo, o domingo (dia do Sol, Sunday) com Exú e Ibeji, isso está totalmente incorreto considerando uma associação incorreta entre os orixás e dias da semana, pois difere da associação correta mostrada no início desse parágrafo entre a mitologia primordial (estudada há séculos) e a própria estruturação dos sete dias da semana com base nessa mitologia que está conectada com as 7 linhas dos orixás.  

Espero que esse texto, assim como o texto linkado que explica mais a fundo essa questão do relógio dos magos, da estrela de 7 pontas e também cita os estudos de Matta e Silva sobre o tema possa colaborar para diminuir a confusão que acontece todo ano. 

O texto de 2019 sobre a regência dos orixás (linkado a seguir) inclusive previu de forma exata o que aconteceu em 2020:

https://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2019/12/orixa-regente-2020-omulu-obaluaye-e.html

A previsão para 2025 sob a regência de Omulu e Xangô:

https://profeciasoapiceem2036.blogspot.com/2024/12/o-ano-de-2025-o-ano-de-jupiter.html


Nenhum comentário: