O
que os arquétipos da Astrologia, o movimento dos astros
no céu e a Cabala têm em comum? No primeiro texto desta série aprendemos a
diferenciar os signos das constelações e como o movimento
orbital dos astros no plano da eclíptica influenciou a criação e o estudo dos arquétipos
da Astrologia. Neste segundo texto, daremos um passo além: como a Cabala criou
um sistema semelhante, também baseando seus arquétipos, no movimento dos astros
no céu e a partir dessa compreensão nós entendermos como muitas das mitologias
e lendas do passado, como o Sol Invictus, estão baseadas também
em arquétipos com íntima relação ao
movimento dos astros e sua representação nos ciclos cósmicos da Terra e da
evolução humana ao longo dos éons.
A
primeira parte do Especial Astrologia está aqui:
PERÍODO
ORBITAL
Vamos
primeiro entender o básico: o período orbital, segundo a Astronomia, de cada um
dos 10 astros estudados na Astrologia.
Lua:
29 dias
Mercúrio:
88 dias
Vênus:
225 dias
Sol:
365 dias (movimento aparente do Sol em relação à Terra na sua translação ao
redor do Sol)
Marte:
687 dias
Júpiter:
11 anos e 315 dias
Saturno:
29 anos e 167 dias (29, 5 anos)
Urano:
84 anos e 5 dias
Netuno:
164 anos e 288 dias
Plutão:
248 anos e 157 dias
Considerando
que os astros com órbitas mais curtas são influenciados pelos astros com
órbitas mais longas, temos a seguinte tabela:
Lua
- influenciada por 9 astros
Mercúrio
- influenciado por 8 astros
Vênus
- influenciada por 7 astros
Sol
- influenciado por 6 astros
Marte
- influenciado por 5 astros
Júpiter
- influenciado por 4 astros
Saturno
- influenciado por 3 astros
Essa
é a explicação para o significado filosófico das kameas, quadrados
"mágicos" estudados pelos cabalistas, nos quais a soma das linhas
horizontais equivale à soma das linhas verticais:
Saturno
3x3 (possui 3 linhas e 3 colunas)
Júpiter
4x4
Marte
5x5
Sol
6x6
Vênus
7x7
Mercúrio
8x8
Lua
9x9
O
número de linhas e colunas de cada kamea é explicado exatamente pelo número de
astros com órbita maior do que a kamea de determinado astro.
Tendo
por base esse exemplo, a kamea de Saturno
(3 linhas por 3 colunas) tem 9 quadrados, com números de 1 a 9, dispostos de
tal forma que a soma de cada linha e cada coluna será sempre 15.
Na
kamea solar teremos 6 colunas e 6
linhas, com números de 1 a 36, sendo que cada linha e cada coluna somarão 111 e
o número total da kamea, a soma de 1 a 36 será 666.
Agora
que sabemos por que cada astro possui esse número, em virtude da influência que
a sua órbita recebe dos astros com órbitas maiores que as suas, veremos algo
interessante:
A
ÓRBITA CELESTE NA ÁRVORE DAS VIDAS
Na
Árvore das Vidas temos os 10 astros estudados na Astrologia e também temos a
Terra, representada pela esfera Malkuth recebendo toda a energia dos 10 astros
ou esferas "acima". Agora, vejamos que interessante: dentro de cada
esfera temos o número correspondente às órbitas que influenciam cada um dos
astros:
Netuno
= 1 (no caso, Plutão que é o único
astro com órbita maior que Netuno)
Urano
= 2
Saturno
= 3
Júpiter
= 4
Marte
= 5
Sol
= 6
Vênus
= 7
Mercúrio
= 8
Lua
= 9
Como
Plutão é que influencia todas as demais órbitas, que são mais curtas que a
dele, ele é representado como Daat, a esfera oculta, que na
tradição cabalista representa exatamente o somatório de todas as outras esferas
da Árvore. Na Astrologia, Plutão também representa o inconsciente, o interior
mais profundo da pessoa, aquilo que está oculto, metaforicamente representado
como o abismo, a travessia que todos nós precisamos vencer ao longo da jornada
pelas encarnações para conhecermos a nós mesmos, o auto empoderamento do nosso
herói solar interior.
Para
maiores informações sobre Daat aconselho a leitura destes 2
textos:
Como
podemos observar pelos cálculos até aqui as filosofias da Astrologia e da
Cabala estão profundamente interligadas, mas não para por aí...
Temos
na Astrologia o estudo dos ciclos de 36 anos.
"Coincidentemente" são os mesmos 7 astros que possuem kameas (Lua,
Mercúrio, Vênus, Sol,Marte, Júpiter e Saturno) os que regem alternadamente
esses ciclos. Sendo assim, um grande ciclo engloba 252 anos (7 ciclos de 36
anos). Para compreender melhor sobre os ciclos de 36 anos aconselho a leitura
adicional desse texto:
Nesse
mesmo período, de 252 anos, Plutão realiza uma volta completa ao redor do Sol,
Urano 3 voltas completas, Saturno 8 voltas completas e Júpiter 21 voltas
completas (reparem que todos são números da seqüência de Fibonaci que
dá origem a proporção áurea). Astrologia, Cabala, Matemática e Astronomia
eram estudadas juntas na Antiguidade e rezam as “lendas” que alguns povos
“primitivos” uniam os estudos dessas 4 ciências à Engenharia e Arquitetura em
um passado remoto.
E
porque 36 anos como o marco temporal para a influência de um astro durante um
ciclo astrológico? A primeira resposta é que 36 é o número da kamea solar,
portanto nada mais lógico do que estipular uma contagem com esse número de anos
para os grandes ciclos, pois todos os planetas do Sistema Solar orbitam o Sol.
Mas
existe algo ainda mais impressionante e que explica porque os sábios da Antiguidade,
que eram astrólogos e também cabalistas, profundos observadores dos movimentos
celestes escolheram o 36 como o número da kamea solar, o número do Sol:
Cada
Era
Astrológica engloba 2160 anos (período no qual o pólo
celeste sai de um signo de entra em outro). Maiores informações podem ser
vistas no link a seguir:
Pois
bem, 2160 anos equivale exatamente a 60
períodos de 36 anos. O ciclo de 36 anos de um astro representa tão somente um
segundo na escala cósmica, sendo que um minuto equivale exatamente à passagem
de uma era para a outra.
(1
minuto = 60 segundos, 60 períodos de 36 anos = 2160 anos).
Uma
Era Astrológica = 2160 anos
Um
ciclo Astrológico = 36 anos
Uma
Era Astrológica ( 1 minuto cósmico) = 60 ciclos astrológicos (1 ciclo
astrológico = 1 segundo cósmico)
Sendo
assim uma Grande Era ou a Precessão dos Equinócios equivale a 25.920 anos
ou 12 minutos na escala cósmica.
Esse
é o motivo porque os antigos "dividiram" o céu em 12 áreas com 30
graus cada (signos), 12 meses ao ano, pois toda a interligação desses números e
arquétipos está baseada no movimento da Terra e dos astros em relação ao Sol em
uma Grande Era, sendo a Astrologia "apenas" a interpretação dos
arquétipos dessa interligação.
Mas
aí alguém poderia perguntar: Mas Zé, se existe essa ligação entre o movimento
dos astros do sistema solar e a Cabala (e não me pergunte como os antigos
cabalistas da época de Moisés e da época de Enoch sabiam disso) porque eles
colocaram exatamente 22 caminhos (os 22 arcanos maiores do Tarô, a jornada do
herói) dentro da Arvore das Vidas interligando as esferas?
Agora
sim é a “cereja do bolo”:
25.
920 anos = 12 minutos cósmicos
129.600
anos = 1 hora cósmica
3
milhões 110 mil e 400 anos = 1 dia cósmico
Sendo
assim, temos figurativamente os 7 dias da Criação em 21 milhões 772 mil e 800
anos, ou seja, os 22 caminhos da Árvore das Vidas representam os 22 milhões de
anos que englobam 7 dias cósmicos (mais precisamente 7 dias, 1 hora, 45 minutos
e 11 segundos).
Ao
observarmos todo o segundo capítulo da Gênesis, podemos observar que nos 7 dias
de Criação o livro narra, figurativamente, o florescimento do homem semelhante a uma árvore em um jardim (Gn
2:8) e mostra claramente que a arvore da vida estava no meio do jardim (Gn 2:9)
e que dele saia um rio dividido em 4 braços... Ora, qual a sephira que está no
meio da arvore da vida, no meio do jardim, com 4 “braços” e que simboliza o
fluir das águas e a sustentação?
A
resposta é Yesod, a Lua, a Mãe, o fluir da vida em direção a Malkuth
(Terra), pois simbolicamente na descrição da Gênesis os rios que nascem no éden
fluem na direção de locais físicos na Terra (Malkuth) simbolizando exatamente a
encarnação do homem, vindo à terra através das águas (útero).
Os
7 dias da Criação são, portanto, uma forma simbólica de explicar o despertar da
consciência, quando o homem abandona o primitivismo, deixa de ser apenas
instintos ou humanóide para despertar a razão, o intelecto e a consciência dos
nobres sentimentos, um processo simbolizado pelos 7 dias cósmicos ou, aproximadamente, 22 milhões de anos ao longo de incontáveis encarnações em
mundos primitivos e posteriormente provacionais.
Seguindo
essa linha de pensamento e observando que ao longo dos relatos bíblicos Jesus
associa sempre a árvore à uma figueira e que esta leva em média um ano para
frutificar, então teremos a noção exata de quanto tempo em média levaremos, ao
longo de várias e várias encarnações até que realmente o Cristo seja gerado
dentro de nós e possamos frutificar apenas o bem, totalmente regenerados,
finalmente triunfando na “jornada do herói” .
E
falando em Cristo, vamos compreender a lenda do Sol Invictus....
A
LENDA DO SOL INVICTUS
Todas
essas observações dos ciclos orbitais e a criação de arquétipos relacionados a
esses ciclos e como estes poderiam servir de marcadores para as grandes
transformações do gênero humano é que originaram as lendas sobre a vinda de
avatares, desde o Antigo Egito até a vinda de Jesus.
Assim
como vimos a pouco que a Árvore das Vidas é um grande marcador cósmico para o
ciclo encarnatório humano no despertar e amadurecimento da razão, mostrado de
forma lúcida no início da Gênesis, a lenda do Sol Invictus consiste numa série
de arquétipos atrelados ao movimento orbital dos astros em relação à Terra, que
representam a ação da Divindade sobre a vida da humanidade
Se
observarmos os mitos e lendas sobre os grandes heróis solares todos nasceram de
uma virgem, tiveram 12 discípulos, o que para o grande público era interpretado
de forma literal, ou seja, o Messias era nascido de uma mulher virgem e tinha
12 fiéis seguidores, mas para os iniciados o significado era muito mais
profundo: o nascimento da “virgem” simbolizava a passagem do Sol pela
constelação de Virgem, quando o Sol, o Astro-rei que representa o Messias
nascia, após ter sido concebido ao final de dezembro, durante o período do
inverno no hemisfério norte, quando o Sol parece que fica muito próximo a linha
do horizonte por 3 dias como se tivesse descido a Terra antes de
"ressuscitar", após os dias mais longos de escuridão, quando o Sol
"fica parado no horizonte" exatamente para “depositar” o herói solar
concebido no ventre da "virgem" que vai pari-lo em setembro, quando o
Sol passa pela constelação de Virgem! Justamente em setembro, quando o Messias
solar "nasce" da Virgem é que acontece a colheita das frutas, quando
as Árvores (das vidas?) dão os frutos (sephirot).
Isso
explica porque os planetas estão dispostos como "frutos" na
"Arvore" das vidas ou ainda porque os antigos cabalistas criaram
esquemas baseados em quadrados perfeitos na forma de kameas, pois a base dos
antigos templos era feita com base no quadrado perfeito (as pirâmides ou ainda
o lugar mais sagrado do Templo, o "Santíssimo" no qual era depositada
a Arca da Aliança), são representações, arquétipos, que para o grande público
era (e é) apenas uma questão de “tradição” religiosa, mas que possui um
significado muito mais profundo, além de simples mitos.
Por
esses e outros motivos, explicados ao final do livro "Armagedoom 2036"
é que os grandes iniciados já sabiam quando e onde o Messias nasceria, pois a
própria localidade na qual ele nasceu definida como Belém (Beit – Lehem), que significa
"a casa do pão", que é feito com trigo, simbolizado na espiga de
trigo que a Virgem segura na representação antropomórfica da constelação pela
qual o Sol passa em setembro.
Para
o grande público o "dia de reis" (leia-se cabalistas e astrólogos da
Antiguidade) simbolizava o nascimento do Messias, para os iniciados simbolizava
a sua concepção, quando as três estrelas da constelação de órion (as 3 marias
ou os 3 reis) ficavam alinhadas junto a estrela mais brilhante do céu noturno
(Sirius) como se estivessem apontando na direção do Sol, o
"seguindo", quando o Sol simbolicamente ficava "parado" 3
dias no horizonte para deixar o seu herói solar, o seu Messias na Terra,
concebido no ventre da virgem, para que nascesse em setembro, quando o Sol
saísse da Virgem.
Essa
é a mitologia iniciática do Sol invencível, da luz sempre derrotando as trevas
e agindo sobre a Terra, um dos muitos mitos e representações que os sábios da
Antiguidade criaram para explicar de forma poética como o Universo através dos
seus marcadores celestes apontava para o momento da vinda de um grande enviado
de Deus para auxiliar a humanidade, simples e lúdicas histórias para o grande
público, mas com profundos significados para os grandes iniciados que
trabalhavam e trabalham em favor da humanidade.
O
livro “Armagedoom 2036” estará em promoção entre os dias 10 e 16 de
fevereiro de 2016 por 37,73 reais no Clube dos Autores, para adquirir o livro
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.
Na
terceira e última parte deste especial sobre Astrologia vamos entender se
realmente os astros afetam a personalidade humana e qual a real essência do
estudo da Astrologia.
Parte III:
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Parte III:
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